O PCC existira sem o neocapitalismo? Por que isso é importante?

Ao tentar entender se o PCC existira sem o neocapitalismo, entendemos a razão dos crias do Primeiro Comando da Capital serem como são hoje.

Se a facção PCC existira sem o neocapitalismo, pode nem parecer importante para você, mas não é assim não.

O sonho do moleque de enriquecer e ostentar tem mais haver com essa teoria econômica que com as raízes da facção dentro na opressão carcerária e das periferias.

Entendendo se o PCC existira sem o neocapitalismo

O neocapitalismo e o PCC são duas coisas difíceis de entender e totalmente diferentes, né não? Não, é não!

Não teria o Primeiro Comando da Capital se não fosse o mercado globalizado, tá ligado?

É por isso que estou chegando para dar a real numa questão que parece assim ser tão complicada.

Onde o PCC nasceu? Com o Massacre Carandiru em 91,com o Comando Vermelho no Rio ou na Casa de Custória de Taubaté em 93?

Todas as respostas estão certas, mas vou te provar, mano, que o buraco é ainda mais fundo e que tem mais bagulho envolvido aí.

E só vamos entender direito quando descobrirmo se o PCC existira sem o neocapitalismo.

Volta comigo até 9 de novembro de 1989

Foi aí na virada dos anos 90 que o mundo viu a queda do Muro de Berlim e a vitória do neocapitalismo sobre o socialismo internacional.

Mas não foi só isso, irmão. Tem o que tinha por trás disso que todo mundo tava olhando.

Essa história da queda do muro abriu as portas do Brasil pro neocapitalismo e pra globalização.

No embalo acabaram com um monte de regras de mercado e veio a privatização de serviços públicos, deixando vários irmãos desamparados e vulneráveis à criminalidade.

E foi aí que a organização criminosa Primeiro Comando da Capital entrou, irmão.

Com uma estrutura organizacional forte e bem montada, os caras ofereceram proteção e serviços pra uma galera abandonada pelo governo.

E assim, a facção PCC 1533 mostrou que conseguia controlar o comércio de drogas nas comunidades periféricas, nas prisões e até em outros países.

Tá entendo da razão que eu tô questionando você se o PCC existira sem o neocapitalismo?

O abandono do sistema prisional por parte do Estado propiciou a formação e crescimento de facções criminosas que dominam a grande maioria dos presídios brasileiros…

Mesmo com filosofias diferentes o PCC existira sem o neocapitalismo?

Mas, peraí, isso não quer dizer que o Primeiro Comando da Capital é só uma organização criminosa, que visa lucro.

Um ex-irmão do 31 dá a real, a facção PCC 1533 é uma Família:

Li a reportagem mas só quero fazer uma observação que um integrante do 1533 não visa o lucro como prioridade.

Pode ter alguns na organização que visam apenas o lucro, mas eles estão com uma visão equivocada em relação a causa que é maior.

Porque a expansão do Primeiro Comando da Capital veio com muita luta ao longo desses anos.

Se fosse necessário travar outras batalhas para a continuação da filosofia do PCC eu não exitaria, mas a guerra é apenas uma consequência extrema de uma situação quando não se tem concordância….

Fica na paz

Os crias do 15 têm uma filosofia própria, baseada em ideias de solidariedade, justiça e respeito aos direitos humanos.

Eles são uma reação ao individualismo e ao egoísmo que são valores fundamentais do neocapitalismo, mano.

Enquanto a filosofia capitalista promove a competição e o lucro a qualquer custo, o PCC se preocupa com o bem-estar da comunidade e com a proteção dos mais fracos.

Mas não dá pra ficar só falando do PCC sem entender como a organização paulista nasceu, irmão.

Sê vai ver que não tem nada de sonho de riquesa na origem, o que se queria era liberdade, igualdade e justiça. Essa história do lucro e da ostentação só veio depois — muitos ainda, bravamente resistem.

PCC existira sem o neocapitalismo? organização social X empresa de sucesso

O neocapitalismo é um sistema social e econômico que privilegia os mais ricos e poderosos em detrimento dos mais pobres e vulneráveis.

Então, se queremos mesmo entender o Primeiro Comando da Capital, precisamos entender o modelo econômico e político de nosso país, irmão.

A facção PCC nasceu para tentar construir um sistema de solidariedade, justiça social e direitos humanos, e não para acumular poder e dinheiro nas mãos de poucos.

Quando isso mudou? Será que mudou?

…a estrutura e organização do PCC, sua dinâmica política e o controle social que adquire a forma de imposição do autocontrole individual, que são questões centrais nesta parte do trabalho. A obra propõe uma discussão sobre a origem…

Facção PCC: uma semente lançada em solo fértil

Não vem tirar o corpo não! Fomos nós todos que deixamos o solo fértil pras sementes que eram jogadas por Zé Márcio Felício, o Geleião do PCC.

Não sei onde cê tava e o que fazia em 90, mas enquanto isso…

Zé Márcio caminhava pelos corredores e pátios ocultos por trás das muralhas das cadeias, semeando a ideia nos corações e nas mentes dos detentos.

Quem me deu os detalhes dessa história foram: Marcio Sergio Christino, Antônio Marcos Barbosa de Quadros, e Leonardo Mèrcher Coutinho Olimpio de Melo.

Facção PCC 1533 e o admirável mundo novo

Cabe ao semeador retirar as sementes do celeiro e levá-las ao campo, ou a safra não virá; mas se ele jogar no tempo certo e num solo fértil, a colheita vem, não importa quem jogou a semente ou quem botou adubo no solo.

Na parada do semeador, o nome do cara que jogou a semente nem é falado, o que vale é o trampo que ele fez.

E aí, mano, quando a gente ajuda a fertilizar o solo pras sementes do Primeiro Comando da Capital, a nossa participação é importante, mas nosso nome também não.

A gente fica na humildade, negando que o resultado da nossa participação, mas cara, no fundo tamo ligado que ajudamos também.

Cada um de nós ajudamos a construir a facção PCC, mesmo que a gente tenha só escolhido o Collor pra presidente achando que ia ser uma coisa.

Collor implantou fortaleceu a organização criminosa ao abrir os portos para o mundo e derrubar barreiras. Simples assim.

Ela sonhava com uma mesa posta de Natal, mas não tinha nem família, nem mesa. Ela conheceu o irmão dentro da cadeia e do mesmo jeito que encontrou, desencontrou. Ela andou quilômetros a pé tentando refazer a vida.

O Partido do Crime da Capital é fundado no sangue de Rato

Mano, no dia 11 de março de 1991, as sementes do PCC foram plantadas em solo fértil durante um banho de sol no presídio do Carandiru.

O PCC não brotou em 1993 lá no Piranhão e se espalhou de uma vez só, mas na real, ele já tinha começado lá atrás, mas foi nesse ano que ele se consolidou…

Naquela tarde de chuva de 93, o Rato caiu morto pelas mãos do Geleião no Piranhão, como era chamado a Casa de Custódia de Taubaté.

Gelião fundava o PCC, regando-o com o sangue do Rato, enquanto o Zé Márcio (Geleião) jogava sementes de presídio em presídio, pregando a “boa nova”.

E assim foi a fundação oficial do “Partido do Crime da Capital – PCC”, mas também se definia o método que viria a ser adotado pela organização criminosa prá poder dominar territórios: botar terror sobre as lideranças inimigas para dominar todo o grupo que eles lideram.

Enquanto Rato morre o Muro de Berlim cai

Enquanto Rato morria, eu e você, derrubávamos o Muro de Berlim – o fim da história segundo o mano Fukuyama, só que não.

Deixamos as fronteiras livres para a circulação de pessoas e produtos, e nossa grande vitória foi a chave para o crescimento da facção PCC 1533.

É isso aí, irmão!

A facção PCC 1533 tava surfando na onda neocapitalista que varria o mundo, mano.

O Collor abriu os portos pra negociação com os parceiros gringos, baixando as taxas de importação e aumentando a concorrência no mercado.

E aí, cê sabe o que aconteceu?

Os preços das drogas e armas caíram e a gente nunca mais passou sufoco nas biqueiras.

LIVRO GRÁTIS NO KINDLE! os sentimentos e relatos das pessoas que através dos contos reais com personagens fictícios conheceram a real e verdadeira historia dos que levam a vida dentro das cadeias, desde os Agentes Penitenciários que lidam com a massa carcerária e se ariscam diariamente, até os detentos privados de liberdade e seus familiares obrigados a lidar com um sentimento de angustia no encontro de seus parentes presos nos locais mais simples e sem o aconchego das suas casas…

Neocapitalismo e o PCC: feitos um para o outro

Com o mercado mais disputado, o tráfico deixou de ser coisa de muambeiro e passou a ser gerido por grupos que manjavam de comércio internacional.

Aí, meu chapa, começaram a surgir filiais de grupos criminosos de todo canto: Ndrangheta, Sacra Corona Unita, BGang, e até as máfias russas.

A fronteira já não era mais barreira, agora eles tavam negociando direto com os produtores e distribuidores daqui.

Muita gente já tava formando cartéis nacionais aqui na América Latina, mas aí, eu, você e o Zé Márcio derrubamos as barreiras que existiam.

Agora ele sorria, porque suas sementes não mais caíam em espinhos e pedras.

O Geleião teve uma visão foda, parecida com a de Lucky Luciano, que criou o primeiro sindicato do crime nos States e depois na Sicília.

Ele disse:

Vamos juntar as lideranças aqui e fazer uma organização que vai dominar tudo. 

E assim foi.

Morte alimentando o fim do ciclo da opressão carcerária

Eram espetáculos de morte dentro dos presídios, preso matando preso, que alimentavam nossa sede por sangue na televisão.

Os governantes e agentes públicos providenciavam tais espetáculos, mas sem saber fortaleciam a divulgação da “boa nova” de Geleião e do PCC.

O solo tava pronto, mas quem planta deve se arriscar e era hora de começar mais o show.

Zé Márcio foi escolhido e mandado pra Avaré, pra morrer, mas a história não foi fácil assim

Os administradores da prisão queriam vingança e botaram Geleião no meio dos inimigos, jogaram ele na cova dos leões.

Mas Zé Márcio não se acovardou, foi até o campo de futebol onde Zorro, líder da facção Comando Democrático da Liberdade (CDL) jogava, chutou a bola pra fora e desafiou:

O que você quer? Se quer me matar, então me mata agora, resolve aqui mesmo!

A atitude corajosa de Geleião não foi ignorada e Zorro e sua gangue CDL se converteram naquela hora para o Primeiro Comando da Capital.

E mais um campo fértil foi plantado pro PCC florescer, mas não se engane, a culpa pelas chacinas é nossa também.

Sobre o massacre do Carandiru falaram sobreviventes e policiais. Faltava o depoimento dos executados. Esta obra é o relato mediúnico de um dos presos do Carandiru executados no fatídico dia 2 de outubro de 1992…

Nós e as chacinas nos presídios

Todo mundo aplaudia a violência nos presídios e pedimos mais morte em segredo.

“Chacina” pode ser uma palavra popular, mas no mundo jurídico é só um jeito que descreve a violência contra um grupo de pessoas por outra que se acha superior.

Enquanto isso, os “cidadãos de bem”, podem escolher seu caminho superior ao nosso.

Mas essa liberdade tem um preço, e somos nós quem vendemos para eles as drogas que, mesmo sabendo que fazem mal, eles consomem porque é difícil resistir ao seu apelo fatal.

Mas é o livre mercado de um mundo sem fronteiras, não era isso que queriam? Então, enquanto se achavam mais inteligentes, foram os PCCs que dominaram o mercado.

E o mercado negro de drogas tá aí, é poderoso e influente.

Quem jogou a semente não assume

A semente foi plantada, o PCC cresceu e se consolidou nos presídios, mas quem deu as sementes que jogou Zé Márcio em Avaré nunca vai assumir sua culpa.

E nós, que negamos nossa participação nas chacinas, também temos nossa parte obscura.

E aí a gente se pergunta: onde foi que erramos, como chegamos aqui?

É só lembrar como tudo isso começou, com a ganância de uns e o sofrimento de outros.

