Frente Carolina Ramírez fornecedora da facção PCC perde carga

Este artigo detalha a recente operação contra a Frente Carolina Ramírez, um grupo criminoso ligado ao narcotráfico. Exploramos o impacto deste grupo na América Latina e a resposta das autoridades e no Primeiro Comando da Capital.

Frente Carolina Ramírez, organização criminosa acusada de assassinar quatro indígenas, está no centro de uma importante operação anti-narcotráfico liderada pelo presidente Gustavo Petro. Fornecedor do Primeiro Comando da Capital (Facção PCC 1533), o grupo tem causado um impacto significativo no cenário criminal da América Latina.

A ação contra a Frente Carolina Ramírez é uma resposta direta aos eventos de 18 de maio, quando foram acusados ​​de cometer o crime. As operações, realizadas em Caquetá, Putumayo, Guavie e Meta, resultaram na apreensão de três toneladas de maconha ‘creepy’, enfraquecendo financeiramente o grupo e impedindo a distribuição de milhões de doses no mercado ilegal.

Quer saber mais sobre a Frente Carolina Ramírez e a crescente luta contra o narcotráfico no Cone Sul? Acompanhe nossas atualizações e deixe seu comentário abaixo, participe do nosso grupo de leitores ou envie uma mensagem privada. Queremos ouvir suas opiniões e perguntas sobre essa importante questão.

Frente Carolina Ramiréz e a morte dos indígenas

Um evento alarmante envolvendo o assassinato de quatro indígenas, sendo três menores de idade, que haviam fugido de um recrutamento forçado gerou repercussão internacional e desencadeou uma resposta firme das autoridades colombianas. O crime, cometido pelo grupo criminoso conhecido como Frente Carolina Ramírez, um dos fornecedores do, levou à implementação de uma operação autorizada pelo presidente Gustavo Petro.

Em 18 de maio, a Frente Carolina Ramírez do Estado-Maior Central, divisão da antiga FARC, sob o comando de Iván Mordisco, foi acusada de cometer o crime. Esta situação fez com que o presidente ordenasse a reativação das operações ofensivas contra este grupo em Caquetá, Putumayo, Guavie e Meta, zonas de intensa atividade narcotraficante.

A logística da Frente Carolina Rodrigéz

Ontem, 6 de junho, três toneladas de maconha do tipo ‘creepy’ foram apreendidas e destruídas, em duas operações simultâneas da Procuradoria Geral da República. A primeira operação foi realizada no corregimento de Araracuara, zona rural de Solano, em Caquetá, e a segunda em La Pedrera, no Amazonas, zona fronteiriça com o Brasil.

Araracuara, situada na zona rural de Solano, em Caquetá, é uma localidade estrategicamente relevante para as operações de tráfico de drogas. A presença de aeroportos facilitam o envio de cargas ilícitas por via aérea. Contudo, quando a fiscalização aérea se torna mais intensa, os traficantes têm a opção de usar o Rio Caquetá para despachar as drogas para o Brasil.

O Rio Caquetá, com seu longo e sinuoso curso, funciona como uma rota alternativa e discreta para o transporte de substâncias ilícitas. A ausência de postos de controle efetivos ao longo do rio e a vastidão da floresta ao seu redor permitem que pequenas embarcações transportem as drogas com relativa facilidade e baixo risco de detecção.

Esta região da Colômbia tem sido historicamente marcada pelo tráfico de drogas e pela presença de grupos armados ilegais, sendo considerada uma das principais áreas de produção e expedição de cocaína e outras drogas ilícitas para outros países, incluindo o Brasil. As autoridades têm feito esforços para coibir essa atividade, mas a geografia desafiadora e a falta de recursos tornam a interdição e a prevenção do tráfico uma tarefa extremamente complexa.

La Pedrera, na Colômbia, está localizada a apenas 19 quilômetros de Vila Bittencourt, no Brasil, uma proximidade que facilita consideravelmente o trânsito ilegal de mercadorias e pessoas. O acesso entre as duas localidades é marcado por trilhas na densa floresta tropical, geralmente utilizadas por contrabandistas e traficantes de drogas.

A região é marcada por sua vasta biodiversidade, composta por uma variedade de flora e fauna únicas. No entanto, a beleza selvagem é ofuscada pela intensa atividade ilícita que acontece na zona fronteiriça, onde a fiscalização se torna um desafio devido à complexidade do terreno e à densa vegetação. A presença de grupos criminosos, a exploração ilegal de recursos e o narcotráfico são algumas das questões que assolam a área, tornando-a um ponto crítico para as autoridades de ambos os países.

18,6 milhões de Reais de prejú em um único dia

A droga estaria em trânsito para o Brasil, onde as organizações criminosas como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital a distribuiriam para consumo interno. Desta maneira, a apreensão deste carregamento atinge diretamente as finanças do grupo criminoso colombiano, com um prejuízo estimado em cerca de 18,6 milhões de Reais.

Além do dano financeiro causado à organização criminosa, também se evitou a circulação de mais de dois milhões de doses no mercado ilegal internacional, mitigando a contaminação dos recursos naturais nas áreas de selva da Amazônia.

O líder do grupo é acusado de homicídios, atos criminosos, violações dos direitos humanos, violações do Direito Internacional Humanitário e confrontos com outras estruturas dedicadas ao narcotráfico. Assim, estas operações buscam enfraquecer a rede que comete crimes na Amazônia colombiana.

Armas do Paquistão nas Mãos do Primeiro Comando da Capital

Neste artigo, exploramos a intrigante transação entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) do Brasil e a máfia ‘Ndrangheta da Itália. Em um trama que desafia a imaginação, estas entidades trocam “Armas do Paquistão” por cocaína, criando uma rede de crime internacional que desafia a lei e a ordem.


“Armas do Paquistão” – duas palavras simples, mas capazes de abrir um labirinto de sombras e segredos. Adentre neste emaranhado onde o perigo se esconde a cada esquina. Nesta trama, o Primeiro Comando da Capital (Facção PCC 1533), uma facção brasileira, une-se ao obscuro mundo da ‘Ndrangheta italiana, em uma aliança envolta em mistério.

A revelação dessa parceria, uma inquietante descoberta, é o convite para uma jornada que promete te transportar para o submundo da criminalidade internacional. Prepare-se para mergulhar na trama que une Brasil e Itália de uma maneira nunca antes imaginada.

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Armas do Paquistão via ‘Ndrangueta

As armas do Paquistão encontraram seu caminho até o Brasil, adquiridas de forma sinistra pelo Primeiro Comando da Capital. A poderosa facção criminosa conseguiu essa façanha em troca de cocaína, um acordo fechado com a ‘Ndrangheta, uma organização mafiosa sediada na Calábria, Itália. A surpreendente revelação foi feita pelos incansáveis oficiais da Direção Antimáfia Italiana (DIA), culminando na prisão de 132 suspeitos.

Longe de serem apenas organizações criminosas, a ‘Ndrangheta e o PCC agem como epicentros de vastas federações criminosas. Uma colcha de retalhos de culturas, base e origem, estão enraizadas em nações diferentes, permeando diversos continentes. Enquanto a ‘Ndrangheta mantém sua fortaleza na Calábria italiana, o PCC opera predominantemente no sudeste do Brasil.

O envolvimento da ‘Ndrangheta no tráfico de armas internacional foi desmascarado. Uma operação que revelou o envio de armas do Paquistão ao PCC em troca de remessas de cocaína. Nessa sinistra rede de crime, um padrão de lavagem de dinheiro foi revelado, com “investimentos massivos na Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal, Argentina, Uruguai e Brasil”.

Conexões Insólitas, a Estrada para o Velho Continente

Embora distintas, essas organizações estabeleceram laços perturbadores. O tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro são apenas algumas de suas atividades conjuntas. A parceria sinistra levou toneladas de cocaína da América do Sul para a Europa.

Os primeiros indícios dessa aliança sombria surgiram em 2014, revelados durante a Operação Overseas da Polícia Federal brasileira. Este projeto expôs uma rede que incluía a ‘Ndrangheta italiana, criminosos colombianos e a máfia sérvia, todos unidos na tarefa de transportar cocaína para a Europa.

A maior parte da cocaína entrava pelos portos da Antuérpia, na Bélgica, Roterdã, na Holanda e de Gioia Tauro, na Calábria, sul da Itália.

Ao desembarcar na Europa, a droga passava para as mãos habilidosas da máfia sérvia. Conhecidos por operar discretamente ao redor do mundo, eles garantiam a distribuição final da mercadoria, tecendo uma complexa rede de contatos e intermediários.

Uma Antiga Ligação, Clã Šarić e o Porto de Santos

Embora a união entre a máfia sérvia e a facção PCC seja conhecida apenas desde 2014, Bozidar Kapetanovic já operava como o elo entre elas. Este homem, integrante do clã sérvio de ex-militares liderados por Darko Šarić, facilitava o envio de drogas para a Europa, provenientes da Colômbia, Bolívia e Paraguai.

Apesar da Operação Brabo ter desmantelado o esquema em 2009, há indícios de que o grupo possivelmente já utilizava a infraestrutura logística do PCC no Brasil, mais especificamente o porto de Santos. Em 2016, quando o Clã Šarić foi novamente alvo de uma ação policial, foi confirmada a parceria com a facção PCC no transporte de drogas até a boca de embarque.

