Fascínio pelo Crime: da Escola de Elite para a Facção PCC 1533

Este artigo examina o fascínio pelo crime através da trajetória de um jovem de escola de elite de Recife que acaba se unindo à facção criminosa PCC 1533. A análise busca compreender como as influências sociais e culturais contribuem para essa transformação.


Fascínio pelo Crime não é apenas um conceito, mas uma realidade que muitos enfrentam. Este artigo lança luz sobre o complexo caminho que leva jovens de escolas de elite a se envolverem com o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533). Não perca a oportunidade de explorar essa transformação social detalhada e suas causas.

O fascínio pelo crime ganha novas camadas neste texto, uma contribuição intrigante de um leitor do site Abadom. Se o conteúdo aguçou sua curiosidade, incentive o debate: curta, comente e compartilhe. Para análises futuras que prometem igual profundidade, inscreva-se no site e participe do nosso grupo de WhatsApp.

Após o carrossel de artigos, você encontrará análises e críticas preparadas pela inteligência artificial, abordando este texto sob diversos ângulos. Não deixe de conferir.

    Fascínio pelo Crime: A Jornada de Rodrigo na Contramão da Moralidade Escolar

    Rodrigo e eu cruzamos caminhos na escola, e não foi qualquer escola, mas uma das melhores de Recife, onde princípios morais cristãos eram mais do que palavras na parede. Eu era Abadom para meus amigos, ele era simplesmente Rodrigo, e nós fazíamos parte da mesma turma de colegas. Éramos a “turma do fundão,” com Rodrigo sempre se destacando, não apenas pelo carisma, mas por uma inclinação inexplicável para o proibido.

    Seu fascínio pelo ilícito já estava com ele desde que desembarcou em nossa escola. Rodrigo não escondia sua predileção por drogas, ele já chegou “baratinado”; é como se estivesse desafiando o mundo, incólume às consequências. Não éramos candidatos a santo, eu mesmo, era chegado em um loló, como era conhecido aquele lança-perfumes clandestino que era feito de clorofórmio e éter, mas ele já estava no nível avançado das drogas pesadas.

    Rodrigo sempre foi audacioso. Desde a juventude, ele fumava e frequentava bailes. Mesmo sem necessidade financeira, ele se envolvia em pequenos furtos conosco, especialmente na Lojas Americanas próxima ao colégio e ir até uma pequena favela localizada atrás do shopping apenas para “sair no braço” com os moradores da comunidade que “vacilassem na nossa frente”. Nos considerávamos superiores e intocáveis.

    Esse comportamento era um claro reflexo da sensação de impunidade que sentíamos, algo que me faz arrepender hoje.

    Fascínio pelo Crime: de ícone esportivo no colégio para os bailes funks

    Quando mostrei a ele a energia crua do baile funk e da torcida organizada, Rodrigo foi seduzido. Ele se integrou como se sempre tivesse pertencido a essa vida da periferia, agindo como um rebelde infiltrado nas altas rodas. Nos achávamos acima da lei e não demorou muito para se juntar à nossa turma quando saímos andar de skate, ou surfar nas ondas do mar ou encima dos ônibus e na janela, causava com a gente no centro do Recife.

    Surpreendentemente, ele também era o ícone esportivo do colégio — o melhor em tudo que se propunha a fazer. Imagina, um cara desses, descolado, esportista, com grana e bonito. Não tinha para ninguém. Apesar disso tudo, acho que ele era virgem na época, as meninas ficavam com ele pela aparência, porque lábia não tinha nenhuma 😂.

    A vida de Rodrigo era, superficialmente, um paraíso. Nascido em um bairro rico da Zona Sul de Recife, o mundo era seu parque de diversões. Viagens anuais à Europa e à Disney eram rotineiras para sua família. Mas o que eu percebia era algo mais profundo; um vácuo que ele tentava preencher.

    Sua mãe, Betânia, tão amorosa quanto rigorosa, nunca parecia perceber o que se escondia sob a superfície do filho. Ela sempre aparecia na escola e trocavam tantos gestos de carinho, abraços e beijos, que quem não os conhecesse bem poderia até interpretar errado, mas eu me perguntava: Será que tudo aquilo era real?

    Pai pastor, filho envolvido no crime

    Por eu ser oriundo de uma favela e frequentar esses ambientes, ele parecia me admirar e aspirava a ser como eu. Em contrapartida, eu desejava ter uma mãe como a dele, a estabilidade financeira e o ambiente familiar que ele possuía. Meus pais jamais teriam condições de arcar com os custos de uma escola daquela categoria. No entanto, como meu pai era pastor, eu tinha direito a um desconto significativo de 92% na mensalidade. Os livros, contudo, eram adquiridos usados e pagos de forma parcelada.

    A razão pela qual frequentei essa escola foi que, desde jovem, eu já estava envolvido com atividades criminosas, talvez ele também tivesse mandado para estudar lá por terem a esperança de livrá-lo das drogas, quem sabe? Já meu pai via a escola como uma oportunidade de me afastar desse ambiente, mas a estratégia não surtiu o efeito desejado. A grande diferença é que nas ruas, se fôssemos abordados pela polícia, éramos submetidos a tratamento violento; já na escola, a pior consequência que enfrentamos foi uma suspensão temporária do uso da quadra de futebol.

    Rodrigo não apenas buscava a adrenalina que faltava em sua vida protegida, ele ansiava pela visão do abismo, pelo limite onde o controle se esvai. Ele se embrenhou no mundo do crime organizado, não por necessidade, mas por puro fascínio. Era um “playboy” na máfia das drogas, organizado e perspicaz. O seu fascínio pelo ilícito não era apenas um hobby; era um chamado que ele não podia recusar.

    Sua transição de usuário de drogas para traficante foi rápida e muito eficaz. Ao longo do tempo, Rodrigo expandiu seus interesses, tanto em relação ao consumo quanto à venda de substâncias, com particular foco na cocaína e na maconha.

    Entrando nos corres do Primeiro Comando da Capital

    Sem laços nas facções criminosas e distante das comunidades que tradicionalmente fornecem tais produtos, ele encontrou uma alternativa. Inicialmente, começou a adquirir drogas de Leandro, um playboy como ele, e a revender para seu círculo de amigos. Ele havia estabelecido uma operação de negócios própria, com um planejamento rigoroso. Dividia meticulosamente seus lucros em três categorias: uma para reinvestir em seu empreendimento ilícito, outra para sustentar seu estilo de vida opulento e uma terceira parte destinada à organização de festas, visando incentivar ainda mais o consumo de seus produtos.

    Chegou um tempo em que Leandro não pôde mais suprir a demanda crescente, Rodrigo foi levado a um fornecedor que podia entregar com segurança a quantidade que ele precisava com a qualidade do produto que ele exigia. Alguns integrantes da facção começaram a notar o potencial dele e logo Rodrigo se viu recebendo várias ofertas para participar de operações dentro da facção.

    Rodrigo não só entrou para a organização como também aplicou seus conhecimentos jurídicos para lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital através de bitcoins. O esquema era tão bem montado que muitos de seus amigos de classe média alta investiram nele, inclusive em transações que presenciei, como a venda de um avião e de uma fazenda. O rapaz que uma vez fora o astro da escola agora era um estrategista do submundo, lavando dinheiro com a mesma facilidade com que surfava sobre ônibus no centro de Recife.

    O que realmente atraía Rodrigo para as drogas era o universo do crime organizado. Ele não tinha interesse pelo dinheiro, uma vez que já possuía recursos financeiros em abundância. O que o motivava era puramente a emoção, já que sempre se sentiu fascinado pelo crime e por comportamentos considerados “errados”.

    Penso que os conceitos de certo e errado talvez não se apliquem ao caso dele. Creio que ele era o tipo de jovem atraído pelo perigo e pela adrenalina (assim como eu). Alternativamente, poderia ser uma forma de revolta devido a algum problema ou ausência no âmbito familiar, ou até mesmo uma característica psíquica específica. Não tenho certeza.

    A casa cai: a vida atrás das muralhas

    O crime não compensa, e finalmente chegou a hora de enfrentar as consequências. Quando seu mundo desmoronou, ele precisou fugir, deixando atrás de si uma mãe em ruínas. Atualmente, está recluso em uma instituição cujo nome não posso nem mencionar.

    A última vez que nossos olhos se cruzaram foi há dois anos. Não identifiquei nenhum sinal de arrependimento em seu olhar; apenas a chama inextinguível da pessoa que ele sempre foi, consistente em sua essência. O que também não vi foi aquele ódio e rancor, comumente visíveis em pessoas que perderam sua liberdade. Assim, ainda consegui reconhecer o mesmo rapaz que conheci anos atrás.

    Naquele encontro final, enquanto compartilhávamos uma refeição modesta em um ambiente tão distante da vida que ele estava acostumado, me questionei: como alguém que tinha todas as condições para acertar pôde errar tanto? Não tive oportunidade de conversar muito com ele.

    Não tinha prato e talheres, o pessoal do rancho jogava a comida meio que no chão e os cara se virava com a mão e tampas de algumas vasilhas. Era tipo uma cela para 10 que tinha 60 (sem exageros).

    Reencontro com Rodrigo

    Chegamos juntos ao centro de triagem: eu por ter sido preso em flagrante por receptação de carga roubada e ele por ter participado de uma rebelião no presídio de segurança máxima do estado, conhecido como Itaquitinga. Teríamos destinos diferentes: eu fui direcionado para a área de convívio, enquanto ele permaneceu na sala de espera, aguardando transferência para outro presídio.

    Sinceramente, não sei quantos anos de pena ele recebeu, mas as acusações incluíam tráfico, formação de quadrilha, sonegação de impostos, envolvimento em esquemas de pirâmide financeira, lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma de fogo. Certamente, a pena não foi inferior a 20 anos. Ele foi preso entre 2018 e 2019, se minha memória não falha. Ele não está em presídios estaduais; talvez esteja em alguma instituição federal, mas não tenho certeza.

