Atentado Moro: a mal contada história do atentado da Facção PCC

Investigação de 2023 sobre atentado Moro envolve fantasmas da facção PCC 1533 que sumiram em 2021. A história fica mais doida ainda com a desconfiança do Presidente Lula.

Atentado Moro: mistério sinistro rola no PCC, com dois irmãos que sumiram antes de armar a parada. História pesada, com acusações, sumiços e um ataque programado contra o futuro senador. Já ouviu falar do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533)?

Os manos Nadim e Tobé, acusados de planejar o atentado Moro, podem ter sido vítimas do próprio PCC. Como é que fica a fita? Essa treta, cheia de perguntas sem resposta, desafia o raciocínio e bota a mente pra funcionar. Quer entender essa parada? Continua na leitura que o bagulho é complexo.

E aí, não esquece de deixar sua ideia no nosso site ou no grupo de leitores. Se preferir, manda uma mensagem privada pra mim, vamos trocar uma ideia. Queremos saber o que cê pensa sobre o atentado Moro e essa fita toda no PCC.

Atentado Moro: dois fantasmas investigados

Em 2023, a polícia investiga dois irmãos do Primeiro Comando da Capital, conhecidos como Nadim e Tobé. Eles foram acusados de planejar uma fita pesada em 2022, contra o futuro senador Sergio Moro. Aí que a parada fica louca, os caras sumiram do mapa lá em 2021.

A juíza Sandra Regina Soares liberou a denúncia contra os manos e mais um monte, todos acusados de fazer parte de uma organização criminosa e de armar sequestro pra extorquir. Nos papos que os caras trocavam, o nome dos dois aparecia direto, mostrando que eles eram os chefes do esquema. Nadim era o cara da célula terrorista e Tobé era o cérebro das finanças.

Os homens do Ministério Público de São Paulo acham que os caras foram condenados à morte pelo “tribunal do crime” do próprio PCC, mas ninguém sabe qual foi a real pra eles terem levado chumbo.

Atentado Moro: difícil de engolir

Agora, presta atenção na sequência: os caras tão sendo acusados em 2023 por um esquema que armaram em 2022, mas o corpo do Tobé foi achado numa vala em São Bernardo do Campo lá em 2021. E o Nadim? Sumiu no começo de 2021, deixando só o carro dele abandonado na Vila Maria, Zona Norte de Sampa.

Os irmãos faziam parte de um bonde de 13 acusados que planejaram o sequestro do senador Sergio Moro. A cana diz que quem armou a fita foi o Nefo, que tá em cana desde março desse ano.

Aí fica a questão: como é que os caras tão sendo acusados de armar uma parada em 2022 se já tavam desaparecidos ou mortos em 2021? Essa fita tá toda enrolada, mano. E ainda tem mais, depois que Nadim e Tobé sumiram do mapa, a missão foi passada pro Tuta e pro Deva, que também desapareceram. O que rolou com eles, ninguém sabe. Mas a suspeita é que encontraram o mesmo fim trágico.

Lula já Desconfiava da Fita do Atentado Moro

O presidente Lula, na função atual, mandou a letra de que tá achando que essa fita do atentado ao Moro é toda armada. De acordo com ele, a Polícia Federal tá só cumprindo a vontade do Moro, colocando o dedo nos caras da facção. E aí, o sinal de alerta tá ligado, porque a parada tá cheia de contradições que fortalecem o que Lula tá falando.

Numa correria no Rio, Lula deixou claro que não quer acusar ninguém sem prova concreta, mas não deixa de suspeitar que essa história toda é mais um jogo do Moro. “Vou descobrir o que aconteceu, é visível que é uma armação do Moro, mas vou investigar, entender o porquê dessa parada”, ele disse na lata.

Ele prosseguiu, “vamos aguardar a real. Não vou atacar sem ter prova, mas se for mais uma armação, o Moro vai ficar mais na cara ainda”. Na visão de Lula, o Moro pode estar se queimando com toda essa mentira. Mas o foco dele, Lula, não é o Moro, e sim melhorar a vida dos mais de 200 milhões de brasileiros.

Na voz, o promotor de Justiça Gakiya

Então, vê só, o Lincoln Gakiya, promotor do Gaeco, entrou numa briga da pesada em 2018, trombando de frente com o Primeiro Comando da Capital. A situação ficou braba quando ele mandou os líderes do PCC, incluindo Marcola, o cara que manda na quebrada, pra cadeia federal.

Bolsonaro, e o Moro, tão no palco da Band falando que mover o Marcola foi ideia deles. Os caras até esculacharam o Lula, dizendo que o presidente nunca teve coragem de fazer o mesmo nos tempos do governo petista. Mas o barulho de verdade, quem fez foi o MP-SP: eles disseram que a ideia de mudar o Marcola foi do Gakiya, não do Bolsonaro ou do Moro.

O Gakiya já tinha mandado a letra da transferência em novembro de 2018, mas a parada foi segurada por medo de confusão, os homens temiam que o crime fizesse um estouro. Então vem a pergunta: Se nem o Moro e nem o Bolsonaro levaram os manos do PCC pra federal, que história é essa de eles estarem na mira do PCC? Essa fita tá estranha, mano, não tá batendo.

Tribunal do Crime do PCC e a Operação Antígona do GAECO

A parada é o seguinte: contamos aqui o rolê pesado que o GAECO armou pra botar os irmãos do PCC 1533 que participavam do Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital atrás das grades. O corre todo começou lá em 2017 e desenrolou 418 anos de cana pro comando.

“Tribunal do Crime”, cê sabe o que é isso, família? Aquele esquema que o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) usa pra dar um final nos vacilões e nos inimigos. Só que o bagulho foi longe demais em 2017, quando um armeiro do PCC foi decretado em Itu, essa parada foi o estopim pra um corre pesado do GAECO, que montou a tal da Operação Antígona.

Agora a parada ficou séria, família. O Tribunal do Júri em Ribeirão Preto deu o veredito e os irmãos do PCC tão levando 418 anos de cana no total. Isso é o sistema fazendo a roda girar.

Quer saber mais sobre como o crime foi desenrolado e como os irmãos do PCC tão pagando o pato? Chega junto no site, cola no grupo de leitores ou manda uma MP pro mano que escreveu essa fita. Vamo trocar uma ideia sobre esse corre, tamo junto!

Um caso do Tribunal do Crime: 2017

Saca só, irmão, é mais ou menos assim: a parada gira em torno do investigador André de Sorocaba, de olho nos corres do Rodrigo Teixeira Lima. Esse Rodrigo era treta, trabalhava de assessor parlamentar pro Deputado José Olímpio, mas também se metia com um esquema de desmanche de carros e era o armeiro da facção PCC na área de Sorocaba.

O André tava de olho em Rodrigo, acompanhando seu passos, sabendo que tinha mais truta nessa correnteza. Parecia que o Rodrigo tava devendo pra alguém, tinha que se encontrar pra “acertar umas contas”.

Rolou um encontro, depois outro, mas o mano que queria trocar uma ideia com o Rodrigo deu cano nas duas vezes, aí um terceiro rolê foi marcado.

Aí que a fita aperta, mano. Se o sujeito tivesse pedido o endereço, talvez a parada tivesse ficado na moita, mas o cara quis se achar esperto, tentou chegar “no sapatinho”. Daí começou a chover de ligações pro Rodrigo pra encontrar o destino, só que o investigador André tava na escuta.

Desvendando a parada e desmontando o Tabuleiro do Crime

Nessa troca de ideia, o André colou que o Rodrigo ia encarar o Tribunal do Crime pra esclarecer um lance de estupro de uma mina de 13 anos. Em uma das gravações, o cara solta:

A mina que tava comigo já vazou, eu mandei a real pra ela.

Essa foi a última vez que a voz de Rodrigo ecoou no ouvido do investigador, mano. Depois, nada além de silêncio. Não demorou pra acharem o corpo do armeiro do PCC, jogado perto do rio. André, esperto, ligou os fatos e seguiu o rastro do carro até o local onde desapareceu, perto do Tietê, na beira da Estrada Parque em Itu.

Mano, a fita é essa: se o Ratinho RT, o irmão que ia levar o Rodrigo pro Tribunal do Crime, não tivesse se perdido e papagaiando no celular, talvez a parada não tivesse sido descoberta.

André que tinha granpeado o número, passou a fita para o investigador Moacir Cova, que achou a placa do Gol branco do Ratinho pelas câmeras de segurança, então conseguiram descobrir o dono do carro, que levou aos manos do Tibunal do Crime do PCC que iam julgar o suposto estuprador. Derrubaram um por um que nem castelo de cartas.

Aí fechou o ciclo, o Ratinho RT foi identificado pelo investigador Moacir Cova como o disciplina da quebrada. Tudo se encaixou, mas se o Ratinho não tivesse se perdido, talvez ninguém tivesse sido pego, e ele nunca teria sido reconhecido como o irmão disciplina de Itu do Primeiro Comando da Capital, facção PCC 1533. E é assim que funcional.

O Tribunal do Crime: 2023

Agora segura essa: seis dos irmãos do Primeiro Comando da Capital levaram cana dura na Justiça de São Paulo por mandar rolar “Tribunal do Crime” lá em Ribeirão Preto. As penas chegam a mais de 418 anos de cadeia, sacou?

“Esse ‘Tribunal do Crime’, ou ‘Tabuleiro do PCC’, é a parada que a galera organiza pra dar o troco em inimigos ou nos que furam as leis da quebrada. As sentenças vão de uma coça até uma passagem sem volta, conduzida por um Disciplina ou algum irmão de respeito no pedaço.

Operação Antígona contra o Tribunal do Crime do PCC

Essa fita foi revelada pela Operação Antígona, jogada pelo Gaeco, do MPSP, lá em 2017, quando o mano Ratinho tomou um tombo. E olha só, até um assessor de deputado tava no rolo, o que fez a política inteira tremer.

Antígona, que é o nome que o GAECO colou pra operação contra o Tribunal do Crime do PCC, tem a ver com enterrar o cara vivo. Há 2400 anos, Sófocles contou a história de uma mina, filha do Édipo, aquele carinha que se envolveu com a própria coroa, a Jocasta. Depois que ela deu as caras de novo em Tebas, a Antígona foi enterrada viva, lá no subterrâneo, numa caverna, que nem os irmãos do PCC são enterrados no sistema prisional do Brasil. Entendeu o nome?

Na última fase da Operação Antígona foi em março em São Bernardo, mandaram ver em 11 mandados, seis de busca e cinco pra prender os manos. Três integrantes do PCC acusados de botar pra decidir no ‘Tribunal do Crime’ foram para trás das muralhas.

A menor pena foi 51 anos e a maior 102

No ano passado, 2022, sete irmão também caíram por por sequestro, tortura e execução de um condenado pelo Tribunal do Crime. Além de mandar para dentro do sistema mais três dos pesados do crime organizado, os policiais encontraram mais de 11 mil ‘doletas’, uns celulares e um carro.

No fim das contas, a parada de Ribeirão não tinha nada a ver com a de Itu, mas deu força para o GAECO tocar a operação e agora sobrou pra esses nove manos ligados à cúpula do PCC em Ribeirão Preto, os responsas por organizar e mandar ver nos ‘tabuleiros’ de lá.”

No Tribunal de Justiça de São Paulo, os julgamentos foram divididos em cinco júris populares, rolou entre 2021 e 2023. Os irmãos do PCC responderam por homicídio, sequestro, ocultação de cadáver e organização criminosa. Tinha até uma mina entre os condenados. As penas foram de 51 a 102 anos de prisão.

A investigação, encabeçada pelos promotores Marcos Rioli e Giullio Chieregatti Saraiva, começou depois de um vídeo que mostra três irmãos do PCC dando fim a um rival com golpes de podão, uma espécie de facão de lavoura. Entendeu a fita, mano?

Central de Comunicação da facção PCC: Operação Grajaú On-line

Vamos mergulhar no mundo da “central de comunicação” do Primeiro Comando da Capital (PCC 1533), explorando suas origens, seus perigos e um caso recente envolvendo mais de 300 integrantes da facção.

“Central de comunicação” é a chave para desvendarmos juntos as complexas teias de informação tecidas pelo Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533). Depois de embarcar conosco nessa viagem fascinante, convidamos você a compartilhar seus pensamentos e impressões conosco – seja aqui no site, no nosso grupo de leitores ou através de uma mensagem direta.

Na primeira parte, voltamos no tempo para descobrir as raízes das centrais telefônicas – uma ferramenta crucial que impulsionou o crescimento da facção, mas que também trouxe riscos significativos para seus membros. Na segunda parte, revisitamos casos reais de 2012, onde a desmantelamento de uma dessas centrais resultou na prisão de vários membros.

Finalmente, na última parte, vamos ao coração do caso atual que envolve mais de 300 indivíduos ligados à facção. Esperamos que você nos acompanhe nessa viagem intrigante, e ansiamos para ouvir suas opiniões e insights!

Rede de Comunicação da facção PCC: origem

A revolução da comunicação trazida pelos celulares e o Whatsapp mudou o cenário global, incluindo o domínio do crime organizado. A rede de comunicação do Primeiro Comando da Capital, não é diferente, apesar do seu método eficaz de comunicação se estender muito antes da existência dessas ferramentas.

No ano de 2007, a facção PCC executou uma manobra brilhante, a criação de “centrais telefônicas” descentralizadas. Uma época em que os celulares eram quase inexistentes e a rede de comunicação era dominada por linhas fixas. Estas “centrais”, que operavam por linhas dedicadas, proviam o nível de privacidade necessária nas conversas.