Desde então, várias operações visaram a aliança entre o PCC e a ‘Ndrangheta. Surpreendentemente, o método de pagamento e a rede de lavagem de dinheiro desses criminosos veio à luz. Suspeita-se do uso de bitcoins e do sistema “dólar-cabo”, como revelado na Operação Echelon em São Paulo.

O Reino da Máfia Calabresa e suas Perigosas Ligações

Responsável por extorsão, lavagem de dinheiro, assassinatos e tráfico de drogas, a máfia calabresa controla o mercado de drogas na Europa e na Austrália, em colaboração com o Cartel do Golfo colombiano e outras organizações atuantes no Equador.

Desvendando as teias de Nápoles, encontramos a Camorra. Este grupo sinistro do crime organizado supostamente tem laços profundos com a Al-Qaeda e com o grupo separtista basco ETA Euskadi Ta Askatasuna (Euskadi Pátria e Liberdade). Abundam rumores de uma troca inquietante – a Camorra fornecendo abrigos seguros, documentos falsificados e armas de fogo para a Al-Qaeda em troca de narcóticos.

Ademais, murmúrios falam de um pacto com o ETA. Aparentemente, a Camorra oferta armas pesadas como lançadores de mísseis ao ETA, recebendo em troca montanhas de cocaína e haxixe. Todavia, nada é definitivo nesta dança de sombras e segredos.

Al-Qaeda: Tecendo Trilhas de Contrabando

A Al-Qaeda, por sua vez, está envolvida em rotas de contrabando de armas. Estas trilhas serpenteantes cruzam com a notória Cosa Nostra siciliana, a escura ‘Ndrangheta calabresa e um misterioso traficante de pessoas egípcio com supostos vínculos à Al-Qaeda.

As armas apreendidas, inicialmente vendidas legalmente, mas desativadas, estão à beira de um despertar sinistro. Portanto, é crucial desvendar esse emaranhado antes que se tornem ferramentas de destruição novamente.

Laços Ocultos, levantando o véu

No entanto, a busca incessante para desvelar a conexão direta entre a máfia italiana e os grupos terroristas paquistaneses na névoa densa do tráfico de armas é um labirinto intricado apenas começando a ser iluminado.

A volatilidade de grupos criminosos organizados e redes terroristas tem o efeito sinistro de camuflar essas conexões. Alianças efêmeras e métodos operacionais que mudam como areias movediças tornam as informações fugazes, como a luz cintilante de uma vela no escuro.

Em meio a esse universo escondido, onde sombras e silêncio são os habitantes mais fiéis, a verdade é tão rara quanto um oásis no deserto. A despeito disso, a necessidade de desvendar os mistérios enigmáticos dessas organizações torna-se mais imperiosa, como um clamor silencioso, um eco no vazio, ansioso para compreender a iminente tempestade que se avizinha para o mundo exterior.

Eleições no Paraguai: foi bom o resultado para a Facção PCC

A investigação policial revela a crescente influência da facção PCC 1533 nas eleições paraguaias e destaca a importância da cooperação internacional para combater o crime organizado.

Eleições no Paraguai revelam conexões perigosas entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e forças políticas, desafiando a cooperação internacional no combate ao crime.

Eleições no Paraguai: Relatório de inteligência do GAECO / SENASP

Memorando nº 325/2023

De: Inspetora Rogéria Mota
Para: Exmº. Sr. Dr. Promotor de Justiça
Assunto: Resultado das investigações realizadas em cooperação com a SENAD no Paraguai

Data: 5 de maio de 2023

Exelentíssimo Senhor Doutor Promotor,

Por meio deste memorando, apresento os resultados e considerações obtidas durante minha missão no Paraguai, onde estive a convite da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) para investigar a influência da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no país.

  1. Expansão do Primeiro Comando da Capital no Paraguai

Durante a investigação, constatamos que o PCC expandiu significativamente suas atividades no Paraguai, estabelecendo conexões com políticos, autoridades e outros grupos criminosos locais. A facção tem se beneficiado da corrupção e da impunidade prevalentes no país, principalmente em razão da longa permanência do Partido Colorado no poder.

  1. Relação entre o PCC e as elites políticas paraguaias

Identificamos que a facção PCC possui relações estreitas com membros do Partido Colorado e outras elites políticas no Paraguai. Essas conexões facilitam as operações da organização criminosa no país, incluindo o tráfico de drogas e o contrabando de cigarros. Além disso, observamos que a vitória do Partido Colorado nas recentes eleições no Paraguai pode fortalecer ainda mais essas relações, dificultando avanços significativos no combate à corrupção e ao crime organizado.

  1. Cooperação internacional entre Brasil e Paraguai

A cooperação entre as forças policiais do Brasil e do Paraguai é essencial para combater efetivamente o PCC e outros grupos criminosos que operam na região. Entretanto, é necessário que as autoridades paraguaias demonstrem genuíno comprometimento no combate à corrupção e ao crime organizado, a fim de enfraquecer a influência do PCC no país.

  1. Recomendações

Com base nas informações obtidas durante a investigação, sugiro que o GAECO continue trabalhando em cooperação com as autoridades paraguaias para compartilhar informações, experiências e estratégias, visando aprimorar a luta contra o crime organizado na região. Além disso, é crucial que as instituições brasileiras continuem pressionando as elites políticas do Paraguai a implementar medidas efetivas de combate à corrupção e ao Primeiro Comando da Capital.

Atenciosamente,

Inspetora Rogéria Mota

Análise do InSight Crime não indica mudanças

texto baseado em artigo de Christopher J. Newton para o InSight Crime: Las elecciones de Paraguay reducen las posibilidades de acabar la corrupción

resumo do caso Facção PCC e política paraguaia

  1. INTRODUÇÃO

O objetivo da investigação era desvendar a influência do PCC nas eleições no Paraguai e na sociedade em geral, bem como identificar e desmantelar as operações da facção criminosa no país vizinho.

  1. METODOLOGIA

Analisar o histórico da organização paulista ao longo das últimas décadas no Paraguai, explorando seus negócios legais e ilícitos, bem como a relação com as elites políticas do país.”

  1. RESULTADOS

A análise revelou as seguintes informações cruciais:

  • Cartes, ex-presidente do Paraguai, enfrenta diversas acusações criminais, incluindo lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de cigarros e envolvimento com o PCC.
  • A ex-procuradora-geral Sandra Quiñones nunca apresentou acusações contra Cartes, apesar de suas atividades criminosas serem amplamente conhecidas.
  • Vários legisladores do partido Colorado estão envolvidos em tráfico internacional de cocaína, em conexão com grupos criminosos como o Comando Vermelho do Brasil, o clã Insfrán do Paraguai e o traficante uruguaio Sebastián Marset.
  • A corrupção se estende além do partido Colorado, afetando despachantes aduaneiros, a Marinha do Paraguai e o desvio de munições das Forças Armadas.
  • As tentativas anteriores de combate à corrupção no Paraguai foram frustradas e, sem mudanças significativas no cenário político, é provável que o problema com o crime organizado permaneça.

Relações Perigosas: PCC e Elites Políticas Paraguaias

A análise também apontou que a organização criminosa Primeiro Comando da Capital saiu ganhando com o resultado das eleições. Apesar do discurso de endurecimento do presidente eleito, o fato de ser ele do Partido Colorado, que está há décadas no poder, permitiu que a facção PCC ganhasse grande espaço e mercado no país.

O atual presidente, Horacio Cartes, e grande parte dos políticos eleitos têm relações diretas ou indiretas com o poder, sinalizando continuidade nas relações entre a facção PCC e as forças políticas paraguaias. A estabilidade e a manutenção dos elos é um bom sinal para os negócios da organização criminosa.

CONCLUSÃO

A influência do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital na sociedade paraguaia é extensa, afetando as elites políticas, instituições governamentais, empresas comerciais e até mesmo as forças armadas do país. A falta de vontade política e a corrupção generalizada dificultam os esforços para combater o crime organizado, e sem mudanças significativas.

Apesar dos desafios, a cooperação internacional entre Brasil e Paraguai são passos cruciais na luta contra o crime organizado na região. A troca de informações e experiências entre as forças policiais de ambos os países pode levar a avanços na compreensão das estratégias e operações do PCC, bem como na identificação de políticos e autoridades envolvidas na corrupção.

No entanto, para que mudanças significativas ocorram, é necessário que haja uma vontade política genuína e um compromisso sério com a luta contra a corrupção e o crime organizado por parte das elites políticas e das instituições do Paraguai. Apenas então será possível enfraquecer a influência do Primeiro Comando da Capital e de outras organizações criminosas no país e na região.

A investigadora Rogéria Mota é personagem fictício criado por leitores do site faccaopcc1533primeirocomandodacapital.org

O Partido Colorado é nosso!

É um fenômeno que remonta à época em que os militares abriram caminho para grupos criminosos internacionais que se envolveram na produção de maconha, heroína e cocaína. O Paraguai começa a construir sua indústria no ramo da maconha e isso ocorre a partir de lideranças políticas locais em cidades como Capitán Bado e Pedro Juan Caballero no departamento de Amambay. Depois estende-se a praticamente todo o território, sobretudo à fronteira. 