    É um final que faz você pensar: por trás da fachada de qualquer vida, quais segredos se escondem? Quais escolhas moldam nosso destino? Rodrigo teve todas as chances de ter um futuro brilhante, mas ele escolheu o caminho que o levou à destruição. Não é uma história de redenção; é um lembrete brutal de que o fascínio pelo perigo pode ter consequências inimagináveis.

      Argumentos defendidos pelo autor

      1. Crítica à Falsa Segurança Socioeconômica: O autor faz um retrato crítico de Rodrigo, um jovem de família abastada que, apesar de todas as vantagens econômicas e sociais, é atraído pelo mundo do crime. Isso poderia ser uma crítica à ideia de que a prosperidade financeira e a educação de qualidade são suficientes para manter alguém no “caminho certo.”
      2. Exploração da Psicologia Humana: O autor parece sugerir que há elementos psicológicos profundos que motivam o comportamento de Rodrigo. Ele não é movido por necessidade financeira, mas por um “vácuo” emocional ou psicológico que busca preencher.
      3. Falhas na Estrutura Familiar e Educacional: Há uma crítica implícita ao sistema educacional e à estrutura familiar que não conseguem perceber os sinais de alerta em Rodrigo. Seus pais e a escola, que deveriam servir como guias morais e emocionais, falham em reconhecer ou corrigir seu comportamento perigoso.
      4. Ilusão de Impunidade: A narrativa explora a ideia de que ambos os personagens, vindos de contextos diferentes, sentem uma espécie de impunidade que os leva a desafiar as regras. No caso de Rodrigo, essa impunidade é amplificada pela sua origem social privilegiada.
      5. O Poder da Adrenalina e o Fascínio pelo “Errado”: O autor examina o papel do desejo de adrenalina e da atração pelo que é socialmente considerado “errado” como fatores que podem levar à delinquência. Rodrigo é descrito como alguém atraído não apenas pelas drogas mas pela emoção e adrenalina que o mundo do crime oferece.
      6. Consequências Inevitáveis: O autor fecha com um lembrete brutal sobre as consequências do comportamento imprudente de Rodrigo. Essa pode ser vista como uma refutação direta à ilusão de invulnerabilidade e impunidade que Rodrigo e o narrador sentiam anteriormente.
      7. Questionamento de Moralidade: O autor também introduz a complexidade moral da história de Rodrigo, especulando se os conceitos de “certo” e “errado” podem ser aplicados de maneira clara e objetiva ao seu caso.
      8. O Peso das Escolhas: O texto levanta a questão das escolhas pessoais e como elas podem afetar o curso da vida de um indivíduo, independentemente de sua origem socioeconômica.

      Contraargumentos aos Pontos de Vista do Autor:

      1. Sensação de Impunidade e Recklessness (Imprudência)
        • Contraargumento: A imprudência e a sensação de impunidade em jovens como Rodrigo podem ser interpretadas não como características intrínsecas desses indivíduos, mas como sintomas de falhas mais amplas em sistemas sociais e educacionais. Essa perspectiva sugere que o foco deveria estar em mudanças estruturais que abordem as causas subjacentes desse comportamento, em vez de simplesmente rotular esses jovens como imprudentes ou fora da lei.
      2. A Busca por Adrenalina e Emoção
        • Contraargumento: A busca por emoções fortes é um aspecto do desenvolvimento humano que não é exclusivo dos jovens ou daqueles envolvidos em atividades ilícitas. Essa fase pode ser crucial para o amadurecimento e a formação da identidade. A emoção e a adrenalina podem ser buscadas de formas socialmente aceitáveis e construtivas, como esportes, artes ou atividades acadêmicas desafiadoras. O problema não está na busca por emoção per se, mas nas vias disponíveis para essa busca.
      3. Desprezo pelas Consequências e Pelas Vítimas
        • Contraargumento: Esse comportamento pode ser visto como uma deficiência na educação emocional e ética, em vez de ser uma característica inerente do jovem. A falta de empatia para com as vítimas pode ser abordada por meio de programas de reeducação e reintegração social, que têm o objetivo de incutir um senso de responsabilidade social e individual.
      4. Ambiente de Privilégio que Reforça o Comportamento Imprudente
        • Contraargumento: Embora um ambiente de privilégio possa criar uma sensação de invulnerabilidade, ele também oferece os recursos para redirecionar essa energia de formas mais produtivas e éticas. Em vez de ver o ambiente de Rodrigo como um facilitador de seu comportamento imprudente, pode-se argumentar que ele representa uma oportunidade perdida para orientação e educação adequadas.
      5. Falta de Punição Efetiva como Estímulo para Atividades Ilícitas
        • Contraargumento: A falta de punição efetiva pode ser mais um reflexo das deficiências do sistema de justiça criminal do que um estímulo para atividades ilícitas. A solução para isso seria uma reforma abrangente do sistema judicial, em vez de punições mais severas para indivíduos.

      Esses contraargumentos buscam oferecer uma perspectiva alternativa aos pontos levantados pelo autor, questionando as premissas e as implicações desses argumentos.

      Análises sobre o artigo: Fascínio pelo Crime: da Escola de Elite para a Facção PCC 1533

      Ao analisar o texto por essas lentes, podemos ver que ele toca em questões relevantes para cada área, mas sem aprofundar-se em nenhuma delas. O foco parece estar mais na jornada pessoal de Rodrigo, enquanto os diversos universos de conhecimento atuam mais como pano de fundo para a história.

      Histórico

      O texto situa-se em um contexto de violência urbana e crime organizado, tópicos altamente relevantes nas últimas décadas em muitas partes do mundo. A escolha deste cenário por parte do autor pode ser interpretada como um reflexo dos desafios contemporâneos que muitas sociedades enfrentam no combate ao crime.

      Sociológico

      O protagonista, Rodrigo, é um produto de seu ambiente social, que parece ser caracterizado por falta de oportunidades e o recurso à atividade criminosa como um meio de sobrevivência. Este contexto pode ser lido como uma crítica à estrutura social que falha em fornecer opções viáveis para os jovens.

      Antropológico

      Do ponto de vista antropológico, o texto explora a cultura do crime como um sistema de significados e práticas. A maneira como Rodrigo percebe o “certo” e o “errado” é influenciada pela cultura em que está inserido, o que abre espaço para discussões sobre relativismo cultural.

      Filosófico

      No caso de Rodrigo, que escolhe o caminho do crime não por necessidade, mas por desejo pessoal, questões filosóficas complexas são levantadas. Ao contrário do que o utilitarismo poderia sugerir, a motivação aqui não é o bem-estar básico ou a sobrevivência, mas sim um impulso individualista que pode ser interpretado através de uma lente existencialista ou até mesmo niilista. A escolha de Rodrigo de engajar-se em atividades criminosas, apesar de ter outras opções, questiona a natureza da liberdade, do livre-arbítrio e da moralidade em si. Seus atos poderiam ser vistos como um exercício de liberdade radical, porém questionável do ponto de vista ético, desafiando tanto normas sociais quanto morais estabelecidas.

      Ético e Moral

      O texto levanta questões éticas e morais sobre a vida de crime e se é possível justificar atos imorais com circunstâncias difíceis. Rodrigo não é retratado como um vilão puro, mas como um ser humano complexo, o que desafia as concepções simplistas de bem e mal.

      Teológico

      Embora o texto não aborde explicitamente temas teológicos, pode-se argumentar que a busca de Rodrigo por um sentido em sua vida, em meio à moralidade ambígua de suas escolhas, toca em questões de redenção e julgamento divino.

      Psicológico

      Rodrigo é apresentado como um personagem complexo, com impulsos contraditórios de autosserviço e autoexame. Este perfil psicológico pode ser analisado para explorar como o ambiente e a experiência de vida podem influenciar o desenvolvimento da personalidade e o processo de tomada de decisão.

      Factualidade e Precisão

      O texto, sendo uma obra de ficção, não tem compromisso com fatos reais. No entanto, ele tenta abordar situações que são críveis dentro do contexto de problemas sociais e criminalidade. A precisão do cenário descrito, os comportamentos e a linguagem utilizados poderiam ser questionados. Por exemplo, se o texto apresentasse estatísticas ou afirmasse certos fatos como verdadeiros, essas informações precisariam ser rigorosamente verificadas para aprimorar a narrativa.

      Político

      O texto parece assumir uma postura não explícita mas perceptível sobre questões de justiça social e criminalidade. Embora não faça uma análise profunda do sistema penal, ele permite uma interpretação que pode ser vista como crítica a esse sistema. Contudo, o foco em elementos individuais e a falta de discussão sobre políticas públicas limitam sua eficácia como um instrumento de comentário político.

      Cultural

      Do ponto de vista cultural, o texto mergulha em um microcosmo que é representativo de segmentos marginalizados da sociedade. No entanto, falta uma exploração mais profunda das riquezas e complexidades culturais que circundam o personagem de Rodrigo. Isso incluiria as influências da família, amigos e a cultura popular, que podem ter moldado suas escolhas e perspectivas.

      Econômico

      O contexto econômico, um elemento crucial para entender a situação de Rodrigo, é abordado de forma superficial. O texto não explora a forma como as circunstâncias econômicas podem afetar as opções disponíveis para ele, nem discute as falhas sistêmicas que contribuem para a pobreza e a desigualdade. Uma análise mais robusta sobre como a economia afeta oportunidades de vida seria bem-vinda para enriquecer a narrativa.

      Linguagem

      O texto emprega uma linguagem simples, mas eficaz, na descrição das experiências e sentimentos do personagem Rodrigo. Esse tipo de linguagem ajuda a estabelecer uma ligação imediata com o leitor, facilitando a identificação com o protagonista. A escolha de palavras e a estrutura da frase sugerem um desejo de comunicar ideias de forma direta, sem se perder em floreios literários.

      Ritmo

      O ritmo do texto é moderado, refletindo o ritmo da vida de Rodrigo, que é cercado de atividades ilícitas, mas também tem momentos de reflexão. Há uma alternância entre passagens mais frenéticas e momentos mais calmos, o que ajuda a manter o interesse do leitor e a construir uma narrativa dinâmica.