Será que alguém quer o fim da opressão carcerária, e um mundo mais justo e mais humano, enfim?

Será que o Primeiro Comando da Capital esqueceu suas origens se curvando para o lucro prometido pelo neocapitalismo das fronteiras abertas?

O ex-irmão do 31 afirma que não, que continuam fiéis, mas o que eu vejo, é cada vez mais é o sonho por riqueza, poder e ostentação predominar.

Mais do que a reflexão a respeito das diversas questões que certamente decorrerão dos tópicos apresentados, a pretensão de apresentar a realidade extramuros dessa que, em termos territoriais e humanos, é a maior organização criminosa do Brasil, objetivando fomentar a discussão…

A nova geração do PCC 1533: uberização e economia de mercado

A nova geração do PCC teve origem e objetivos diferentes dos primeiros integrantes do Primeiro Comando da Capital, e onde isso nos levará?

A nova geração do PCC e a antiga geração

A nova geração do PCC vai me fazer mudar? Sei não. Acho que nem eu vou mudar os moleques e nem eles vão me fazer mudar.

Cê tá ligado que eu já tô sacando qual é a treta que separa a mente dos mano da nova e da antiga escola do Primeiro Comando da Capital, né?

Antigamente, a maioria dos caras que entrava na facção tava preso e precisava se juntar com os irmãos pra garantir o mínimo de sobrevivência no cárcere e na rua. Mas hoje em dia, a rapaziada nova que tá entrando no crime tá sonhando em ficar rico e subir na vida, e vê no PCC uma porta pra alcançar esse objetivo.

Lá em casa funciona assim…

Vou te falar a real da lei aqui de casa, e é mais importante do que muito maluco imagina.

Aqui é regra: nada de roupa de bandido. Nem esses short, camiseta ou blusa cheio de Charadas, Arlequinas, Yin-yang, carpas e essas paradas.

Não tô afim de chamar atenção dos vizinhos, da população e muito menos da polícia pra minha quebrada. Aqui é só paz e tranquilidade.

Todo mundo aqui segue na moral minhas regras e os mais velhos já puxaram essas ideias também para suas casas.

Só louvando o lucro do crime

Só que meu sobrinho novo ainda rateia, é verdade que não chega aqui com roupa de malandro, mas vem na ostentação, cheio de: Tio Patinhas, diamante, dinheiro.

Só tô te contando isso para você se ligar em uma parada muito maior.

Uma parada que você não vai ver nas quebradas e nem nos corres do crime mesmo que teja de frente e olhando pro bagulho.

A nova geração do PCC e o mundo do crime mudaram

É importante botar na cabeça que entre os das antigas e os novos chegados da facção PCC 1533 tem um mundo de diferença.

Mesmo eu convivendo de boa com gente das antigas e da nova geração do PCC, eu não tinha sacado essa parada.

Cada geração tem sua visão própria do corre do crime, mas o mais loko ainda, é que cada uma vê de forma diferente o seu lugar  no Primeiro Comando da Capital e quem merece ou não ser da Família 1533.

Mano, foi mó sinistro, mas dois leitores aqui do site, o “irmão do 31” e o “Jerick do 11” e meu sobrinho mais novo, é que me ligaram a atenção pra essa parada…

Só que ela não encaixa nas ideias que recebi de “sintonía do pé quebrado”, agora vai daí.

Eu vou jogar as ideias aqui, se alguém quiser depois me procura para esclarecer melhor as ideias.

O “irmão do 31”, eu e o “Jerick do 11”

Eu entendi o que o “irmão do 31” queria, ele deixou bem clara a ideia:

Ele quer “poder melhorar, poder expandir”.

O irmão tá ciente que tá cercado em um campo minado e que mesmo entre os que falam que fecham junto, nas atitudes do dia a dia, não condizem.

Mas tudo isso ele está disposto a enfrentar e esse não é o problema, o que trocar ideia para poder fortalecer os negócios.

… eu e o “Jerick do 11”

Minha resposta foi seca ao “irmão do 31” não teve nada a ver com o que ele queria.

Eu foquei no problema e não na solução que ele buscava. Eu vi o inimigo e a falta de fortalecimento das lideranças da família.

Faz uns anos, se alguém mandava um salve de Minas Gerais, já chegava de uma pá de lugar irmãos e companheiros querendo colar pra acalmar a quebrada junto com o irmão.

Mas hoje em dia não é assim, e eu meti a boa criticando essa falta de união da família.

A ganância tomou conta da Família 1533?
O bagulho é o seguinte:

Tá parecendo que a liderança do Primeiro Comando da Capital só tá ligada nos grandes negócios e tão se afastando dos irmãos nas trancas e nas quebradas.

Mas é perigoso demais seguir por esse caminho, sem cada um, em cada canto, todo mundo fica mais fraco, até mesmo os que hoje tão no topo.

Família forte e paz nas quebradas é ruim, mas sem isso é só morte

Mas agora eu vejo que eu estava errado. O que o “irmão do 31” não era isso que queria.

Ele, assim como a nova geração do PCC, tá ligado que o corre é fortalecer o negócio, não é querer treta.

Claro que ele vê a disputa como parada normal, mas não tá afim de abrir guerra não.

Quem me abriu os olhos para essa realidade foi o “Jerick do 11”

… o “Jerick do 11”

O comando está passando por uma metamorfose.

Hoje em dia as pessoas estão associando luxos com o Primeiro Comando da Capital.

Por exemplo:

Quando alguém via um “noia” na rua já pensavam, esse aí deve ser do pcc, mas agora eles pensam isso quando vêem alguém passando de Landrover preta blindada em um condomínio de luxo.

O comando está crescendo muito e se afastando das raízes. Não sei até que ponto isso é bom.

Crescer sempre é bom mas sem perder a humildade e sem esquecer o que te levou o que levou o comando até lá.

Então. Eu com minha cabeça das antigas me foquei no problema enquanto a nova geração está focada no progresso.

Ainda não se conseguiu estabelecer uma definição sobre terrorismo internacional por convenção nas Nações Unidas. Conceito elástico, em que caberia até o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, é pugnado pelos EUA. Caso vingasse, qualquer movimento separatista armado seria dado como terrorista.

Entendo de boa. Aceitar… fazer o que?

Mano, eu conheço essa história faz um tempo já.

Desde 2007, trombando com aqueles irmãos dos corres do tráfico e do crime, já rolava a uberização do trampo deles.

Aí agora vem os caras falando que oferecem serviços on-demand para consumidores como se isso fosse novidade.

Que isso, irmão, lá atrás já tinha moleque da facção PCC nos bairros parados esperando uma ligação pra fazer uma entrega ou ir buscar o bagulho lá no Paraguai.

Eles falam em conectar prestadores de serviços independentes com consumidores que precisam desses serviços.

Mas isso é a mesma coisa que rola no tráfico, usam trabalho precarizado e sem direitos trabalhistas e ainda pior, porque pode perder a liberdade.

As lideranças, os patrões e gerentes pegam o moleque que faz o serviço melhor pelo preço mais barato, fazendo uma disputa entre os moleques pra ver quem oferece mais vantagem pra pegar os corres.

Todo mundo se achando empresário autônomo, mas seja UBER,

Tanto na correria quanto no UBER, as crianças ficam olhando pra chefia dos grupos, sonhando em um dia ser líder e ficar rico.

Daí vem as roupas de ostentação do meu sobrinho, daí o sonho de muitos.

Entre o sonho e a realidade

“Jerick do 11” acaba por resumir o que é o pensamento da nova geração do PCC que vivem e sonham com a vida do crime.

O que eu to ligado do PCC hoje em dia é que os caras cresceram muito, mano. Expansão de área, dinheiro rolando solto pra certos membros. E aí já viu, né, isso tudo aparece na mídia direto. Sempre tem um suposto membro do comando indo em cana com uma coleção de carros de luxo, imóveis, helicóptero, iates e tudo mais.

E isso é parada que eu já vi de perto também, irmão. Há muitos anos atrás conheci um mano do comando (hoje ele saiu e tá na igreja) que morava numa casa gigante de 500 metros quadrados num condomínio fechado. Tinha coleção de carros, caminhão avaliado em 400 mil e jetskis. Só descobri o que o cara fazia de verdade depois de anos de convivência e confiança.

Isso me fez pensar sobre o perfil dos membros do PCC, mano. Será que é só favelado ou também tem os chiques de condomínio? E agora a referência que a gente tem dos membros do PCC (pelo menos a referência que eu tenho e que a mídia mostra) é que eles são milionários e se passam por empresários na baixada santista e tal.

Será que o comando virou um cartel, irmão? E os membros que são considerados de “baixo nível”, ficam pra trás? Ou o comando se dividiu entre alta e baixa cúpula?

Pois é. Faço minha a dúvida de “Jerick do 11”.

Faz uns tempos já que eu soltei um texto sobre como o Primeiro Comando da Capital entrou nesse mundo do neoliberalismo com sua uberização que ilude com sonhos de jardins, carros de luxo e muitas mulheres e entrega trabalho explorado e vida atás das muralhas.

E só agora vejo que era óbvio onde íamos parar se continuássemos caminhando nessa em direção a esse liberalismo concervador onde chegaríamos.

Sei que o “Vinny do 11” vai falar para mim que “isso aí é coisa de caduco”, mas fazê o que?

Até pago pau para os novos que não querem guerra, mas não acho certo não abandonar todos aliados pelo Brasil que deram o sangue pela Família 1533.

A análise do companheiro Francesco Guerra

Saca só: o Francesco Guerra do site latinoamericando.info fez uma análise que bate com o que a do “Jerick do 11”. Ele deu as seguintes ideias:

O PCC tá querendo expandir no atacado e deixar o varejo só em certas áreas, principalmente em São Paulo, deixando outras regiões nas mãos de uma molecada.

Mas essa escolha pode trazer problemas pro futuro da facção, porque essa rapaziada não tá pronta pra administrar as quebradas de São Paulo.

E essa parada de deixar a base de lado pode ser um problema no futuro, porque tá rolando uma administração muito amadora em vários lugares.

A galera tá empolgada com o atacado, onde já tá com uma participação majoritária nas rotas NarcoSur e na Rota Caipira.

E esse esforço tá valendo a pena, pelo menos por enquanto. O próprio Promotor de Justiça Lincoln Gakiya já disse que o PCC tá no patamar de um cartel internacional de droga.

A gente ainda não pode afirmar que a facção vai continuar nesse caminho, mas tudo indica que vão manter essa rota.

E apesar de tudo, São Paulo deve continuar sendo mantido como berço da facção, mas o Tribunal do Crime pode ficar mais fraco nessa mudança porque muitas vezes ele é formado por membros que não tão tão na linha da facção.

Família forte e paz nas quebradas é ruim, mas sem isso é só morte

Família forte e paz nas quebradas: o Primeiro Comando da Capital como organização criminosa e não pode ser garantidora da paz. Tá certo, né!

família forte e paz nas quebradas: pacificação

Família forte e paz nas quebradas é papo sério.

Quem me mandou essas ideias foi um leitor do site lá do 31, irmão dos corres e que tem a quebrada no seu coração.

Valeu grandão irmão do 31, pela inspiração e pelas ideias!

Vai um aviso aí! O irmão não falou nada disso, eu que estou dizendo, ele só passou a real do que acontece na quebrada e eu meti o loco nas ideias.

A ganância tomou conta da Família 1533?

O bagulho é o seguinte:

Tá parecendo que a liderança do Primeiro Comando da Capital só tá ligada nos grandes negócios e tão se afastadando dos irmãos nas trancas e nas quebradas.

Mas é perigoso demais seguir por esse caminho, sem cada um, em cada canto, todo mundo fica mais fraco, até mesmo os que hoje tão no topo.

O problema é que, enquanto isso, tem muita gente simples, muita família espalhada por aí sendo abandonada.

Não passa dia sem que alguém fala aqui prá mim que tá abandonado, sem suporte, sem apoio, sem condições de lutar por seus direitos e sua dignidade.

No começo eu só via aqui, mas agora é em todo o mundo, em todas as linguas.

Tá todo mundo vendo as mortes e o fogo no Rio Grande do Norte, consequência do abandono, da divisão da Família 15, e o fim da família forte e paz nas quebradas.