O método usual era um familiar de um integrante preso alugar uma casa exclusivamente para receber ligações de vários presídios e intermediar os contatos com a rua e lideranças. O sistema funcionava eficientemente. Ocasionalmente, uma central era descoberta em uma operação policial ou por acaso, e as autoridades proclamavam ter desmantelado as comunicações do PCC. Um acontecimento similar ocorreu recentemente com a descoberta de um grupo de Whatsapp, no qual membros da facção relatavam a chegada da polícia.

Em 2007, a rede de comunicação da facção PCC englobava um sistema híbrido com telefones fixos, celulares, rádios e dispositivos Nextel. Com a chegada do Whatsapp em 2009, rapidamente se tornou parte integrante da rede. Mesmo com a evolução tecnológica, a estratégia fundamental dessa rede de comunicação permanece a mesma na facção até hoje. Embora as autoridades reiterem que estão no controle, a realidade dessa complexa rede de comunicação sugere um cenário diferente.

A Rede de Comunicação do Irmão Japa

Keiti Luiz, mais conhecido como “irmão Japa” do Primeiro Comando da Capital, já havia sido mencionado neste site em 28 de fevereiro de 2012 por suas conversas telefônicas, nas quais expressava receio de que sua linha pudesse estar sendo monitorada pela polícia.

Normalmente residente no Presídio de Avaré, Japa repreendeu um colega que ousou perguntar ao telefone sobre uma “fita de maconha”. Ele estava plenamente ciente de que tais conversas telefônicas poderiam ser monitoradas, uma suspeita confirmada pelo investigador de polícia Moacir Cova, que passou os últimos 50 dias escutando suas conversas.

Japa tentou moderar seu comportamento, mas a mudança na linguagem não o salvou de uma futura condenação. Em uma ocasião, ordenou que um “brinquedinho” – supostamente uma arma escondida – fosse buscado na casa de um comparsa, dono de um bar, que possivelmente guardava uma pistola Imbel.

Para evitar maiores problemas, Japa decidiu parar de discutir assuntos sensíveis ao telefone, um hábito adquirido após notar que seus adversários começaram a ser presos, um a um, após conversarem com ele por telefone sobre armas ou drogas.

Apesar dos esforços de Japa para limitar suas comunicações, outros estavam dispostos a falar por ele. Luiz Carlos, conhecido como irmão Piloto, um traficante de Salto, mencionou Japa em uma conversa telefônica enquanto procurava por drogas. Outro associado, Maia, também se referiu a Japa durante uma ligação, buscando um fornecimento quando seu próprio estoque estava baixo.

Passando celulares para confundir a polícia

No meio dessas tramas intrincadas, temos o caso de Fernando, de Indaiatuba, que pediu um empréstimo de dez mil reais a Japa para “fazer mercado” e teve que trocar os telefones que Japa estava usando por drogas, para confundir a polícia. O dinheiro foi entregue na casa de Márcia, esposa de Fernando, mas a polícia não se confundiu não.

Existe também a intrigante questão do relacionamento entre Japa, Palha e Delei. Delei era um revendedor de Japa, ou pelo menos foi o que ele afirmou para o traficante Palha. No entanto, Palha não sabia que Japa havia proibido Delei de vender drogas para ele, então Delei encontrou outra fonte para adquirir o produto. Tudo isso foi relatado pelo investigador Moacir Cova, que acompanhava as gravações telefônicas.

As drogas de Japa estavam escondidas na casa da irmã de um colega. Não se sabe se ela estava ciente disso, mas é mais uma prova da natureza familiar do PCC. Japa também tinha controle sobre uma “central de comunicação” localizada na cidade de Itu. Outro personagem que caiu por causa do monitoramento nessa “central de comunicação” de Japa, foi o irmão Cara de Bola que havia comprado as biqueiras nas quebradas da cidade.

Normalmente, este blog transformaria esses episódios em artigos detalhados, mas por hoje essas histórias se tornaram apenas comentários breves. É uma pena, pois é um material rico que, em outras circunstâncias, seria explorado de maneira mais aprofundada, mas menciono aqui apenas para contextualizar o caso que agora vem à tona, com a polícia ganhando espaço na imprensa por derrubar um grupo de WhatsApp do PCC — desculpe, eu não ia rir sozinho.

Julho de 2023: Polícia derruba central de comunicação do PCC

Se os caras passar aqui na Rubi, nós vai mandar o ‘salve’, falou?

informa um membro do grupo do PCC

A Operação Grajaú On-line foi lançada com o objetivo de cumprir 31 mandados de prisão temporária e 40 de busca e apreensão, visando desmantelar uma rede organizada pelo Primeiro Comando da Capital, principalmente em Santana de Parnaíba e Grajaú na zona sul de São Paulo.

Os criminosos utilizavam um grupo do WhatsApp denominado “Original Florim” com 366 membros para monitorar as atividades policiais em tempo real e alertar seus integrantes, evitando assim a detenção de foragidos da Justiça, além de prejuízos nos pontos de drogas e a prisão de patrões e dos moleques dos corres.

Caíram áudios que revelam alertas sobre a presença ou chegada da Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Municipal em locais de venda de drogas e pontos de acesso, revelando a eficácia do sistema de comunicação em tempo real. Devido à operação, um indivíduo foi preso em flagrante por tráfico de drogas e seis outros foram indiciados. Além disso, 13 pessoas foram identificadas, incluindo o “disciplina” da região, responsável por manter a ordem na comunidade.

A Polícia Civil segue empenhada na identificação dos membros restantes do “Original Florim” e investiga a possível existência de outros grupos similares operando no WhatsApp. Entre os áudios analisados, há menções de suspeitas de policiais infiltrados no grupo central de comunicação:

Tira esse número do grupo, aí, mano. Tá na mão dos caras, entendeu?

outro avisando que um dos celulares caiu na mão da polícia

“A Guerra dos Mundos” e a Ascensão da facção PCC 1533

Este artigo compara “A Guerra dos Mundos” com a ascensão do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), demonstrando como a sociedade lida com ameaças desconhecidas e a necessidade de estratégias efetivas.

No fascinante “Guerra dos Mundos” de H.G. Wells, descobri paralelos impressionantes com a realidade brasileira do “Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533)”. Prepare-se, vou te levar nessa viagem intrigante.

Vamos explorar como, tanto na ficção quanto na realidade, as pessoas reagem a ameaças antes inimagináveis. Marcianos invasores ou o surgimento de uma organização criminosa poderosa, ambos os cenários desafiam nossas percepções e exigem respostas firmes.

E aqui vem a reviravolta: no final, faço uma ligação entre a “Guerra dos Mundos” e a histórica Guerra de Canudos. Quer descobrir como? Confira e, depois, adoraria ouvir suas ideias! Deixe seus comentários no site, no nosso grupo de leitores, ou envie-me uma mensagem direta. Mal posso esperar para saber o que você acha!

Paralelos Inquietantes: “A Guerra dos Mundos” e a facção PCC

Nessa minha folga, decidi tirar a poeira de livros há muito tempo começados e abandonados. O primeiro que finalizei foi “A Guerra dos Mundos” de H. G. Wells e, claro, não consegui evitar fazer comparações com a situação do Primeiro Comando da Capital.

Intrigante como consigo encontrar correspondências mesmo em contextos distintos. Apesar das diferenças, vejo muitas similaridades entre a obra de Wells e a origem e ascensão da facção PCC 1533 no Brasil.

No livro de Wells, marcianos invadem a Terra sem aviso prévio, empregando tecnologia superior para rapidamente dominar a humanidade. A sociedade humana, avançada e confiante, não está preparada para este inimigo desconhecido e mais poderoso. Isso resulta em caos e destruição em massa, deixando as pessoas desesperadas e impotentes.

Guerra dos Mundos: alienígenas e criminosos

A situação do PCC tem semelhanças notáveis. O grupo criminoso emergiu dentro do sistema prisional brasileiro na década de 1990, um resultado não planejado de políticas de Segurança Pública e de práticas de encarceramento desumanas e segregadoras. Assim como os marcianos no livro de Wells, o PCC era inicialmente um inimigo desconhecido e invisível para muitos. No entanto, tornou-se rapidamente uma força poderosa e influente, instigando medo e insegurança na sociedade brasileira.

As semelhanças continuam na maneira como a sociedade e as autoridades reagiram em ambos os casos. Em “A Guerra dos Mundos”, líderes e militares mundiais inicialmente subestimam a ameaça marciana, até que é tarde demais. Da mesma forma, o PCC foi inicialmente ignorado ou subestimado pelos líderes políticos e pela polícia, que não possuíam estratégias eficazes para lidar com esse novo tipo de crime organizado. O resultado foi um crescimento da violência e da criminalidade, com o PCC expandindo sua influência por todo o Brasil e até mesmo além de suas fronteiras.

O Governador Mário Covas, que Deus o tenha em Seu Reino, bradou aos sete ventos que não existia a facção criminosa que dominava presídios, impondo aos detentos uma lei de cão… Foram sete anos negando até que a realidade chutou sua porta. Muita gente morreu e sofreu enquanto ele tapava o sol com a peneira, e nós, todos nós, incluindo você não queríamos ver.

A organização criminosa expande sua atuação

Em ambos os cenários, havia pessoas que tentaram alertar a sociedade por meio da imprensa ou em conversas pessoais sobre a catástrofe iminente. No entanto, esses indivíduos foram ignorados ou ridicularizados, situação retratada no filme “Não Olhe Para Cima”. Experimentamos situação semelhante aqui, com pesquisadores, principalmente aqueles ligados às universidades, sendo menosprezados por apontarem o problema que estava sendo gerado dentro de nosso sistema prisional.

Invasão Comparada: ‘A Guerra dos Mundos’ e a Ascensão do PCC

Assim como os terráqueos do livro, o Estado buscou o confronto direto com a facção PCC, utilizando seu máximo poderio bélico contra o inimigo. Em “A Guerra dos Mundos”, o resultado foi a destruição de Londres, escassos danos aos alienígenas e a ampliação de seu domínio. Na nossa realidade, apesar da disparidade de forças, o Estado conseguiu inicialmente exibir muitos corpos à imprensa, presos ou mortos. No entanto, em relação ao contingente, a vitória foi mínima, permitindo que a facção dominasse todos os presídios e grande parte das periferias das grandes cidades, além de uma rápida e consolidada expansão.

Em “A Guerra dos Mundos”, as pessoas confrontam uma força alienígena além de seu entendimento ou controle, causando pânico e desordem generalizada. As estruturas sociais e políticas que geralmente proporcionam segurança e estabilidade desintegram-se rapidamente diante dessa ameaça desconhecida. Isso espelha reações humanas comuns ao medo e à incerteza: desorientação, negação, raiva, pânico e, por fim, desespero.

A ascensão do PCC provocou reações similares na sociedade brasileira. A facção paulista PCC é uma força poderosa que atua fora do controle das autoridades, instigando medo e incerteza. Muitos se sentem impotentes e frustrados, pois as estruturas sociais e políticas parecem incapazes de lidar com essa ameaça. Isso pode levar ao desencanto com as instituições, sentimentos de desesperança e, em alguns casos, à resignada aceitação do PCC como uma realidade inevitável.

A Política e a Organização Criminosa

O resultado na nossa sociedade é o uso do “Primeiro Comando da Capital” como argumento discursivo por todas as vertentes políticas para angariar votos. Isso é feito seja pela exploração do sucesso de suas ações no combate à facção, seja pela exploração da incapacidade do outro lado em controlar o problema. A manipulação do pânico, medo e incerteza é uma ferramenta política frequentemente utilizada.

Não, senhores liberais conservadores, não foram os governos de esquerda do PT ou o ‘isentão’ PSDB que geraram a facção PCC! Ela foi gerada em um ambiente liberal e conservador.

PCC: PT PSDB, quem é o pai da criança?

Tanto “A Guerra dos Mundos” quanto a ascensão do PCC revelam as falhas e fragilidades das nossas instituições sociais. Em ambos os casos, é evidente que a sociedade não está preparada para lidar com esses desafios, e as estruturas existentes são insuficientes ou inadequadas. Isso pode provocar uma crise de confiança nas instituições e na liderança, bem como mudanças sociais e políticas radicais.

A presença de uma ameaça persistente e incontrolável como os marcianos ou o PCC pode afetar significativamente a saúde mental das pessoas. Isso pode resultar em ansiedade crônica, estresse, depressão e outros problemas de saúde mental. Também pode levar a um estado de hipervigilância, onde as pessoas estão constantemente à espera do próximo ataque ou ameaça. Esses fenômenos físicos e psicológicos podem levar os indivíduos a tomarem atitudes equivocadas, seja por desespero, seja por terem simplesmente abandonado a luta.

Nós, o padre e o artilheiro

Em “A Guerra dos Mundos”, o padre e o artilheiro adotam estratégias muito diferentes para lidar com a invasão marciana. O padre, perdendo a esperança e a fé, se entrega à desesperança e ao desespero. Já o artilheiro tenta se adaptar à nova realidade.

Observamos nossa sociedade dividida em dois grupos distintos. O primeiro, assemelhando-se ao padre, deposita sua fé na resolução do problema pela intervenção de um poder superior, no caso, o Estado e suas forças policiais. No entanto, a cada ano, esses veem suas esperanças cada vez mais distantes.

Existem aqueles que, como o padre, entram em desespero diante de uma ameaça aparentemente insuperável. Eles se rendem ao medo e põem sua fé em dúvida, optando pela rendição em vez da luta. O desespero do padre e sua incapacidade de se adaptar à nova realidade culminam em sua eventual morte pelas mãos dos marcianos.

O pragmático artilheiro

Por outro lado, o artilheiro, um personagem mais pragmático, busca desenvolver estratégias para sobreviver no novo mundo dominado pelos marcianos. Concebe um plano para viver nas tubulações de esgoto e, eventualmente, lançar uma resistência contra os marcianos. Apesar de suas ideias serem extremas e, por vezes, desumanas, ele tenta se adaptar, sobreviver e resistir, com o objetivo de, no futuro, infiltrar-se e vencer os inimigos utilizando sua própria tecnologia e suas fragilidades.