      Estilo de Escrita e Estilométrica

      O estilo de escrita do texto é realista, com descrições diretas dos cenários e acontecimentos. Isso sugere que o autor pode estar interessado em retratar a realidade tal como ele a vê, sem embelezamentos. Do ponto de vista estilométrico — que analisa métricas como frequência de palavras, comprimento da frase, etc. —, o texto parece manter uma consistência que favorece a fluidez da leitura.

      Perfil Psicológico e Social do Autor

      Com base no texto, é difícil determinar com precisão o perfil psicológico do autor. No entanto, ele mostra uma certa empatia para com personagens em situações desfavoráveis, o que pode sugerir uma orientação mais humanista. Socialmente, o autor parece estar consciente dos desafios enfrentados por indivíduos como Rodrigo, indicando uma familiaridade com ambientes urbanos e possivelmente marginalizados.

      Público-alvo do artigo: Fascínio pelo Crime: da Escola de Elite para a Facção PCC 1533

      1. Acadêmicos e Estudantes: Especialmente aqueles focados em criminologia, sociologia, psicologia e estudos de gênero, que podem encontrar valor na análise comportamental e social do texto.
      2. Profissionais do Direito: Advogados, juízes e outros envolvidos no sistema judiciário poderiam encontrar o texto relevante para entender aspectos legais ou éticos relacionados ao comportamento de Rodrigo.
      3. Jornalistas e Críticos de Mídia: Aqueles interessados na ética do jornalismo, na representação da criminalidade na mídia, ou no papel da mídia em moldar a percepção pública.
      4. Ativistas Sociais: Indivíduos ou grupos focados em questões sociais como desigualdade, direitos humanos ou reforma do sistema prisional podem achar o texto esclarecedor ou útil para seus esforços.
      5. Leitores Gerais com Interesse em Psicologia ou Comportamento Humano: O texto pode oferecer insights sobre motivações e comportamentos que são de interesse para uma audiência mais ampla.
      6. Agentes de Segurança Pública: Policiais e outros envolvidos em segurança podem encontrar valor no texto para entender melhor os tipos de comportamentos que podem encontrar em suas profissões.
      7. Formadores de Política: Legisladores ou administradores públicos que lidam com políticas de justiça criminal podem se beneficiar das análises apresentadas.
      8. Teólogos e Líderes Religiosos: Dependendo do conteúdo, aspectos de moral e ética podem ser de interesse para aqueles envolvidos em estudos teológicos ou liderança religiosa.
      9. Amantes da Literatura e Estudos Culturais: Se o texto tem qualidades literárias ou aborda questões culturais de forma significativa, poderá atrair leitores com interesse nestas áreas.

      Rota Boliviana: Colla na Sombra do Primeiro Comando da Capital

      Desvendamos a possibilidade do envolvimento da facção PCC na rota boliviana, um possível novo eixo no tráfico internacional de drogas. Entre tramas de investigações e suspeitas, o leitor é convidado a mergulhar no misterioso mundo do crime organizado.

      “Rota Boliviana: Um novo palco para o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533)?” é o assunto que iluminamos hoje. Através das sombras do narcotráfico, a rota boliviana ressurge, possivelmente orquestrada pelo PCC, jogando um novo papel no xadrez global do tráfico.

      Emerge, do silêncio das investigações, a suspeita de uma rede estrategicamente tecida. Entre a Bolívia e a Espanha, drogas escondidas em cargas aéreas, apontando para a sofisticação na operação, destacando a pista da rota boliviana.

      Como leitores ávidos e analíticos, seus pensamentos são valiosos. Compartilhe suas opiniões sobre a possível influência do Primeiro Comando da Capital na rota boliviana, seja nos comentários, no nosso grupo de leitores ou via mensagem privada para mim. Seu envolvimento é crucial para desvendarmos essas intrincadas tramas do tráfico internacional.

      Rota Boliviana: Encurtando Caminhos do Tráfico Internacional

      Em junho, o silêncio permeava as ruas de Madrid, quando as autoridades alfandegárias espanholas efetuaram uma das suas maiores interceptações de cocaína no Aeroporto Internacional Adolfo Suárez/Madrid-Barajas. Tal acontecimento projetou a rota boliviana sob um foco penetrante, colocando-a como um possível novo eixo no intrincado diagrama do tráfico internacional de entorpecentes.

      Neste panorama, a figura nebulosa do Primeiro Comando da Capital emerge como um possível ator principal. A apreensão de 478 kg de cocaína, provenientes de Santa Cruz, na Bolívia, com destino a Madrid, na Espanha, realizada em um voo da Boliviana de Aviación (BOA) que utilizou uma aeronave alugada da empresa espanhola Wamos Air, despertou o interesse dos investigadores.

      O volume considerável de drogas, escondidas não na bagagem de passageiros, mas dentro do compartimento de carga do Airbus A330, surpreendeu. Esta tática, desviando do tradicional esquema de ocultação nos pertences dos passageiros, apontava para um nível de sofisticação operacional destacado, todo envolto na enigmática “rota boliviana”.

      A dúbia posição das autoridades

      A tranquilidade aparente dos comandantes da polícia do aeroporto e dos oficiais antidrogas, que se moveram apenas após a apreensão se tornar um assunto público, é um mistério sombrio. Além disso, o desconhecimento da apreensão há poucos dias (31 de maio), expresso pelo governo boliviano, indica um nível de encobrimento que sussurra a possibilidade de uma rede organizada de tráfico de drogas, como o Primeiro Comando da Capital.

      Diversas prisões ocorreram, envolvendo o chefe da polícia do aeroporto e os proprietários da empresa de correio encarregada do despacho da carga. As tentativas de ocultar a operação foram meticulosas, desde a eliminação das imagens das câmeras no momento em que a aeronave estava sendo carregada. Contudo, registros foram resgatados, revelando dois funcionários da BoA rompendo o lacre policial nos contêineres de carga, uma cena que endossa a tese de uma operação bem orquestrada.

      O próprio governo boliviano já reconheceu que o narcotráfico “infiltrou-se” em diversas instituições, englobando desde a alfândega e aeroportos até a polícia e a direção da BoA. Detalhes intrigantes neste caso corroboram tal afirmação – a inércia dos oficiais de polícia do aeroporto. A possibilidade de tal operação aponta para um possível envolvimento do PCC, considerando a sofisticação da empreitada e o histórico da organização em atividades de tráfico internacional na “rota boliviana”.

      O Traficane Colla e a Rota Boliviana

      Envolto na atmosfera turva da Bolívia, o narcotraficante apelidado de “Colla” emergia como figura crucial. Contudo, ao desvendar-se a narrativa, a facção Primeiro Comando da Capital surgia como um provável e cada vez mais forte segundo plano. A potencial participação do PCC estava indicada pela notória competência da organização em instaurar e administrar complexos trajetos internacionais de tráfico, além da sua peculiar destreza em se adaptar a inéditas oportunidades e desafios.

      O vislumbre da presença do PCC na rota boliviana, ainda que não inteiramente estabelecida, instiga uma inquietante indagação. A associação criminosa, já rotulada como uma hidra de muitas cabeças no Brasil e cujas influências se estenderam à Bolívia, estaria alterando sua estratégia de contrabandear drogas através das nações vizinhas? Conforme as sondagens prosseguem, as autoridades mundiais mantêm-se atentas, perscrutando cada sombra no enredado labirinto do tráfico transnacional. A contínua perseguição de gato e rato permanece, com a rota boliviana paulatinamente revelando seus segredos enigmáticos.

      Com essa nova rota boliviana, o PCC poderia estar buscando uma alternativa mais econômica, apesar do maior risco de apreensão. Anteriormente, a facção usava a África como ponte para enviar drogas à Europa, mas a rota boliviana permitiria o envio direto da cocaína, evitando os custos logísticos da rota anterior. Essa possibilidade reforça a necessidade de uma ação conjunta e efetiva das autoridades internacionais para combater o tráfico de drogas e desmantelar organizações criminosas como o PCC.

      A Evolução das Estratégias de Tráfico Transnacional

      Este incidente trouxe à luz a possibilidade de o Primeiro Comando da Capital estar trilhando um novo caminho: uma rota aérea direta da Bolívia para a Europa, prescindindo dos pontos de escala tradicionais, como Brasil, Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai. Esta rota poderia representar uma alternativa mais econômica. Ainda que haja um maior risco de apreensão, devido a uma fiscalização mais eficaz nos voos com origem no país andino, este perigo poderia ser compensado pelo alto custo da logística atualmente empregada para a baldeação.

      Atualmente, o PCC recorre ao eixo africano para entregar as drogas aos seus clientes europeus. Porém, se essa mudança for confirmada, não será a primeira vez que a estratégia de distribuição internacional de drogas se adaptará aos novos métodos e mecanismos de controle. As rotas e estratégias dos traficantes sofrem mutações constantes.

      A África Ocidental emergiu como uma alternativa viável para abastecer o mercado europeu. Hoje, além de servir de ponte para a Europa, a África Ocidental é usada para traficar cocaína para os Estados Unidos, Ásia e, ocasionalmente, Oceania. Agora, a apreensão em Espanha mostra que uma parte das drogas está sendo enviada diretamente da Bolívia, evitando o custo de toda essa estratégia na misteriosa “rota boliviana”.

      Armas do Paquistão nas Mãos do Primeiro Comando da Capital

      Neste artigo, exploramos a intrigante transação entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) do Brasil e a máfia ‘Ndrangheta da Itália. Em um trama que desafia a imaginação, estas entidades trocam “Armas do Paquistão” por cocaína, criando uma rede de crime internacional que desafia a lei e a ordem.


      “Armas do Paquistão” – duas palavras simples, mas capazes de abrir um labirinto de sombras e segredos. Adentre neste emaranhado onde o perigo se esconde a cada esquina. Nesta trama, o Primeiro Comando da Capital (Facção PCC 1533), uma facção brasileira, une-se ao obscuro mundo da ‘Ndrangheta italiana, em uma aliança envolta em mistério.