Paz, Justiça, Liberdade, Igualdade e UNIÃO

Família forte e paz nas quebradas não pode ser a solução, mas não existe vácuo no universo, tá ligado?

A união é a chave pra fortalecer a família, pra proteger os nossos irmãos e irmãs em todas as quebradas, em todas as favelas, em todos os cantos desse mundão.

Não é a união pelo crime não.

É a união pela paz e pela liberdade de não ser oprimido pelo mundo do crime, por políticos e pelo estado quando estes só querem sugar nosso sangue.

Então bora fortalecer a família, bora botar em prática a ideia de que um por todos e todos por um é a única forma de vencer as paradas difíceis.

Tamo junto, família!

Essa frase é a que mais ouço, mas é só uma frase que está cada vez mais vazia, mas não pode ser assim não.

Queremos um mundo sem espaço para o Primeiro Comando da Capital

Sabe, quando a gente pensa em um mundo ideal, vem logo à mente um monte de coisas:

  • não teria criminosos,
  • político miliciano,
  • trairagem,
  • guerra entre irmãos,
  • inocentes mortos,
  • opressão do estado e da polícia.

Seria tudo bonito, tudo perfeito, mas aí a gente acorda e se dá conta de que a realidade é bem diferente.

A gente queria ver nossas crianças crescer em bairros bonitos, com escolas boas e saúde pública de qualidade.

A gente queria bons empregos prá nós e para todos, mas isso tudo parece tão distante, tão difícil.

Ainda vai rolar muito sangue e choro antes de chegarmos a um mundo ideal.

É triste, mas é verdade. Enquanto isso, o que podemos fazer é fortalecer a nossa família, nos unir, nos proteger.

Lembra quando a família tava unida, tava forte? Era melhor, não era? Não né!

Tava melhor quando os filhos da periferia eram presos e mortos, sem dó nem piedade, enquanto o avião do presidente Bolsonaro levava de boa drogas da milícia para a Europa. Tá então tá, tua cara, não a minha,

…a estrutura e organização do PCC, sua dinâmica política e o controle social que adquire a forma de imposição do autocontrole individual, que são questões centrais nesta parte do trabalho. A obra propõe uma discussão sobre a origem…
Pode não gostar, mas respeito é bom

Você podia até não gostar da “hegemonia do PCC 1533” no mundo do crime, mas não tinha o que aconteceu no Rio Grande do Norte, não tinha essa violência sem sentido que tá rolando por aí.

Na onde o Primeiro Comando da Capital tá fortalecido, todo mundo ganha com a paz nas ruas.

Tem gente que não liga quando morre um ou dois ou 111, mas cada um que morre nas quebradas ou nas trancas tem famílias, tem crianças, tem pais.

Todo mundo perde, e o mundo fica sempre pior, mais violento, mais triste.

A gente sabe que em um mundo ideal não teria uma organização criminosa como o Primeiro Comando da Capital.

Mas enquanto não chegamos lá, a família garante a segurança, a proteção nas periferias e nas quebradas.

E um dia, quem sabe, a sociedade poderá viver em paz sem a Família 1533, mas para isso, ela vai ter que acordar de seu sonho dourado de achar que só com opressão vai conseguir trazer paz e justiça para todos.

O dinheiro e o poder estão dividindo a Familia 1533

Eu tô ligado que tá difícil, que tá cercado de inimigos, que tem aliados que não seguem as regras, mas mano, é hora de fortalecer nossa comunidade, de unir mais, de ter mais disciplina.

Não é fácil, eu sei, mas a gente não pode deixar a peteca cair. Temos que estar juntos nessa, unidos, firmes e fortes.

A família é o que temos de mais importante e, mesmo cercados de inimigos, não podemos deixar que eles nos destruam.

Temos que mostrar que somos mais fortes, mais unidos, mais disciplinados. Queremos um mundo sem o crime organizado cuidando das comunidades, mas quem e como estão fazendo isso?

A hegemonia do PCC não é boa para a sociedade, eu sei, nós sabemos, mas e aí?

O que você colocou no lugar para poder criticar?

Só ódio nas palavras, imóveis comprados em dinheiro e militares com viagra e leite condensado dentro das escolas.

A facção foi criada em 1993, meses após o Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos pela polícia, a facção passou a ditar as regras do crime nos presídios de São Paulo, impôs sua influência sobre outros estados e agora se internacionaliza a uma velocidade vertiginosa. Nunca essa realidade foi retratada com tintas tão fortes.
Família de verdade se protege

Que somos todos uma família de verdade, que se ajuda, que se protege, que luta junto. É isso que vai nos fortalecer, que vai fazer a diferença.

E eu sei que tem vários irmãos buscando uma solução. Então, vamos ouvir uns aos outros, vamos nos ajudar, vamos nos apoiar.

Juntos, somos fortes, unidos somos invencíveis. Então, meu irmão, não desanima. Continua firme, continua lutando, mas não valila.

Se liga na importância da estrutura, do suporte, do apoio. Isso é o que vai fazer a diferença na caminhada do cotidiano.

Isso é o que vai nos permitir expandir, desenvolver e primeiro conquistar um mundo sem inimigos e opressão, e depois, um mundo com justiça e paz.

A guerra contra a ganância é dura e implacável

O barato é caminhar com inteligência.

Mestre Brown

Mais verdadeiro do que nunca nos tempos de guerra entre irmão em que vivemos.

A máquina opressora tá cada vez mais tentando fechar os espaços, tá cada vez mais forte, mais agressiva.

Não pode deixar que ela nos domine, que ela nos tire a voz, a liberdade, a dignidade.

Tem muito cara por aí que só visa lucro, que só pensa em si mesmo, que não tá nem aí pra população, pode ser político, empresário e até líderança de comunidade.

Mas a gente não pode deixar que essa gente nos enfraqueça, que nos divida, que nos faça desistir.

Radiografia do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho: a modelagem conceitual por ela realizada dessas duas organizações clarifica aspectos fundamentais do crime organizado no país, fornecendo os fundamentos de investigações futuras, às quais a autora já se dedica em sua pesquisa…
Para vencer só com muita luta e união
  • Temos que ser inteligentes, estratégicos, astutos.
  • Temos que saber onde pisamos, onde colocamos nossos pés.
  • Temos que estar atentos, vigilantes, preparados.
  • Temos que ter a inteligência como nossa arma mais poderosa.

Não é fácil, eu sei. A guerra é dura, implacável. Mas a gente não pode baixar a guarda, não pode se render.

Temos que resistir, lutar, batalhar. E a inteligência é a nossa melhor aliada nessa luta.

Então, meu mano, não desanima. Continua firme, continua lutando. A gente vai vencer essa guerra, a gente vai superar todos os desafios. Com inteligência, com garra, com determinação.

A vida na quebrada é dura, é complicada. Tem muitos obstáculos, muitas barreiras. Mas com estrutura, com apoio, com um quadro firme, a gente consegue superar tudo.

Facção PCC ia matar Sérgio Moro – atentado fake ou realidade?

A informação que a facção PCC ia matar Sérgio Moro seria real ou uma armação? Conheça o histórico de atentados do Primeiro Comando da Capital

Xadrez político: facção PCC ia matar Sérgio Moro

Não se engane, não. A política é um jogo sujo e o Primeiro Comando da Capital é só mais um jogador nesse tabuleiro cheio de pilantragem.

O grupo politico aí, ligado aos milicianos e aos policiais, não presta e fazem o que podem para destruir o sistema.

Quem diria! O mundo dá voltas! Nós que sempre questionamos o sistema e lutamos contra ele, agora tamo aí! Vai entender?

Quando dei de cara com a parada da notícia que o havia um esquema do PCC contra o Senador Sérgio Moro eu já mandei de cara:

Fala sério! Tão zoando com nossa cara?

Saca só, é pura tática, é só patifaria!

Já falei pra você um monte sobre os ataques que o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

É tudo coisa do passado, não rola mais, a coisa já não funciona mais assim. mano.

Geral sabe que eu não curto falar de assunto polêmico, mas dessa vez não rolou de ficar na minha.

Vai a real!

Não é que a facção PCC 1533 parou de atacar por medo das autoridades, oxê!

Continua até hoje, mas as lideranças sabem onde pisam e escolhem com critério, para dar um recado forte, mas sem chamar atenção de mais.

Nem foi por falta de força, lembra do Jorge Rafaat Toumani, nem três carros blindados com 12 escoltas pesados garantiram o cara.

Mas a jogada é simples, entende aí:

Para a droga continuar fluindo pelos estados e países, e dezenas de irmãos e companheiros não perderem a liberdade o Primeiro Comando da Capital fica na contesão, para não ficar aí chamando a atenção da imprensa e do governo.

A parada é conhecida como pacificação ou paz entre ladrões, e isso rola demais nos grupos criminosos tipo o PCC, sacou?

Funciona assim:

O Primeiro Comando da Capital nem faz um acordo com as autoridades, só não fazem nada que chame a atenção, deixando na tranquilidade as áreas que tão agindo.

Aí não tem opressão da polícia. Todo mundo ganha com a paz nas quebradas.

O comércios continua fluindo porque ninguém vai chamar atenção dos mano do governo, que vai cobrar atitude dos policias, entendeu?

Aí vem essa que facção PCC ia matar Sérgio Moro .

De uma hora para outra o Primeiro Comando da Capital. Entendeu, agora vamo desfilar na avenida com melancia no pescoço?

Jogo sujo da política dos bolsonaristas

Não se engane, mano. A política é um jogo sujo e o crime organizado é só mais um jogador nesse tabuleiro.

Políticos são capazes de tudo para manter ou ampliar seu poder e influência, até envolver uma grande organização criminosa no rolo.

Daí, vem alguém e me fala:

Caiu o esquema que a facção PCC ia matar Sérgio Moro !

A facção já executou diversos agentes públicos após ponderar o custo e o benefício da ação, cansei de dar a real aqui neste site. Vixi! Um monte.

  • Um diretor de presídio ou um agente penitenciário que tente interferir na visita íntima correria o risco de retaliação.

Uma Policial Militar ou Civil que vai pra cima da quebrada na covardia, também, pode até ser morto, mas aé tem todo um esquema.

  • Tipo assim, forjando uma simulação de assalto em um local longe da comunidade em que o policia atua, sacou?

Os ataques devem dar um recado sem que o custo causado pela da represália do governo e dos policiais seja maior que o resultado esperado: causar medo e garantir o respeito dos outros funcionários e policiais, e até do próprio governo.

A facção foi criada em 1993, meses após o Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos pela polícia, a facção passou a ditar as regras do crime nos presídios de São Paulo, impôs sua influência sobre outros estados e agora se internacionaliza a uma velocidade vertiginosa. Nunca essa realidade foi retratada com tintas tão fortes.

A quem interessa a notícia que facção PCC ia matar Sérgio Moro ?

Aí quando vi aquele auê afirmando que a facção PCC ia matar Sérgio Moro , pensei:

Não, mano, não! Não é desse jeito que a facção atua.

A morte de Moro só beneficiaria o grupo político e criminoso para o qual ele ajudou a eleger, os milicianos do Clã Bolsonaro.

Fala sério! Se acha que a liderança da Família 1533 ia jogar todo mundo na opressão para entrar num cano furado desse? Pare!

Radiografia do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho: a modelagem conceitual por ela realizada dessas duas organizações clarifica aspectos fundamentais do crime organizado no país, fornecendo os fundamentos de investigações futuras, às quais a autora já se dedica em sua pesquisa…

Os inimigos já tomaram o governo uma vez na trairagem. Agora vão usar a mesma estratégia para tomar o poder de novo.

Uma ação na qual a facção PCC ia matar Sérgio Moro serviria para reerguer o político e tirar do esgoto no qual foram jogados bolsonaro e seus milicianos.

Da outra vez foi aquela história do esfaqueamento do Bolsonaro, que fez ele ganhar a eleição.

Olha aí. Vamo vê esse filme ruim de novo.

Daí eu vi. Pô, não é só eu que estou pensando isso. O Presidente Lula disse o que eu pensei.

Seria uma armação do Senador Sérgio Moro?