Existem aqueles que, como o “artilheiro”, buscam desenvolver um planejamento de resistência a longo prazo, mesmo aceitando a inconveniência da convivência com o grupo criminoso. No entanto, assim como o artilheiro, algumas dessas abordagens podem ser extremas e até mesmo contraproducentes, como a adoção de políticas de segurança pública muito severas que não abordam as raízes sociais e econômicas do crime organizado, e o enraizamento que a organização pode alcançar após um certo tempo no poder.

Encontrando o meio termo

Em ambos os cenários, a solução ideal provavelmente se encontra em algum lugar entre esses dois extremos. É necessária uma abordagem equilibrada que reconheça a gravidade da ameaça representada pelo PCC, mas que também busque soluções eficazes e sustentáveis baseadas em políticas sociais justas, reformas prisionais e judiciais, e melhor treinamento e apoio para a polícia.

Em última análise, tanto “A Guerra dos Mundos” quanto a situação do PCC nos lembram que a sociedade frequentemente não está preparada para enfrentar ameaças desconhecidas e poderosas, sejam elas de invasores alienígenas ou do crime organizado. Em ambos os casos, é necessária uma abordagem proativa e adaptável para enfrentar essas ameaças e proteger a sociedade.

Por último, também existem diferenças significativas entre os dois casos. Por exemplo, a ameaça marciana é externa e claramente maligna, enquanto o PCC é um produto das condições sociais e políticas internas do Brasil. Além disso, enquanto os marcianos são derrotados por uma doença, é menos claro como o problema do crime organizado pode ser resolvido. Isso exige uma abordagem multifacetada, incluindo políticas sociais e econômicas justas, reforma do sistema prisional e judiciário, e melhor treinamento e apoio para a polícia.

A Guerra dos Mundos e Canudos: Opressão além da Ficção

Em 1897, enquanto H.G. Wells trazia ao mundo a narrativa de “A Guerra dos Mundos”, onde uma sociedade bem-estruturada era atacada e dizimada por marcianos superiores, algo semelhante, porém cruelmente real, acontecia no sertão da Bahia, Brasil. Canudos, uma comunidade autônoma e estruturada, era cercada e atacada pelas forças do recém-estabelecido governo republicano brasileiro.

Ambas as histórias, uma fictícia e a outra tristemente real, trazem paralelos inquietantes de sociedades sendo oprimidas por forças invasoras.

Os marcianos de Wells eram uma força estrangeira tecnologicamente superior que, impiedosamente, sugavam o sangue dos seres humanos para se sustentarem. A imagem dos alienígenas consumindo o sangue humano é uma metáfora literal da exploração e do roubo de recursos pelos invasores, um reflexo grotesco da exploração colonial que marcou a história humana.

Já em Canudos, o governo brasileiro representava uma força autoritária que, com o pretexto de unificar a nação sob a nova bandeira republicana, destruiu uma comunidade que procurava viver segundo suas próprias regras e convicções. Milhares foram mortos e Canudos foi erradicada, numa demonstração brutal do poder estatal de subjugar seu próprio povo.

Marcianos, Canudos e o Mundo Moderno

A opressão narrada tanto em “A Guerra dos Mundos” quanto na “Guerra de Canudos” não é um fenômeno relegado ao passado. Hoje, continuamos a testemunhar a dominação de estruturas de poder econômico e estatal sobre as pessoas, especialmente as mais vulneráveis.

Nos vemos diante de forças corporativas e governamentais que, em busca de lucro e controle, exploram trabalhadores, consomem recursos naturais de maneira insustentável e ignoram as necessidades das comunidades marginalizadas.

Da mesma forma que os marcianos sugavam o sangue dos humanos e o governo republicano esmagava a resistência em Canudos, as forças do capitalismo moderno e os governos complacentes muitas vezes ignoram os direitos humanos e a justiça social em nome do progresso e da ordem.

Essa opressão, embora menos visível do que os marcianos de Wells ou as tropas em Canudos, é igualmente devastadora e exige resistência e mudança.

A história nos ensina que é possível resistir e, eventualmente, transformar as estruturas de poder opressivas. Hoje, assim como nos tempos de “A Guerra dos Mundos” e Canudos, a responsabilidade recai sobre nós para garantir que nossa sociedade não seja vítima de invasores, sejam eles marcianos fictícios, governos autoritários ou forças econômicas desenfreadas.

Podemos agir diante dessa situação como os personagens do livro de Wells: o padre, o artilheiro ou o narrador. No entanto, o que não podemos fazer é ignorar o que está se passando e acreditar que a situação não chegará até nós.

Policiais Mortos no Litoral: na Visão de um integrante do PCC 1533

Neste texto, o leitor é imerso na tensa atmosfera que envolve a morte de dois policiais aposentados no litoral paulista e as repercussões disso dentro do Primeiro Comando da Capital (Facçã PCC 1533).

“Policiais mortos no litoral” são palavras que chamam a atenção. Mergulhe neste relato, vivenciando a tensão do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533). Em meio a adrenalina, você se tornará uma testemunha ocular.

Este texto aborda os desafios e os medos, além do fascínio que envolve a realidade do PCC. Uma narrativa arrebatadora que trará luz a um mundo sombrio, mas profundamente humano.

Após a leitura, espero por seus comentários e reflexões. Deixe sua opinião no nosso site, compartilhe suas impressões nos grupos de leitores do WhatsApp ou envie uma mensagem privada para mim. Sua participação enriquece o debate!

Policiais assassinados no litoral: Tempo de caça

Policiais mortos no litoral. Esse era o grito dos noticiários. O cenário era real: uma caçada estava em andamento. A adrenalina dominava cada célula, cada pensamento. A tensão era palpável.

Estava aberta a temporada de caça. Não me refiro àquele caçador que esconde-se atrás da mira, apontando para seres desprotegidos na natureza. Falo de uma caçada mais temerosa, onde as presas têm armas que podem atirar de volta e estão em tocaias que só elas sabem onde são, onde o risco de morte é uma constante e onde a possibilidade de matar é uma escolha consciente, mesmo quando há consequências a enfrentar.

O sabor do perigo é indescritível. Enquanto escrevo este texto, recordo a força cega que me impulsionava, a liberdade e vida que se tornavam não importava. Mas a sede de vingança é um veneno que intoxica até os mais sensatos. O sangue chama por sangue, e o ódio alimenta o ódio. Esse é o ciclo vicioso que parece estar se repetindo agora no litoral.

A Mensagem do Jovem Integrante da Facção

Um jovem guerreiro, integrante do Primeiro Comando da Capital, sente agora essa pressão. Não vou julgar aqui a ele ou a quem quer que seja, só digo que sei o que sentia naquele momento. E vou descrever aqui como ele deve ter se sentido quando me mandou aquela mensagem. Ele encarou a mensagem em seu telefone com um arrepio de medo e excitação. Seu coração batia como acelerado, a adrenalina corria livre por suas veias.

“O bagulho tá molhado aqui no litoral, Choque, ROTA, BAEP, tamo tudo entocado na mata aqui. Tá daquele jeito, é só Taliban!” Ele prosseguiu, “O bagulho tá molhado, tá molhado mesmo, os verdinho tá mata, tá na mata daquele jeito! O bagulho tá frenético! Fogo no Parquinho! Todo litoral tá molhado,, todas, em Cubatão, São Vicente, Bertioga… todas as quebradas tá molhadas.”

E, em seguida, um silêncio. Um silêncio carregado de antecipação, um silêncio que pesava no ar como uma cortina de chumbo. Ele estava nas matas que sobem pela serra para o planalto, no meio do caos, assim como deve ter sido para tantos fugitivos por toda a história, de povos nativos caçados pelos primeiros colonizadores portugueses, escravos fugidos de seus senhores, e agora ele, caçado pela polícia. E ainda assim, de alguma maneira, ele estava mais vivo do que nunca.

Policiais Assassinados no Litoral: a Razão da Caça aos PCCs

Ao ser surpreendido pela mensagem de Cria do 15 no sábado, a percepção de que algo de muito significativo tinha ocorrido logo se instalou em mim. O fervor que a mensagem continha era indicativo de um enxame que deixou o ninho em um estado de fervor anormal. Mesmo em ações especializadas, raramente se vê uma mobilização tão estrondosa.

Logo, a névoa esclareceu-se, desvendando o estopim dessa turbulência. Foi em Guarujá, no litoral paulista, onde dois policiais aposentados encontraram seu fim trágico na tarde de sexta-feira, 19 de maio, por volta das 17 horas. Nelson da Silva, subtenente, e Clóvis Oliveira Barbosa, 3º sargento do Corpo de Bombeiros, guardavam um comércio na cidade quando foram mortalmente surpreendidos.

Após o assassinato, os criminosos fugiram em um Fiat Stilo, que foi localizado abandonado há uns dois quilômetros no bairro Vila Zilda, tendo no seu interior uma das armas roubadas dos policiais, uma pistola calibre 380.

A Realidade do “Bico”

Vivemos num mundo onde, paradoxalmente, um policial paulista, mesmo ganhando em média 81% mais do que um trabalhador formal – cerca de R$ 3.495 comparado a R$ 1.926 – não resiste à tentação de engordar a carteira com um ‘bico’ comercial. Um retrato que revela uma sociedade acentuadamente desigual.

No caso dos nossos protagonistas, um subtenente e um sargento, os seus vencimentos na ativa seriam, respectivamente, R$ 5.359 e R$ 4.518. No entanto, na aposentadoria, optaram por complementar seus rendimentos com um ‘bico’. Trabalhando 44 horas semanais num comércio não voltado ao luxo, estimamos que cada um poderia amealhar um extra de cerca de R$ 5.940 (à razão de R$ 30 por hora).

Os policiais, mesmo ganhando substancialmente mais que a maioria dos brasileiros, optam por arriscar suas vidas em trabalhos extras que, estatisticamente, matam 60% mais que os confrontos durante o horário de trabalho. Justificam tal escolha alegando a necessidade de complementar seus baixos salários.

Dois lados da mesma moeda

Do lado de cá, Nelson da Silva e Clóvis Oliveira Barbosa, dois homens mais velhos, trabalhadores incansáveis da segurança pública. Do lado de lá, jovens seduzidos pelo mundo do crime, arremessados por circunstâncias nem sempre claras em um universo onde a morte e a violência são apenas mais uma parte do cotidiano. Em um jogo que não escolheram jogar, esses homens se encontraram.

Ambos, os policiais aposentados, possivelmente tinham famílias para sustentar, sonhos a cumprir, uma vida para viver. O trabalho extra, o “bico”, não era só uma maneira de complementar a renda, era também uma forma de ocupação, uma maneira de continuar servindo e protegendo, algo que nunca deixou de ser parte de sua essência. A sensação de utilidade e de cumprir um papel, de não se entregar à ociosidade, era certamente uma força motriz. A certeza do dever cumprido acompanhava-os. Havia medo? Sim, sempre há. Mas havia também coragem e determinação.

Do outro lado, os jovens do Primeiro Comando da Capital encaravam a morte desses dois homens com uma excitação juvenil, misturada com um sentimento estranho e amargo de triunfo. Era como se, naquele ato, eles se colocassem contra a opressão de um mundo injusto, um mundo que parecia não ter lugar para eles. Não foi uma escolha feita de ânimo leve, mas uma resposta a um sentimento de desesperança e revolta. Estavam eles certos? Certamente não. Mas a vida raramente é definida por linhas claras de certo e errado.

Confronto de Realidades

A morte desses dois homens é lamentável, um triste lembrete da realidade violenta e incerta que muitos vivem. Mas é preciso tentar entender, entender que tanto os policiais aposentados quanto os jovens do PCC são produtos de uma sociedade que, de formas diferentes, falhou com todos eles.

Essa história não tem um final feliz, não tem heróis nem vilões. Há apenas pessoas, cada uma com seus próprios sonhos, esperanças e medos, navegando da melhor maneira que podem em um mundo que é muitas vezes hostil e inóspito. Há apenas pessoas tentando sobreviver, tentando encontrar alguma alegria e sentido em suas vidas.

E talvez, se pudermos aprender alguma coisa com essa história, seja que a verdadeira batalha não é contra o outro, mas contra a injustiça, a exclusão e a falta de oportunidades que leva tantos a caminhos violentos e desesperados. E que, no fim das contas, todos nós, independente de onde viemos ou do caminho que escolhemos, queremos o mesmo: ser felizes, ser livres, ser respeitados e amados. É um sonho simples, mas um que, para muitos, continua sendo apenas isso: um sonho. E é aí que reside a verdadeira tragédia.

Turma do Apito: vermes do Distrito de Cavaleiro em Pernambuco

Este texto oferece uma análise perspicaz do submundo criminoso em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Ambientado no contexto atual, descortina o controle e influência do grupo “Turma do Apito” na região, através de um narrador peculiar que observa a dinâmica da cidade a partir da perspectiva de uma ave, um macuco, e um integrante da facção PCC.

“Turma do Apito” – um nome de tom quase inocente para um grupo que é tudo, menos isso. Descubra neste relato sombrio o poder invisível que regula o crime em Pernambuco.

Tendo como pano de fundo o sinistro Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), a história desvela a face de um distrito preso nas garras de uma milícia cruel. Aceite o convite à leitura e mergulhe neste universo desconcertante.

Após a leitura, espero por seus comentários e reflexões. Deixe sua opinião no nosso site, compartilhe suas impressões nos grupos de leitores do WhatsApp ou envie uma mensagem privada para mim. Sua participação enriquece o debate!

Turma do apito, os vermes da sociedade

Estava sentado em uma rocha, isolado em um canto da Reserva Ecológica do Paiva. Me disseram que não havia macucos por aqui, mas ali estava um, um emblema da imprevisibilidade da natureza. Vindo de São Paulo, eu era um estranho naquelas terras, mas o macuco parecia ainda mais deslocado, um espectador quieto em um palco estrangeiro.