      A revelação dessa parceria, uma inquietante descoberta, é o convite para uma jornada que promete te transportar para o submundo da criminalidade internacional. Prepare-se para mergulhar na trama que une Brasil e Itália de uma maneira nunca antes imaginada.

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      Armas do Paquistão via ‘Ndrangueta

      As armas do Paquistão encontraram seu caminho até o Brasil, adquiridas de forma sinistra pelo Primeiro Comando da Capital. A poderosa facção criminosa conseguiu essa façanha em troca de cocaína, um acordo fechado com a ‘Ndrangheta, uma organização mafiosa sediada na Calábria, Itália. A surpreendente revelação foi feita pelos incansáveis oficiais da Direção Antimáfia Italiana (DIA), culminando na prisão de 132 suspeitos.

      Longe de serem apenas organizações criminosas, a ‘Ndrangheta e o PCC agem como epicentros de vastas federações criminosas. Uma colcha de retalhos de culturas, base e origem, estão enraizadas em nações diferentes, permeando diversos continentes. Enquanto a ‘Ndrangheta mantém sua fortaleza na Calábria italiana, o PCC opera predominantemente no sudeste do Brasil.

      O envolvimento da ‘Ndrangheta no tráfico de armas internacional foi desmascarado. Uma operação que revelou o envio de armas do Paquistão ao PCC em troca de remessas de cocaína. Nessa sinistra rede de crime, um padrão de lavagem de dinheiro foi revelado, com “investimentos massivos na Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal, Argentina, Uruguai e Brasil”.

      Conexões Insólitas, a Estrada para o Velho Continente

      Embora distintas, essas organizações estabeleceram laços perturbadores. O tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro são apenas algumas de suas atividades conjuntas. A parceria sinistra levou toneladas de cocaína da América do Sul para a Europa.

      Os primeiros indícios dessa aliança sombria surgiram em 2014, revelados durante a Operação Overseas da Polícia Federal brasileira. Este projeto expôs uma rede que incluía a ‘Ndrangheta italiana, criminosos colombianos e a máfia sérvia, todos unidos na tarefa de transportar cocaína para a Europa.

      A maior parte da cocaína entrava pelos portos da Antuérpia, na Bélgica, Roterdã, na Holanda e de Gioia Tauro, na Calábria, sul da Itália.

      Ao desembarcar na Europa, a droga passava para as mãos habilidosas da máfia sérvia. Conhecidos por operar discretamente ao redor do mundo, eles garantiam a distribuição final da mercadoria, tecendo uma complexa rede de contatos e intermediários.

      Uma Antiga Ligação, Clã Šarić e o Porto de Santos

      Embora a união entre a máfia sérvia e a facção PCC seja conhecida apenas desde 2014, Bozidar Kapetanovic já operava como o elo entre elas. Este homem, integrante do clã sérvio de ex-militares liderados por Darko Šarić, facilitava o envio de drogas para a Europa, provenientes da Colômbia, Bolívia e Paraguai.

      Apesar da Operação Brabo ter desmantelado o esquema em 2009, há indícios de que o grupo possivelmente já utilizava a infraestrutura logística do PCC no Brasil, mais especificamente o porto de Santos. Em 2016, quando o Clã Šarić foi novamente alvo de uma ação policial, foi confirmada a parceria com a facção PCC no transporte de drogas até a boca de embarque.

      Desde então, várias operações visaram a aliança entre o PCC e a ‘Ndrangheta. Surpreendentemente, o método de pagamento e a rede de lavagem de dinheiro desses criminosos veio à luz. Suspeita-se do uso de bitcoins e do sistema “dólar-cabo”, como revelado na Operação Echelon em São Paulo.

      O Reino da Máfia Calabresa e suas Perigosas Ligações

      Responsável por extorsão, lavagem de dinheiro, assassinatos e tráfico de drogas, a máfia calabresa controla o mercado de drogas na Europa e na Austrália, em colaboração com o Cartel do Golfo colombiano e outras organizações atuantes no Equador.

      Desvendando as teias de Nápoles, encontramos a Camorra. Este grupo sinistro do crime organizado supostamente tem laços profundos com a Al-Qaeda e com o grupo separtista basco ETA Euskadi Ta Askatasuna (Euskadi Pátria e Liberdade). Abundam rumores de uma troca inquietante – a Camorra fornecendo abrigos seguros, documentos falsificados e armas de fogo para a Al-Qaeda em troca de narcóticos.

      Ademais, murmúrios falam de um pacto com o ETA. Aparentemente, a Camorra oferta armas pesadas como lançadores de mísseis ao ETA, recebendo em troca montanhas de cocaína e haxixe. Todavia, nada é definitivo nesta dança de sombras e segredos.

      Al-Qaeda: Tecendo Trilhas de Contrabando

      A Al-Qaeda, por sua vez, está envolvida em rotas de contrabando de armas. Estas trilhas serpenteantes cruzam com a notória Cosa Nostra siciliana, a escura ‘Ndrangheta calabresa e um misterioso traficante de pessoas egípcio com supostos vínculos à Al-Qaeda.

      As armas apreendidas, inicialmente vendidas legalmente, mas desativadas, estão à beira de um despertar sinistro. Portanto, é crucial desvendar esse emaranhado antes que se tornem ferramentas de destruição novamente.

      Laços Ocultos, levantando o véu

      No entanto, a busca incessante para desvelar a conexão direta entre a máfia italiana e os grupos terroristas paquistaneses na névoa densa do tráfico de armas é um labirinto intricado apenas começando a ser iluminado.

      A volatilidade de grupos criminosos organizados e redes terroristas tem o efeito sinistro de camuflar essas conexões. Alianças efêmeras e métodos operacionais que mudam como areias movediças tornam as informações fugazes, como a luz cintilante de uma vela no escuro.

      Em meio a esse universo escondido, onde sombras e silêncio são os habitantes mais fiéis, a verdade é tão rara quanto um oásis no deserto. A despeito disso, a necessidade de desvendar os mistérios enigmáticos dessas organizações torna-se mais imperiosa, como um clamor silencioso, um eco no vazio, ansioso para compreender a iminente tempestade que se avizinha para o mundo exterior.

      Rio Claro: GAECO entra na guerra entre Facção PCC e oposição

      Este artigo aborda a violência e o caos em Rio Claro, onde a batalha pelo controle do tráfico de drogas entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e um grupo independente culminou em 33 mortes em apenas um ano. Descubra como esta luta está transformando a pequena cidade paulista.

      Rio Claro, pacata cidade paulista, abriga segredos que transcendem seu aparente sossego. Convidamos você a adentrar o labirinto obscuro do crime organizado, onde um grupo desafia a dominância do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

      Neste intrigante relato, observe pela perspectiva da investigadora Rogéria Mota a ascensão dessa facção independente. Junte-se a nós nessa exploração, pois desvendamos a trama de poder, violência e uma coexistência surpreendente em meio ao caos.

      A Batalha Invisível de Rio Claro: Uma Guerra Silenciosa pelo Controle do Tráfico

      Tudo na cidade de Rio Claro causava uma sensação de inquietação. A investigadora do GAECO, Rogéria Mota, atenta à atividade de um grupo criminoso independente, se perguntava: “Como pode essa facção crescer em território dominado pelo Primeiro Comando da Capital?“.

      Ela percorria as ruas de pedra de Rio Claro, buscando respostas. Observava casas simples e estabelecimentos modestos. Essa paisagem era um terreno fértil para o crime, embora parecesse desproporcional ao calibre dos armamentos desse grupo.

      Entre sussurros dos habitantes de Rio Claro, Rogéria descobriu a potência dos armamentos do grupo. Eles rivalizavam com exércitos avançados e os fundos monetários, fruto de um tráfico desenfreado, competiam com o PCC. Essa realidade causava arrepios.

      Surpreendeu-se, porém, com a aceitação desse novo grupo pelo PCC. Conforme sua investigação avançava, descobriu uma regra da facção PCC: ninguém é obrigado a aderir. A coexistência com outros grupos era permitida, ainda que nem sempre pacificamente.

      Entretanto, a violência não era estranha nesse cenário. A lista de mortos crescia. Entre os nomes, estava o de Juliano, empresário e narcotraficante, assassinado com mais de 30 tiros. Essa situação em Rio Claro não era para os fracos de coração.

      Numa Teia de Poder e Medo: A Estranha Tolerância do PCC aos Grupos Independentes

      Refletindo, Rogéria percebeu a semente da destruição escondida na própria ética do PCC. A tolerância da facção PCC para com outros grupos permitiu a ascensão de um poderoso rival. Uma ironia amarga, sem dúvida.

      As suspeitas de Rogéria Mota pesavam sobre as vítimas, incluindo Juliano, acreditando que poderiam ter negociado com o grupo do notório traficante Anderson. Afinal, no mundo sinistro do crime, acordos são tão voláteis quanto o rastilho de uma vela acesa, sempre ameaçando se desfazer em meio ao mais tênue sopro de desconfiança.

      Por muito tempo, a organização Primeiro Comando da Capital agiu como mediador neutro, aceito por todos em São Paulo. No entanto, quando sua autoridade é questionada, as armas ditam a lei.

      O isolamento dos líderes da facção PCC, promovido por ações públicas, sem dúvida contribuiu para o crescimento do grupo rival. As autoridades emitiram mandados, realizaram apreensões e sequestraram bens do grupo. Cinco foram presos, mas o líder, Anderson, escapou.

      A ação foi coordenada pelo GAECO de Piracicaba. A Rogéria cabia prever e tentar se antecipar às mudanças para que São Paulo não voltasse a ser marcada pela violência pré-hegemonia do PCC. Em 2022, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes em Rio Claro atingiu 15,68, a maior da região.