Todo mundo desceu o pau no Lula por ter falado o que muita gente estava pensando, até eu.

A juíza que tornou público o processo e decretou as ações contra o PCC nesse planejamento para atacar Moro chama-se Gabriela Hardt.

Vou pesquisar o porquê da sentença. Fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

E não é só eu e o Lula que tamo nessa, o Prerrô também vê trairagem aí.

Mano, o grupo Prerrogativas (Prerrô) é composto por advogados, juristas e defensores públicos, falô na direta que isso aí pode ser “uma treta” do ex-juiz.

Agora acabou. Não falo mais sobre isso. Vou colocar aí na sequencia um texto antigo sobre os ataques do PCC.

No paiol do PCC: lançadores de granadas e foguetes

Os irmãos do PCC usam esses artefatos pra atacar a polícia de emboscada.

Os mano do PCC 1533 usam bombas e granadas, tudo que é explosivo pra assaltar os mercado, bancos e empresas de transporte de dinheiro, e quando tão presos em segurança máxima, eles mandam explodir tudo.

São ousados e perigosos, os malucos, bate o olho aí no relatório da Polícia Federal:

O Primeiro Comando da Capital (PCC) possui granadas, lançadores de granadas, petardos (tipo de explosivo), foguetes, lançadores de foguetes, metralhadoras, pistolas e artefatos explosivos improvisados.

A apreensão desses artefatos foi feita pelo DPF em Pradópolis/SP, a 320 km da capital do estado, e chamou a atenção da mídia e autoridades de segurança pública quanto ao alto poder de fogo e destruição dos explosivos.

A facção PCC 1533 tem um arsenal de armas e explosivos: granadas, petardos, foguetes, tudo que é artefato destrutivo, metralhadoras, pistolas, e ainda tem profissionais que fabricam suas próprias bombas caseiras.

A obra preocupa-se em apresentar os problemas e as carências do Estado brasileiro para a proteção das fronteiras, para articular seu serviço de inteligência…

PCC 1533 e bombas explodindo

Tem que agir “estilo mexicano” e não só ficar “contratando doutor”.

Fernandinho Beira-Mar, quando ainda era do PCC no RJ

Manja só o compromisso com o progresso

Ao contrário de Beira-Mar, o Marcola ensinava os manos que o Primeiro Comando da Capital não devia seguir o estilo terrorista pra não chamar atenção.

Chamar atenção atrapalhar o tráfico e os negócios, o fluxo deve seguir suave.

Enquanto as quebradas unidas ao PCC: TCP, GDE e B13 tão na mídia só pra ganhar fama, o PCC tá fora das grades, procurando uma fatia na sociedade e na política.

No início, os mano do crime colaram de verdade com os bagulho pesado contra a segurança pública em 2006, quando pararam São Paulo, mas os atentados com bomba foi uma tragédia.

Cê pode nem lembrar, mas o PCC já tinha colocado dois dias de terror no peito em 2002, em São Paulo, que seria lenda mundial do crime se tivessem rolado os atentados da BOVESPA e do Fórum da Barra Funda.

Atentado na Bolsa de Valores (BOVESPA)

Mano, deu ruim! A Polícia pegou a Petronilha, a Primeira Dama do PCC, que tava planejando colocar uma bomba na Bolsa de Valores no centro de São Paulo.

A ideia era causar impacto tanto na área jurídica quanto na econômica, com repercussão mundial.

Se o ataque rolasse, ia afetar os mercados e causar um monte de consequências doidas, explica o Marcio Sérgio Christino e o Claudio Tognolli no livro Laços de Sangue.

Mas, infelizmente pra eles, a parada não foi pra frente. A Polícia interceptou a Petronilha antes que ela pudesse agir, e os outros envolvidos no plano sumiram. Eles abandonaram o carro com os explosivos, que foi encontrado pela polícia.

Tentáculos do PCC se espalharam para fora dos muros das prisões e agora atemorizam, além dos brasileiros e suas instituições, até outros países vizinhos. Nesta obra você vai conhecer a verdadeira história dessa facção, contada por uma das maiores e mais especializadas autoridades brasileiras no assunto…

Ataque no Fórum da Barra Funda

A PM do Estado de São Paulo soltava preso pra se infiltrar e levar seus parceiros do Mundo do Crime pra morte certa.

Foi o que rolou na “Chacina da Castelinho”, onde o infiltrado deu a falsa de que uma grana pesada tava chegando num aeroporto, mas era só treta da polícia pra exterminar os bandidos.

A palavra chacina não tem uma conotação jurídica como homicídio ou latrocínio, sendo representada no âmbito jurídico como “homicídios múltiplos”. Chacina, portanto, é uma expressão popular que desencadeou um acúmulo de violência contra um grupo de pessoas estereotipadas, seja pela classe social, cor da pele ou ação política.

Camila de Lima Vedovello e Arlete Moysés Rodrigues

O PCC, puto com a manobra dos tiras, mandou recado que não ia mais tolerar essa patifaria: um carro lotado de bomba no estacionamento do Fórum da Barra Funda na capital do estado.

O carro, um Ford-Escort bege, ficou no estacionamento cheio de explosivos: 20 cartuchos Mg-gel e 5kg granulados, totalizando 46kg. Também tinha um cilindro de gás acetileno, que ia causar muito fogo, explosão e bagunça. Seria a maior explosão da história do Brasil.

Mas deu ruim. O detonador falhou e o carro ficou parado por 2 dias até a polícia ir checar e descobrir que era um carro-bomba.

A treta iria rolar no dia do julgamento dos sequestradores do patrão da propaganda Washington Olivetto, que tavam ligados aos terroristas chilenos Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR) e a Frente Patriótica Manuel Rodriguez (FPMR).

O PCC mandaria seu recado na surdina, enquanto ia ficando de boa fora da mídia, e até que rolou: a tropa que caçava os malucos infiltrados pra matar os bandido foi desmantelada.

Foi treta na eleição de 2018

Bolsonaro e seus milicianos tentam fazer o povo acreditar que o PCC mandou Adélio Bispo pra matar o presidente, mas isso não foi verdade.

A verdade é que o Primeiro Comando da Capital queria chamar atenção pro sistema carcerário e planejaram atentados.

Ia rolar explodir carros em estados vários e foi Fernandinho Beira-Mar quem planejou.

A facção paulista usaria tecnologia das FARCs, até ia ter sequestro de autoridades, rebelião em presídios, e tal.

Mas a parada foi abortada, por causa dos negócios. Agora tão tentando fazer acreditar que essa mesma organização criminosa, o PCC contra o Senador Sérgio Moro

A facção decidiu se manter nas sombras E as autoridades falam que descobriram tudo Graças ao setor de inteligência E impediram a ação antes do ocorrido.

As duas paradas têm valor…

… mas a parada que o PCC recrutou Adélio Bispo com uma faca só recebeu valor do Bolsonaro e dos seus fiéis, que depois começaram a falar com convicção que ele foi contratado pelo PT, PSOL, PSDB, China, Venezuela, CV…

O responsável pelo pânico generalizado: ataques contra as forças policiais, incêndios a carros e ônibus realizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Esta obra apresenta o caminho que levou o PCC a atingir tamanho grau de influência no sistema carcerário e nos bairros periféricos, culminando na paralisação de São Paulo…
O bonde do PCC 1533 usando explosivos

De vez em quando tem uns casos isolados em que os irmão usa explosivos caseiros pra fazer uns atentado local, mas agora a parada tá profissional, um irmão fica no paiol responsável por tudo.

O estoque e distribuição de armamento pesado e explosivo fica na mão de um irmão ou companheiro que avalia o risco e o lucro de cada investida que os equipamentos vão ser usados.

Tiago Mesquita Feitoza e José Alves Júnior falam no artigo sobre a história da evolução do uso de explosivos pelas organizações criminosas, desde os anos 60 até 2000, quando os malucos começaram a usar isso de boa.

De um lado, os caras contam que o uso de explosivos pra roubar caixa eletrônico começou no sul do país e depois chegou em São Paulo, mas de outro lado eles não falam que o PCC manda os criminosos treinados no uso de explosivos pra repassar o conhecimento e ganhar uma grana em cima dos assaltos ou por um preço fixo – e se eles não falam isso, muito menos eu.

Se você quer saber em detalhes como os artefatos explosivos são usados pelos malucos, segue a leitura na Revista Brasileira de Operações Antibombas.

Irmão excluído da facção PCC 1533 — entrevista de Camila Nunes

Irmão excluído da facção PCC 1533, Primeiro Comando da Capital, conta seu trajeto no mundo do crime até se tornar líder da facção paulista.

A socióloga Camila Nunes Dias

Entrevista com um irmão excluído da facção PCC 1533 dando a real na tv? Fala aí, quantas vezes você viu? Nunca né?

A mídia só mostra um lado do mundo do crime, só vê a violência, o sangue, o tráfico, o terror.

Mas e o que tem por trás de tudo isso? A mídia não fala disso, não.

E as histórias dos manos, as razões que levaram eles a seguir esse caminho?

Aí vem a socióloga Camila Nunes Dias e faz a diferença e por isso ela foi atrás de falar direto com o irmão exlcuído da facção PCC.

Ela mostra que tem mais do que essa gente da imprensa consegue ver: tem um contexto social, político, econômico que tá por trás de tudo isso.

Camila Nunes Dias mostra que os manos não são monstros, que são seres humanos como todo mundo, que tem sonhos, que tem medos, que tem esperanças.

É por isso que a gente fica feliz quando vê Camila falando sobre o Primeiro Comando da Capital em lugares tão importantes mundo afora.

…a estrutura e organização do PCC, sua dinâmica política e o controle social que adquire a forma de imposição do autocontrole individual, que são questões centrais nesta parte do trabalho. A obra propõe uma discussão sobre a origem…

Novo artigo de Camila é a entrevista com o irmão excluído da facção PCC

Agora trombo com ela publicando um trecho de uma entrevista com um irmão excluído da facção PCC no site do Centro Estratégico para Pesquisa do Crime Organizado (SHOC) do Royal United Services Institute (RUSI).

Ela tá dando voz pros manos, tá mostrando a realidade deles, tá desmistificando a imagem que a mídia quer passar.

E é isso que eu tento aqui fazer nesse Site também. A gente tenta mostrar que tem mais do que a violência, que tem um contexto social que explica tudo isso.

Claro que não é pra passar a mão na cabeça do crime, não é pra romantizar a violência.

A gente sabe que o mundo do crime é pesado, que tem muita trairagem, que tem muita injustiça.

Mas a gente também sabe que tem muita gente boa envolvida nisso, muita gente que tá ali por falta de oportunidade, por falta de opção, por falta de alternativa.

Então é isso, mano. A gente fica feliz quando vê a Camila Nunes Dias falando sobre o PCC, porque ela tá dando voz pros manos, tá mostrando a realidade deles, tá humanizando essa galera que a mídia só vê como bandido.

A facção foi criada em 1993, meses após o Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos pela polícia, a facção passou a ditar as regras do crime nos presídios de São Paulo, impôs sua influência sobre outros estados e agora se internacionaliza a uma velocidade vertiginosa. Nunca essa realidade foi retratada com tintas tão fortes.

Irmão excluído da facção PCC falando a real

Se quiser ler a entrevista original, com as palavras dela e as resposta do irmão, o link é esse aqui…

A Conversation with Carlos: Former Member of the Primeiro Comando da Capital (PCC), by Camila Nunes Dias

… mas se preferir, acompanha aí minha visão, que não é a mesma coisa, mas também dá para entender.

Irmão excluído da facção, eu entendo a tua situação

Aqui não tem julgamento, não tem condenação

Vamos conversar, vamos trocar ideia

Pode falar a real, sem medo de ser repreendido ou censurado

Aqui o respeito é mútuo, a dignidade é valorizada

Não importa o que você já passou, aqui você é acolhido e respeitado

Então fala, irmão, desabafa, expõe a tua verdade

Aqui nós somos uma família, unidos na busca por paz, justiça e igualdade.

Ele começa falando sobre sua adolescencia e ingresso na facção…

Tive uma infância pobre e simples.