Era um belo pássaro, de presença solitária, que capturou minha atenção naquele instante. Assim como eu, o macuco estava distante de sua terra natal, parecendo estar à procura de algo, ou alguém. Este pássaro me lembrava de mim mesmo – observador, cauteloso, e, talvez, à procura de um novo começo.

Há alguns meses, desde que pisei em Recife, me aninhei silenciosamente em uma casa pouco visível no bairro Bomba do Hemetério. Minha vizinhança inclui um irmão do PCC, este, da terra, vive na moita, ambos observando, ambos sem levantar suspeitas. Nossa existência ali, como fantasmas invisíveis, é uma metáfora perfeita para o controle discreto e nefasto das facções criminosas na região. E foi ali, nesse silencioso reduto, que ouvi a história que mexeu com os nervos de todos nós.

Em Cabo, o domínio é do Comando Litoral Sul, a facção conhecida como CLS. Em outros lugares, eles não detêm o mesmo poder, exceto talvez em Ibura, onde a disputa sangrenta entre o Comando Vermelho e o PCC continua a ser travada. Camaragibe é outro local que vale a pena mencionar. Lá, a presença do PCC é tão forte quanto um vendaval. Orlando de Camaragibe é um nome que ressoa com intensidade. Ainda é incerto se ele é apenas um simpatizante do PCC ou se é um membro batizado, mas ele e seus crias proclamam abertamente sua lealdade ao PCC.

Aqui no nosso canto, as notícias da repressão que seguiu a morte de um policial, cujo erro fatal foi tentar denunciar as bocas de fumo do grupo, circularam com velocidade. O ocorrido enfraqueceu a quadrilha momentaneamente, mas já está claro que isso apenas a aguçou. A consequência direta foram execuções sumárias, com muitas pessoas se encontrando no alvo – desafetos, e surpreendentemente, até aliados. O líder, agora desconfiado de todos e de tudo, lançou um clima de pânico e tensão que é quase palpável. Em Camaragibe, o medo é a nova moeda, e está sendo gasto livremente.

Macuco: Coloca seu Ninho onde há Fartura de Alimento

Fui aconselhado por conhecidos a me instalar no Distrito de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes. Disseram-me que seria um bom lugar para passar despercebido, perto o suficiente do Recife para não perder contato com a metrópole, mas distante o suficiente para viver na obscuridade. Um lugar perfeito para alguém como eu, alguém que precisava se esconder à vista de todos.

O macuco se alimentava de vermes, e isso me levou a uma reflexão mórbida. Aqueles vermes, desprezíveis e repulsivos, me lembravam dos grupos criminosos que infestam o distrito de Cavaleiro, os milicianos chamados de “Turma do Apito” ou simplesmente de Cavaleiro.

Na minha cabeça, esses criminosos da “Turma do Apito” eram os vermes da sociedade, se alimentando da decadência e do medo, criando um clima de terror. Haveria um macuco para acabar com essa praga também?

Agora, aqui, observando a ave em seu ambiente tranquilo, percebi uma irônica semelhança entre nós dois. Ambos éramos observadores, ambos éramos estranhos em uma terra que não nos pertencia, e ambos éramos sobreviventes em nosso próprio caminho.

Estava perdido em meus pensamentos quando um ruído suave chamou minha atenção. Meu contato finalmente havia chegado. Olhei uma última vez para o macuco, ainda apanhando vermes com seu bico afiado, e pensei no que estava por vir. Como o macuco, eu também teria que me alimentar dos “vermes” da sociedade para sobreviver.

Dominância Oculta: A Força do PCC em Pernambuco

Com um aceno de cabeça, levantei-me e caminhei até a figura à distância. Ele era um homem de porte médio, com traços marcantes e uma expressão dura no rosto, fruto de anos de convivência com uma realidade cruel e implacável.

Estendemos a mão ao mesmo tempo, nosso aperto de mão foi firme, seco. Seus olhos, profundos e intensos, encontraram os meus, e em um instante silencioso, selamos o nosso entendimento. Nenhuma palavra foi dita, mas a mensagem era clara. Ele era um homem com uma história para contar, e eu estava lá para ouvi-la.

Ele começou a descrever a praga que assolava o distrito de Cavaleiro, um problema que se espalhava silenciosamente, como uma sombra, cobrindo a região com um véu de insegurança e medo. Com a voz grave e severa, falou sobre os “vermes” que eu já havia observado, a “Turma do Apito”, como eles eram conhecidos, e a ameaça que representavam para a ordem local.

Enquanto ouvia suas palavras, senti o peso das realidades que ele descrevia. A gravidade da situação que eu tinha pela frente era inegável, uma verdade dura que eu teria que enfrentar em minha nova vida em Cavaleiro.

Ele confirmou algumas coisas que eu tinha ouvido falar em São Paulo. O Primeiro Comando da Capital, tinha seus tentáculos estendidos por todo o interior de Pernambuco, e estavam ancorados firmemente em Caruaru.

No centro de Recife, a presença dos “crias do 15” também era sentida de maneira significativa. Os presídios, nesses locais, tornaram-se fortalezas para o PCC, especialmente os de Igarassu e Caruaru, mas os “Crias do 15” também ganhavam espaço em Itaquitinga e Palmares.

Uma situação cabulosa: PCCs cercados de oposição

No entanto, a situação se tornava nebulosa quando o olhar se voltava para o complexo do Curado. Este era um caldeirão fervente de várias facções e os chamados “chaveiros”, em geral eram milicianos.

Apesar do que aquele homem disse, eu me lembrava bem do depoimento que recebi de dentro de um presídio pernambucano.

Um forte abraço aí, uma boa noite aí prá nóis. Quem tá na voz aqui é …

Veja só, que a gente numa situação difícil, que aqui está descabelado, sem aparelho para fazer a conexão, tamo fora da sintonía por isso aí.

Estou dizendo a você, aqui tem o Comando Vermelho, a CLS, tudo inimigos nossos, entendeu? Tem o Comando Litoral Sul e tem FDN também misturado aqui. Aqui é cheio de lixo mesmo.

Aqui na cadeia que estou, não está favorável não! É pouca quantidade dos irmãos nossos, é mais Comando Vermelho, entendeu? É mais tumulto, não é qualidade não, é mais tumulto.

Muita guerra eu tive em … através da facção, faz … anos que sou da facção, eu era Geral do Sistema, eu fechei como Geral do Sistema e Geral de Estados e Países, eu fechei nessas duas responsas aí.

Pronto irmão, você faz a anotação aí, pedindo uma ajuda irmão, porque altas cadeias de Pernambuco aqui a gente está sendo oprimidos.

Porque tem muito lixo e os irmão do PCC tem pouco aqui. Em todas as cadeias de Pernambuco está tá expandindo o lixo. Eu queria que você fizesse um relatório aí dizendo o que está acontecendo nas cadeias de pernambuco, entendeu?

É isso aí que estou dizendo a você, um forte abraço aí uma boa noite para nós aí tamo junto aí viu irmão…

Recado PCC das trancas de Pernambuco: “tamo sendo oprimidos”

Um grito e uma resposta

O que ocorre em Pernambuco está ocorrendo em todo o Norte e Nodeste, eu sei, e o Primeiro Comando da Capital também sabe. Pouco tempo depois que o grito desse irmão de trás das muralhas, a organização criminosa emitiu um documento:

O Primeiro Comando da Capital vem deixar a todos os criminosos do país cientes que o nosso objetivo de expansão pelos estados tem por prioridade fortalecer o crime contra a opressão, covardia e inveja imposta dentro e fora do regime prisional.

Deixamos claro que respeitamos aqueles que merecem respeito do crime e continuaremos a crescer e fortalecer os que nos respeitarem de igual.

Mostrarmos que somos capazes de fortalecer o crime e trataremos sempre com a igualdade todos criminosos que defendem a ideologia do Primeiro Comando da Capital.

Estaremos juntos para lutar contra todos opressores, somos de cobrar diretamente das forças opressoras.

Acreditamos nessa resposta. Onde estamos não importa a região e o número de integrantes, a polícia e os agentes do governo sabem que não terão paz conosco se não nos respeitarem como seres humanos, com tudo.

Primeiro Comando da Capital está progredindo e cada vez mais enxergamos o quanto estamos no caminho certo.

Carta para o Mundo do Crime

Turma do Apito, um Grupo de Extermínio e seu Poder Sombrio

Para além disso, o Nordeste era dominado por grupos de extermínio, compostos por policiais e jagunços – remanescentes de um tempo antigo, ainda carregando as práticas brutais de um passado que se recusa a morrer. As maiores milícias de Pernambuco, no entanto, tinham suas raízes cravadas ali em Cavaleiro e na Bomba do Hemetério, territórios onde o poder paralelo florescia de maneira sinistra.

Despedimo-nos com um aceno e ele se afastou, deixando-me ali, sozinho novamente com o macuco. Ele continuava sua tarefa de se alimentar dos vermes, indiferente às complexidades da vida humana, mas de alguma forma, se tornando um símbolo poético e sombrio das verdades que eu tinha acabado de ouvir.

Os vermes, criaturas rastejantes que vivem na sujeira e na decomposição, se assemelham aos criminosos que dominam as ruas daquela comunidade e outras pelo interior de Pernambuco. Sim, estou falando da Turma do Apito. Eles são como vermes, se alimentando da desgraça alheia, criando um ambiente de medo e exploração.

A Turma do Apito que domina a região de Cavaleiro, outrora era comandada por um policial reformado, preso durante a Operação Canaã, passou a ser controlada por um jovem que nunca foi policial, mas se sentia como um. Sob sua liderança, o grupo começou a se envolver com tráfico de drogas, roubos de carga, pistolagem, agiotagem e extorsões.

Uma coisa que aquele homem me disse não me saía da cabeça:

Se você mora em Cavaleiro, ou dá uma parte do roubo pra eles ou ele manda os policiais que fecham com eles para prender a pessoa, isso quando eles não mata. Policiais militares, civis e inclusive promotores têm vínculos com eles.

A Turma do Apito e o subtenente: Uma Tragédia Anunciada

O homem me contou também, o caso do subtenente, morto em uma emboscada em 2020 em Recife.

Dizem que foi morto porque ele matou um integrante da equipe de Cavaleiro, outros dizem que foi o ex-vereador que armou a cocó pra ele. O fato é que ele sabia demais e tava peitando esses milicianos. Esse subtenente estava envolvido com coisa errada também. Extorsão etc.

Aí tudo indica que ele pegou uma mala cheia de dinheiro com o ex-vereador e saiu para fazer alguma coisa, mas era uma casinha armada pelo ex-vereador que passou a informação que ele estava saindo da casa dele para determinado local para os comparsas da Turma do Apito. Aí os meninos de Cavaleiro interceptaram ele na BR entre o bairro do Curado e Cavaleiro. Mas isso é boatos.

O subtenente encontrou seu fim porque se entrelaçou demais com a milícia de Cavaleiro, absorvendo informações perigosas demais para um homem só. No momento de sua morte, uma maleta contendo 80 mil Reais estava em seu carro – uma origem misteriosa e enigmática para tal quantia.

Naturalmente, boatos circulavam, mas em tempos como esses, quem ousaria colocar sua fé na polícia, quando tantos dos seus próprios estavam comprometidos com a milícia? A credibilidade da polícia, aos olhos do público, agora carrega a mesma validade que qualquer rumor sem fundamentos.

… são investigados um perito papiloscopista da Polícia Civil, três policiais militares de Pernambuco e um de Alagoas, além de um ex-PM que foi excluído da corporação pernambucana e outras pessoas que não tiveram profissões detalhadas. Os policiais tinham papel de liderança. Facilitavam a atuação de outros indivíduos, utilizavam a questão de ser servidor público para facilitar a execução dos crimes.

delegado Ivaldo Pereira

Mais de dois anos se passaram até que em uma ação policial foram capturados alguns integrantes deste grupo criminoso, entre eles, um ex-vereador de reputação duvidosa. O saldo da operação foi significativo, com a apreensão de 64 milhões em bens oriundos de suas atividades ilícitas.

No entanto, como uma melodia desafinada em um concerto, eles voltaram às ruas pouco tempo depois, retomando suas atividades como se nada tivesse acontecido.

Um Futuro Incerto: Pernambuco nas Garras de Políticos, da Milícia e do PCC

Não dá para saber até onde o grupo de Cavaleiro é financiado, financiam ou têm vínculos com vereadores, deputados, policiais militares, civis e promotores, mas já se tem notícias que até prefeitos já pediram favores para a organização criminosa.

O grupo criminoso dos Thundercats, juntamente com o Primeiro Comando da Capital, são os únicos que se mantêm fechados em conflito com os milicianos Cavaleiro, além da disputa com as facções rivais do Bomba do Hemetério e do Vasco da Gama.

Ainda assim, Pernambuco parece definhar nas garras dessas milícias, de policiais corruptos e de políticos gananciosos. Não é uma derrocada silenciosa, ao contrário, acontece sob o olhar da imprensa e da população, que se dividem entre a complacência e o aplauso, num espetáculo grotesco de resignação.

Dizem que os deuses, quando querem punir os homens, realizam seus desejos. Este provérbio soa dolorosamente verdadeiro quando observamos o Brasil nas mãos de Bolsonaro e suas comunidades à mercê dessas milícias.

Observo o macuco apanhando outro verme com seu bico afiado. Penso em como somos parecidos, ele e eu. Observadores em um mundo dominado por vermes e predadores. O macuco e eu, nós somos apenas sobreviventes, testemunhas silenciosas do que nossa sociedade se tornou, mas assim como a ave, talvez eu não precise apenas observar passivamente o rastejar de um verme.