      Vidas perdidas em uma guerra sem fim

      A batalha pelo controle do tráfico de drogas em Rio Claro tem tido um preço alto: somente no último ano, essa guerra resultou em um saldo devastador de 33 assassinatos. A escalada de violência tem um objetivo preciso: a hegemonia do tráfico de drogas . As suspeitas apontam que o grupo de Magrelo possui um arsenal bélico superior ao do próprio PCC na região, um poder de fogo desenfreado capaz de abater rivais e manter seu controle tácito.

      Por ora, no entanto, o braço da Justiça agiu conforme a denúncia apresentada pelo MPSP, voltando-se contra os oito alvos marcados pelos mandados, cinco dos quais já se encontravam sob custódia policial.

      Adicionalmente, um pedido de sequestro de bens foi deferido, somando um valor colossal de R$ 12.586.000,00 – uma soma que, demonstra o poder dessa organização criminosa independente.

      Rogéria precisa entender a mente criminosa para reverter esse quadro de mortes. Contudo, meu papel é apenas observar e relatar as histórias. E, certamente, essa história está longe de terminar.

      O que se sabe Sobre Anderson, o líder da organização criminosa

      Anderson Ricardo de Menezes, um criminoso de altíssima periculosidade mais conhecido como Magrelo, é um nome que ressoa nos corredores do Gaeco de Piracicaba. E não é à toa: no auge de sua juventude impetuosa, aos vinte anos, Magrelo desferiu múltiplos golpes de canivete num desafeto, um ato que deixou cicatrizes profundas, não apenas no corpo da vítima, mas também no tecido social de Rio Claro.

      O modus operandi é cruel, mas eficaz: rastreadores em carros de inimigos, emboscadas em locais desprovidos de testemunhas, veículos incendiados após os atos hediondos. O enigma da morte de Alessandro de Arruda, membro do PCC, desvendado por interceptações telefônicas, revela a mão de dois comparsas de Magrelo por trás do assassinato.

      Com um histórico criminal notavelmente extenso, Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como Magrelo, aos 48 anos, desafia a maior organização criminosa do Cone Sul, o Primeiro Comando da Capital, e seus negócios já se estendem além das fronteiras de São Paulo, alcançando as áreas limítrofes entre o Brasil e o Paraguai.

      O criminoso Magrelo já contabilizava em sua ficha delitos como roubo, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa e tráfico de drogas, tornando-se alvo da Operação Carro Falso em 2014, uma ação organizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo direcionada aos ladrões e receptadores de veículos furtados. No mês anterior, ele e outros oito cúmplices foram indiciados pelos promotores de justiça de Piracicaba pelos crimes de organização criminosa e associação ao tráfico de drogas.

      Na última quarta-feira, Magrelo esquivou-se habilmente de um cerco policial, apesar de sua prisão preventiva ter sido decretada pela justiça. Sua fuga era mais um golpe contra a sensação de segurança, uma prova contundente de que a batalha entre a lei e o crime em Rio Claro estava longe de ser concluída.

      artigo base para esse texto: Josmar Jozino – Grupo rival do PCC provoca onda de assassinatos e aterroriza Rio Claro (SP)

      Fichamento do Caso Operação Oposição em Rio Claro

      1. Evento: Operação Oposição em Rio Claro (SP) no dia 17 de maio de 2023.
      2. Organizações envolvidas: GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o 10º BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia).
      3. Objetivo da Operação: Cumprir oito mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa formada no município.
      4. Grupo Criminoso Alvo: Organização rival ao Primeiro Comando da Capital (PCC), formada em Rio Claro.
      5. Resultado da Operação: Cinco pessoas presas, três foragidas (incluindo o líder do grupo), apreensão de dinheiro, celulares, armas e munições.
      6. Líder do grupo: Anderson Ricardo de Menezes (Magrelo ou Patrão) conseguiu fugir.
      7. Situação do grupo: Membros tinham acesso a armamento de grosso calibre, munições, coletes balísticos e apresentavam vasta movimentação financeira devido ao tráfico de drogas.
      8. Medida Judicial: Sequestro de bens no valor de R$ 12.586.000,00.
      9. Consequências da rivalidade entre os grupos: 33 assassinatos no ano passado (2022), incluindo Juliano Gimenes Medina, morto com 30 tiros em 8 de junho de 2022.
      10. Investigação: O GAECO de Piracicaba e a Polícia Civil de Rio Claro descobriram o grupo de Magrelo através da investigação do assassinato de Medina.
      11. Assassinato de Medina: Os suspeitos são Rogério Rodrigo Graff de Oliveira (Apertadinho) e Willian Ribeiro de Lima Diez (Feio), que já se encontravam presos.

      Fantasma: O Enigma do Líder da facção PCC 1533 e Ex-Policial

      Conheça a história do líder da facção PCC, “Fantasma”, e seu passado como policial militar, revelando um caso repleto de contradições e reviravoltas.

      Fantasma, o enigmático líder do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), traz um caso intrigante que desafia a lógica do mundo do crime. Venha desvendar esse mistério conosco!

      Fantásma: Um líder controverso

      Meu caro Francesco Guerra,

      Você não vai acreditar no caso intrigante que acabei de descobrir envolvendo o líder de uma das maiores facções criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital. No entanto, este caso em particular possui algumas peculiaridades que o tornam ainda mais fascinante.

      Ontem, o líder da facção PCC conhecido como “Fantasma” foi preso no bairro da Penha, zona leste de São Paulo. Este indivíduo, cujo nome verdadeiro é Gilson Alves da Silva, tem 39 anos e é apontado como responsável por coordenar o tráfico de drogas no Alto Tietê, região metropolitana de São Paulo. No entanto, o que realmente chama a atenção nesse caso é o passado de Gilson como cabo da Polícia Militar.

      É surpreendente notar que, em uma ocasião, enquanto trabalhava como segurança em uma festa, Gilson defendeu dois policiais que estavam sendo agredidos por integrantes do próprio PCC. Um fato curioso e contraditório, considerando seu envolvimento com a facção criminosa.

      Quando trabalhava como segurança na festa que rolava no Recinto do Folclore em Olímpia, à 370 Km da capital de São Paulo. Presenciou vários indivíduos agredindo dois policiais e foi ajudá-los.

      Everson, Carlos Henrique e Luiz Antônio se utilizaram de mesas e cadeira para agredi-los, além de desferir chutes e socos. Os três homens eram integrantes do Primeiro Comando da Capital e Luiz Antônio, conhecido como Washington Peão, era o líder do grupo, e estavam na festa para comercializar drogas.

      Fantasma: violência acima de tudo

      A Polícia Civil de São Paulo divulgou uma nota informando que “Fantasma” é acusado de ser o mandante do assassinato de um policial civil e dois militares.

      A investigação teve início em janeiro deste ano, após o desaparecimento de um policial civil em Poá, cidade da Grande São Paulo. Em abril de 2023, ele também foi suspeito de ser o mandante do assassinato de dois policiais militares, vítimas de tortura física antes de serem mortos.

      Além disso, Gilson, também conhecido como “Galego”, é suspeito de estar envolvido em pelo menos quatro homicídios nos últimos seis meses. Sua prisão foi efetuada por policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que o consideram um grande traficante de drogas e um dos principais chefes do PCC na região do Alto Tietê.

      Por fim, Watson, vale ressaltar que este caso é mais um exemplo da complexidade e imprevisibilidade do mundo do crime, onde o passado e o presente de um indivíduo podem se entrelaçar de maneiras surpreendentes. A prisão do “Fantasma” representa um duro golpe para a facção PCC, mas nada que abale sua estrutura, nem mesmo no próprio bairro.

      Com os melhores cumprimentos,

      Rícard Wagner Rizzi

      texto base: Chefe do PCC é preso em São Paulo

      O MP-MS interfere na Guerra entre as Facções Inimigas PCC e CV

      O MP-MS, através de investigações meticulosas, desbarata um esquema do Comando Vermelho para assumir o controle das rotas de tráfico do Primeiro Comando da Capital na região de fronteira.

      MP-MS, desmantela “plano secreto” do Comando Vermelho CV contra o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) na fronteira. Adentre nesta investigação!

      O Plano do Comando Vermelho para Dominar as Rotas do PCC”

      A operação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MP-MS) mirou a facção criminosa Comando Vermelho (CV), buscando desarticular os planos dessa organização criminosa carioca de controlar áreas e rotas do Primeiro Comando da Capital na região fronteiriçadas rotas de tráfico do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia.

      A rivalidade entre as duas organizações criminosas pelo controle da região teve início com a morte do megatraficante paraguaio Jorge Rafaat Toumani em junho de 2016, acirrando a guerra entre as facções paulista e carioca.

      Atualmente, criminosos de diversos grupos brasileiros batalham pela sobrevivência, território e rotas na disputada região, crucial na chamada “Rota Caipira”. Por essa rota, drogas e armas seguem para o interior do Brasil e para os portos do litoral, de onde são enviadas ao resto do mundo.

      O Primeiro Comando da Capital atualmente controla várias dessas rotas, sendo uma das principais portas de entrada de drogas e armas a cidade brasileira de Corumbá. Lideranças do Comando Vermelho presas na Penitenciária Estadual Gameleira II, em Campo Grande (MS), planejavam os crimes e repassavam as tarefas para os faccionados em liberdade, armando o plano para quebrar o domínio da facção PCC.

      A Investigação e a Operação do MP-MS

      Após 15 meses de investigações, o MP-MS executou 92 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. Entre os presos, encontram-se advogados e policiais penais cooptados pela facção na tentativa de expandir sua atuação no controle das rotas de tráfico.

      A comunicação entre os presos e seus comparsas se dava através de celulares contrabandeados e advogados a serviço da facção. A investigação detectou uma série de crimes ligados às ordens emanadas do presídio. Mandados foram cumpridos em diversos estados, resultando na prisão de advogados, policiais penais e outros envolvidos.

      texto base: Expansão do Comando Vermelho: MP realiza operação para prender 92 no Centro-Oeste

      Central de distribuição de drogas do PCC no Alberto Gomes em Itu

      Um idoso observa de sua janela a ação policial que desmantela uma central de distribuição de drogas da facção PCC 1533 em sua vizinhança. A história explora a tensão, o medo e as consequências do crime organizado na vida de pessoas comuns.