Durante a adolescência, fiquei muito zangado com a minha realidade e suas limitações, descrente de que conseguiria qualquer coisa mesmo que me dedicasse aos estudos.

Naquele momento, as drogas e o contato com o narcotráfico entraram no meu cotidiano, até que perdi de vista meus próprios objetivos.

Na adolescência, me envolvi com drogas e comecei a conhecer membros importantes do PCC que trabalhavam no tráfico local.

Eles logo me recrutaram, identificando o potencial que eu tinha para administrar seus negócios.

Ele fala de como foi sua prisão e crescimento na organização criminosa…

Aos 18 anos fui preso, aos 19 fui batizado no PCC e aos 20 estava no topo da estrutura da organização, no estado mais importante e rico do Brasil no coração da organização criminosa, São Paulo.

O primeiro ano na prisão serviu como um curso intensivo sobre a vida na prisão.

Aprendi como funcionava o PCC e tive alguns mentores.

No meu segundo ano, fui transferido para uma penitenciária para prisioneiros de primeira viagem.

Depois de alguns anos fui dispensado de minhas responsabilidades e, a partir disso, analisei eticamente minha situação e entendi que a vida das drogas não era o que eu queria para o meu futuro.

Saí e fui embora, mas não tive uma segunda chance no meu país e decidi começar uma nova vida fora do Brasil.

Ele conta então de como chegou na liderança da facção PCC…

Eles precisavam de um líder local de confiança e começaram a me dar responsabilidades e poderes.

À medida que fui correspondendo às expectativas, eles me deram mais poder e tarefas mais difíceis até que fui transferido para uma cadeia de liderança do PCC: o depósito dos líderes da organização, onde aconteceu meu batismo.

Depois que fui batizado, fui nomeado padrinho de aproximadamente 60 outras pessoas que foram meus afilhados.

A prisão é um mundo com suas próprias regras, leis e estrutura de liderança.

Nos espaços prisionais, você assume um papel social em uma microssociedade criminosa.

E também sobre a ideologia da Família 1533…

O PCC é uma federação criminosa democrática que parasita o Estado por dentro, organiza o crime em todas as escalas, fornece segurança, proteção, equipamentos, e rede criminal.

Por algum tempo, a ideologia dominante me fez perceber o Estado tradicional como um inimigo e me deu motivos para resistir e lutar.

Quando a liderança local vê que um preso entende e subscreve os ideais do Comando e tem qualidades para avançar nos objetivos da organização, ambas as partes sabem que é hora do batismo.

Não me lembro quando decidi me dedicar totalmente a essa ideologia, simplesmente aconteceu.

No fim, ele termina falando de como virou um irmão excluído da facção

Você só pode sair do PCC por morte, mas pode obter permissão para sair do PCC por motivos religiosos.

Aos olhos do PCC, você sempre será um marginal que pode a qualquer momento tentar uma reviravolta.

No meu caso, fui afastado das minhas funções na sequência de um “processo administrativo” que constatou a minha “falta de responsabilidade” que resultou na perda de dinheiro do Comando.

6. Abandono de responsa:
Quando fecha em uma responsa e deixa de cumpri-la sem motivos (fora do ar, transferências, saúde, etc…). A Sintonia deve analisar todos que serão cadastrados para evitar esses tipos de situações.
Punição: De 90 dias à exclusão (depende da gravidade analisada pela Sintonia).

Dicionário da Facção 1533 – um dos três pilares da organização criminosa Primeiro Comando da Capital – afinal, no PCC é “Tudo 3”

Quebrei uma das regras que estruturam o PCC e fiquei afastado por dois anos. Após esse período, decidi que não queria voltar à organização.

Entendendo a pessoa por trás do criminoso

Sabe, a mídia só mostra a violência e o mal da quebrada, mas nossa irmã Camila Nunes Dias iria mais além.

Ela provavelmente veria, o que eu e você vemos, mas que a imprensa que só pega a visão da polícia e dos políticos não veria nunca.

Olha só…

Uma vida de pobreza e dificuldades pode ter gerado um vazio e falta de oportunidades, levando a desacreditar nas chances de sucesso com estudo e trabalho normal.

Entrando no mundo das drogas e do tráfico, talvez tenha sido uma forma de lidar com essa falta de perspectiva, oferecendo uma solução rápida e aparentemente vantajosa para ganhar dinheiro e status.

Ser recrutado pelo PCC pode ter rolado por ter habilidades de liderança e organização valorizadas pelos chefes do crime.

Esse reconhecimento e posição dentro da organização também pode ter suprido a autoestima e propósito que faltava na vida da pessoa.

Pra resumir, pelo que dá para entender das respostas do irmão excluído da facção PCC, ele vem de uma história de privação e falta de oportunidades, combinada com uma falta de confiança nos governos e na sociedade.

É isso. E não é só ele. Taí o recado.

Os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital (PCC 1533)

Submarinos do Primeiro Comando da Capital dominam os mares, mas muitos manos morrem para alimentar a ganância de uns e o vício de outros.

E aí, tá ligado na tecnologia dos equipamentos da firma?

Pois é, os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital é construído pelos próprios caras.

O PCC arrumou um jeito de construir seus próprios submarinos, que tão sendo usados pra levar um monte de drogas pra Europa e outros lugares.

Os manos sacaram que usar submarinos é uma forma de diversificar as operações e diminuir a dependência de rotas terrestres ou aéreas, que são mais fácil de cair na mão dos polícias.

E ainda por cima, esses submarinos permitem que a organização transporte grande quantidade de drogas de forma discreta e segura.

Radiografia do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho: a modelagem conceitual por ela realizada dessas duas organizações clarifica aspectos fundamentais do crime organizado no país, fornecendo os fundamentos de investigações futuras, às quais a autora já se dedica em sua pesquisa…

Emprego nos narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital

Sobre os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital. Olha só, tá rolando muita conversa.

Aí é isso, não queria nem entrar nessa, mas vamos lá. Não tem como negar que os equipamentos da firma estão chamando atenção.

Se você está pensando em entrar nessa parada, é bom abrir o olho, porque o esquema é cabuloso.

Pra mandar esses bagulhos pra frente, a tripulação precisa ter de três a cinco manos na parada.

Os caras são escolhidos pelo trampo deles e pela capacidade de operar o submarino na responsa, sacou? Não é qualquer um, assim que chega e vai entrando.

Os moleques ficam encarregados de tudo, desde a preparação da nave até a navegação e a entrega das paradas no destino certo.

Sonharam com malote, glória e fama, mas acordaram mortos

Tem várias fatalidades envolvendo esses equipamentos do tráfico, Os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital também são cabulosos.

Mano, só lamento, mas é triste morrer assim, para alimentar ganância de viciado e de líder que fica, um só no vício e outro só no lucro.

Nem ligam para a vida dos manos que tão precisando do trampo para alimentar a família.

Os caras constroem as paradas usando alta tecnologia, mas fazem de qualquer jeito, sem ligar pra se os parceiros que vão nele morrem.

Quanto mais cheio, mais lucro, menos seguro. O que os caras vão escolher? Bidu!

Carlos Amorim analisa a violência urbana instalada no Brasil e mostra como o crime organizado pretende unificar o tráfico de drogas sob um comando único. Define, ainda, o quadro das operações criminosas que já colocam o país como o segundo maior mercado mundial de consumo de drogas ilegais.

Situações que rolaram e ninguém pode negar

Teve uma vez em 2010 que a Marinha colombiana interceptou um submarino cheio de drogas no Oceano Pacífico.

A polícia chegou e prenderam três dos moleques da nave, mas outros quatro morreram por causa dos gases tóxicos dentro do bagulho.

Imagina só! Você viajando com o corpo de seus manos!

Teve outro caso em 2011, mano, que um submarino cheio de drogas afundou no Caribe, perto da costa da Colômbia. Só um dos quatro manos que tavam lá dentro sobreviveu, foi resgatado por uns pescadores locais.

E não é só isso não, tem outras histórias de acidentes e mortes ligados aos submarinos do tráfico em todo canto desse mundão.

Mesmo com as mortes na caminhada, o fluxo continua

Mano, a Organização das Nações Unidas ONUDC soltou um relatório que está deixando a polícia de toda Europa arrepiada. E não é à toa.

Olha só, em março, lá na Normandia, surgiram do mar 2,3 toneladas de cocaína em bolsas brasileiras, algumas até presas em colete salva-vidas brasileiros, usados normalmente em barquinhos ou veleiros.

E tem mais, um narco-submarino abandonado foi encontrado na costa da Espanha, carregando cocaína do Brasil!

Lá dentro, só tinha roupas, mantas e comida, tudo de fabricação brasileira.

E sabe o que isso confirma? O papel cada vez maior do nosso país no tráfico internacional de cocaína.

A gente precisa ficar ligado, porque o bagulho está ficando cada vez mais louco. Os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital tão rodando o mundo, mano!

A facção foi criada em 1993, meses após o Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos pela polícia, a facção passou a ditar as regras do crime nos presídios de São Paulo, impôs sua influência sobre outros estados e agora se internacionaliza a uma velocidade vertiginosa. Nunca essa realidade foi retratada com tintas tão fortes.

A História dos submarinos do tráfico

Olha só, irmão, se você quer saber tudo sobre esse assunto, eu te recomendo dar uma olhada no artigo da companheira Irene Hernández Velasco.

Ela manda muito bem, e consegue explicar tudo com mais clareza do que eu poderia fazer.

A gente só ouviu falar desses submarinos usados pelo tráfico de drogas na década de 90.

Fala sério! O que você estava fazendo naquele tempo? Lembra aí! Comenta aqui!

O que você fazia enquanto já tinha mano traficando debaixo d’água.

Os colombianos pularam na frente

Lá em 97, a Colômbia pegou um submarininho, no Equador na fronteira da Colômbia caiu outro.

Foram os primeiros apreendido dos traficantes tramsportando cocaína pros EUA e tinham capacidade pra transportar umas duas toneladas de pó. Esse do Equador foi o primeiro a ser pego em águas internacionais.

Nos anos seguintes, as autoridades de vários países, tipo a Colômbia, Estados Unidos, México e Espanha, relataram que pegaram vários submarinos do tráfico de drogas em rotas marítimas diferentes.

Essas paradas eram cada vez mais feitas com uma tecnologia mais sofisticada, capaz de levar muito pó por distâncias cada vez maior.

De lá pra cá, essa prática de usar submarinos virou moda entre as organizações criminosas que querem traficar drogas internacionalmente, sempre procurando formas cada vez mais modernas e difíceis de serem detectadas.

Esse novo equipamento é mais moderno, mas continua matando nossos irmãos

Mano, as informações sobre a tecnologia dos submarinos do tráfico de drogas são muito limitadas, já que essas embarcações são construídas em segredo.

Mas sabe-se que esses submarinos agora são equipados com tecnologia sofisticada pra serem eficientes e seguros.

Os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital usados pra traficar geralmente são feitos com materiais leves e resistentes, como fibra de vidro e kevlar, pra ficarem mais leves e difíceis de serem detectados pelos radares das autoridades.

Além disso, essas organizações criminosas utilizam tecnologia de comunicação via satélite e sistemas de navegação por GPS para monitorar a localização dos submarinos e garantir que eles cheguem ao destino final sem serem detectados pelas autoridades.

Eles também têm motores silenciosos e sistemas de filtragem de ar pra garantir que a tripulação possa respirar debaixo d’água por bastante tempo.

Só que tô ligado que para colocar mais carga, muitas vezes a chefia tira espaço do ar interno e daí os respiradores não tem nem o que limpar.

Esses submarinos são foda, alguns baixam até 30 metros no oceâno e navegam mais de 5.000 quilômetros.

De três a cinco moleques bem treinados conseguem transportar várias toneladas de drogas por viagem.

Mas, ó, pra construir essas embarcações é preciso gastar uma grana preta, porque eles usam tecnologia sofisticada e materiais de alta qualidade, além de exigir mão de obra especializada e treinada.

A obra preocupa-se em apresentar os problemas e as carências do Estado brasileiro para a proteção das fronteiras, para articular seu serviço de inteligência…

quando você chega eu já fui

E aí, irmãos, para terminar vou te falar sobre as rotas dos narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital.