Todos esses produtores, traficantes e facilitadores do inicialmente tráfico de maconha para o Brasil eram líderes políticos do Partido Colorado. O clã Morel, formado por prefeitos e presidentes da sucursal vermelha de Capitán Bado, foi o canal por onde passou o Comando Vermelho. Situação semelhante ocorre em diferentes áreas do país. O fenômeno dessa vinculação com a política também conta com alguns sujeitos de outros partidos políticos, mas são minoria. A presença de políticos e funcionários do Partido Colorado é tremendamente majoritária.

Jorge Rolón Luna para o LaPolíticaOnline

PCC também teria conseguido outros cargos

Juan Martens, Doutor em Criminologia, alertou que indivíduos identificados em uma investigação do Primeiro Comando da Capital triunfaram nestas eleições e ocuparão cargos em governadores de fronteira e na Câmara dos Deputados.Ele não quis citar nomes por questões de segurança, mas destacou o quão perigoso é o grupo criminoso estar em ascensão e ocupando posições de poder.

Após o resultado das eleições, constatamos que várias pessoas ligadas ao PCC foram eleitas governadores e deputados em três departamentos de fronteira, disse ele.

Entwarnung für den Senat – wochenblatt.cc

Facção PCC no Uruguai: Expansão, Alianças e Consequências

O texto explora a presença e as ações da facção PCC no Uruguai, abordando a expansão da organização criminosa, alianças com outras gangues e os objetivos dessas atividades.


Facção PCC no Uruguai: saiba como o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), ampliou suas atividades no país vizinho, estabelecendo alianças, influenciando o cenário do crime organizado e ameaçando a estabilidade nas prisões.

Facção PCC no Uruguai: como tudo começou

A organização criminosa Primeiro Comando da Capital, originária do Brasil, começou a se instalar em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, em 2010. O objetivo era controlar diretamente o tráfico de drogas e expandir sua influência nas prisões paraguaias.

Após o assassinato do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, em 15 de julho de 2016, o Departamento de Estado Americano começou a investigar a disputa entre os dois grupos rivais pelo domínio do legado de Raffat e o impacto do novo posicionamento do PCC no Narcosul (Narcosur), o Cartel Internacional de Drogas da América do Sul.

A guerra entre as organizações criminosas brasileiras Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho (CV) transpôs as fronteiras do Brasil e do Paraguai, levando o Serviço de Inteligência da Polícia Nacional do Uruguai a monitorar cinco províncias – Artigas, Cerro Largo, Rivera, Rocha e Treinta y Tres – quanto a possíveis ações violentas desses grupos criminosos e seus aliados.

Alianças com Gangues Locais e Disputas Territoriais

A polícia uruguaia foi avisada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) que o PCC estaria distribuindo armas aos seus membros no sul do Brasil para agir no Uruguai. Além de assaltos, ações nos presídios uruguaios também estariam sendo planejadas.

Dados do MP-SP indicam que, em agosto de 2016, o PCC possuía 686 membros conhecidos no Rio Grande do Sul. A facção tem presença significativa no estado, disputando ou fazendo alianças com diversas outras facções, sendo a Bala na Cara a mais importante rival na região.

Existe o receio de que o PCC organize, dentro do sistema penitenciário uruguaio, métodos de recrutamento semelhantes aos utilizados no Brasil. Membros da facção receberam apoio externo, aproveitando alianças comerciais com gangues uruguaias ligadas ao tráfico internacional de armas.

As ações do PCC visam não apenas o controle das rotas de acesso de drogas e armas, mas também a lavagem de dinheiro e o envio de drogas para a África e Europa através do porto de Montevidéu. Isso fortaleceria a posição do PCC em relação às outras facções na América Latina.

Celular Denuncia Tribunal do Crime da facção PCC no Paraguai

Celular denuncia Tribunal do Crime da facção PCC após a descoberta de filmagem crucial em aparelho de integrante, esclarecendo um assassinato ocorrido há mais de um ano no Paraguai e cujo corpo foi encontrado na Argentina.

Celular denuncia Tribunal do Crime. Descubra como a filmagem de um aparelho celular levou à captura de um Pé Quebrado (Disciplina do PCC) graças à cooperação das polícias da Argentina e do Paraguai.

Celular denuncia Tribunal do Crime: mas qual foi o crime cometido:

O celular de Emanuel Eduardo, membro do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), foi apreendido pela polícia Argentina quando ele foi flagrado em 15 de fevereiro de 2023, durante uma operação policial na Rota Nacional 14, em San José, província de Misiones, Argentina.

No entanto, a prisão ocorreu porque ele apresentou um documento falso em nome de Julio Ariel Rodríguez, além disso, a polícia encontrou uma pistola calibre 9mm da marca Glock com 16 projéteis em sua posse.

Tato ou Liba, como ele é conhecido no mundo do crime, manteve em seu aparelho celular a única evidência que poderia ligar ele a um assassinato no Paraguai há mais de um ano: a gravação mostrava o momento em que ele executava Ever com 30 facadas.

Ever Alfredo, um cabeleireiro que residia no bairro Fortín Toledo em Ciudad del Este, no Paraguai, já havia sido preso com dois quilos de cloridrato de cocaína em 2011. Ele mencionou que iria cortar o cabelo de um cliente e saiu de casa em um veículo branco no dia 24 de janeiro de 2021.

Dias depois, o corpo de Ever Alfredo foi encontrado a 30 quilômetros de distância, boiando no Rio Paraná, do outro lado da fronteira, no bairro Santa Rosa, em Puerto Iguazú, na Argentina.

O celular denuncia Tribunal do crime, e é a prova de sua ligação com o brutal assassinato de Ever. Se não fosse pela filmagem encontrada em seu telefone e pela cooperação entre as autoridades argentinas e paraguaias, Tato, membro do Primeiro Comando da Capital, certamente continuaria impune.

Agora, as autoridades argentinas cooperaram com seus homólogos paraguaios, trocando informações relacionadas ao caso. O promotor Luis Trinidad acusou Tato e exigiu sua extradição. Enquanto isso, a Justiça argentina abriu uma investigação contra ele pelo suposto ato punível de uso de documento adulterado ou falso.

No entanto, ainda resta a pergunta sem resposta: Será que Ever Alfredo foi morto pelo integrante do Primeiro Comando da Capital devido à sua ligação ou negócios com uma organização criminosa rival, por dívida de drogas ou algum tipo de traição?

texto base: El supuesto miembro del grupo criminal Primer Comando Capital. Éste se encuentra implicado en el brutal asesinato.

PCC em Rosario: a expansão da facção paulista na Argentina

O PCC em Rosario tem ampliado sua influência na região, aproveitando-se das mudanças nas rotas do narcotráfico causadas pela pandemia. Entenda os detalhes dessa expansão e seus impactos.

PCC em Rosario: no programa Pan & Circo da Cadena Máxima 106.7, explora e análisaa crescente presença da facção criminosa Primeiro Comando da Capital na Argentina e suas implicações no narcotráfico sul-americano.

PCC em Rosario é uma realidade, mas e daí?

Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), a notória organização criminosa brasileira, amplia sua influência em Rosario, Argentina. A pandemia mudou algumas rotas do narcotráfico, resultando em uma crescente presença na região.

Durante a pandemia, a produção de drogas em países como Peru e Bolívia foi direcionada para a Hidrovia Paraná (rio Paraná – Paraguai), uma rota fluvial de 3.400 km praticamente sem controle, como uma alternativa para evitar a travessia da América do Sul até o Porto de Santos.

Paraguai tem enfrentado graves problemas de corrupção, e os portos de Assunção são dominados pelo PCC, que opera a partir das prisões. Estas facções criminosas são conhecidas como “hermandades criminales” e exigem um rito de iniciação para ingressar.

A sofisticação logística do PCC lhes permite controlar o tráfico de drogas em países como Bolívia, Peru, Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. A presença de células do PCC foi detectada em várias prisões argentinas, como as de Resistencia (Chaco), Misiones e Santa Fe.

Em resumo, a expansão do PCC em Rosario é um resultado direto das mudanças nas rotas do narcotráfico devido à pandemia. A facção criminosa aproveitou a oportunidade para estabelecer uma presença significativa na região e expandir suas operações na América do Sul.

Crime organizado, uma nova realidade para a Argentina

O jornalista Germán de los Santos que investigou este fenômeno, compartilhou suas descobertas em uma entrevista no programa Pan & Circo da Cadena Máxima 106.7.

O crime organizado na Argentina é um fenômeno relativamente novo e tem se expandido principalmente em Rosário. Los Monos, um grupo importante de narcotraficantes, cresceram dentro do sistema prisional. De Germán explica que as prisões se tornaram uma espécie de “home office” para esses criminosos, que continuam gerenciando suas atividades ilegais a partir de lá.

O Estado sempre apoiou o slogan de que a prisão e penas mais duras seriam o fim dos problemas, mas essa nova realidade marca o início de outros, ainda mais delicados, que impactam diretamente nas ruas.

site archyde.com

O PCC em Rosário, ou a presença da facção PCC na Argentina, mostra como os grupos criminosos se adaptaram às circunstâncias atuais. Los Monos, por exemplo, dominam Rosário por meio de um sistema de franquias. Cobram de outros para não matá-los, como um esquema de proteção. Isso levou a que muitos negócios tenham que pagar quantias exorbitantes para garantir sua segurança.