      Central de distribuição de drogas do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) desmantelada em Itu, São Paulo, enquanto um idoso observa tensão e medo na vizinhança.

      Central de Distribuição do PCC: medo e a tensão no bairro Alberto Gomes

      Naquela sombria manhã, o idoso, observando em silêncio através da janela de sua casa, sentiu um medo e terror que nunca havia experimentado antes.

      Via pelo vão da cortina a família do motoboy jundiaiense Paulo Rogério, morador em uma edícula de um imóvel próximo, jurar aos policiais que nunca percebeu nenhum movimento estranho na casa da frente. A pressão do frio metal das armas dos policiais em suas faces fez com que Rogério e sua família temessem por suas vidas.

      O idoso imaginava o turbilhão de emoções e pensamentos que assolavam Rogério. Ele alugara a casa da frente para complementar a renda e jamais esperava ser envolvido, ou ter envolvido ao pobre motoboy nesse emaranhado de crime, drogas e violência.

      A insegurança, a indignação, a impotência e o medo devem ter se misturado na alma de Rogério, enquanto ele tentava convencer os policiais de sua inocência e ignorância sobre o que ocorria no imóvel alugado. Rogério e sua família, agora estavam inseridos em um caso de tráfico de drogas que envolvia a mais terrivel organização criminosa da América do Sul, o Primeiro Comando da Capital, teriam suas vidas impactadas de forma irreversível.

      A descoberta do crime organizado ao lado de casa

      Era sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009, às 10:25 da manhã.

      A casa na Rua Itu, Jardim Alberto Gomes, em Itu, SP, estava cercada por policiais. Um deles bateu à porta, mas só recebeu silêncio como resposta. Dentro da casa, estavam a ribeiropretana Juliana, de 24 anos, e um adolescente conhecido como Beto.

      O idoso, por sua idade avançada, não podia interferir, mas podia observar tudo atentamente. Ele sabia que o adolescente namorava Juliana há um mês, e que na noite anterior, um homem desconhecido havia lhes emprestado a chave daquela casa para passarem a noite.

      O que ele não sabiam é que aquela residência funcionava como uma central de distribuição de drogas, controlada pelo Primeiro Comando da Capital, uma das maiores e mais perigosas facções criminosas do Brasil.

      Drogas, surpresa e nudez

      Ao arrombarem a porta, os policiais se depararam com uma cena tumultuada e inesperada. Juliana, completamente nua na cama, encarava os oficiais com olhos arregalados, o rosto tomado por um misto de medo e surpresa. O adolescente, por sua vez, corria ainda nu para o banheiro, tentando se esconder.

      Posteriormente o idoso ficou sabendo que o rapaz disse aos poliais que namorava com Juliana há um mês, tendo-a conhecido numa balada no Clube Comerciários. Na noite anterior ele estava com a garota em um barzinho e como não podiam ir para um hotel, visto que ele era menor de idade, um homem que ele não conhecia lhe emprestou as chaves daquela casa para passarem a noite.

      Mais tarde, Beto tentaria justificar sua reação de tentar se esconder da polícia durante a invasão da casa dizendo que pensou que fosse um assalto, mas ninguém acreditou naquela história. Afinal, ele era conhecido por sua ligação com o mundo do crime e, apesar de menor de idade, trabalhava como piloto da moto responsável pelas entregas do tráfico na região.

      A garota também ficou em uma situação difícil,

      A ação policial que mudou a vizinhança

      E aquela casa, que parecia comum por fora, escondia um propósito sinistro: servir como a central de distribuição de drogas do PCC nos bairros Alberto Gomes, Jardim Vitória e Centro, e a busca na casa revelou diversas provas do envolvimento com o tráfico, incluindo armas, drogas e anotações relacionadas ao PCC.

      O delegado do 2º DP de Itu não se comoveu com a história do casal, que afirmava estar ali apenas por acaso. A investigação, iniciada um ano antes, focava no esquema de tráfico com base no Jardim Vitória, comandado por Júlio César, conhecido como Preto.

      O idoso observou tudo, sabendo que a família do motoboy Paulo Rogério, moradores da edícula, não tinha envolvimento com o crime, mas também sabia que eles não eram totalmente inocentes de perceber a atividade criminosa na casa da frente.

      O verdadeiro terror, percebeu o idoso, era o medo de conviver ao lado do Primeiro Comando da Capital e o silêncio imposto a Paulo Rogério e sua família, que seria obedecido até o túmulo.

      Tráfico e Destino: A Saga de Dois Integrante da Facção PCC 1533

      Dois membros do PCC, envolvidos no tráfico de drogas, encaram uma missão perigosa e enfrentam reviravoltas inesperadas, levando-os a questionar suas escolhas de vida.

      Tráfico, risco e destino se entrelaçam na história de dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) que enfrentam desafios e reviravoltas inesperadas em uma missão arriscada.

      Sonhos, Tráfico e Esperança por 700 Kms

      As luzes da cidade se despediam no retrovisor, enquanto a estrada engolia nossa esperança. Eu e meu camarada, assim como eu mesmo, cria do PCC, rumávamos na batalha, correndo atrás de um sonho, um futuro melhor. Já havíamos rodado mais de 700 quilômetros desde Ribeirão Preto, no coração do interior de São Paulo.

      Guerreiros das quebradas, enfrentávamos mais uma missão, carregando 12 barras de pasta base de cocaína, 400 mil nas costas, e um destino incerto. Seguíamos pela BR-365, quando o medo bateu, e trocamos a rota, e caímos na MG-280 e, depois, na MGC-135, longe das garras da Federal.

      A vida no tráfico não é fácil, irmão. A cada quilômetro, o peso do passado, a sombra da morte, o gosto amargo do perigo. Será que vale a pena, será que tem volta? Essas perguntas martelavam minha mente, mas eu já estava envolvido demais, preso no sistema, na roda do destino.

      A viagem seguia, e o cansaço acumulava. Tudo que queríamos era terminar a missão em Montes Claros e voltar pra casa, pra família. Mas, às vezes, a vida é cruel, e o destino te prega uma peça.

      No quilômetro 420 da MGC-135, em Bocaiúva, a polícia rodoviária apareceu. Naquele momento, o coração disparou, o suor escorreu, e a ficha caiu: rodamos.

      Os homens encontraram a droga, e tudo desabou. A esperança, o sonho, o futuro: tudo virou pesadelo. Presos, sem saída, entregues à própria sorte. A quadrilha que acreditávamos ser nossa família agora se tornava nossa sentença e virão fazer a cobrança.

      Nos celulares apreendidos, a polícia buscará pistas, para tentar desvendar os segredos da nossa facção, mas nós nada falamos. Não conhecemos ninguém, não sei quem me entregou o bagulho em Ribeirão Preto e nem para quem eu ia entregar lá em Montes Claros.


      Enquanto era levado pra cela, as lembranças da vida no crime me assombravam. Eu pensava: onde foi que errei? Será que poderia ter sido diferente? E a família, as crianças, minha mãe, todos sofrendo mais uma tristeza por minha causa. Só lamento.

      Mas agora, irmão, é tarde pra chorar, tarde pra se arrepender. Eu e meu camarada, dois guerreiros do PCC, caímos na malha fina do sistema. A vida no crime tem seu preço, e a gente tá pagando por cada escolha errada. Só nos resta enfrentar as consequências e tentar encontrar um caminho pra sair dessa.

      Biqueira Comprada: PCC e a favela do Issac no Jardim Novo Itu

      O artigo explora a expansão do PCC no Jardim Novo Itu através da estratégia de “biqueira comprada”, mostrando como o grupo criminoso consolida seu poder no tráfico de drogas e na disciplina local.

      Biqueira comprada: Neste artigo, abordamos a expansão do PCC e sua estratégia de aquisição de pontos de venda de drogas. Escrito originalmente em 7 de janeiro de 2012, o texto destaca como o grupo criminoso tem aumentado sua presença e domínio em áreas como Jardim Novo, impactando a segurança e a qualidade de vida dos moradores locais.

      Biqueira Comprada: A Estratégia do PCC de Domínio Territorial

      O PCC, uma das maiores organizações criminosas do Brasil, tem expandido seu controle sobre o tráfico de drogas em várias comunidades. Um exemplo disso é a situação em Jardim Novo Itu, onde o “caso da biqueira comprada” revela a estratégia adotada.

      A expressão “biqueira comprada” se refere à aquisição de pontos de venda de drogas, também chamados de “biqueiras”, de outros traficantes ou grupos criminosos, ou a uma transação realizada entre “irmãos, companheiros e aliados” dentro da própria facção.

      Vantagens da Estratégia de Biqueira Comprada

      A estratégia de compra de biqueiras permite que o PCC assuma o controle desses pontos e aumente sua participação no tráfico de drogas na região sem ter que travar uma guerra pelo controle, além de também prevenir disputas pelos pontos de venda entre os criminosos do grupo.

      Antes da implementação desse método de domínio territorial, era comum haver disputas entre biqueiras, rua a rua, cidade a cidade, resultando em mortes no mundo do crime e chamando a atenção da sociedade e das forças policiais.

      Esse caso do Jardim Novo Itu demonstra como se dá esse método que tem consolidado o poder do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) através da compra de biqueiras.

      Impacto na Vida dos Moradores Locais e a Ascensão do Irmão Bola de Fogo

      Além disso, a estratégia de biqueira comprada também tem impactos na vida dos moradores locais. Com o aumento da presença do PCC, muitos moradores se veem forçados a conviver com os roubos, furtos e tráfico, que substituíram os crimes violentos causados por confrontos entre criminosos.

      A biqueira comprada na Favela do Isaac, localizada no Jardim Novo Itu, por João Carlos, conhecido como irmão Bola de Fogo, e Júlio César, apelidado de Preto do Jardim Vitória, ilustra como a organização criminosa tem expandido seu controle sobre o tráfico de drogas no Brasil.