Como todas as rotas usadas pelo tráfico de drogas, tem que variar e mudar bastante e constantemente, se não cai.

Quando a autoridade descobre onde a gente vai chegar, nós já não vamos mais, já fomos, ficam no vácuo caçando ar.

Macaco velho não trepa sempre no mesmo galho.

Algumas rotas são bastante conhecidas até das autoridades, porque aí não tem jeito não, mas vai da sorte.

Uma dessas é a que parte das costas da Colômbia, Equador ou Peru e segue em direção à América Central, com destino aos Estados Unidos ou México.

Essa rota, os submarinos são usados para transportar grandes quantidades de cocaína, que é produzida nas regiões andinas da América do Sul e traficada para o mercado norte-americano, mas aí é coisa dos carteis lá de cima.

Ó prá terminar, vou soltar um versinho aí:

Os manos tão no controle, mas é fato
Que os militares tão fracos, não fazem nada
Tem submarino saindo do Amazonas
Eles sabem, mas não conseguem controlar
É a vergonha do país, a situação é triste
As autoridades falham, e a população que assiste
O tráfico de drogas ganha força e se expande
E as autoridades nada fazem, só ficam de bobeira
É difícil entender, a situação é crítica
Enquanto os mano nadam de braçada
Os militares ficam no leite condeçado e no viagra

Como a cocaína chega aos portos do Atlântico? Facção PCC 1533

A cocaína chega aos portos vinda da Colômbia, Bolívia e Peru. Vale tudo: o bagulho atravessa fronteira de avião, helicópitero e até de buzão.

Cocaína chega aos portos: descendo o ladeirão

Como a cocaína chega aos portos? Desce o morro dos Andes voando e depois desce o rio ou pega as estradas!

Não é mole não, mas é o Primeiro Comando da Capital. Segue o fio que o pai não vai deixar você se perder.

Vale de tudo para chegar aos portos do litoral, mas começa assim a caminhada.

Ainda não se conseguiu estabelecer uma definição sobre terrorismo internacional por convenção nas Nações Unidas. Conceito elástico, em que caberia até o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, é pugnado pelos EUA. Caso vingasse, qualquer movimento separatista armado seria dado como terrorista.

A cocaína enviada sai do Peru, Bolívia e Colômbia vai por terra ou ar, em aviões, helicópteros, carros, caminhões e ônibus.

Tem tanda droga descendo ao ladeirão que tá faltando avião e caminhão, então perguntei pro meu sobrinho como estão fazendo por lá:

É verdade que os cocaleiros estão sem transportes para sua produção?

Verdade. Estão sem aviões e caminhões para transportar toda a produção.

Não me lembro de uma quantidade tão grande de tijolos de pasta base e de prensados esperando para o embarque.

Está valendo tudo para conseguir escoar a produção: micro-ônibus, táxis, caminhões, carros e até qualquer um com uma mala na mão ou uma mochila nas costas!

Cocaína chega aos portos: vem da onde e vai para onde?

A droga colombiana é destinada principalmente ao mercado europeu, mas chega um tanto por aqui também.

Já as que giram nas biqueiras da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai é a cocaína do Peru e Bolívia.

E assim, vem droga voando de todo o canto. Quem dominava tudo os caminhos do Peru e Colômbia era o Cabeça Branca.

Cabeça Branca foca na história do maior narcotraficante do país e na caçada que, depois de décadas de frustações, finalmente resultaria em sua prisão. É também o retrato de uma era do crime organizado no Brasil.

Enquanto o Cabeça Branca passava, dentro dos quartéis…

Os milicos ficam sonhando com porta aviões enquanto o céu do Brasil é cheio de buraco: tudo mané de farda engomada.

Enquanto os vacilões da Força Aérea sonham, os voos clandestinos vêm da Bolívia (65%), seguida pelo Paraguai (17%), Peru (8%), Colômbia (6%) e Venezuela (4%).

pelo rio Paraná-Paraguai ou por rodovias

A Colômbia domina as rotas do narcotráfico para a América do Norte, mas a Rota do NarcoSul e a Rota Caipira transportam cocaína da Bolívia e Peru através do Paraguai e do Brasil para a Europa.

A liderança é do grupo criminoso brasileiro mais importante, o Primeiro Comando da Capital, é tudo 3 e não tem para ninguém.

A facção PCC 1533 utiliza a hidrovia Paraná-Paraguai e as estradas brasileiras para chegar aos portos litorâneos da Argentina, Brasil e Uruguai.

A história do narcotráfico no principal corredor de drogas do país. Pontos estratégicos na rota do narcotráfico internacional, o interior paulista e o Triângulo Mineiro estão no caminho entre os países produtores da droga – Colômbia, Bolívia, Peru…

Os criminosos brasileiros usam duas fases para transportar cocaína.

  • Primeiro, a droga é transportada de avião para atravessar as fronteiras para chegar no Brasil e no Paraguai.
  • Depois, a cocaína é transferida para navios e navegada por via fluvial ou rodoviária até os portos do Atlântico.

Fim! Simples assim.

Moleques do PCC em 3 continentes: América, África e Europa

Para o tráfico de drogas o Primeiro Comando da Capital utiliza a mão de obra de moleques do PCC em três continentes: América, África e Europa

Moleques do PCC são a base dos corres

Tem moleques do PCC nos corres em três continentes, além da América Latina, também na África e Europa.

Eu falo moleque, porque no Brasil quase tudo tem de 14 até 19 anos, mas tem até com até menos, com 10 ou 12 anos.

No tráfico internacional aí é diferente, mas mesmo assim, é quase tudo jovem de até 25 anos.

Tem moleques na produção na Bolívia e no Paraguai, no tráfico internacional e local no Uruguai, na Argentina e no Brasil.

Vencedor de um dos mais importantes prêmios internacionais de Antropologia, o livro, focado no Primeiro Comando da Capital (PCC) na prisão, ganha esta segunda edição ampliada, com nova apresentação da autora, apresentação do editor da versão do livro em inglês, posfácio e texto de orelha de José Guilherme Magnani.

Fora da América ainda tem moleques do PCC nos grupos associados na África e na Europa.

Lá fora, o PCC tem negócios com um monte de grupos estrangeiros do crime organizado internacional, são muitos, mas a máfia nigeriana se destaca.

Para o tráfico para a África, os nigerianos usam células tribais pequenas, compostas por quatro ou cinco pessoas da mesma etnia.

Cada célula tem poucos criminosos e não conhece os líderes, que fazem acordos internacionais.

Sobra pros nigerianos fazerem os corres e por isso eles são a maioria dos mulas do tráfico presos em aeroportos brasileiros são nigerianos.

O mundo aposta que o PCC vai pro chão

Caiu no relatório das Nações Unidas (UNODC) o crescimento gigante da organização criminosa Primeiro Comando da Capital.

Em Londres, um documento de pesquisadores garantem que o PCC já está fazendo o dinheiro sujo do tráfico ficar limpo.

A África também se tornou um continente crucial para a gangue brasileira, principalmente em Moçambique.

Cabeça Branca foca na história do maior narcotraficante do país e na caçada que, depois de décadas de frustações, finalmente resultaria em sua prisão. É também o retrato de uma era do crime organizado no Brasil.

A facção PCC ainda é o dono do jogo, controlando várias etapas da cadeia de abastecimento, com a ajuda dos mano da máfia italiana ‘Ndrangheta.

Mas os caras dos governos de fora ainda tão sossegados e destacam que a cena do crime no Brasil tá cada vez mais fragmentada.

É só ver aí a bagunça que tá acontecendo no Rio Grande do Norte! Tudo bagunçado. Não era assim!

Aí eles apostam que com pequenas gangues operando no tráfico de drogas, especializadas na logística, o Primeiro Comando da Capital vai perder lugar.

O Sport Club Corinthians Paulista e o Primeiro Comando da Capital

Corinthians Paulista e o Primeiro Comando Comando da Capital. É mito ou realidade a interferência da facção no clube de futebol de São Paulo?

Mito ou realidade Corinthians Paulista e o Primeiro Comando?

Vincular o Corinthians Paulista com o Primeiro Comando da Capital me parece mais preconceito social que fato.

Meu caro Francesco Guerra,

Bem sabe que não estou mais disposto a me dedicar ao estudo da organização criminosa PCC 1533.

No entanto, ao abrir meu note deparo-me com uma situação intrigante.

O site The Football Lovers, especializado em artigos baseados em opinião, escritos por apaixonados fãs de futebol de todo o mundo, alega que sete clubes estão ligados ao mundo do crime:

  • Juventus e Lazio da Itália;
  • Leeds United e Sheffield Wednesday da Inglaterra;
  • Boca Juniors da Argentina; e
  • Corinthians do Brasil.

Corinthians is a Brazilian club has also been linked to organized crime, with connections to the notorious First Capital Command gang.

Vencedor do prêmio de Melhor Tese de Doutorado de 2016 da Brazil Section / Latin American Studies Association, o livro conduz o leitor por um mundo que, apesar de estar à nossa volta, é pouco e mal conhecido: o do Primeiro Comando da Capital, ou PCC.

Os crimes do Corinthians Paulista

O autor do artigo, Shimil Umesh, lembra que o Corinthians foi implicado no escândalo de corrupção da FIFA em 2015, com alegações de suborno e propinas envolvendo vários dirigentes de alto escalão.

No entanto, a principal acusação seria envolvimento da agremiação futebolística com o Primeiro Comando da Capital.

É fato que, conforme divulgado pela mídia, existe base para levarmos em consideração a possibilidade de que tais informações sejam verdadeiras.

No entanto, precisamos estar atentos às fontes e à veracidade dos fatos antes de tirarmos conclusões precipitadas.

É preciso investigar a fundo cada uma dessas alegações e obter provas concretas para confirmar ou refutar essas afirmações.

É preciso separar os fatos da ficção para chegar à verdade

No entanto, é verdade que existem casos de indivíduos associados ao clube que foram investigados e condenados por envolvimento com organizações criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital, como torcedores organizados e até mesmo alguns ex-jogadores.

Alguns casos que receberam ampla cobertura na mídia incluem a prisão de integrantes da torcida organizada Gaviões da Fiel em operações policiais contra o PCC, bem como acusações de que o ex-jogador corintiano Jorge Henrique teria ligações com o grupo criminoso.

No entanto, é importante ressaltar que tais casos não implicam que o clube Corinthians em si tenha algum envolvimento com atividades criminosas ou com o PCC.

Vencedor de um dos mais importantes prêmios internacionais de Antropologia, o livro, focado no Primeiro Comando da Capital (PCC) na prisão, ganha esta segunda edição ampliada, com nova apresentação da autora, apresentação do editor da versão do livro em inglês, posfácio e texto de orelha de José Guilherme Magnani.

PCC e favelas: tudo junto e misturado

As periferias de São Paulo são áreas historicamente marcadas pela pobreza, a desigualdade social e a violência, o nascedouro do time de futebol, e o berço da maioria daqueles que lotam as prisões paulistas.

O time de futebol Corinthians, foi fundado em 1910 no bairro do Bom Retiro, uma região com grande concentração de imigrantes e operários, populações marginalizadas naquele início de século.

Da mesma forma, a facção criminosa PCC 1533 teve origem nas prisões da capital paulista na década de 1990, onde muitos detentos eram oriundos das mesmas periferias que o time Corinthians Paulista.

O Primeiro Comando da Capital se fortaleceu a partir da união de presos que compartilhavam experiências de exclusão e marginalização social, assim como os torcedores do time, que encontravam no Corinthians uma identidade cultural e esportiva que os unia.

Dessa forma, pode-se entender que a associação entre o nome da facção PCC e o time Corinthians se dá principalmente pela origem e pela identidade social compartilhada pelas duas organizações.

Ambas têm suas raízes nas periferias da capital paulista, e seus membros compartilham uma experiência de exclusão e marginalização social que acaba se refletindo em suas respectivas culturas.

Separando o joio do trigo

Por isso é fundamental separar a conduta de indivíduos específicos da imagem e reputação do clube como um todo.