A exemplo do macuco, estou cercado por inimigos, aqui personificados pela Turma do Apito. Contudo, assim como a ave, persevero na vida, na observação. Nutro a esperança de que, talvez um dia, testemunhemos Cavaleiro, Recife e todo Pernambuco livres dessa praga que são as milícias, permitindo que pessoas e macucos vivam em harmonia e paz.

Rio Claro: GAECO entra na guerra entre Facção PCC e oposição

Este artigo aborda a violência e o caos em Rio Claro, onde a batalha pelo controle do tráfico de drogas entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e um grupo independente culminou em 33 mortes em apenas um ano. Descubra como esta luta está transformando a pequena cidade paulista.

Rio Claro, pacata cidade paulista, abriga segredos que transcendem seu aparente sossego. Convidamos você a adentrar o labirinto obscuro do crime organizado, onde um grupo desafia a dominância do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

Neste intrigante relato, observe pela perspectiva da investigadora Rogéria Mota a ascensão dessa facção independente. Junte-se a nós nessa exploração, pois desvendamos a trama de poder, violência e uma coexistência surpreendente em meio ao caos.

A Batalha Invisível de Rio Claro: Uma Guerra Silenciosa pelo Controle do Tráfico

Tudo na cidade de Rio Claro causava uma sensação de inquietação. A investigadora do GAECO, Rogéria Mota, atenta à atividade de um grupo criminoso independente, se perguntava: “Como pode essa facção crescer em território dominado pelo Primeiro Comando da Capital?“.

Ela percorria as ruas de pedra de Rio Claro, buscando respostas. Observava casas simples e estabelecimentos modestos. Essa paisagem era um terreno fértil para o crime, embora parecesse desproporcional ao calibre dos armamentos desse grupo.

Entre sussurros dos habitantes de Rio Claro, Rogéria descobriu a potência dos armamentos do grupo. Eles rivalizavam com exércitos avançados e os fundos monetários, fruto de um tráfico desenfreado, competiam com o PCC. Essa realidade causava arrepios.

Surpreendeu-se, porém, com a aceitação desse novo grupo pelo PCC. Conforme sua investigação avançava, descobriu uma regra da facção PCC: ninguém é obrigado a aderir. A coexistência com outros grupos era permitida, ainda que nem sempre pacificamente.

Entretanto, a violência não era estranha nesse cenário. A lista de mortos crescia. Entre os nomes, estava o de Juliano, empresário e narcotraficante, assassinado com mais de 30 tiros. Essa situação em Rio Claro não era para os fracos de coração.

Numa Teia de Poder e Medo: A Estranha Tolerância do PCC aos Grupos Independentes

Refletindo, Rogéria percebeu a semente da destruição escondida na própria ética do PCC. A tolerância da facção PCC para com outros grupos permitiu a ascensão de um poderoso rival. Uma ironia amarga, sem dúvida.

As suspeitas de Rogéria Mota pesavam sobre as vítimas, incluindo Juliano, acreditando que poderiam ter negociado com o grupo do notório traficante Anderson. Afinal, no mundo sinistro do crime, acordos são tão voláteis quanto o rastilho de uma vela acesa, sempre ameaçando se desfazer em meio ao mais tênue sopro de desconfiança.

Por muito tempo, a organização Primeiro Comando da Capital agiu como mediador neutro, aceito por todos em São Paulo. No entanto, quando sua autoridade é questionada, as armas ditam a lei.

O isolamento dos líderes da facção PCC, promovido por ações públicas, sem dúvida contribuiu para o crescimento do grupo rival. As autoridades emitiram mandados, realizaram apreensões e sequestraram bens do grupo. Cinco foram presos, mas o líder, Anderson, escapou.

A ação foi coordenada pelo GAECO de Piracicaba. A Rogéria cabia prever e tentar se antecipar às mudanças para que São Paulo não voltasse a ser marcada pela violência pré-hegemonia do PCC. Em 2022, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes em Rio Claro atingiu 15,68, a maior da região.

Vidas perdidas em uma guerra sem fim

A batalha pelo controle do tráfico de drogas em Rio Claro tem tido um preço alto: somente no último ano, essa guerra resultou em um saldo devastador de 33 assassinatos. A escalada de violência tem um objetivo preciso: a hegemonia do tráfico de drogas . As suspeitas apontam que o grupo de Magrelo possui um arsenal bélico superior ao do próprio PCC na região, um poder de fogo desenfreado capaz de abater rivais e manter seu controle tácito.

Por ora, no entanto, o braço da Justiça agiu conforme a denúncia apresentada pelo MPSP, voltando-se contra os oito alvos marcados pelos mandados, cinco dos quais já se encontravam sob custódia policial.

Adicionalmente, um pedido de sequestro de bens foi deferido, somando um valor colossal de R$ 12.586.000,00 – uma soma que, demonstra o poder dessa organização criminosa independente.

Rogéria precisa entender a mente criminosa para reverter esse quadro de mortes. Contudo, meu papel é apenas observar e relatar as histórias. E, certamente, essa história está longe de terminar.

O que se sabe Sobre Anderson, o líder da organização criminosa

Anderson Ricardo de Menezes, um criminoso de altíssima periculosidade mais conhecido como Magrelo, é um nome que ressoa nos corredores do Gaeco de Piracicaba. E não é à toa: no auge de sua juventude impetuosa, aos vinte anos, Magrelo desferiu múltiplos golpes de canivete num desafeto, um ato que deixou cicatrizes profundas, não apenas no corpo da vítima, mas também no tecido social de Rio Claro.

O modus operandi é cruel, mas eficaz: rastreadores em carros de inimigos, emboscadas em locais desprovidos de testemunhas, veículos incendiados após os atos hediondos. O enigma da morte de Alessandro de Arruda, membro do PCC, desvendado por interceptações telefônicas, revela a mão de dois comparsas de Magrelo por trás do assassinato.

Com um histórico criminal notavelmente extenso, Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como Magrelo, aos 48 anos, desafia a maior organização criminosa do Cone Sul, o Primeiro Comando da Capital, e seus negócios já se estendem além das fronteiras de São Paulo, alcançando as áreas limítrofes entre o Brasil e o Paraguai.

O criminoso Magrelo já contabilizava em sua ficha delitos como roubo, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa e tráfico de drogas, tornando-se alvo da Operação Carro Falso em 2014, uma ação organizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo direcionada aos ladrões e receptadores de veículos furtados. No mês anterior, ele e outros oito cúmplices foram indiciados pelos promotores de justiça de Piracicaba pelos crimes de organização criminosa e associação ao tráfico de drogas.

Na última quarta-feira, Magrelo esquivou-se habilmente de um cerco policial, apesar de sua prisão preventiva ter sido decretada pela justiça. Sua fuga era mais um golpe contra a sensação de segurança, uma prova contundente de que a batalha entre a lei e o crime em Rio Claro estava longe de ser concluída.

artigo base para esse texto: Josmar Jozino – Grupo rival do PCC provoca onda de assassinatos e aterroriza Rio Claro (SP)

Fichamento do Caso Operação Oposição em Rio Claro

  1. Evento: Operação Oposição em Rio Claro (SP) no dia 17 de maio de 2023.
  2. Organizações envolvidas: GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o 10º BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia).
  3. Objetivo da Operação: Cumprir oito mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa formada no município.
  4. Grupo Criminoso Alvo: Organização rival ao Primeiro Comando da Capital (PCC), formada em Rio Claro.
  5. Resultado da Operação: Cinco pessoas presas, três foragidas (incluindo o líder do grupo), apreensão de dinheiro, celulares, armas e munições.
  6. Líder do grupo: Anderson Ricardo de Menezes (Magrelo ou Patrão) conseguiu fugir.
  7. Situação do grupo: Membros tinham acesso a armamento de grosso calibre, munições, coletes balísticos e apresentavam vasta movimentação financeira devido ao tráfico de drogas.
  8. Medida Judicial: Sequestro de bens no valor de R$ 12.586.000,00.
  9. Consequências da rivalidade entre os grupos: 33 assassinatos no ano passado (2022), incluindo Juliano Gimenes Medina, morto com 30 tiros em 8 de junho de 2022.
  10. Investigação: O GAECO de Piracicaba e a Polícia Civil de Rio Claro descobriram o grupo de Magrelo através da investigação do assassinato de Medina.
  11. Assassinato de Medina: Os suspeitos são Rogério Rodrigo Graff de Oliveira (Apertadinho) e Willian Ribeiro de Lima Diez (Feio), que já se encontravam presos.

Complexo do Carandiru: 300 policiais mudaram a história do Brasil

Mano Dyna solta a real sobre como o abandono das políticas de humanização dos presídios, especialmente no ‘Complexo do Carandiru’, deu força pro PCC e mudou a cena política do Brasil.

Complexo do Carandiru é o fio que o irmão Dyna puxou pra nós. Papo reto, cada governador de São Paulo deixou sua marca, moldando o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

Hoje, o mano Dyna chegou com outra ideia, tipo assim, meio doida. Mas saca só, tudo se encaixa: 300 homens fardados, mudando a história do país e da América Latina, com a morte de mais de cem manos.

A guinada à direita, com o Bolsonaro e o Tarcísio no comando, veio do abandono das políticas de humanização dos presídios. Na responsa? Franco Montoro e Mario Covas. Eles queriam trazer dignidade pros presídios, mas os que vieram depois largaram a fita. E aí, já viu.

Cola comigo nessa história, que vou desenrolar essa fita pra você.

Complexo do Carandiru: o Sistema Abandonou os Manos e Deu no que Deu

Vou te soltar a real, bora pro papo reto. Nesse corre da vida, a Segurança Pública em São Paulo sofreu um baque pesado. Os manos Montoro e Covas tinham um plano de humanização dos presídios, mas a fita mudou.

O Complexo do Carandiru foi um lugar que marcou com sangue a história do Brasil. Em 1992, a polícia desceu o aço de forma bruta e covarde, alimentando uma raiva que espalhou um clima tenso na sociedade.

O Complexo do Carandiru, com a superlotação, virou um caldeirão prestes a explodir. Projetado pra caber 3,2 mil presos, chegou a abrigar 7,2 mil. Essa fita era uma bomba-relógio, e o estopim foi a rebelião de 1992.

Quando a casa caiu, a polícia chegou de forma pesada. Mais de 300 policiais, liderados por caras como o Coronel Ubiratan Guimarães. O resultado foi um moedor de carne humana: entre 111 e 300 mortos.

Então, é isso, mano. O abandono das políticas de humanização dos presídios, a falta de direitos humanos, tudo isso contribuiu pro crescimento do Primeiro Comando da Capital e da direita. Fica ligado na segunda parte que vou mandar, onde vou fechar essa fita.

Complexo do Carandiru: símbolo do descaso e da impunidade

Os Direitos Humanos e os sobreviventes bateram de frente, acusando a polícia de querer exterminar os presos. Aí, o Complexo do Carandiru virou um exemplo sombrio do que pode rolar quando as políticas de humanização são abandonadas.

O bagulho é doido, a chapa esquentou e o Brasil inteiro levou um puxão de orelha da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. A resposta violenta à rebelião e a demora pra punir os culpados foram condenadas.

O Complexo do Carandiru virou um churrasco de gente, fez o Brasil virar a cara pra direita. Paulo Maluf, o cara do sistema, se deu bem com o sangue dos manos nas eleições municipais de São Paulo.

A parada aconteceu um dia depois do massacre, no pior estilo do sistema. E, pra quem não sabe, o mano Danilo Cymrot botou no papel, no livro “Da chacina a faxina”, que a vitória do Maluf tá ligada, sim, à essa tragédia.

Foi o primeiro eleito no sangue dos manos mortos covardemente do presídio.

Guinada à Direita: Maluf, Bolsonaro, Tarcísio e as Cicatrizes do Abandono

E quem pagou o pato? Só o Coronel Ubiratan Guimarães, condenado a 632 anos por 102 homicídios e 5 tentativas. Mas o cara recorreu em liberdade, virou deputado e morreu sem ver o sol nascer quadrado.

Os outros PMs? Não tiveram que encarar o juiz. O Carandiru, símbolo da mão pesada do sistema, fechou as portas em 2002. Os presos foram jogados pra outros lugares, resultado da política dos tucanos.

A chacina mexeu com a cabeça do povo. A luta contra o abuso policial e as desigualdades ganharam força. A música “Diário de um Detento”, dos Racionais MC’s, botou a real na roda sobre o episódio e criticou o sistema penitenciário e a desigualdade social brasileira.

Pra resumir, o Carandiru mostra a contradição da segurança pública. A violência policial alimentou o conservadorismo, levando Bolsonaro à presidência e Tarcísio ao comando de São Paulo. Tudo começou com o abandono das políticas de humanização dos presídios. O massacre de ’92, sem punição, revela a predileção pública por discursos de ordem e repressão.

Aquele salve pro pesquisador Eduardo Armando Medina Dyna, que é o responsa por passar essas fitas todas pra mim. Se tiver chance, dá uma conferida nos corres dele, mano, porque é de lá que vem a ideia reta.