      O peculiar apelido de Bola de Fogo foi escolhido por sua esposa Aline. Em 18 de novembro de 2008, ele foi batizado no PCC, após passar pelo teste de fidelidade ao assassinar um homem conhecido como Thiago.

      Pela biqueira comprada, o irmão Bola de Fogo pagou 10 mil reais para Preto do Jardim Vitória, que estava preso na Penitenciária de Avaré. Preto é um exemplo de sucesso no mundo do crime, liderando dezenas de pontos de drogas e coordenando todos os “disciplinas” e “sintonias” da cidade.

      O Controle da Disciplina na Cidade e a Distribuição de Drogas

      O poder que Bola de Fogo recebeu de Preto do Jardim Vitória não se limitava apenas ao comércio de drogas. Ele comprou o direito de controlar a disciplina na cidade. Uma vez, ouvi Júlio César perguntar a Bola de Fogo quem estava na sintonia da cidade, e ele respondeu:

      É eu que sou o geral aqui, mano.

      Bola de Fogo também assumiu a distribuição das drogas da cidade. Em um dia, ele enviou os moleques para buscar drogas que estavam em falta no estoque da Favela do Isaac, mas quando chegaram na “lojinha” do Jardim Vitória, ela estava fechada, sem ninguém para atender. Bola de Fogo não hesitou e ligou para o patrão na Penitenciária de Avaré.

      O Preto do Jardim Vitória manda da prisão uma mensagem à Bola de Fogo

      Se estrutura no barato aí mano é a maior satisfação pra mim mano, amanhã ou depois é ver você estruturado aí mano, se eu chegar em você e falar pô, empresta uma arma pra mim, pra eu sair fora desse inferno aqui cara e você me emprestar é a maior satisfação ver você lindo e elegante, mantendo as caminhadas e indo pra cima da situação, ter a organização mano, os moleques que tão do seu lado tem que tê bala na agulha de verdade mesmo.

      No dia 21 de agosto de 2009, Preto do Jardim Vitória foi transferido para a Penitenciária de Casa Branca. Posteriormente, rumores indicam que ele teria sido enviado para a Penitenciária de Presidente Venceslau, também conhecida como P2. Contudo, a partir desse momento, eu já não acompanhava mais sua trajetória.

      O Desaparecimento da Favela do Isaac no Jardim Novo Itu

      A Favela do Isaac no Jardim Novo Itu, mencionada nesta história, já não existe mais. Seus habitantes, que por muitos anos “incomodaram” os “cidadãos de bem” da cidade, foram transferidos para os prédios do CDHU nos Alpes, na periferia da periferia da cidade, seguindo a política de segregação social em vigor no Brasil desde a Lei Áurea e o retorno dos soldados negros da Guerra do Paraguai.

      Como a cocaína chega aos portos do Atlântico? Facção PCC 1533

      A cocaína chega aos portos vinda da Colômbia, Bolívia e Peru. Vale tudo: o bagulho atravessa fronteira de avião, helicópitero e até de buzão.

      Cocaína chega aos portos: descendo o ladeirão

      Como a cocaína chega aos portos? Desce o morro dos Andes voando e depois desce o rio ou pega as estradas!

      Não é mole não, mas é o Primeiro Comando da Capital. Segue o fio que o pai não vai deixar você se perder.

      Vale de tudo para chegar aos portos do litoral, mas começa assim a caminhada.

      A cocaína enviada sai do Peru, Bolívia e Colômbia vai por terra ou ar, em aviões, helicópteros, carros, caminhões e ônibus.

      Tem tanda droga descendo ao ladeirão que tá faltando avião e caminhão, então perguntei pro meu sobrinho como estão fazendo por lá:

      É verdade que os cocaleiros estão sem transportes para sua produção?

      Verdade. Estão sem aviões e caminhões para transportar toda a produção.

      Não me lembro de uma quantidade tão grande de tijolos de pasta base e de prensados esperando para o embarque.

      Está valendo tudo para conseguir escoar a produção: micro-ônibus, táxis, caminhões, carros e até qualquer um com uma mala na mão ou uma mochila nas costas!

      Cocaína chega aos portos: vem da onde e vai para onde?

      A droga colombiana é destinada principalmente ao mercado europeu, mas chega um tanto por aqui também.

      Já as que giram nas biqueiras da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai é a cocaína do Peru e Bolívia.

      E assim, vem droga voando de todo o canto. Quem dominava tudo os caminhos do Peru e Colômbia era o Cabeça Branca.

      Alguns líderes das comunidades nativas de Ucayali no Peru estimaram que havia 10 e até 15 voos diários trabalhando para os narcotraficantes e pousando na região. Isso, no entanto, não foi confirmado pelas autoridades antinarcóticos.

      Além dos narcotraficantes peruanos e bolivianos, existem “enviados especiais” do temido Primeiro Comando da Capital que fiscalizam o transporte de drogas para o Brasil.

      O ministro do Interior do Peru, Vicente Romero, explicou que a destruição dos aeroportos clandestinos (narcoportos) tem um grande impacto no combate ao narcotráfico, porque neutraliza os embarques de drogas para o exterior, especialmente para a Bolívia.

      “Isso nos permite cortar as asas do narcotráfico e deter seu avanço.”

      leia no site do La Republica

      Enquanto o Cabeça Branca passava, dentro dos quartéis…

      Os milicos ficam sonhando com porta aviões enquanto o céu do Brasil é cheio de buraco: tudo mané de farda engomada.

      Enquanto os vacilões da Força Aérea sonham, os voos clandestinos vêm da Bolívia (65%), seguida pelo Paraguai (17%), Peru (8%), Colômbia (6%) e Venezuela (4%).

      pelo rio Paraná-Paraguai ou por rodovias

      A Colômbia domina as rotas do narcotráfico para a América do Norte, mas a Rota do NarcoSul e a Rota Caipira transportam cocaína da Bolívia e Peru através do Paraguai e do Brasil para a Europa.

      A liderança é do grupo criminoso brasileiro mais importante, o Primeiro Comando da Capital, é tudo 3 e não tem para ninguém.

      A facção PCC 1533 utiliza a hidrovia Paraná-Paraguai e as estradas brasileiras para chegar aos portos litorâneos da Argentina, Brasil e Uruguai.

      Os criminosos brasileiros usam duas fases para transportar cocaína.

      • Primeiro, a droga é transportada de avião para atravessar as fronteiras para chegar no Brasil e no Paraguai.
      • Depois, a cocaína é transferida para navios e navegada por via fluvial ou rodoviária até os portos do Atlântico.

      Fim! Simples assim.

      O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.

      coronel do Exército da Bolívia Jorge Santistevan

      Moleques do PCC em 3 continentes: América, África e Europa

      Para o tráfico de drogas o Primeiro Comando da Capital utiliza a mão de obra de moleques do PCC em três continentes: América, África e Europa

      Moleques do PCC são a base dos corres

      Tem moleques do PCC nos corres em três continentes, além da América Latina, também na África e Europa.

      Eu falo moleque, porque no Brasil quase tudo tem de 14 até 19 anos, mas tem até com até menos, com 10 ou 12 anos.

      No tráfico internacional aí é diferente, mas mesmo assim, é quase tudo jovem de até 25 anos.

      Tem moleques na produção na Bolívia e no Paraguai, no tráfico internacional e local no Uruguai, na Argentina e no Brasil.

      Fora da América ainda tem moleques do PCC nos grupos associados na África e na Europa.

      Lá fora, o PCC tem negócios com um monte de grupos estrangeiros do crime organizado internacional, são muitos, mas a máfia nigeriana se destaca.

      Para o tráfico para a África, os nigerianos usam células tribais pequenas, compostas por quatro ou cinco pessoas da mesma etnia.

      Cada célula tem poucos criminosos e não conhece os líderes, que fazem acordos internacionais.

      Sobra pros nigerianos fazerem os corres e por isso eles são a maioria dos mulas do tráfico presos em aeroportos brasileiros são nigerianos.

      O mundo aposta que o PCC vai pro chão

      Caiu no relatório das Nações Unidas (UNODC) o crescimento gigante da organização criminosa Primeiro Comando da Capital.

      Em Londres, um documento de pesquisadores garantem que o PCC já está fazendo o dinheiro sujo do tráfico ficar limpo.

      A África também se tornou um continente crucial para a gangue brasileira, principalmente em Moçambique.

      A facção PCC ainda é o dono do jogo, controlando várias etapas da cadeia de abastecimento, com a ajuda dos mano da máfia italiana ‘Ndrangheta.

      Mas os caras dos governos de fora ainda tão sossegados e destacam que a cena do crime no Brasil tá cada vez mais fragmentada.

      É só ver aí a bagunça que tá acontecendo no Rio Grande do Norte! Tudo bagunçado. Não era assim!

      Aí eles apostam que com pequenas gangues operando no tráfico de drogas, especializadas na logística, o Primeiro Comando da Capital vai perder lugar.

      O problema da superprodução de coca na Bolívia para o PCC

      Superprodução de coca na Bolívia: a dificuldade no transporte pode levar a uma guerra entre o PCC e organizações criminosas de três países.

      A superprodução de coca na Bolívia devia ser uma boa notícia para a facção PCC 1533.

      No entanto, os clãs familiares estão com dificuldades para transportar a superprodução de coca de Chapare e Cochabamba para fora do país.

      Meu sobrinho, que costuma ir para aquela região próxima aos Andes, me visitou e lhe fiz quatro perguntas sobre essa situação.

      É verdade que os cocaleiros estão sem transportes para sua produção?

      Verdade. Estão sem aviões e caminhões para transportar toda a produção.

      Não me lembro de uma quantidade tão grande de tijolos de pasta base e de prensados esperando para o embarque.

      Está valendo tudo para conseguir escoar a produção: micro-ônibus, táxis, caminhões, carros e até qualquer um com uma mala na mão ou uma mochila nas costas!