Germán conta que Los Monos possuem um método peculiar de cobrança de “proteção” para empresas em diferentes áreas, variando de 50.000 a 300.000 pesos por semana (1.150 Reais à 6.850 Reais), dependendo do setor e da localização. O impacto dessa prática na economia local é significativo.

Esse grupo criminosa converte o dinheiro obtido com extorsões em dólares através de casas de câmbio ilegais, onde aplicam uma taxa adicional de 5% devido ao risco envolvido, chamada de “dólar banana”. Posteriormente, investem esses dólares no setor imobiliário, o que tem resultado no atual boom da construção em Rosário.

Havendo um excesso de oferta de imóveis, com muitos prédios vazios e sem inquilinos, enquanto pessoas em busca de aluguel enfrentam dificuldades para encontrar moradia. Isso é um claro sintoma do impacto negativo que a ação de Los Monos e outros grupos criminosos têm na sociedade.

Ademais, é intrigante como a estratégia de investimento no setor imobiliário dificulta o rastreamento e apreensão de seus ativos ilícitos pelas autoridades. Isso demonstra a complexidade e sofisticação das operações de lavagem de dinheiro realizadas por esses grupos e como conseguem se infiltrar e corromper diferentes setores da economia e da sociedade.

A proteção estatal também é um problema. Ao longo da história, a polícia tentou formar seus próprios cartéis, mas agora, em vez de serem parceiros, acabaram sendo empregados desses narcotraficantes.

texto base: Un grupo brasileño muy importante que se llama Primer Comando Capital que, como hablábamos antes, funciona desde las cárceles.

PCC no Uruguai: Entraves da Facção Paulista em Território Platino

Por que razão o PCC no Uruguai não conseguiu o domínio do mundo do crime? As tensões geopolíticas no Uruguai e Paraguai e seu reflexo no narconegócio.

PCC no Uruguai: adentre o intrigante universo do crime organizado sul-americano, e descubra como essa facção se estabeleceu no país. Leia e surpreenda-se!

Geopolítica do Mercosul e o PCC no Uruguai

Apresento o interessante estudo de Nicolás Centurión, que narra os eventos recentes em terras sul-americanas são de grande interesse e relevância para todos nós que estudamos o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

Segundo ele, as organizações do narcotráfico brasileiras e argentinas têm se fortalecido em decorrência do maior controle na Tríplice Fronteira, deslocando suas operações para o sul, tornando evidente a presença não só do PCC no Uruguai, mas também de outras organizações nesta área fronteiriça.

A organização criminosa Primeiro Comando da Capital é um fenômeno exclusivo dos presídios brasileiros. O “PCC no Uruguai” não prosperou, mesmo tendo havido uma tentativa de infiltração. A razão para isso não se deve a questões de segurança e inteligência, mas sim à desorganização dos detentos uruguaios.

Por outro lado, o PCC 1533 encontrou sucesso em sua expansão no Paraguai. Aparentemente, a cultura prisional guarani era mais parecida com a brasileira, o que pode ser explicado pela presença de criminosos brasileiros por um período maior e em maior número, ou até mesmo por outras razões culturais. O resultado é que, hoje, a facção paulista domina vários presídios próximos à Tríplice Fronteira.

A importante rota do narcotráfico: a hidrovia Paraná-Paraguai

As conexões entre as organizações criminosas começam a se entrelaçar quando descobrimos que o PCC possui ligações com Sebastián Marset, um uruguaio que se tornou traficante e é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci em terras colombianas. Além disso, o PCC tem ligações com a máfia calabresa através da ‘Ndrangheta, sendo a porta de entrada da cocaína na Europa.

Essa complexa rede de criminosos envolve também o grupo brasileiro “Os Manos”, que domina a fronteira nordeste do Uruguai com o Brasil e pretende avançar para o interior do país. A hidrovia Paraná-Paraguai, que liga o Brasil ao Uruguai, é uma rota importante para o tráfico de drogas e, entre 2021 e 2022, cerca de 46 toneladas de drogas saíram dessa região.

Este cenário é um verdadeiro desafio para os investigadores e as autoridades locais, que enfrentam corrupção policial, forças de segurança mal equipadas e uma série de outras dificuldades no combate ao crime, e ao analisar o último relatório da Senaclaft, pude observar uma piora significativa na situação do país em relação a esses problemas.

O Uruguai é, infelizmente, um país de trânsito para o tráfico de pessoas, com ênfase na exploração sexual comercial e trabalho forçado de mulheres e meninas. Além disso, apresenta condições favoráveis para o narcotráfico, como fronteiras secas com o Brasil, conexões com a hidrovia Paraná-Paraguai e um porto controlado por uma multinacional belga. A ausência de radar aéreo em metade do território e a corrupção policial dificultam ainda mais o combate a esses crimes.

Grupos criminosos locais e o tráfico transnacional

A fronteira nordeste com o Brasil está sob o domínio do grupo criminoso brasileiro “Os Manos”, que busca expandir sua influência no Uruguai. A hidrovia Paraná-Paraguai, ligando o Brasil ao Uruguai, é uma rota importante para o tráfico de drogas para a Europa e África, com cerca de 46 toneladas de drogas saindo dessa rota entre 2021 e 2022.

Na Argentina, a área conhecida como Gran Rosario, que abrange a cidade de Rosario e arredores, é dominada por uma perigosa e violenta organização criminosa chamada “Los Monos”. Este grupo tem envolvimento em atividades ilícitas, como tráfico de drogas e extorsão.

Por outro lado, o Banco Provincial é uma instituição financeira que foi privatizada na década de 1990, o que significa que passou do controle público para o controle de entidades privadas. Há relatos de que este banco tem ligações com a lavagem de dinheiro do Cartel de Juarez, uma notória organização criminosa mexicana especializada em tráfico de drogas e outros crimes.

Além disso, o Banco Provincial também está relacionado ao colapso do Banco Comercial uruguaio durante a crise financeira de 2002, que afetou a economia da região. Este evento ocorreu quando o Banco Comercial, uma importante instituição financeira no Uruguai, faliu devido a diversos fatores, como má gestão, corrupção e instabilidade econômica generalizada.

a Geopolítica e a política local

No contexto político e midiático, o uso do nome da facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital tem sido uma estratégia para tentar vincular políticos à organização criminosa, gerando desconfiança e descredibilidade. Esse tipo de tática é semelhante à situação na Argentina, onde a gangue “Los Monos” e as atividades ilícitas do Banco Provincial são usadas como instrumentos de manipulação política e midiática.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o país busca garantir sua influência no Paraguai, independentemente de quem vença as eleições de 30 de abril. A estratégia americana inclui acusações de corrupção contra figuras políticas e apoio a empresas em disputa com grupos poderosos. Há também preocupação com a crescente influência chinesa na região, incluindo negociações com Argentina, Brasil e um possível acordo comercial entre Uruguai e China.

Neste cenário, o uso do nome PCC e a associação a políticos é uma ferramenta para desestabilizar e enfraquecer oponentes políticos, enquanto os Estados Unidos buscam garantir sua posição na região e enfrentar a crescente presença chinesa. Essa tática, assim como a situação na Argentina, destaca a complexidade das relações políticas e a manipulação midiática na América Latina.

Uruguai está imerso em uma complexa situação geopolítica envolvendo bandos criminosos, megaprojetos, eleições no Paraguai e a possível instalação de uma base militar americana na Tríplice Fronteira. Apesar desses desafios, o governo uruguaio concentra-se em combater o tráfico de drogas em pequena escala, enquanto grandes quantidades de drogas chegam à Europa por meio de contêineres com bandeira uruguaia.

texto base: El criminal Primer Comando Capital, en Uruguay hubo un intento de importar dicha organización pero fue estéril, no por razones de seguridad e inteligencia, sino por la lumpenización de los reos uruguayos y su falta de organización.

Colaborar com o PCC ou morrer: o “Caso Aeroporto de Guarulhos”

O sombrio relato de um servidor que ousou negar-se à colaborar com o PCC desvela a batalha contra a corrupção e o domínio do crime organizado no Aeroporto Internacional de São Paulo, bem como a escassez de amparo por parte das autoridades aos indivíduos assediados.

Colaborar com o PCC ou morrer, essa é a realidade macabra quando olhamos o reino sombrio da facção PCC 1533:

Os irmãos e companheiros da organização criminosa não são obrigados a qualquer missão, sendo livres para aceitar ou não uma responsabilidade, enquanto funcionários do governo e das esferas privadas, bem como os agentes da lei e da justiça, podem encontrar seu fim caso não se submetam às ordens recebidas.

Se colaboram são regiamente pagos, se não colaboram podem morrer. Tal foi o destino de Arisson, que, desafiou o Primeiro Comando da Capital, e pagou o mais alto tributo por sua valentia.

Convido os leitores do site a comentar aqui ou nos grupos de Zap, para contradigam minha certeza que diz que, enquanto algumas autoridades tecem enredos inacreditáveis, tal qual o Senador Sergio Moro, e asseguram para si uma legião de seguranças, aqueles funcionários condenados a lidar diretamente com os interesses do Primeiro Comando da Capital são abandonados à mercê de seu próprio destino cruel e incerto.