Governadores do Estado de São Paulo

15 de março de 1983 até 15 de março de 1987
humanizou os presídios na sua gestão, priorizando a democracia, a transparência e os direitos dos detentos
Franco Montoro

15 de março de 1987 até 15 de março de 1991
estratégia violenta e repressiva de lidar com a criminalidade, foi a primeira grande ruptura na era democrática
Massacre do 42º DP – fevereiro de 89
Orestes Quércia

15 de março de 1991 até 1 de janeiro de 1995
massacre do Carandiru – 2 de outubro de 1992
desativação e demolição do Carandiru
política de interiorização e divisão dos presídios
fundação do PCC – 31 de agosto de 1993
Luiz Antônio Fleury

1 de janeiro de 1995 até 6 de março de 2001
criticou a ausência de direitos humanos nos governos anteriores e optou por políticas de negociação e patrulhas mais brandas
criação de vagas no sistema penitenciário como uma de suas principais ações políticas
Mário Covas

6 de março de 2001 até 31 de março de 2006
política de aumento da repressão policial e mais mortes em confrontos
mega rebelião em 29 unidades prisionais – fevereiro 2001
PCC ganha visibilidade pública e demonstra eficácia em suas ações
massacre Operação Castelinho – fevereiro de 2002
Regime Disciplina Diferenciado RDD – dezembro de 2003
muitos que trabalharam na repressão ganharam fama na vida política
Geraldo Alckmin

31 de março de 2006 até 1 de janeiro de 2007
mega rebelião e ataques do PCC – maio de 2006
Cláudio Lembo

1 de janeiro de 2007 até 2 de abril de 2010
manutenção da política de Segurança Pública de Alckmin
hegemonia do PCC com queda da taxa de homicídios
Crescimento progressivo da população carcerária
Fotalecimento da ROTA e investimentos na PM
José Serra

2 de abril de 2010 até 1 de janeiro de 2011
Alberto Goldman

1 de janeiro de 2011 até 6 de abril de 2018
aumento da população carcerária
investimento em ferramentas de investigação contra as organizações criminosas
número alarmante de encarcerados durante a gestão de Alckmin, com aumento de mais de 50.000 presos em apenas 4 anos
aumento da violência e letalidade policial
Geraldo Alckmin

6 de abril de 2018 até 1 de janeiro de 2019
Márcio Franca

1 de janeiro de 2019 até 1 de abril de 2022
João Doria

1 de abril de 2022 até 1 de janeiro de 2023
População carcerária: O Brasil é o terceiro país com maior população carcerária do mundo, com mais de 773.000 presos. Só no Estado de São Paulo são 231.287 presos
Rodrigo Garcia

1 de janeiro de 2023 a
Tarcísio de Freitas

Governador de São Paulo, a política carcerária e a Facção PCC

A política de cada governador de São Paulo em relação ao sistema prisional e a facção PCC. Da política de humanização à guerra nas ruas, acompanhe essa narrativa.

“Governador de São Paulo” é o tema do nosso novo artigo, irmão. O Primeiro Comando da Capital (Facção PCC 1533) e os governantes de SP estão no foco. A quebrada quer entender como a política rolou e como o PCC nasceu daí. No final, tem um fichamento com os dados que embasaram a ideia. Cola lá!

Ah! Quem me passou toda essa visão, foi o mano Dyna. Forte e leal abraço!

Governor de São Paulo: cada um com sua gestão prisional

Governador de São Paulo: já tevivemos um Franco Montoro e um Mario Covas

Segura a visão, irmão, dos role dos governo de São Paulo. Montoro (1983-1987), chega no corre e traz uma ideia nova, de humanizar os presídios, dar chance pro preso buscar os direitos dele. Tipo, uma luz no fim do túnel, saca?

Mas aí, Quércia (1987-1991) assume o poder e muda o jogo. Troca a ideia de Montoro e chega com uma pegada mais pesada, violenta. Cê lembra, né? Foi nessa época que rolou aquele pico do 42° DP e o massacre do Carandiru, treta pesada.

Na sequência, Covas sobe no comando. Ele criticou a treta de Quércia e Fleury, e escolheu outro caminho. Ao invés de botar a PM pra bater de frente, ele preferiu o diálogo, uma patrulha mais tranquila.

Só que, no segundo mandato de Covas, o sistema prisional começou a crescer muito. O cara priorizou a criação de vagas nos presídios como uma das principais ações políticas dele. Isso afetou a relação com o Primeiro Comando da Capital, e ainda hoje sentimos os efeitos disso na quebrada.

Ninguém sabe como nós escolher o caminho mais sinistro

Na sequência do baile, mano, Carandiru já era, prisões superlotadas, aí rolou a política de interiorização. Distribuíram os irmãos pelo estado, pra dificultar a união da massa. A estratégia foi clara, os governantes decidiram espalhar os presos, fugindo da aglomeração.

Construíram novas penitenciárias, mano, pros regimes fechado e semiaberto, espalhadas pelo oeste paulista. As novas casas do sistema são diferentes, menores, compactas, modernas, evitando a treta das fugas e o descontentamento da massa.

Mas saca só, o desenho do lugar tá ligado na vigilância, fazendo o preso virar a base da própria opressão, sacou? Igual aqueles filmes loko de futuro, onde o sistema oprime a massa.

Segura a visão, que vou te mostrar como a parada desenrolou pra gente chegar onde estamos, tá ligado? Mas primeiro a lista com o nome dos governadores porque ninguém tem obrigação de lebrar de cor, né não?

Governadores do Estado de São Paulo

15 de março de 1983 até 15 de março de 1987
humanizou os presídios na sua gestão, priorizando a democracia, a transparência e os direitos dos detentos
Franco Montoro

15 de março de 1987 até 15 de março de 1991
estratégia violenta e repressiva de lidar com a criminalidade, foi a primeira grande ruptura na era democrática
Massacre do 42º DP – fevereiro de 89
Orestes Quércia

15 de março de 1991 até 1 de janeiro de 1995
massacre do Carandiru – 2 de outubro de 1992
desativação e demolição do Carandiru
política de interiorização e divisão dos presídios
fundação do PCC – 31 de agosto de 1993
Luiz Antônio Fleury

1 de janeiro de 1995 até 6 de março de 2001
criticou a ausência de direitos humanos nos governos anteriores e optou por políticas de negociação e patrulhas mais brandas
criação de vagas no sistema penitenciário como uma de suas principais ações políticas
Mário Covas

6 de março de 2001 até 31 de março de 2006
política de aumento da repressão policial e mais mortes em confrontos
mega rebelião em 29 unidades prisionais – fevereiro 2001
PCC ganha visibilidade pública e demonstra eficácia em suas ações
massacre Operação Castelinho – fevereiro de 2002
Regime Disciplina Diferenciado RDD – dezembro de 2003
muitos que trabalharam na repressão ganharam fama na vida política
Geraldo Alckmin

31 de março de 2006 até 1 de janeiro de 2007
mega rebelião e ataques do PCC – maio de 2006
Cláudio Lembo

1 de janeiro de 2007 até 2 de abril de 2010
manutenção da política de Segurança Pública de Alckmin
hegemonia do PCC com queda da taxa de homicídios
Crescimento progressivo da população carcerária
Fotalecimento da ROTA e investimentos na PM
José Serra

2 de abril de 2010 até 1 de janeiro de 2011
Alberto Goldman

1 de janeiro de 2011 até 6 de abril de 2018
aumento da população carcerária
investimento em ferramentas de investigação contra as organizações criminosas
número alarmante de encarcerados durante a gestão de Alckmin, com aumento de mais de 50.000 presos em apenas 4 anos
aumento da violência e letalidade policial
Geraldo Alckmin

6 de abril de 2018 até 1 de janeiro de 2019
Márcio Franca

1 de janeiro de 2019 até 1 de abril de 2022
João Doria

1 de abril de 2022 até 1 de janeiro de 2023
População carcerária: O Brasil é o terceiro país com maior população carcerária do mundo, com mais de 773.000 presos. Só no Estado de São Paulo são 231.287 presos
Rodrigo Garcia

1 de janeiro de 2023 a
Tarcísio de Freitas

As Heranças do Governador de São Paulo Geraldo Alckmin 1: RDD e o Estouro do Sistema Carcerário

Covas partiu dessa para uma melhor em 2001, e quem pegou o bonde foi Alckmin, de 2001 a 2006. O mano foi contra a maré, intensificando a treta com as organizações dos presídios.

Aí teve as mega rebeliões, aumento da letalidade policial e o Primeiro Comando da Capital entrou na mira da opinião pública.

Na quebrada, a violência da polícia disparou, e como toda ação tem uma reação, a facção PCC 1533, organizou a maior revolta das trancas em 2001.

Foi nessa época que Alckmin criou o RDD, o Regime Disciplinar Diferenciado, mano. Uma medida pesada, que cortou direito dos irmãos atrás das grades, trancados em solitárias, sem visita de família e advogado.

Em 2002, rolou a Operação Castelinho. PM fechou o cerco e 12 suspeitos de serem do PCC foram mortos. Apesar dos protestos, o barato continuou.

A Herança do Governador de São Paulo Cláudio: os ataques do PCC de maio de 2006

Em 2006, Alckmin saiu e Cláudio Lembo entrou. Nesse ano, rolou a maior crise de segurança, com a PCC tocando o terror em mais de 70 cadeias e nas ruas. Ficou pouco, mas foi o bastante para jogar farofa no ventilador.

No auge da treta, a mega rebelião e os ataques de maio, a cidade virou um caos, todo mundo em pânico. Depois da tempestade, José Serra assumiu o poder, manteve a linha do PSDB e os índices de violência deram uma diminuída.

As Heranças do Governador de São Paulo José Serra: Lotando as Trancas e a Violência na Periferia

No entanto, quando Serra assumiu o trono (2006-2010), a parada ficou mais tensa. O discurso era de vitória, mas o que rolou mesmo foi o aumento da população carcerária. Alckmin voltou em 2010, ficou até 2018, e o sistema só piorou. A vida na periferia seguia na mesma, enquanto as celas enchiam cada vez mais.

As Heranças do Governador de São Paulo Geraldo Alkimin 2: Mais Violência, Confronto com o PCC e Aumento do Encarceramento

Na quebrada, Alckmin chegou no poder novamente, em 2010. Daí, a coisa não mudou, irmão. A treta com o PCC continuou e a violência só aumentou. Em 2012, rolou uma fita diferente. O sistema policial passou por uma reforma. Antônio Ferreira Pinto, um ex-milico, assumiu a fita, botando a polícia pra cima do crime organizado. A PM e a ROTA, na gestão do cara, só cresciam, levando a violência às alturas.

Porém, em 2012, o bagulho ficou doido. A PM e o PCC bateram de frente, deixando São Paulo em estado de sítio. Nessa parada, Ferreira Pinto e os comandantes da PM e ROTA tiveram que sair do jogo. Eles foram pro lado da política, mas o estrago já tava feito. O número de presos aumentou demais, mais de 50.000 em 4 anos.

O Brasil é o terceiro do mundo em população carcerária, mais de 773 mil presos, mano. Em São Paulo, são mais de 231 mil. Mas tá ligado que essa treta toda, essa disputa entre as políticas dos governantes, só beneficiou quem tá no poder, os que precisam do discurso da violência pra se manter no comando.

No final, a gestão do Alckmin ficou marcada pela treta com o PCC e a violência das polícias. A quebrada sangrou, e a pergunta é: quem vai limpar essa bagunça agora, Governador de São Paulo?

Aquele salve pro pesquisador Eduardo Armando Medina Dyna, que é o responsa por passar essas fitas todas pra mim. Se tiver chance, dá uma conferida nos corres dele, mano, porque é de lá que vem a ideia reta.