      O clima está ficando tenso entre as famílias produtoras chapareñas. Pode haver uma luta entre os produtores como existe no Brasil entre as facções criminosas? Você acredita que o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho entrarão na disputa pelo transporte?

      Tá bastante complicado.

      A disputa pelo transporte pode virar uma briga entre as famílias de produtores Cochabamba.

      Tocha, que ainda está preso no Complexo Penal de Chonchocoro, fazia a ponte entre clãs de produtores e a facção PCC, e agora, por dentro das muralhas, pode fortalecer ainda mais os laços com pessoas que intermediam o tráfico para essas famílias de produtores.

      Só que o Comando Vermelho também é forte em Chonchocoro, e as organizações criminosas colombianas e mexicanas também estão presentes na região.

      Cedo ou tarde, os clãs cocaleiros ficarem no meio de uma guerra que não tem espaço para neutros — vão ter que escolher um lado.

      E essa disputa pelo transporte e pelo armazenamento enquanto o produto espera o escoamento certamente vai deixar tudo ainda mais tenso.

      Como as polícias do Brasil, Paraguai e Bolívia lidam com essa situação?

      Pensa bem tio, a polícia dá um prejuízo de 2 bilhões de Reais somando drogas, veículos, imóveis, tudo. Parece muito?

      Só da Bolívia saem uns 300 bilhões de Reais da venda de 55 mil toneladas de cocaína.

      O que a polícia apreende não é nada, e agora, com essa dificuldade de transporte ficou ainda mais fácil.

      Sempre haverá alguém caindo com alguns tijolos: a polícia apresenta esses vacilões para a imprensa, e o fluxo continua deixando todo mundo feliz.

      Como o Primeiro Comando da Capital resolverá a questão do transporte?

      A facção aposta muito na atitude e na iniciativa de cada um.

      Tem as lideranças que oferecem a oportunidade, dão até o caminho, mas cada um tem que fazer seus corres para fazer acontecer.

      Uns roubam aviões no Paraguai e na Argentina para pegar a carga, outros preferem levar por caminhão ou carro até o Rio Paraná no Paraguai.

      De qualquer forma, sempre terá alguém dando um jeito de levar até os portos do litoral e de lá para o resto do mundo.

      Se lembra que há uns quatro anos o problema foram as chuvas? As estradas estavam todas atoladas? Problemas sempre existirão. É a tal da seleção natural das espécies!

      leia o artigo base de Javier Medrano R.: El narco se queda sin avionetas: una ruta cuya logística maneja el Primer Comando Capital (PCC) de Brasil

      Guerra entre facções no Paraguai: haverá luz no horizonte?

      Não haverá tregua na guerra entre facções no Paraguai. São quatro os poderosos grupos disputando o domínio do entreposto do tráfico de drogas

      Guerra entre facções no Paraguai não tem prazo para acabar.

      A Guerra entre facções foi manchete no site Ultima Hora, e a conclusão do editorialista ninguém ousa questionar.

      Em letras garrafais, a manchete afirma que a guerra entre as facções não cessará tão cedo em terras guaranis.

      À crescente importância do país no mercado internacional de drogas acirra a disputa territorial entre as organizações criminosas brasileiras Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e o Comando Vermelho, e os grupos criminosos paraguaios: Clã Insfrán e o Clã Rotela.

      As organizações criminosas, cada vez mais poderosas, contam agora com armas pesadas, adquiridas clandestinamente do mercado negro das Forças Armadas.

      A situação parece desesperadora para as autoridades paraguaias, que não tem conseguido acompanhar o rítimo de crecimento do crime organizado.

      Seria necessário o fortalecimento de mecanismos multinacionais para desvendar e combater intrincada rede de corrupção e violência que acompanham essas poderosas organizações criminosas.

      Restaurar a ordem nos paises do Cone Sul só será uma realidade se os governos de todos os países envolvidos abandonarem os discursos e ações populistas.

      Leia notícia diretamente no site Ultima Hora: El Primer Comando de la Capital (PCC) se posiciona en la mirada internacional como uno de los sectores criminales…

      Argentina: golpe militar e a facção PCC

      Golpe militar e a facção PCC como estopim — as organizações como desculpa para retirar os militares das casernas.

      Preparação de um golpe militar e a facção PCC como estopim

      Um golpe militar e a facção PCC como desculpa é o que vejo meu caro Francesco Guerra.

      Permita-me descrever a você um caso que acabo de ler em um periódico portenho.

      Uma nação chamou para combater o Primeiro Comando da Capital e outras organizações criminosas as suas Forças Armadas.

      Usando a Lei da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), as Forças Armadas subiram os morros do Rio de Janeiro caçando criminosos perigosos.

      O objetivo era eliminar o poder do tráfico de drogas e devolver o controle de áreas dominadas por eles de volta ao controle do Estado.

      O Poder do PCC e o Mistério das Forças Armadas Incompetentes

      Infelizmente, as Forças Armadas foram incapazes de cumprir sua missão e, ainda pior, tentaram tomar o poder da nação.

      Primeiro ajudaram a eleger um governante fantoche retirado justamente daquele meio político e região para o qual foram chamados a intervir.

      E depois da queda daquele governante, articulando um golpe onde seriam chamados pelo novo governante que ficaria então sob sua tutela, como o anterior.

      Curiosamente, agora, a nação vizinha daquela está enfrentando problemas semelhantes com a mesma organização criminosa.

      O Primeiro Comando da Capital estaria ganhando poder político e econômico em território argentino.

      E o mais surpreendente é que essa nação também está considerando chamar as Forças Armadas que já se mostraram incompetentes em eliminar a organização criminosa.

      Este caso levanta várias questões

      Por que as Forças Armadas não conseguiram eliminar os criminosos e devolver o território para o controle do Estado e mesmo assim saíram politicamente fortalecidas?

      Como as Forças Armadas deixaram de ser um órgão de Governo para se tornar um vírus capaz de contaminar e quase levar a óbito todo um sistema político-social?

      E o que faz com que a nação vizinha pense que as suas Forças Armadas seriam capazes de combater o crime organizado em seu território?

      São essas dúvidas que me afligiram ao ler a entrevista de Carlos Fernández do Centro de Estudos de Defesa e Segurança e ex-deputado nacional.

      leia a entrevista original de Carlos Fernández: “La defensa nacional debe constituirse en una política de Estado”

      Idiomas diferentes, métodos iguais

      Grupos políticos de direita tentam uzar na Argentina o mesmo processo de tomada de poder usado no Brasil.

      A desculpa é a mesma: o avanço do narcotráfico com a influência e poder econômico e político cada vez maior.

      Acompanhe a linha de raciocínio do político

      Carlos Fernández explica que hoje a droga para entrar na Europa tem que fazer um complexo caminho que inclui os portos argentinos.

      Após sair da América do Sul pela Argentina, as drogas seguem para portos na África para de lá seguirem rumo a Europa.

      Dessa forma, a Argentina ficou no caminho entre as drogas da Colômbia, do Peru e da Bolívia para os portos africanos e europeus.

      De rota para destino

      O aumento de fluxo trouxe diversas consequências para o país.

      Um deles foi o aumento do consumo de drogas: os argentinos alcançaram o patamar de consumo dos americanos.

      As maiores apreensões de drogas que ocorreram recentemente nos portos da Europa saíram pa hidrovia que corta a Argentina centralmente, e que é uma das principais rotas do narcotráfico hoje.

      É aí que se começa a ver avanços crescentes dos principais cartéis do narcotráfico a nível sul-americano que passam a atuar cada vez com mais força na Argentina e falo, especificamente, do ‘Primeiro Comando da Capital’, que já marca presença em Rosário, em Santa Fé; há um forte avanço nos portos do rio Paraná; começam a haver ‘bombas de cocaína’ em Pergamino ou em Zárate; as coisas começam a ficar cada vez mais preocupantes em decorrência desse deslocamento e isso tem implicado no aumento da demanda por segurança interna por parte de nossa população.

      Carlos Fernández

      A solução, segundo o ex-deputado, seria utilizar as Forças Armadas no combate ao narcotráfico.

      No entanto, o próprio político floreia sua intenção ao responder ao repórter:

      Site Nuevos Papeles:

      A rigor, o combate ao narcotráfico e corrijam-me se não for o caso, não é responsabilidade das Forças Armadas e sim das forças de segurança.

      Político Carlos Fernández responde:

      Sim, claro, está correto. Mas tudo está relacionado com tudo e no seguinte sentido.

      Não estamos falando de um Estado que se possa dividir em compartimentos estanques, apesar dos nossos enormes esforços para que assim funcione, o que é um disparate total!

      No campo se diz ‘o leite vem da mesma vaca’ e, portanto, o que eu dedico a uma coisa eu não coloco em outra e assim por diante.

      Não é que existam recursos infinitos, mas sim necessidades infinitas e recursos escassos. Assim, diante da demanda da sociedade, diferentes caminhos foram tentados que falharam.

      Uma das formas inventadas foi transferir para as províncias parte do esforço de combate ao narcotráfico.

      Chegando uma nova eleição…

      A coalizão de partidos oposicionistas na Argentina apresenta o documento “Unidos pelo Progresso da Justiça”, enfatizando o papel do Primeiro Comando da Capital, uma organização criminosa brasileira, no agravamento do narcotráfico no país. O documento alerta sobre a situação crítica em Rosario, que pode se espalhar por todo o território argentino caso não haja uma ação conjunta entre a nação e as províncias.

      A coalizão também menciona o encerramento do programa “Argentina Sem Narcotráfico”, implementado pelos Ministérios da Justiça e Segurança na gestão anterior, como um fator que contribuiu para o avanço das organizações criminosas, incluindo a facção PCC. Conforme esses grupos ganham território, corrompem mais funcionários e fortalecem seus recursos.

      O documento destaca a atuação do PCC, em conjunto com o Comando Vermelho, no tráfico de drogas através da Hidrovia, representando uma ameaça à costa argentina. leia no site Sonido Uno 90,7

      Elementary my dear “Franz do +43”

      Rícard Wagner Rizzi

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