Colaborar com o PCC não é uma escolha

Venho para compartilhar com os leitores deste site uma história perturbadora e trágica que ocorreu recentemente no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Como você bem sabe e eu já citei inúmeras vezes neste site, a corrupção e a influência da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, são problemas generalizados na américa do Sul. Mas, meu amigo, essa história em particular ressalta o quão profunda é a luta de alguns indivíduos para resistir a essa corrupção e sobreviver em meio à violência e ao medo.

Arisson, um operador de esteira no aeroporto, teve a coragem e a integridade de cumprir seu dever, barrando duas malas suspeitas que continham 60 kg de cocaína. Essa ação heroica impediu que uma quantia considerável de drogas chegasse à Europa, privando a facção PCC de lucros estimados em até R$ 30 milhões. Contudo, sua honestidade teve um preço terrível.

O trágico destino de um homem corajoso e íntegro

O medo de colaborar com o PCC é uma realidade diária para muitos servidores públicos e funcionários de empresas privadas. Essas pessoas frequentemente se veem coagidas a colaborar com atividades criminosas, não por ganância, mas como uma forma desesperada de garantir a sobrevivência de si mesmas e de suas famílias. No caso de Arisson, ele enfrentou esse medo e se recusou a colaborar com a facção criminosa, um ato de bravura que, infelizmente, resultou em sua morte.

Após sua recusa em entregar as malas, Arisson foi abordado e ameaçado por Márcio do PCC. Poucos dias depois, em um ato brutal de vingança, Arisson foi assassinado a tiros em seu carro.

Dois dias após a apreensão da droga, Márcio abordou Arisson em um ponto de ônibus e lhe afirmado: “Você, eu já passei para os caras”, referindo-se ao fato de ter relatado ao PCC sobre a apreensão das malas, decorrente da ação da vítima.

Por volta das 18h50 do dia 13 de janeiro, Arisson voltava para casa, em seu carro, quando foi interceptado no bairro São João, em Guarulhos, por um Ford Ranger, ocupado por três criminosos. O aeroportuário foi fuzilado e morreu ainda no local.

Os assassinos abandonaram o carro, com placas adulteradas, alguns quarteirões adiante. Foi constatado que o veículo era roubado, do Rio de Janeiro, um outro funcionário do aeroporto foi preso por envolvimento no homicídio, e três criminosos permanecem foragidos.

Sua morte é uma lembrança sombria do poder e da influência do PCC e da corrupção que assola nosso país e a forma como o estado atua em defesa de seus cidadãos.

esquema no AEROPORTO DE GUARULHOS

Um dos esquemas, tinha como base as esteiras do Terminal do Aeroporto de Guarulhos:

…as bolsas seguiam pelas esteiras rolantes até a área restrita, onde funcionários aliciados pelo Primeiro Comando da Capital recebiam dos comparsas as fotos com as imagens das malas recheadas com drogas, e as embarcavam para Portugal, França e Holanda, na Europa, e também para Johannesburgo, na África do Sul.

A expansão do PCC inclui incursões na Bolívia, onde o grupo pode comprar cocaína diretamente dos produtores daquele país, segundo a Americas Quarterly.

Tentanto segurar o tsuname com as mãos

Uma vasta rede criminosa operava, e Arisson tentou, solitariamente, obstruir seu avanço. Quiçá tenha buscado auxílio ou relatado a situação a seus superiores ou autoridades, mas somente ele encontrou seu fim. Apenas ele, sinceramente, acreditou que poderia impedir que os criminosos paulistas atendessem seus clientes na Europa, onde equipes se preparavam e investiam para descarregar e distribuir a droga sem retaliações.

Ao chegarem os carregamentos, a ‘Ndrangheta colabora com traficantes italianos, que transportam os entorpecentes para distribuição abrangente por todo o território europeu, auxiliados por grupos da máfia sérvia e inúmeras facções independentes.

A facção paulista teve de explicar aos seus parceiros europeus a falha no processo e indenizá-los pelos prejuízos, além de dar uma resposta à altura. Por isso, Arisson pagou com sua vida; contudo, mesmo assim, a organização brasileira perdeu parte da confiança de seus clientes.

Arisson foi um herói, inegavelmente, e presto aqui minha homenagem. Entretanto, tratava-se de um herói solitário, abandonado pelo sistema que tentou defender. Assim como ele, centenas, senão milhares de funcionários e agentes públicos e privados são ameaçados pelo Primeiro Comando da Capital, enquanto as autoridades não se empenham minimamente em protegê-los.

A logística do crime deste esquema no Aeroporto Internacional de São Paulo

Deixa eu te contar como tudo está funcionando por lá. O esquema já tem uns oito anos, então mudou muita coisa desde o começo até aqui, cada pouco evolui um pouco, e cada pouco muda um pouco para dificultar que a Polícia Federal que investiga um esquema derrube tudo.

O Primeiro Comando da Capital, percebeu que dava pra mandar malas cheias de cocaína pro outro lado do oceano quando a fiscalização de remessas em pacotes apertou. Em 2015, foi a primeira vez que um lance assim foi descoberto pelas autoridades, quando um casal de idosos teve as malas trocadas por outras cheias de droga, mas por um acaso tudo foi descoberto.

Pontualidade e motoristas de aplicativos

Então, tudo começa com os motoristas de aplicativo, que são contratados pra não dar bandeira, mas eles sabem muito bem o que tão fazendo e quem tão levando pro aeroporto. Eles levam os criminosos, que geralmente usam uniformes de companhias aéreas pra disfarçar, e deixam eles em horários e locais combinados por mensagem.

A pontualidade é chave, porque, segundo a PF, isso faz com que as malas com drogas sejam despachadas bem rápido, sem que os funcionários que não tão no esquema percebam a movimentação suspeita.

O esquema geralmente usa os mesmos carros e motoristas pra levar as malas com cocaína até o aeroporto. As bagagens são entregues na área de embarque pra funcionários do aeroporto uniformizados ou pessoas disfarçadas como se fossem eles. As malas vão direto pras esteiras de voos nacionais, sem passar por fiscalização, porque as bagagens de voos domésticos não precisam passar pelo raio-X. Só quando rola uma suspeita.

Na maioria das vezes, as malas já chegam com etiquetas preenchidas à mão. Essas identificações são chamadas de “rush” e, na moral, servem pra enviar bagagens perdidas ou extraviadas para os donos reais. Os criminosos aproveitam essa brecha pra colocar as malas com drogas nos embarques, sem precisar de um passageiro pra fazer o check-in.

Aí, dentro da área restrita, os funcionários que foram cooptados pelo PCC manuseiam as malas pra driblar a fiscalização e colocam elas em voos internacionais que já tão combinados. As bagagens geralmente vão pra Lisboa e Porto, em Portugal, ou pra Amsterdã, na Holanda. Sacou?

Comunicação e tecnologia no crime: celular

A galera do crime se comunica o tempo todo por mensagens e ligações no celular. Segundo a PF, os celulares são fornecidos pela própria facção criminosa, que recolhe os aparelhos logo depois que as operações ilegais acabam, pra dificultar a vida da polícia.

A atuação do PCC na Europa e o risco de apreensão da droga

Mesmo com a droga embarcada no Brasil rumo à Europa, ainda rola o risco de ser pega pelas polícias de lá, sacou?

Pra não deixar isso acontecer, o PCC tem gente nos países pra onde eles mandam a cocaína, responsáveis por cooptar funcionários nos aeroportos locais.

A reportagem descobriu que os aliciadores lá de fora recebem, em média, cinco mil euros (uns R$ 27 mil) por quilo de droga que chega ao destino. Parte dessa grana é usada pra corromper funcionários dos aeroportos, principalmente os que ganham pouco.

Aqui no Brasil é a mesma fita: os funcionários do Aeroporto de Guarulhos levam mais de um ano de salário por cada mala com droga embarcada, como mostrou o Metrópoles. É muita grana envolvida, meu irmão!

PCC e Operação Trigger IX: uma ação integrada Latino Americana

A história do PCC na Operação Trigger IX, uma ação conjunta de 15 países liderada pela Interpol, focada em combater o tráfico ilícito de armas e drogas. A operação resultou em prisões e apreensões significativas, mostrando a força do trabalho conjunto no combate ao crime organizado.

PCC na Operação Trigger IX marcou as quebradas, mas deixa eu te mostrar a fita que rolou não só aqui, mas em várias partes da América Latina, mano. A Interpol comandou essa ação, unindo 15 países na batalha contra o tráfico de armas e drogas. Várias prisões e apreensões foram feitas, tentando dar um fim no fluxo de armas que só fortalece a violência nas nossas comunidades. Essa é a história de uma guerra que afeta os guetos, onde a busca por justiça e paz é a nossa voz.

PCC e Operação Trigger IX: cerco cabuloso

Era tipo uma guerra, irmão. A polícia da América Latina, unida, numa missão pra acabar com o tráfico. Operação Trigger IX, coordenada pela Interpol, mexeu com o mundo. De norte a sul, do México à Argentina, 15 países trocando informações, tentando derrubar grupos poderosos. Eles apreenderam 25,4 bilhões de Reais em drogas, 8.000 armas de fogo e prenderam quase 15.000 pessoas.