Fichamento com os dados que embasaram as ideias

  1. Mário Covas falece em 2001, seu vice-governador, Geraldo Alckmin assume (2001-2006).
    • Alckmin intensifica a violência policial e a repressão.
    • Fortalecimento da PM e estratégia de confronto elevam o número de mortes pela ação do Estado.
  2. Mega rebelião organizada pelo PCC em 2001.
    • Primeiro grande desafio do governo Alckmin.
    • PCC ganha visibilidade pública e demonstra eficácia em suas ações.
  3. Alckmin cria o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
    • Medida mais dura do Estado de São Paulo contra líderes do PCC.
    • RDD restringe direitos básicos dos presos, como tempo de banho de sol, visitas de familiares e advogados.
  4. Operação Castelinho em 2002.
    • 12 suspeitos de pertencerem ao PCC são assassinados pela PM em uma emboscada, gerando críticas.
  5. Cláudio Salvador Lembo assume o governo em 2006, após renúncia de Alckmin.
    • Ano marcado pela maior crise da segurança pública em São Paulo, com mega rebelião em mais de 70 unidades prisionais e ataques a prédios públicos a mando do PCC.
  6. José Serra Chirico assume o governo (2006-2010).
    • Continua as políticas de Alckmin de fortalecimento das polícias e enfrentamento ao crime.
    • Após os ataques de 2006, os índices de homicídio e violência diminuem.
    • Crescimento progressivo da população carcerária refletindo as políticas de segurança pública.
  7. Geraldo Alckmin retorna ao governo (2010-2018).
    • Neste período, a população carcerária continua a crescer além da capacidade dos presídios.
    • Alckmin vence novamente e se reelege em 2014, totalizando 8 anos de governo nesse segundo mandato.
  8. Alckmin, em sua segunda gestão (2010-2018), continuou as políticas de segurança pública do PSDB, com enfoque na repressão e confronto.
  9. Em 2012, a força policial foi reestruturada sob Antônio Ferreira Pinto, policial militar e procurador da justiça, promovido como secretário da SAP após os ataques de 2006.
  10. Ferreira Pinto utilizou força policial e instrumentos de investigação para combater grupos criminosos.
  11. Em 2009, Álvaro Batista Camilo e Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada foram nomeados para postos chave na Polícia Militar e ROTA, respectivamente.
  12. Aumento significativo nos investimentos para a Polícia Militar e ROTA.
  13. Em 2012, aumento da violência em São Paulo devido aos confrontos entre a PM e o PCC.
  14. Retirada de Ferreira Pinto e dos comandantes da PM e ROTA em 2012, que migraram para a vida política.
  15. Número alarmante de encarcerados durante a gestão de Alckmin, com aumento de mais de 50.000 presos em apenas 4 anos.
  16. Os últimos anos da gestão de Alckmin marcados por violência policial e embates com o PCC.
  17. Montoro humanizou os presídios na sua gestão, priorizando a democracia, a transparência e os direitos dos detentos.
  18. Muitos que trabalharam em gestão ganharam fama na vida política.
  19. Governo Quércia, marcado por uma estratégia mais violenta e repressiva de lidar com a criminalidade, foi a primeira grande ruptura na era democrática.
  20. Aumento substancial dos homicídios cometidos pela PM durante o governo Fleury, com destaque para os episódios do 42° DP e o massacre do Carandiru.
  21. Mário Covas se elegeu em 1995 e iniciou o governo tucano, que já dura 25 anos.
  22. Covas criticou a ausência de direitos humanos nos governos anteriores e optou por políticas de negociação e patrulhas mais brandas.
  23. A expansão do sistema prisional foi acelerada a partir de 1998, durante o segundo governo de Mário Covas, que priorizou a criação de vagas no sistema penitenciário como uma de suas principais ações políticas.
  24. Política de interiorização: Com a desativação do Carandiru e a superlotação das cadeias, uma política de interiorização foi implementada, expandindo-se por todo o estado. Essa política visava dificultar a organização de grupos criminosos.
  25. Construção de novas penitenciárias: As grandes cadeias foram descentralizadas e novas penitenciárias foram construídas para os regimes fechado e semiaberto em todo o oeste paulista. As novas instalações, mais compactas e modernas, diferiam das antigas construções do século XIX e XX.
  26. Panóptico: O novo arranjo das penitenciárias é comparado a um “Panóptico”, onde a arquitetura do local é atrelada à vigilância e ao poder, tornando o preso o princípio de sua própria sujeição.
  27. Governador Geraldo Alckmin: Após a morte de seu antecessor em 2001, Alckmin assumiu e adotou uma postura mais dura contra o crime, enfrentando situações como as mega rebeliões e o aumento da letalidade policial.
  28. Primeiro Comando da Capital (PCC): Durante o governo de Alckmin, o PCC ganhou visibilidade pública. Medidas punitivas, como a criação do RDD, foram implementadas para combater o grupo.
  29. Mega rebelião de 2006: Esta rebelião elevou o pânico social em todas as classes da sociedade paulista. Posteriormente, José Serra assumiu o poder, mantendo a política do PSDB e presenciando uma diminuição nos índices de violência.
  30. População carcerária: O Brasil é o terceiro país com maior população carcerária do mundo, com mais de 773.000 presos. Só no Estado de São Paulo são 231.287 presos.
  31. Disputa política: Há uma disputa entre políticas mais moderadas (como as de Montoro e Covas) e políticas mais radicais. As últimas foram vencedoras, beneficiando os setores que necessitam do discurso sobre a violência para manter seus micropoderes.
  32. Efeito das políticas na criação do PCC: O texto argumenta que o Estado, por meio de suas políticas, produziu as condições para a criação do PCC.

Segregação Urbana e Segurança Privada e a Facção PCC 1533

Na real? A cidade tá fatiada, com o Primeiro Comando da Capital (Facção PCC 1533) na jogada. Segregação Urbana e Segurança Privada é o que sustenta essa parada. Vamos desenrolar essa fita?

Segregação Urbana e Segurança Privada, e como essa zica cai no colo da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533). Vamo entender essa parada juntos, tá ligado? Cola nesse papo reto.

Entre Muros e Câmeras: O Papel do PCC na Segregação Urbana e Segurança Privada

Mano, saca só essa ideia que eu tive lendo um trampo do mano Dyno. Ele deu a letra sobre o Primeiro Comando da Capital, a facção PCC 1533. Essa organização criminosa é tanto causa quanto consequência do que tá rolando nas quebradas. O medo do crime, a segurança privada aumentando, a segregação espacial… Tudo isso tem o dedo do PCC, tá ligado?

Mas não para por aí, não. A desigualdade social, o preconceito com o “bandido”, e o crescimento de Sampa, também alimentam a força dessa organização. Então é isso, mano. Se liga nessa parada, e depois chega junto pra trocar uma ideia, seja aqui no site, nos grupos de leitura ou no privado. Tamo junto!

O PCC e o Negócio da Segurança Privada

Segurança privada e negócio rentável: A real é que o Primeiro Comando da Capital, tá causando um corre dos cidadãos pra segurança privada. A fita é o seguinte: o medo do crime, que a organização criminosa PCC espalha, cria um mercado firmeza pra essas empresas de segurança privada, tá ligado?

Mano, tem mais fita nessa história. Os caras que controlam essas empresas de segurança, na maioria das vezes, têm algum tipo de ligação com os homens da lei ou os milicos. E aí, irmão, esses mesmos aí podem ter conexão, conhecimento e até investimento de integrante de organização criminosa.

Fica naquela, né? Difícil saber onde começa ou onde termina a influência da facção Primeiro Comando da Capital nessas empresas, pois ninguém vai anunciar isso no cartão de vizita, né não. Será que não tem empresa mutretada com os irmãos? Quem pode dizer? Eu é que não sei de nada, e muito menos o mano Dyna.

No final das contas, a parada é um ciclo vicioso: as organizações criminosas alimentam o medo, o medo alimenta a segurança privada, e a segurança privada, de um jeito ou de outro, acaba alimentando o crime organizado. Essa é a real do bagulho, irmão.

Desigualdade Social e Espacial: O Terreno Fértil do PCC

Desigualdade social e espacial: Sabe de onde vem o PCC, o Primeiro Comando da Capital? Vem das quebradas e dos presídios de São Paulo, lugares onde a desigualdade social e a divisão espacial cortam mais fundo que faca de dois gumes.

Por que você acha que isso acontece, irmão? Porque a falta de oportunidade, o peso da pobreza e a dor da exclusão, mano, fazem a mente dos manos, tá ligado? E é nesse chão duro, nessa realidade brutal, que o PCC encontra os seus soldados, os seus guerreiros e até, seus cliêntes e suas vítimas.

A desigualdade, a pobreza, a falta de oportunidades, só aumentam, formando um círculo vicioso, um ciclo sem fim. O PCC se alimenta da desigualdade e, em troca, a desigualdade se alimenta do PCC. É uma parada complicada, mano, mas é a nossa realidade na cidade de concreto.

Condomínios Fechados e o Refúgio dos Privilegiados

Condomínios fechados e segregação espacial: o Primeiro Comando da Capital, tem causado terror e o resultado disso? A galera fica com medo, sacou? E essa parada de medo faz o que? Empurra a elite pra dentro de condomínios, com segurança particular e o escambau.

Mas vai vendo, será mesmo? Pode ser que não seja isso não, pode ser que estejam querendo distância de pobre, porque não querem se misturar ou só prá cantar garganta que mora em condomínio. Até o final eu explico essa fita.

Aí o que acontece, camarada? Esses “enclaves fortificados”, como tão chamando, pipocam por toda a cidade e por todas as cidades. Por que? Porque esse medo do crime, muitas vezes ligado ao PCC, tá levando a rapaziada pra esses lugares, entendeu?

E isso só aumenta a segregação, a divisão entre nós e eles.

No final das contas, meu bom, o PCC e essas outras organizações criminosas tão afetando até onde a gente mora e com quem a gente se relaciona, sacou? E isso, mano, é só mais uma prova de como a desigualdade e a segregação tão cravadas na nossa sociedade.

Mas aí, será que é verdade que o PCC e o crime organizado têm essa influência toda no crescimento dos condomínios, ou isso também é coisa da nossa cabeça?

Pensa bem, em São Paulo, onde o PCC domina, o número de homicídio nunca foi tão baixo, e a taxa de criminalidade tá em queda há décadas. Além disso, já na década de 80, alguns municípios tavam criando leis pra proibir os condomínios que tavam se espalhando pelas cidades, e nem tinha crime organizado nessa época. Faz a gente pensar, né não

A Estigmatização do ‘Bandido’ e a Sombra do PC

A mídia e a opinião pública tão sempre prontas pra marcar o “bandido”. E quando marca, o “bandido” deixa de ser gente, sacou? Mas isso muda, tá ligado? Muda quando o “bandido” é da nossa família, ou alguém que a gente admira, convive. Essa parada só alimenta o medo. E esse medo, mano, só nos faz se fechar ainda mais.

Lembra daquele presidente, né? O que falava que não tinha que ter idade mínima pra prisão, que moleque de 14 anos devia responder como adulto? Então, quando o moleque dele, o Renan, o 04, foi acusado de crime, ele virou a casaca. Falou que “o moleque tem 24 anos, vive com a mãe, ninguém conhece ele”. E ainda pediu pra deixar o menino em paz. Quando a fita apertou pra ele, disse que não ia esperar a polícia “foder a minha família”, e mudou o chefe da polícia. Ele e os filhos, mano, não são pobres, então, não são “bandidos” que precisam ficar fora das muralhas dos condomínios.

Por isso, irmão, esse medo que justifica um monte de medida de segurança mais pesada não é contra os criminosos, os bandidos, mas sim contra nós, os pobres. E é nessa fita que o estigma existe. Quanto mais o Primeiro Comando da Capital, o PCC, é citado, mais a galera se fecha, mais a segurança aumenta. É um ciclo vicioso, tá ligado?

Mas, pensa bem, será que essa estigmatização é toda culpa do PCC? Ou será que é a sociedade que tá pronta pra apontar o dedo pro “bandido” e reforçar essa narrativa? É de se pensar, né não? No final das contas, a gente tá no meio dessa confusão toda, só tentando sobreviver.

São Paulo: A Evolução de uma Cidade e o Crescimento do PCC

Urbanização e evolução de São Paulo: a cidade tá sempre mudando, tá ligado? E com ela, o Primeiro Comando da Capital, também. À medida que a cidade foi crescendo, a população aumentando, principalmente nas quebradas, na periferia, o PCC foi se espalhando.

São Paulo, irmão, se expandiu, mas não foi pra todos. As comunidades periféricas, onde a facção PCC tem força, ficaram pra trás. E aí, saca só, a segregação urbana só aumenta. A cidade cresce, mas a divisão entre a gente e eles, os ricos, só fica mais forte.

E os ricos, mano, eles se trancam em seus condomínios, com segurança privada e tudo. E a gente? Fica do lado de fora, sob o comando do grupo criminoso PCC. A segurança deles aumenta, e a nossa, como fica?

No fim das contas, irmão, a presença do Primeiro Comando da Capital nas quebradas, tá ligado, só mostra como a desigualdade e a segregação tão enraizadas na nossa cidade. E aí, enquanto eles ficam seguros atrás de seus muros, a gente tem que se virar. É de se pensar, né não?

Aquele salve pro pesquisador Eduardo Armando Medina Dyna, que é o responsa por passar essas fitas todas pra mim. Se tiver chance, dá uma conferida nos corres dele, mano, porque é de lá que vem a ideia reta.

O MP-MS interfere na Guerra entre as Facções Inimigas PCC e CV

O MP-MS, através de investigações meticulosas, desbarata um esquema do Comando Vermelho para assumir o controle das rotas de tráfico do Primeiro Comando da Capital na região de fronteira.

MP-MS, desmantela “plano secreto” do Comando Vermelho CV contra o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) na fronteira. Adentre nesta investigação!

O Plano do Comando Vermelho para Dominar as Rotas do PCC”

A operação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MP-MS) mirou a facção criminosa Comando Vermelho (CV), buscando desarticular os planos dessa organização criminosa carioca de controlar áreas e rotas do Primeiro Comando da Capital na região fronteiriçadas rotas de tráfico do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia.

A rivalidade entre as duas organizações criminosas pelo controle da região teve início com a morte do megatraficante paraguaio Jorge Rafaat Toumani em junho de 2016, acirrando a guerra entre as facções paulista e carioca.

Atualmente, criminosos de diversos grupos brasileiros batalham pela sobrevivência, território e rotas na disputada região, crucial na chamada “Rota Caipira”. Por essa rota, drogas e armas seguem para o interior do Brasil e para os portos do litoral, de onde são enviadas ao resto do mundo.

O Primeiro Comando da Capital atualmente controla várias dessas rotas, sendo uma das principais portas de entrada de drogas e armas a cidade brasileira de Corumbá. Lideranças do Comando Vermelho presas na Penitenciária Estadual Gameleira II, em Campo Grande (MS), planejavam os crimes e repassavam as tarefas para os faccionados em liberdade, armando o plano para quebrar o domínio da facção PCC.

A Investigação e a Operação do MP-MS

Após 15 meses de investigações, o MP-MS executou 92 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. Entre os presos, encontram-se advogados e policiais penais cooptados pela facção na tentativa de expandir sua atuação no controle das rotas de tráfico.

A comunicação entre os presos e seus comparsas se dava através de celulares contrabandeados e advogados a serviço da facção. A investigação detectou uma série de crimes ligados às ordens emanadas do presídio. Mandados foram cumpridos em diversos estados, resultando na prisão de advogados, policiais penais e outros envolvidos.

texto base: Expansão do Comando Vermelho: MP realiza operação para prender 92 no Centro-Oeste

Eleições no Paraguai: foi bom o resultado para a Facção PCC

A investigação policial revela a crescente influência da facção PCC 1533 nas eleições paraguaias e destaca a importância da cooperação internacional para combater o crime organizado.

Eleições no Paraguai revelam conexões perigosas entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e forças políticas, desafiando a cooperação internacional no combate ao crime.

Eleições no Paraguai: Relatório de inteligência do GAECO / SENASP

Memorando nº 325/2023

De: Inspetora Rogéria Mota
Para: Exmº. Sr. Dr. Promotor de Justiça
Assunto: Resultado das investigações realizadas em cooperação com a SENAD no Paraguai

Data: 5 de maio de 2023

Exelentíssimo Senhor Doutor Promotor,

Por meio deste memorando, apresento os resultados e considerações obtidas durante minha missão no Paraguai, onde estive a convite da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) para investigar a influência da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no país.