A grande maioria dos torcedores do Corinthians não tem envolvimento com o Primeiro Comando da Capital, e a associação entre os dois grupos é frequentemente exagerada pela mídia e por discursos preconceituosos.

No entanto, alguns estudos antropológicos têm se dedicado a investigar as relações entre torcidas organizadas de futebol e grupos criminosos.

Essas análises mostram que, em alguns casos, há uma sobreposição entre esses dois corpos sociais, com membros da torcida organizada também fazendo parte do grupo criminoso.

Essa sobreposição pode ser explicada por uma série de fatores, incluindo a cultura de lealdade e solidariedade presente em ambas as organizações, bem como a possibilidade de obter ganhos financeiros por meio do envolvimento em atividades criminosas.

Cobras e Lagartos, um panorama dos bastidores do surgimento e funcionamento de uma das maiores organizações do crime organizado no Brasil…

Entre cobras e lagartos: o Corinthians Paulista e o Primeiro Comando da Capital

A relação entre torcidas organizadas e grupos criminosos é complexa e varia de acordo com cada contexto.

Nem todas as torcidas organizadas estão envolvidas com atividades criminosas, e nem todos os membros dessas organizações compartilham dos mesmos valores e práticas, no entanto, a maioria é oriunda da mesma fatia social.

Essa é a razão do preconceito das elites em relação a esses grupos sociais.

Uma série de fatores explicam esse prejulgamento, incluindo estereótipos negativos associados a torcedores de futebol e a grupos criminosos, bem como a visão elitista de que esses grupos representam uma ameaça à ordem social e aos valores civilizados.

Esta prenoção pode ser vista como uma forma de defesa psicológica utilizada por algumas pessoas, entre elas, Shimil Umesh, para preservar sua autoestima e senso de identidade.

Nesse sentido, a identificação de um grupo como “inferior” pode ser uma maneira de reforçar a crença na superioridade do próprio grupo e, consequentemente, proteger a autoimagem.

A imagem do Corinthians está vinculada à facção PCC

Além disso, a vinculação da imagem da facção PCC com o Corinthians pode ser vista como uma forma de estigmatização.

É uma forma de rotular indivíduos ou grupos com base em características estereotipadas ou negativas, contribuindo para a sua exclusão social e marginalização.

A psicologia social também pode contribuir para a compreensão da dinâmica entre grupos e a formação de identidades coletivas.

A identificação com um grupo pode ser uma fonte de apoio social e emocional, bem como de reconhecimento e pertencimento.

No entanto, quando essa identificação é baseada em estereótipos negativos e comportamentos prejudiciais, pode levar à discriminação e ao preconceito em relação a outros grupos.

A violência urbana instalada no Brasil e mostra como o crime organizado pretende unificar o tráfico de drogas sob um comando único. Define, ainda, o quadro das operações criminosas que já colocam o país como o segundo maior mercado mundial de consumo de drogas ilegais…
A diversidade cultural, o Corinthians Paulista e o Primeiro Comando da Capital

Shimil Umesh, através de seu curto e sem dados comprobatórios, nos permitiu analisar como é importante desafiar estereótipos e preconceitos e promover o respeito às diferenças.

Isso pode envolver a conscientização dos indivíduos sobre seus próprios preconceitos e a valorização da diversidade cultural e social como fonte de enriquecimento e aprendizado.

É importante entender que o autor do texto, Shimil Umesh, não é uma ilha.

Ele é apenas mais um que nada no puro caldo do preconceito social que abunda em tempos onde a extrema-direita nada de braçada.

O autor faz uma análise raza sobre uma questão de grande complexidade e ambiguidade que é a relação entre a periferia, as torcidas organizadas e o PCC.

Nem teve Umesh a capacidade de imaginar as múltiplas perspectivas que existem dentro desses grupos e vislumbrar parte da dinâmica social envolvida.

Afora todas essas considerações, o autor da crítica também deixou de levar em consideração as relações entre esses grupos, Corinthians e facção PCC, e outras instituições sociais, como a polícia, a política, a mídia, e o sistema judicial.

O PCC como fruto de dinâmicas sociais e culturais

As relações entre o Corinthians Paulista e o Primeiro Comando Comando da Capital precisam analisar sob uma abordagem multidisciplinar e multifacetada.

Já o artigo no The Football Lovers não passou da soma de algumas palavras acusatórias cercadas de múltiplas imagens dos brasões dos clubes.

O sociólogo Gabriel Feltran que estuda as dinâmicas sociais e culturais nas periferias das grandes cidades, com foco especial na relação entre a juventude, a violência e as gangues, iria ainda mais longe do que eu, relacionando à esse fenômeno as estruturas políticas, socieis e econômicas do país.

Analisar a questão a partir de uma perspectiva histórica e sociológica mais ampla nos permitiria entender como a relação entre esses elementos se desenvolveu ao longo do tempo e como ela é moldada pelas estruturas que moldam a vida nas periferias.

Acusar o centenário Sport Club Corinthians Paulista sem considerar as dinâmicas internas, valores culturais e normas que governam suas torcidas organizadas e sua a administração do clube, não passa de preconceituoso amadorismo pretensioso.

Fação PCC 15.3.3: fruto das péssimas condições carcerárias

As péssimas condições carcerárias dos presídios paulistas são a causa do surgimento da organização criminosa Primeiro Comando da Capital PCC.

Lugar de fala sobre as péssimas condições carcerárias

Escrever sobre as péssimas condições carcerárias é sempre um desafio.

Poucos conseguem retratar o que ocorre por trás das muralhas sem temer errar ou sofrer represálias.

O mundo por trás dos encarcerados não é assunto para leigos, se bem que, todos acreditam saber de como o Estado deveria agir.

Uns, defendendo o uso indiscriminado da força para manter a disciplina, outros que se permita uma autogestão nos presídios, mas entre o preto e o branco há uma infinita gradação de tons de cinza, nos quais a minha, a sua e a opinião de todos se encaixa.

Já Dr. Gerciel Gerson de Lima trata deste assunto com conhecimento de quem atuou dos dois lados das muralhas…

…ou melhor, dos três lados das muralhas!

PM Lima, também atuou por sobre as muralhas!

De polícia de muralha à advogado de defesa

O conhecido advogado criminalista, foi por nove anos no 14º Batalhão da Polícia Militar na cidade de Osasco; primeiramente como segurança nas muralhas do presídio e depois no pelotão de escolta do Fórum.

Era ele que eu e mais dois aguardávamos em uma mesa de um bar na esquina da rua Santana em Itu, próximo ao escritório do tal Dr. Gerciel.

Quando chegou, nem abriu as portas de vidro preta de seu escritório, quando chegamos e o abordamos.

Sempre me espanta a naturalidade com que o Dr. Gerciel, mesmo tendo deixado os quadros da polícia há tantas décadas, quando decidiu se dedicar aos estudos de Direito, e se tornar um advogado na área criminal, não se altera quando cercado daquela forma.

Ao longo dos anos, Gerciel viu muitas coisas do mundo do crime, um universo sombrio, mas nada poderia prepará-lo para o que testemunhou em suas visitas aos presídios do estado de São Paulo.

Não é possível dizer que não veja o ódio que corre no sangue daqueles que não consegue soltar ou diminuir as penas.

LIVRO GRÁTIS NO KINDLE! os sentimentos e relatos das pessoas que através dos contos reais com personagens fictícios conheceram a real e verdadeira historia dos que levam a vida dentro das cadeias, desde os Agentes Penitenciários que lidam com a massa carcerária e se ariscam diariamente, até os detentos privados de liberdade e seus familiares obrigados a lidar com um sentimento de angustia no encontro de seus parentes presos nos locais mais simples e sem o aconchego das suas casas…

Ódio alimentado na péssimas condições carcerárias

Os que o abordam quando Dr. Gerciel chega ou sai de seu escritório, vivenciaram o estado deplorável das instalações carcerárias, com suas celas superlotadas e condições precárias de higiene.

A violência, companheira constante, com presos brigando uns com os outros e até mesmo com os guardas que os mantinham sob custódia, poderiam virar contra ele a qualquer momento.

Por isso, sempre me surpreende a naturalidade como chega e sai.

Já li nos olhos de advogados tão cheios de boas intenções, medo e perda de inocência, quando se depararam com cobranças duras, cheias de ódio e ameaças de integrantes do mundo do crime.

Dr. Gerciel sabe que o sistema prisional do estado continua em um estado de calamidade, e que algo precisaria ser feito para mudar essa situação, no entanto, os anos de estrada ensinaram a separar o idealismo do mundo real.

Ele também sabia que as normas de exceção não escritas, mas aceitas na prática pelo Judiciário, tinham criado um ambiente propício para a formação e fortalecimento das organizações criminosas.

Sonhar é preciso, vive a realidade também é preciso

Nos primeiros anos, quando chega ou sai de seu escritório, Dr. Gerciel refletia sobre como poderia ajudar a mudar essa situação.

Ele sabia que não seria fácil, mas estava determinado a fazer a sua parte para melhorar a vida dos presos e daqueles que trabalhavam no sistema prisional.

Nos anos que se seguiram, Gerciel identificou as áreas mais críticas do sistema prisional e elaborou propostas concretas para melhorar as condições nos cárceres.

Eu, no início da década de 2010, nas páginas deste site, publiquei várias de suas propostas e lutas, mas ele, mais do que eu, sabia que não poderia resolver estas questões.

Comprometido em fazer o possível para criar um futuro melhor para aqueles que estavam atrás das grades, fazia grandes defesas que chamaram a minha atenção.

Ele, e outros advogados trabalharam para pressionar as autoridades a tomarem medidas concretas para melhorar as condições carcerárias e combater a violência dentro do sistema prisional.

LIVRO GRÁTIS NO KINDLE: o surpreendente nas terríveis rebeliões que periodicamente ocupam o noticiário nacional, com suas execuções bárbaras e rituais medievais, não é a eclosão eventual, mas que não ocorram todas as semanas. A chave desse enigma se encontra na pergunta: “De quem é o comando na prisão?”

O motivo das revoltas e rebeliões: as péssimas condições carcerárias

Avaliando hoje, essa última década, desde que acompanho a questão carcerária e o trabalho do Dr. Gerciel, considero que não avançamos.

Se por um lado, o advogado pode ser abordado em frente ao seu escritório sem temer o mundo do crime, por outro há a falta de resultados na luta pela melhoria das condições dos encarcerados.

Não foram as primeiras décadas do século 21 que produziram um mundo menos injusto.

Não foi nesse quarto da história que nos apercebemos que quanto mais apagarmos luzes, mais nas trevas nos encontraremos.

O Dr. Gerciel, em 2010 me chamava a atenção que o sistema carcerário paulista era tido como ultrapassado tanto no aspecto estrutural quanto na política de ressocialização do preso.

As constantes violações dos direitos básicos e fundamentais da pessoa humana é motivo de revoltas, rebeliões e manifestações que, na maioria das vezes, são combatidas com métodos e punições violentas.

Essa prática classificada por um relatório da Organização das Nações Unidas como “tortura sistemática”, teve como ápice o Massacre do Carandiru e a criação do Primeiro Comando da Capital.

Dormindo de boi para criar o PCC 1533

O antigo policial e hoje advogado criminalista ressalta também que o sistema prisional paulista não é uma exceção, pois no restante do país a situação não é muito diferente.

Em alguns estados a situação vivida diz respeito a um verdadeiro “caos”, com presos amontoados, tornando, assim, o ambiente propício à proliferação de doenças como a escabiose em função da superlotação.

Sem espaço suficiente para sequer dormir na “horizontal”, o preso comum, serviçal da cela, dorme muitas vezes em pé, naquilo que os próprios chamam de “dormir no boi”.

Tal expressão, antiga no meio da população carcerária, remete ao fato de que, ao dormir em posição vertical, o preso amanhece com os pés em forma arredondada pelo inchaço, assemelhando a pata do referido bovino.

Nesse ambiente, não há repressão policial que consiga controlar a massa carcerária e o fortalecimento de uma ideologia criminosa.

Enquanto o “cidadão de bem” com sua alma inundada de perversidade moral defende o endurecimento das penas e as condições duras do cárcere.