Em Foz do Iguaçu, especialistas se reuniram pra traçar estratégias, mirando no Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e na Mara Salvatrucha. O objetivo era interromper o fluxo de armas de fogo ilícitas que alimentavam a violência nas quebradas.

Paraguay colaboró en la mayor operación contra el tráfico de armas en América Latina

Durante el procedimiento, incautaron 372 toneladas de precursores y 203 toneladas de cocaína.

▪️ La operación se llevó a cabo desde el 12 de marzo al 2 de abril.

A Conexão entre Armas e Drogas

A Interpol já sabia que o contrabando de armas fortalecia às organizações criminosas e aumentava a criminalidade.

O fato de uma operação visando armas de fogo ilícitas ter resultado em apreensões de drogas em massa é mais uma prova, se necessário, de que esses crimes estão interligados.

Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol

Gangues criminosas na América Central e do Sul tão cada vez mais armadas, e a polícia local não consegue dar conta. No Brasil e no Paraguai, o PCC organizou assaltos a bancos em grande escala e fugas de prisões. A facção, que começou aqui no Brasil, e agora até se meteu no assassinato de um promotor paraguaio.

A Luta contra o Tráfico e a Violência

Mara Salvatrucha, ou MS-13, continua controlando grande parte do tráfico humano, drogas e armas na América Central. A Operação Trigger IX levou à apreensão de grandes quantidades de munição, até em países que não eram associados à violência armada em larga escala. A polícia do Uruguai conseguiu 100.000 munições, a maior quantidade já apreendida no país. Foram contrabandeadas por dois cidadãos europeus, mostrando a importância do compartilhamento internacional de inteligência.

texto base: In Brazil and neighbouring Paraguay, members of the First Capital Command have staged large-scale bank robberies and prison breaks.

Eleição no Paraguai: a facção PCC e a expansão da Família 1533

Nesta emocionante história, acompanhe a inspetora Rogéria Mota em sua missão no Paraguai para combater o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao explorar as conexões entre as eleições no Paraguai e a crescente influência do PCC, Rogéria Mota e seus aliados enfrentam desafios para desvendar a realidade do crime organizado.

A eleição no Paraguai e a luta contra o crime organizado! Acompanhe a inspetora Rogéria Mota em uma jornada de cooperação internacional para combater o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

A crescente influência na eleição no Paraguai do Primeiro Comando da Capital

O que intrigava a investigadora do GAECO de São Paulo, Rogéria Mota, era a aparente onipresença do Primeiro Comando da Capital no Paraguai, apesar das crescentes apreensões.

Se antes sua presença e influência ´na eleição no Paraguai em especial na cidade de Pedro Juan Caballero, eram ostensivas, agora havia notícias da organização criminosa em todos os cantos da nação guarani.

A facção criminosa deixou de ser uma gangue de ladrões e, após investir em empresas legais para lavar dinheiro e financiar políticos e entidades sociais, passou a ser um player importante no xadrez social, influenciando as diretrizes políticas das corporações policiais e judiciais, que em tese deveriam coibir e ameaçar sua existência.

O Primeiro Comando da Capital hoje é como um polvo, cujos tentáculos se estendem por todos os aspectos da sociedade paraguaia, se não de toda sociedade sul-americana.

Cooperação Internacional e Ação no Paraguai

Em uma ação de cooperação internacional de combate ao crime organizado, Rogéria Motta, ao encerrar a investigação do “Estranho Caso dos Dois Reais de Pau de Ferros”, seguiu direto para o Paraguai a convite da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad).

Com sua vasta experiência e talento investigativo, a inspetora Rogéria Mota unia forças com os agentes paraguaios para desvendar os segredos e desmantelar as operações da facção paulista PCC 1533 no país vizinho.

Funcionária da Polícia Civil de São Paulo, Rogéria Mota há anos atua no GAECO do Ministério Público de São Paulo em investigações comandadas pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

A Emoção da Investigação

A força conjunta, a expertise de Rogéria Mota e a determinação dos parceiros da Senad a enchiam de esperança, mesmo porque, ela acreditava que pelo menos parte dos planos para o assassinato de Gakiya estavam escondidos na província de Assunção no Paraguai.

A emoção da investigação consumia Rogéria Mota, que mergulhava no submundo do Paraguai, desvendando os segredos por trás das conexões do PCC e do tráfico de drogas que chegariam a influenciar na eleição no Paraguai.

A inspetora testemunhava as vidas quebradas, os sonhos despedaçados e as esperanças desaparecidas, enquanto pessoas comuns eram atraídas para o negócio sujo do narcotráfico.

Camponeses, populações indígenas e moradores das periferias eram lançados aos tubarões e consumidos pelo engodo do dinheiro fácil.

Rogéria Mota enfrentava a dor e o sofrimento das vítimas e de seus entes queridos com um olhar calmo e compreensivo, mas sua determinação em desmantelar a organização criminosa PCC.

O Crescimento do PCC e o Desafio da Sociedade Paraguaia

Apesar de todos os esforços das autoridades sul-americanas, incluindo os de Rogéria Mota, o poder econômico, social e político do Primeiro Comando da Capital continuava a crescer.

A história se desenrolava como uma sinfonia sombria, trazendo mais emoção, tensão e complexidade a cada nota.

A inspetora Rogéria Mota enfrentou o que mais temia: o verdadeiro desafio era a própria sociedade paraguaia.

Enquanto mergulhava na escuridão do crime organizado, buscando aplicar a lei com rigor e proteger os mais vulneráveis, a sociedade se fechava cada vez mais para ela.

Com habilidade e perspicácia, Rogéria descobriu as motivações por trás do PCC e seus planos sinistros. A luta contra o crime e a corrupção se intensificou, mas a inspetora estava sozinha.

A solidariedade e coragem dos paraguaios ajudavam-na a enfrentar o mal, mas eles entendiam melhor do que ela a dinâmica da sociedade guarani.

Riscos e consequências e as razões históricas

Por mais que seus colegas paraguaios demonstrassem boa vontade, todos tinham famílias e contas a pagar, além de uma vida a viver.

Rogéria conheceu agentes públicos e privados que trabalhavam para organizações criminosas, muitos motivados pela proximidade com esses criminosos no dia a dia.

Para Rogéria, era fácil agir e voltar para sua cidade e sua vida, no entanto, convencer funcionários a colaborar significava colocar em risco suas vidas e as de seus filhos.

A sombra dessas forças ocultas pairava sobre a aparente boa vontade de seus colegas paraguaios.

A parceria entre o PCC e outros grupos criminosos no Paraguai tem raízes históricas, iniciadas após a Guerra do Paraguai, também conhecida como “Guerra de la Triple Alianza” ou “Guerra contra la Triple Alianza”. Rogéria Mota sabia que não mudaria a cultura política e social do Paraguai sozinha.

Relatório da Inspetora Rogéria Mota para o GAECO Aponta Problemas Estruturais

Rogéria enviou um relatório à sua chefia em São Paulo, detalhando suas investigações e levantando questões sobre a confiabilidade das forças policiais paraguaias. O documento também apontava problemas estruturais que precisavam ser enfrentados para combater o crime organizado no país:

  1. A eleição no Paraguai é diferente da que ocorre no Brasil. Lá os candidatos ficam mais vulneráveis à influência do poder econômico de lobbies legais e ilegais. Um especialista afirmou: “Isso efetivamente levou a financiamento ilegal, financiamento disfarçado e, a realidade nos mostra que muito desse financiamento vem do dinheiro das drogas”;
  2. O narcotráfico cresce e se complexifica devido aos espaços dentro do Estado e daqueles que administram a esfera pública; e
  3. O narcotráfico se expande como opção de sobrevivência e alternativa de trabalho para pessoas à margem da sociedade, como setores camponeses e populações indígenas.

Não é só que o narcotráfico esteja apenas ganhando mais mercados, mas está atingindo uma parcela maior da população paraguaia: a pobreza, os programas fracassados ​​de substituição de cultivos, a escassa presença do estado e a corrupção policial contribuíram para a continuação da produção de maconha em Amambay, e a Família 1533, como se intitulam os integrantes da facção paulista, não para de crescer.

texto base para essa história: El Primer Comando de la Capital y el Comando Vermelho son los compradores mayoristas de la marihuana y podrían estar ascendiendo en la cadena de suministro para controlar la producción de la droga.

Amambay: a facção PCC e a disputa pela produção de maconha

A produção de maconha em Amambay enfrenta diversos desafios, como pobreza, corrupção policial e programas malsucedidos de substituição de cultivos. Essa situação afeta a população rural e indígena, que vê na agricultura de maconha uma das poucas oportunidades de renda. As autoridades enfrentam dificuldades para combater o problema devido à presença limitada do Estado e à infiltração do Primeiro Comando da Capital.

Amambay: para policiais e traficantes é simplesmente mais fácil oprimir, abusar e até matar indígenas — afirma fazendeiro da região.

A crescente violência e o poder das facções

Isolamento e falta de segurança em Amambay

Em Amambay, a escassa presença de forças de segurança e a falta de vigilância na fronteira permitiram que grupos criminosos brasileiros, como o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e o Comando Vermelho (CV), se estabelecessem na região. Esses grupos agora controlam a produção de maconha, pagando generosamente aos agricultores locais.