  1. Expansão do Primeiro Comando da Capital no Paraguai

Durante a investigação, constatamos que o PCC expandiu significativamente suas atividades no Paraguai, estabelecendo conexões com políticos, autoridades e outros grupos criminosos locais. A facção tem se beneficiado da corrupção e da impunidade prevalentes no país, principalmente em razão da longa permanência do Partido Colorado no poder.

  1. Relação entre o PCC e as elites políticas paraguaias

Identificamos que a facção PCC possui relações estreitas com membros do Partido Colorado e outras elites políticas no Paraguai. Essas conexões facilitam as operações da organização criminosa no país, incluindo o tráfico de drogas e o contrabando de cigarros. Além disso, observamos que a vitória do Partido Colorado nas recentes eleições no Paraguai pode fortalecer ainda mais essas relações, dificultando avanços significativos no combate à corrupção e ao crime organizado.

  1. Cooperação internacional entre Brasil e Paraguai

A cooperação entre as forças policiais do Brasil e do Paraguai é essencial para combater efetivamente o PCC e outros grupos criminosos que operam na região. Entretanto, é necessário que as autoridades paraguaias demonstrem genuíno comprometimento no combate à corrupção e ao crime organizado, a fim de enfraquecer a influência do PCC no país.

  1. Recomendações

Com base nas informações obtidas durante a investigação, sugiro que o GAECO continue trabalhando em cooperação com as autoridades paraguaias para compartilhar informações, experiências e estratégias, visando aprimorar a luta contra o crime organizado na região. Além disso, é crucial que as instituições brasileiras continuem pressionando as elites políticas do Paraguai a implementar medidas efetivas de combate à corrupção e ao Primeiro Comando da Capital.

Atenciosamente,

Inspetora Rogéria Mota

Análise do InSight Crime não indica mudanças

texto baseado em artigo de Christopher J. Newton para o InSight Crime: Las elecciones de Paraguay reducen las posibilidades de acabar la corrupción

resumo do caso Facção PCC e política paraguaia

  1. INTRODUÇÃO

O objetivo da investigação era desvendar a influência do PCC nas eleições no Paraguai e na sociedade em geral, bem como identificar e desmantelar as operações da facção criminosa no país vizinho.

  1. METODOLOGIA

Analisar o histórico da organização paulista ao longo das últimas décadas no Paraguai, explorando seus negócios legais e ilícitos, bem como a relação com as elites políticas do país.”

  1. RESULTADOS

A análise revelou as seguintes informações cruciais:

  • Cartes, ex-presidente do Paraguai, enfrenta diversas acusações criminais, incluindo lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de cigarros e envolvimento com o PCC.
  • A ex-procuradora-geral Sandra Quiñones nunca apresentou acusações contra Cartes, apesar de suas atividades criminosas serem amplamente conhecidas.
  • Vários legisladores do partido Colorado estão envolvidos em tráfico internacional de cocaína, em conexão com grupos criminosos como o Comando Vermelho do Brasil, o clã Insfrán do Paraguai e o traficante uruguaio Sebastián Marset.
  • A corrupção se estende além do partido Colorado, afetando despachantes aduaneiros, a Marinha do Paraguai e o desvio de munições das Forças Armadas.
  • As tentativas anteriores de combate à corrupção no Paraguai foram frustradas e, sem mudanças significativas no cenário político, é provável que o problema com o crime organizado permaneça.

Relações Perigosas: PCC e Elites Políticas Paraguaias

A análise também apontou que a organização criminosa Primeiro Comando da Capital saiu ganhando com o resultado das eleições. Apesar do discurso de endurecimento do presidente eleito, o fato de ser ele do Partido Colorado, que está há décadas no poder, permitiu que a facção PCC ganhasse grande espaço e mercado no país.

O atual presidente, Horacio Cartes, e grande parte dos políticos eleitos têm relações diretas ou indiretas com o poder, sinalizando continuidade nas relações entre a facção PCC e as forças políticas paraguaias. A estabilidade e a manutenção dos elos é um bom sinal para os negócios da organização criminosa.

CONCLUSÃO

A influência do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital na sociedade paraguaia é extensa, afetando as elites políticas, instituições governamentais, empresas comerciais e até mesmo as forças armadas do país. A falta de vontade política e a corrupção generalizada dificultam os esforços para combater o crime organizado, e sem mudanças significativas.

Apesar dos desafios, a cooperação internacional entre Brasil e Paraguai são passos cruciais na luta contra o crime organizado na região. A troca de informações e experiências entre as forças policiais de ambos os países pode levar a avanços na compreensão das estratégias e operações do PCC, bem como na identificação de políticos e autoridades envolvidas na corrupção.

No entanto, para que mudanças significativas ocorram, é necessário que haja uma vontade política genuína e um compromisso sério com a luta contra a corrupção e o crime organizado por parte das elites políticas e das instituições do Paraguai. Apenas então será possível enfraquecer a influência do Primeiro Comando da Capital e de outras organizações criminosas no país e na região.

A investigadora Rogéria Mota é personagem fictício criado por leitores do site faccaopcc1533primeirocomandodacapital.org

O Partido Colorado é nosso!

É um fenômeno que remonta à época em que os militares abriram caminho para grupos criminosos internacionais que se envolveram na produção de maconha, heroína e cocaína. O Paraguai começa a construir sua indústria no ramo da maconha e isso ocorre a partir de lideranças políticas locais em cidades como Capitán Bado e Pedro Juan Caballero no departamento de Amambay. Depois estende-se a praticamente todo o território, sobretudo à fronteira. 

Todos esses produtores, traficantes e facilitadores do inicialmente tráfico de maconha para o Brasil eram líderes políticos do Partido Colorado. O clã Morel, formado por prefeitos e presidentes da sucursal vermelha de Capitán Bado, foi o canal por onde passou o Comando Vermelho. Situação semelhante ocorre em diferentes áreas do país. O fenômeno dessa vinculação com a política também conta com alguns sujeitos de outros partidos políticos, mas são minoria. A presença de políticos e funcionários do Partido Colorado é tremendamente majoritária.

Jorge Rolón Luna para o LaPolíticaOnline

PCC também teria conseguido outros cargos

Juan Martens, Doutor em Criminologia, alertou que indivíduos identificados em uma investigação do Primeiro Comando da Capital triunfaram nestas eleições e ocuparão cargos em governadores de fronteira e na Câmara dos Deputados.Ele não quis citar nomes por questões de segurança, mas destacou o quão perigoso é o grupo criminoso estar em ascensão e ocupando posições de poder.

Após o resultado das eleições, constatamos que várias pessoas ligadas ao PCC foram eleitas governadores e deputados em três departamentos de fronteira, disse ele.

Entwarnung für den Senat – wochenblatt.cc

Pânico Social: a Realidade e a Relação com a Facção PCC 1533

Neste texto, exploramos o pânico social, os discursos que o alimentam e as causas históricas e sociais, tudo no ritmo e a relação de tudo isso com a facção PCC 1533.


Pânico social, cê tá ligado? Cola com a gente pra entender como essa parada mexe com a vida da geral e a sociedade, e qual é a relação com o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

Pânico Social: a mídia e o pânico social: qual é a fita?

E aí, irmão, tá ligado na fita do pânico social, né?

Eduardo Armando Medina Dyna mandou a real, falando que a violência urbana com fitas tipo o Primeiro Coamando da Capital deixa a geral com medo. Pânico social é o nome da parada, e não é só causa e efeito dos corres do dia a dia.

Mano, é uma fita complexa envolvendo racismo, desigualdade, treta econômica e política, tudo isso cria a “criminalidade” que a gente vê por aí, e alimenta esse monstro do tal pânico social.

A mídia tá sempre de olho, reforçando as ideias erradas e botando mais lenha na fogueira. A relação entre o governo e os presos, tipo a facção PCC, só aumenta o medo e a insegurança da galera.

Pra entender a fita toda, tem que analisar o que a mídia, a polícia e os conservadores tão falando. Foucault explica que esses discursos tão cheios de poder e moldam como a gente enxerga as coisas.

Tipo em 1920, Rui Barbosa mandou um papo reto no discurso de 37 páginas chamado “A imprensa e o dever da verdade“. A ideia foi da Valeria e do Márcio que botaram a pilha nesse assunto: a verdade da mídia e o PCC.

baseado em As Faces da Mesma Moeda: uma análise sobre as dimensões do Primeiro Comando da Capital — UNESP de Marília

Pânico Social: cidadãos de bens X cidadãos do mal

Nas quebradas da vida, irmão, a cena é tensa. A história é contada em dois lados, os “cidadão do bem” e os “cidadão do mal”. Mas nessa selva de pedra, a coisa não é tão simples, não.

Pra quem nasce na periferia, o jogo é bruto, irmão. Uns tentam levar a vida na linha, buscando o pão de cada dia, enquanto outros tão encurralados, sem muita saída, sem chance de mudar a rota dessa trajetória. A sociedade marca a cara, rotula a gente, mas cê acha que é fácil assim, preto?

O “cidadão do bem” se esforça, tenta se virar, mas a parada é sinistra, as oportunidades são poucas e a realidade não dá trégua. E o “cidadão do mal”? Será que ele escolheu o caminho do crime ou foi a vida que o empurrou pra lá?

A verdade é que entre o “do bem” e o “do mal”, a linha é tênue, os dois vivem no mesmo mundo, enfrentando a mesma batalha. A gente precisa abrir os olhos pra entender o que tá rolando, buscar as causas lá no fundo, e não só julgar a superfície.

A vida é complexa, as lutas são duras e a esperança é escassa. Mas a gente resiste, mano, mesmo com a sociedade tentando nos dividir. Chega de rótulos, chega de preconceito. Só juntos a gente vai mudar essa história e escrever um novo capítulo.

A lei que é implacável com os oprimidos

Tornam bandidos os que eram pessoas de bem.

Eles são os certos e o culpado é você

Se existe ou não a culpa

Ninguém se preocupa

Pois em todo caso haverá sempre uma desculpa.

Racistas Otários – Racionais MCs

Buscando soluções: como sair dessa treta?

Só que também tem a parada da moral e religião nesses discursos, tipo a divisão entre “cidadão de bem” e “bandido do mal”. Essa fita dificulta a compreensão do pânico social, que tem raízes profundas e precisa de solução.

A mídia fica de olho no que rola perto e longe, saca os esquemas, os que sonegam e roubam a pátria e a galera, mas fica na moita e aponta pra outro lado, sem enxergar o mal de verdade onde a gente vive, e essa é a fita em que a gente tá metido.

Então, tem que olhar a história e as causas, desvendar os discursos e ver a relação entre o Estado e as organizações dos presos, como o PCC, pra entender o pânico social e buscar soluções que mudem o jogo.

No final das contas, mano, pânico social é uma fita complexa que envolve vários aspectos da nossa vida. A ideia é desvendar os discursos e enxergar a realidade, pra criar uma sociedade mais firmeza e justa.

PCC e os Pés de Pato: Zona Sul de São Paulo e o mundo do crime

A disputa territorial entre a facção PCC e os Pés de Pato em São Paulo, abordando a origem dos grupos, a recente prisão de um suspeito e a evolução dessa rivalidade.

PCC e os Pés de Pato: a disputa entre esses grupos em São Paulo. Descubra os detalhes do retorno do inferno às periferias de São Paulo e a prisão de Jeta, um integrante do Primeiro Comando da Capital que teria matado criminosos da milícia dos Pés de Pato.

Jeta e a disputa entre o PCC e os Pés de Pato

Pesquisando sobre o Primeiro Comando da Capital e os Pés de Pato, deparei-me com informações intrigantes que desejo compartilhar contigo. O domínio da zona sul de São Paulo está em disputa disputa entre a facção PCC 1533 e a milícia Pés de Pato.

A facção PCC é ser a mais poderosa organização criminosa da América do Sul. Por outro lado, os Pés de Pato, é uma milícia que surgiu nos anos 90, e foca em atividades como distribuição de gás, fornecimento de água e TV a cabo clandestina, conhecida como gato net, e servem de matadores de aluguel para pequenos comerciantes.

Ontem, segunda-feira dia 24, a Polícia Civil prendeu Jeta, um integrante do PCC que é investigado por diversos homicídios, muitos alguns deles de possíveis membros do grupo miliciano Pés de Pato.

Essa prisão ocorreu no bairro Jardim Macedônia, onde ele foi encontrado com arma e drogas. Desde o ano passado, a polícia investiga uma série de assassinatos relacionados à disputa territorial entre os dois grupos criminosos nos bairros Campo Limpo, Parque Arariba, Capão Redondo e Jardim São Luís.

A origem dos Pés de Pato

A alcunha “Pé de Pato” tem origem em Francisco Vital da Silva, o notório Chico Pé de Pato, um dos mais brutais “justiceiros” de São Paulo, que tirou a vida de mais de 50 pessoas nos anos 80.

No início, os milicianos dos Pés de Pato instauraram um regime de medo e opressão, impondo à população “taxas de segurança” e, mais tarde, cobram por serviços como eletricidade e o “gatonet”.

Esses vigilantes impiedosos não apenas eliminavam indivíduos envolvidos em pequenos delitos, mas também perseguem grupos de jovens que consideravam uma ameaça em potencial ou que se dispõe questionar sua autoridade.

Pés de Pato em Xeque

Após a fação PCC se consolidar como uma força dominante no início dos anos 2000, a opressão dos Pés de Pato quase desapareceu. No entanto, com o avanço do bolsonarismo e o apoio de forças paralelas de segurança, esses justiceiros ressurgiram das cinzas, prontos para retomar seu lugar na disputa pelo poder.

Espero que essas informações lançam luz sobre os eventos obscuros envolvendo o PCC e os Pés de Pato, e mal posso esperar para discutir mais detalhes em breve.