O domínio do PCC na produção de maconha

A facção PCC distribui 60% da maconha produzida em solo paraguaio, numa área entre 7 e 20 mil hectares, com uma produção que varia entre 15 e 30 mil toneladas por ano, envolvendo milhares de trabalhadores rurais, de pequenos agricultores familiares até grandes fazendeiros.

A facilidade no transporte de drogas

A facção PCC atravessa facilmente a extensa fronteira de 800 quilómetros de fronteira do Brasil com o Paraguai, utilizando a mão de obra de empreendedores individuais ou coletivos autônomos, que utilizam-se de mochileiros até caminhões e aviões.

Nessa região estratégica, entre 2014 e 2021, foram apreendidas 48,42 toneladas de maconha, mas estima-se que pelo menos 90 mil toneladas tenham escapado da fiscalização.

Operações aéreas e prisão de integrantes

Parte do transporte é feita por pilotos autônomos, como no caso da célula de Paulo Vicente que realizava cerca de 20 voos mensais, lucrando aproximadamente 18,3 milhões de Reais.

A operação envolvia além do piloto Paulo Vicente, o operador logístico Carlos Antônio, e Javier Alexis e Rafael. Todos acabaram presos com meia tonelada de cocaína em uma pista clandestina, 20 km ao sul de Bella Vista Norte, em Amambay, e a 2 km da fronteira com Mato Grosso do Sul.

Atuação aberta e controle da produção

Grupos criminosos brasileiros, como a facção PCC, atuam na organização do processo, assim, a logística e a produção, são ambas terceirizadas. O Primeiro Comando da Capital aparentemente não optou por ter plantações próprias. Se o PCC decidisse experimentar sua própria produção de maconha.

Disputa intensa pelo controle das rotas de tráfico

Conflito entre PCC e Clã Rotela

Amambay é palco de uma disputa mortal entre o Primeiro Comando da Capital e o Clã Rotela pelo controle da rota de tráfico. Essa disputa alimenta a Rota Caipira, deixando um rastro de vítimas fatais. No ano passado, a violência continuou com assassinatos de alto escalão e entre gangues.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

onexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

Envolvimento de outras gangues e clãs familiares

Além do PCC e do Clã Rotela, gangues menores e clãs familiares, como o Clã Insfrán, também contribuem para a violência em Amambay e outras áreas do Paraguai. O Clã Insfrán foi ligado ao assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci em maio de 2022.

Acesso a armas e influência no tráfico internacional

A violência no Paraguai é intensificada pelo acesso a armas e munições, que acabam nas mãos de organizações criminosas. O crescente papel de Amambay na rota do drogoduto de cocaína para a Europa indica que o conflito entre as principais gangues do país provavelmente persistirá.

Na segunda parte deste artigo, apresento texto elaborado sobre a análise de Henry Shuldiner para o site InSight Crime: Paraguay Anti-Marijuana Operations Barely Dent Production in Amambay

Amambay: Impacto limitado das operações antimaconha no Paraguai

Erradicação de cultivo nas fronteiras

Amambay inicia a discussão sobre o combate à maconha no Paraguai. Autoridades erradicaram grandes quantidades de maconha na fronteira Brasil-Paraguai, porém enfrentam um suprimento aparentemente ilimitado.

Desde 26 de março, a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) e a Polícia Federal do Brasil apreenderam mais de mil toneladas de maconha e sementes em Amambay, segundo comunicado divulgado em 3 de abril. A maior parte é enviada ao Brasil, onde alcança até US$ 150 por quilo.

Operação Nova Aliança e produção de maconha

As apreensões fazem parte da “Operação Nova Aliança”, uma iniciativa bilateral entre forças paraguaias e brasileiras, focada principalmente em Amambay.

A operação concluiu sua 36ª edição, com as etapas anteriores erradicando centenas de toneladas de plantas de maconha cada. Só em 2022, autoridades erradicaram 1.821 hectares de plantações, com potencial para produzir 5.400 toneladas de maconha, conforme informou a SENAD.

Amambay e a produção de maconha no Paraguai

O Paraguai, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas de 2022 das Nações Unidas, continua sendo um dos maiores produtores de maconha das Américas, e Amambay, é um departamento rural e o centro de produção de maconha do país.

Carlos Peris, cientista político e especialista em tráfico de drogas da Universidade Católica de Assunção, afirma que quase 70% do departamento são terras agrícolas e há uma clara falta de presença do Estado.

Fronteiras porosas e tráfico de drogas

As fronteiras permeáveis de Amambay com o Brasil tornaram Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, um importante ponto de trânsito de drogas rumo ao leste.

Análise do InSight Crime: Desafios na erradicação da maconha

Pobreza e falta de oportunidades

A produção de maconha de Amambay enfrenta inabalável as operações de erradicação das autoridades paraguaias e brasileiras. Fatores como pobreza, programas malsucedidos de substituição de cultivos de outras culturas, presença inadequada do Estado e corrupção policial contribuem para essa situação.

Segundo Peris, a população rural e indígena enfrenta escassez de oportunidades além da agricultura de pequena escala. Dessa forma, poucos produtos podem ser vendidos com valor similar à maconha.

Além disso, os programas de substituição de cultivos falharam em dissuadir os agricultores a cultivar maconha. Um quilo de maconha pode render quase trinta vezes mais que um quilo de gergelim ou mandioca, culturas comuns no país.

Presença limitada de forças de segurança

Amambay, isolado por montanhas e distância, possui uma presença esparsa de forças de segurança. Essa falta de vigilância permitiu que grandes grupos criminosos brasileiros se estabelecessem na região. Grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) podem pagar generosamente aos agricultores pelos produtos cultivados.

Corrupção policial e impacto nos agricultores

A corrupção policial em Amambay prejudica a erradicação da maconha. Fazendeiros costumam pagar propinas às autoridades para proteger suas plantações. Segundo investigações do veículo paraguaio Hina, agricultores pagam quase 15% de seus lucros em subornos. Com propinas tão caras, alguns agricultores consideram o negócio menos lucrativo.

Mudanças na produção e impacto na população indígena

Diante disso, a população indígena, que possui áreas maiores de terra e aceita ganhar menos, começa a preencher o vazio deixado pelos agricultores. Peris afirma que, para policiais e traficantes, é mais fácil oprimir, abusar e até matar indígenas. Ele aponta a possibilidade de uma mudança maior na produção de maconha em Amambay, passando dos pequenos agricultores para a população indígena.

Confronto dos Cartéis: a África do Sul no crime organizao global

“Confronto dos Cartéis” de Caryn Dolley explora as conexões do crime organizado na África do Sul com cartéis de drogas, grupos terroristas e corrupção política. O livro detalha como gangues sul-africanas se beneficiam de fluxos econômicos ilícitos globais e estabelecem parcerias com organizações criminosas transnacionais.

Conexões surpreendentes e a luta contra o crime transnacional

Confronto dos Cartéis: o papel da África do Sul no crime organizado global, está disponível apena em inglês, Clash of the Cartels: Unmasking the global drug kingpins stalking South Africa.

Introdução

Os fluxos econômicos ilícitos alimentam o crime organizado transnacional, misturando gangues, cartéis, máfias e funcionários corruptos do governo. A África do Sul é um centro central, porém desconhecido, no cenário criminal global. Caryn Dolley, jornalista investigativa, explora essas conexões em seu livro “Clash of the Cartels”.

Gangues e corrupção na África do Sul

As gangues da África do Sul cresceram a partir da corrupção e violência do regime do apartheid, explorando a presidência corrupta de Jacob Zuma para expandir seu poder e alcance. Essas gangues estabeleceram laços com grupos criminosos organizados, traficantes de armas e terroristas em todo o mundo.

Alguns beneficiários do crime transnacional são amplamente conhecidos, enquanto outros permanecem obscuros e escondidos. No entanto, todos atuam em diversos espaços e fluxos da economia política ilícita. Frequentemente, a África do Sul está no centro dessas atividades, mas costuma passar despercebida no cenário global do crime.

Gangues dos números e conexões globais

As “gangues dos números” da África do Sul desempenham um papel importante na economia política criminosa do país. Com conexões que incluem a D-Company, grupo terrorista e gangster, as gangues sul-africanas têm laços com entidades ligadas ao terrorismo na Índia e no Afeganistão.

As 28 atividades das gangues incluem assassinato, assalto, roubo e tráfico de drogas, juntamente com outros crimes mais mundanos, em prol de seus empreendimentos.

… os 26 administram o lado comercial das coisas, os 27 servem como soldados ou executores, e os 28 são uma ‘estrutura paramilitar’, atuando como a ‘autoridade política’ das gangues de números…

Política e crime organizado

O livro examina as conexões entre o Congresso Nacional Africano (ANC), crimes de rua e homicídio, além de rotas de tráfico de drogas e contrabando de diamantes. Dolley documenta as ligações entre o gangsterismo sul-africano e organizações criminosas transnacionais em países como Dubai, Quênia, China, Moçambique e Estados Unidos.

O tráfico de diamantes entrou na equação, assim como a corrupção policial, quando ex-integrantes do braço armado do ANC, o uMkhonto we Sizwe, supostamente se aliaram aos seus antigos adversários do apartheid, colaborando com organizações criminosas internacionais e desafiando a democracia.

Ampliando o escopo

Outros capítulos exploram conexões com a Sérvia, Irlanda, Canadá, Moldávia, China, Estados Unidos, Bulgária, Reino Unido, Espanha, Colômbia, Lituânia, Nova Zelândia, Austrália e Itália. A ‘Ndrangheta, máfia calabresa, também é discutida, destacando o papel das gangues de motociclistas fora da lei australianas.

Aqui entram as conexões com as facções criminosas brasileiras, como o Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro e o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo, dando destaque ao PCC.

A facção está ampliando sua influência do Brasil para o Paraguai e além, com a África do Sul fazendo parte dessa expansão global. Policiais corruptos e uma rota marítima de tráfico de cocaína ligando Durban a São Paulo financiam o comércio de armas leves, tráfico de pessoas, terrorismo e ações mercenárias. A lavagem de dinheiro é um componente central desse circuito.

Conclusão

Dolley faz um excelente trabalho ao fornecer um relato detalhado das ligações do crime organizado global com a África do Sul. Apesar de carecer de fundamentação teórica profunda, “Confronto dos Cartéis” oferece excelentes comentários sobre a importância do crime organizado sul-africano e deve ser usado para aprimorar estudos acadêmicos e treinamento de analistas de inteligência e policiais.

texto base utilizado como base para esse texto: On stage, links with the Brazilian gang, First Command of the capital (PCC) of São Paulo. The PCC is expanding its reach from Brazil to Paraguay and beyond, with South Africa joining in this global expansion.

PCC na Bolívia: uma ameaça crescente a Segurança Nacional

O avanço do PCC na Bolívia ameaça a segurança nacional, mesmo após mortes de líderes e ações criminosas em ascensão. O governo conseguirá combater o narcotráfico e desmantelar suas estruturas ou sucumbirá sob elas?

Mortes de líderes e ações criminosas do PCC evidenciam a urgência de medidas efetivas por parte das autoridades

O PCC na Bolívia florece sob o manto noturno do um céu sombrio e lúgubre nas comunidades cocaleiras daquele país.

O site “Página Siete” esculpe, com palavras duras, um panorama nefasto e mórbido das mortes que assolam os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC 1533).

Em um editorial macabra, tece críticas severas à ineficácia das autoridades, em sua luta inglória contra as garras da organização criminosa brasileira.

A impotência das forças da lei ecoa no vazio, assim como o uivar do vento cortante nas noites solitárias nas encostas dos Andes.

A sombra do PCC na Bolívia se estende e consolida, surda ao implorar do “Página Siete” pelo seu fim.

O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.

coronel do Exército da Bolívia Jorge Santistevan

O Intrincado Labirinto do Narcotráfico e a Sombra do PCC

Recentes ocorrências na Bolívia confirmam o vigoroso narcotráfico no país e sua perigosa relação com o temido PCC, uma grave ameaça à segurança nacional.

Num caso emblemático, o sinistro Jorge Adalid Granier Ruiz, conhecido como “El Fantasma”, é capturado em terras brasileiras.

Transportador de drogas, ele é o fio que liga a teia boliviana ao temido PCC, como revela um relatório sombrio da DEA.

A Teia de Assassinatos e as Consequências para a Segurança Nacional

A mortalha de assassinatos se estende, trazendo consequências funestas.

Ruddy Edil Sandoval Suárez, um boliviano de 37 anos, é encontrado morto no Brasil, com marcas de execução e sinais de conexão com o narcotráfico e o PCC, como se um espectro da morte o houvesse visitado.

Enquanto isso, uma sinistra operação internacional desvela e aprisiona o líder de uma quadrilha nefasta que, em conluio com o PCC, movimentou a espantosa soma de mais de US$ 700 milhões em apenas dois anos.

Assim, na penumbra do labirinto do crime, a sombra do PCC se estende e ameaça engolir a Bolívia em seu abismo tenebroso e profundo.

As Macabras Estatísticas e o Clamor por Ação Governamental

Até outubro de 2022, os corpos de pelo menos oito líderes da facção paulista PCC jaziam abatidos a tiros na terra boliviana.

Esse cenário tenebroso revela a sombria presença do narcotráfico e do PCC no território boliviano, sobretudo na região leste.

A Falência das Ações e a Desesperada Necessidade de Solução

Com o aumento da violência e o avanço do crime organizado, é imperativo que o governo atue de maneira mais eficiente para combater essa onda crescente.

destruição de laboratórios vazios e a proclamação bombástica de resultados são ecos que se perdem na escuridão e não atacam o coração putrefato do problema.

É fascinante, e ao mesmo tempo aterrador, observar como os arquitetos do narcotráfico se expandem por domínios cada vez mais vastos, tecendo relações sinistras com a sociedade, os órgãos da lei e a classe política.

A proliferação do Primeiro Comando da Capital não se trata de um destino impelido pelas sombras do além, mas sim de uma escolha que, como um espectro, envolve a todos, mesmo que hesitem em admitir sua terrível cumplicidade.

texto base: el peligroso Primer Comando de la Capital (PCC), lo que representa un serio riesgo para la seguridad nacional

“Os Crias” da fronteira norte serão aliados da facção PCC 1533?

Os Crias é uma gangue brasileira emergente que surgiu da Família do Norte (FDN) e esteve envolvida em disputas violentas pelo controle do narcotráfico na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, enfrentando o Comando Vermelho e grupos colombianos como os Caqueteños.

Origem e ascensão de “Os Crias” no cenário do crime organizado

“Os Crias”, grupo criminoso brasileiro, originou-se da Família do Norte (FDN), que já foi uma das três maiores organizações criminosas do Brasil e controlava vastas regiões do país.

A facção FDN destacou-se principalmente na década de 2000, fortalecendo-se no comércio de drogas e armas na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

Recentemente, “Os Crias” superaram seus antigos parceiros na Tríplice Fronteira, consolidando sua participação sobre o lucrativo comércio ilegal na área.

Entretanto, enfrentam dificuldades contra um poderoso inimigo, o Comando Vermelho, uma das mais antigas e poderosas facções criminosas do Brasil, além das organizações colombianas, incluindo Los Caqueteños, que também estão envolvidos no tráfico de drogas e atividades ilícitas na região.

A possível aliança entre “Os Crias” e o Primeiro Comando da Capital (PCC)

O Primeiro Comando da Capital não é considerado um dos principais atores criminosos na Tríplice Fronteira. Contudo, a facção paulista PCC tem presença na cidade de Letícia, localizada na fronteira entre Brasil e Colômbia, e parece ter interesse em estabelecer alianças com “Os Crias” para expandir suas atividades criminosas e fortalecer sua presença na região.

A potencial aliança entre o PCC e “Os Crias” poderia levar uma mudança do equilíbrio de forças e um aumento na violência e na disputa pelo controle do tráfico de drogas e armas na Tríplice Fronteira.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

Se prefeir, leia o texto a seguir no original de Juan Diego Cárdenas no site Insight Crime: Mafias brasileñas se toman el control de la Triple Frontera con Colombia y Perú

Aumento da violência na Colômbia e na fronteira do Peru devido à presença de gangues brasileiras

Uma onda de assassinatos na área da tríplice fronteira Colômbia-Brasil-Peru levantou preocupações sobre o poder crescente de grupos brasileiros e a violência que podem cometer para controlar este importante corredor do narcotráfico.

Duas pessoas foram mortas e outras duas ficaram feridas entre 24 e 26 de março em Letícia, capital do departamento do Amazonas, na Colômbia, segundo o jornal local La Silla Vacía. Um cidadão colombiano também foi morto em Tabatinga, cidade do lado brasileiro da fronteira com Letícia.

Os autores dos ataques permanecem desconhecidos, mas as autoridades acreditam que eles estejam ligados a grupos brasileiros de Tabatinga que conseguiram se estabelecer na Colômbia, informou o jornal.

A crescente violência na tríplice fronteira e o papel de “Os Crias”

O aumento da violência em Letícia e na tríplice fronteira é resultado de uma combinação explosiva. Grupos brasileiros estão fortalecendo suas posições no narcotráfico local, e a Colômbia está sentindo as consequências.

As investigações de campo da InSight Crime revelaram que a recente violência em Letícia é fruto de uma disputa entre o Comando Vermelho (CV), a organização criminosa mais antiga do Brasil, e “Os Crias”, uma emergente gangue brasileira.

“Os Crias” surgiram da Família do Norte (FDN), terceira maior organização criminosa do Brasil, e lutaram com ela pelo controle de Tabatinga em 2021. Antes de 2020, a FDN controlava a região.

Conflitos entre “Os Crias” e o Comando Vermelho

“Os Crias” venceram a FDN, mas seu domínio foi rapidamente contestado pelo Comando Vermelho, que se aliou a grupos colombianos, incluindo os Caqueteños, para travar uma nova guerra em 2022. “Os Crias” foram derrotados, e o Comando Vermelho assumiu o controle da cidade, mas seus membros continuam sendo mortos em ambos os lados da fronteira.

O ressurgimento dos Caqueteños e a complexidade do cenário criminal

Embora os Caqueteños fossem considerados inativos, o grupo parece estar operando novamente por meio de grupos dissidentes, disseram fontes ao InSight Crime.

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