O resultado prático demonstra o danoso resultado dessa política carcerária, algo que já, há muito, era defendido por Dr. Gerciel e outros defensores dos Direitos Humanos.

LIVRO GRÁTIS NO KINDLE: mais que encarcerados, presidiários estão presos ao crime. Gabriel Michels mistura ficção com essa triste realidade, que faz todo o sentido quando se conhece a história de quem vai parar no Presídio Central. O resultado é uma narrativa forte e que prende o leitor do início ao fim.

O caos e o nascimento da facção PCC

Desta forma, Dr. Gerciel associa o caos do sistema prisional com o nascimento da facção criminosa intitulada Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) no interior dos presídios paulistas.

Tal surgimento é atribuído exatamente ao histórico desrespeito que se pratica contra o preso, não se observando sequer direitos e princípios consagrados mundialmente, como o da dignidade humana.

Segundo ele, esta cultura que marginaliza a população carcerária e não lhe oferece as mínimas condições de ressocialização e posterior inserção no tecido social faz parte de um sistema estruturado com este objetivo.

Sobre o massacre do Carandiru falaram sobreviventes e policiais. Faltava o depoimento dos executados. Esta obra é o relato mediúnico de um dos presos do Carandiru executados no fatídico dia 2 de outubro de 1992…

A expansão da facção PCC para a região do Chaco no Paraguai

Edgar Allan Poe descreve o avanço da facção PCC para a região do Chaco na República do Paraguai e analisa os planos da organização criminosa.

O que pretente a facção PCC para a região do Chaco?

Eis que surge diante de nós uma sombria e sinistra realidade: o Primeiro Comando da Capital, a temida organização criminosa brasileira PCC 1533.

O assustador ataque ao líder PCC Ryguasu em plena capital da República do Paraguai na América do Sul expôs os terríveis planos dos criminosos brasileiros.

Agora, o bando busca expandir suas atividades para a região do Chaco, uma área estratégica para o tráfico de drogas e armas na América do Sul.

Pelo menos é essa a terrível previsão do chefe do Departamento de Investigação de Homicidios da Policia Nacional, Sergio Insfrán.

O Chaco é uma região selvagem, de vastas áreas rurais e de difícil acesso, que oferece a oportunidade perfeita para que organizações criminosas como o PCC se escondam, transportem suas mercadorias ilícitas sem serem detectadas, e façam ataques surpresa aos inimigos onde quer que eles estejam.

Mas por que o grupo criminoso brasileiro estaria interessado nessa empreitada arriscada?

O terrível plano da facção PCC para a região do Chaco

Talvez a resposta esteja na geografia da região, ou em seu potencial como corredor para o tráfico de drogas e outras mercadorias ilícitas.

Ou talvez seja uma questão a guerra entre facções, principalmente com o Comando Vermelho, que também busca controle sobre o tráfico na região.

Mas também, busca se ocultar para fazer ataques de rapina contra os inimigos nativos: clã Clã Insfrán, Clã Rotela, Clã Acevedo, Clã Colón e Clã Orellana.

Seja qual for a verdadeira motivação por trás dos planos do PCC para o Chaco, uma coisa é certa: a atividade criminosa é um mundo complexo e imprevisível, influenciado por fatores que vão desde a política e a economia até as dinâmicas internas das próprias organizações criminosas.

O que nos espera nessa região selvagem e perigosa, só o tempo dirá…

Leia o texto base: Insfrán aseguró que tienen información de que manejan la hipótesis de que habría estado conformando una banda para actuar en el Chaco.

Paraguai declara guerra ao Primeiro Comando da Capital (PCC)

Guerra ao Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) gira em um ciclo de seis anos, que, conforme a númerologia, reflete a perfeição.

Guerra ao Primeiro Comando da Capital — De novo?

Caro leitor, declarada novamente guerra ao Primeiro Comando da Capital dentro do ciclo de 6 anos — afinal, todos amamos a perfeição.


Mario Abdo Benítez, o collorado Marito, Presidente da República do Paraguai voltou ao mesmo discurso de 6 anos, quando o presidente era seu correligionário Horácio Cartes.

Permita-me contar-lhe uma história que ocorreu em uma movimentada semana de abril de 2017, quando a República do Paraguai estava sob a ameaça constante da facção PCC 1533.

A situação era tão grave que o governo decidiu declarar guerra ao grupo criminoso, e a polícia foi ordenada a fazer tudo o que fosse necessário para deter esses malfeitores.

Todas as forças de represão da República do Paraguai passaram a atuar com energia e velocidade: forças políciais, juciário e promotoria de Justiça!

Há onze anos o governo paraguaio agia com rigor

Logo, policiais invadiram três imóveis de um dos líderes do grupo, Alfredo Barreto Guillén, mas apesar de uma ampla operação coordenada pelo setor de inteligência não encontraram nada além da sua esposa, que foi presa.

Outro líder importante, o famoso Carlos Antonio Caballero, foi deportado para o Brasil, enquanto o perigoso criminoso Jarvis Chimenes Pavão deveria seguir o mesmo destino na semana seguinte.

A justiça, por sua vez, condenou três outros integrantes da facção PCC 1533 a penas que variavam entre 9 e 12 anos de prisão por planejarem um assalto que nunca aconteceu.

Apesar desses sucessos parciais das forças do governo naquela semana avassalarora, Gegê do Mangue, o maior articulador das ações internacionais do grupo criminoso brasileiro na América Latina, ainda era desconhecido, apesar de muitos temerem que ele também estivesse no Paraguai.

Onze anos após, o governo promete agir com rigor

Onze anos se passaram desde que a guerra ao Primeiro Comando da Capital foi declarada, e o presidente se viu forçado a admitir publicamente que a situação hoje ainda é preocupante — por sinal, ficou muito pior do que estava.

Temos que reforçar todos os controles. É algo que nos preocupa e obviamente a Polícia está fazendo um esforço enorme para tentar identificar e ter cada vez mais presença e, principalmente, trabalhar com inteligência.

afirmou o Presidente Mario Abdo Benítez

A organização criminosa deixou de atuar apenas nas fronteiras e agora age no coração de Asunción, a capital guarani, obrigando a polícia a redobrar seus esforços e o presidente admitir a derrota perante a organização criminosa.

Sobre o caso Ryguasu, que tanto chama a atenção pública. Marito afirma que não houve omissão ou falta de comunicação entre os órgãos públicos, mas que o criminoso não ainda não tinha nenhuma pena a ser cumprida.

Ryguasu não é o primeiro que morre em Asunción nessa nova etapa do crime organizado na capital paraguaia.

Em 2021, o empresário Mauricio Schwartzman, foi assassinado por pistoleiros que utilizaram armas de guerra, um fuzil calibre 5,56 e uma pistola 9 milímetros.

Em busca da perfeição, o Paraguai declara guerra ao PCC a cada 6 anos

Meu caro leitor, é difícil dizer o que o futuro reserva para à República do Paraguai e sua luta contra a organização criminosa brasileira.

Se houver determinação e inteligência da polícia, aliadas ao apoio do governo e do povo, os criminosos perigosos brasileiros terão que recuar.

No entanto, se a ofensiva do governo falhar novamente, os moradores terão que aprender a conviver com o PCC, como já acontece em São Paulo e em Amambay.

… e daqui a seis anos um outro presidente collorado declarará guerra ao Primeiro Comando da Capital.

leia texto base no Ultima Hora: Marito admite riesgo de avance del sicariato y plantea reforzar control

Por meio de episódios impressionantes, PCC, A FACÇÃO envolve o leitor em uma trama que, muitas vezes, parece saída de um filme de ação. Mas, infelizmente, faz parte da realidade brasileira e do sistema carcerário.

Comparsas mataram o líder da facção PCC no Paraguai Ryguasu?

As investigações apontam que homens ligados ao próprio Ryguasu mataram o líder da facção PCC no pátio do supermercado em Asunción del Paraguay

Decobertos dois dos que mataram o líder da facção PCC 1533

Após rápida e intensa investigação, três homens que mataram o líder da facção PCC foram indentificados.

A polícia paraguaia fez uma grande descoberta no caso do assassinato de Ryguasu, líder da facção criminosa PCC no Paraguai norto no estacionamento de um supermercado em Asunción.

Dois suspeitos, Elias e Aldo, foram presos depois que a polícia encontrou uma van Nissan Frontier Branca sem placa em frente ao Expo MRA no Departamento Central.

A polícia rapidamente ligou o carro à Milner, um secretário de Ryguasu, que fugiu no veículo após o assassinato do chefe levando consigo uma mala.

As evidências encontradas pela polícia sugerem que Elias e Aldo foram os responsáveis pelo assassinato brutal de Ryguasu, e que o secretário pode ter tido um papel importante no planejamento do crime.

O Ministério Público já conseguiu um mandado de prisão contra Milner, natural de Pedro Juan Caballero e está agora trabalhando para reunir mais informações e provas para garantir o fim desse caso que está manchando a imagem das instituições públicas paraguaias.

O caso tem sido acompanhado de perto pela imprensa e pelo público em geral, devido à importância de Ryguasu como líder da poderosa e temida organização criminosa Primeiro Comando da Capital e aos possíveis motivos e desdobramentos no mundo do crime por trás de seu assassinato.

leia artigo fonte no Última Hora: La investigación del homicidio de Ederson Salinas Benítez, alias Ryguasu, supuesto líder del Primer Comando Capital (PCC)

Por meio de episódios impressionantes, PCC, A FACÇÃO envolve o leitor em uma trama que, muitas vezes, parece saída de um filme de ação. Mas, infelizmente, faz parte da realidade brasileira e do sistema carcerário.

Senadora do Paraguai vê corrupção no caso Ryguasu!

A Senadora Desirée Masi do Partido Democrático Progresista del Paraguay afirma que existe indícios que o líder Ryguasu.

O assassinato do PCC Ryguasu em frente a um movimentado supermercado de Asunción no Paraguai provoca uma grande comoção naquele país.

O fato de que a vítima era um integrante conhecido da organização criminosa Primeiro Comando da Capital torna a situação ainda mais alarmante.

A Polícia e a Promotoria de Justiça do Paraguai, cientes da importância do caso, trabalham para resolvê-lo o mais rápido possível.

No entanto, eles enfrentam um grande obstáculo: a aparente falta de progresso em processos anteriores contra outros membros da organização.

Senadora Desirée Masi suspeita de que juízes, promotores de Justiça e investigadores podem estar trabalhando para a facção PCC 1533.

Estamos chegando ao fundo do poço proque aconteceu em um supermercado, porque quando assassinatos que acontecem na fronteira foram normalizados, promotores, juízes e a Polícia têm muito a explicar. Ele era chefe do PCC, foi preso, foi solto por ordem de um juiz e todos os seus registros foram apagados.

… a acentuada fragilidade das forças de segurança explica também a impunidade reinante, assente sobretudo na cumplicidade da classe política, que foi quem abriu as portas ao dinheiro sujo para financiar as suas campanhas e candidaturas, com o pagamento de favores. sua influência nas decisões políticas. Este círculo vicioso completa-se com os criminosos e suspeitos de tráfico de droga a ocuparem assentos no Parlamento Nacional.

Editorial do Ultima Hora

O Câmara do Senado pode ser chamada a intervir pela senadora Desirée, para investigar se há alguma verdade na suspeita de que as forças públicas estão sendo manipulada pela organização criminosa brasileira.

Conforme avançar a investigação, poderá ser descoberta uma rede de corrupção que se estende até os mais altos escalões do governo. Eles enfrentarão resistência de oficiais corruptos, funcionários de todos os órgãos do governo e sofrerão ameaças da organização criminosa..

Mas, afinal, algué crê que os senadores serão capazes de expor a corrupção e provar que a justiça, a polícia e o governo estavam sendo manipulada pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital.

O enredo de mistério e suspense poderá manter o leitor envolvido até o final, com reviravoltas na trama e uma crítica social à corrupção e ao abuso de poder, no entanto, é certo que será encerrado em seu capítulo primeiro, com a prisão dos executores, pela polícia de uma nação que já teve como presidente o maior traficante de cigarros falsificados do mundo e deputados e senadores lavam dinheiro para o grupo criminoso PCC.

…doleiros que atuam em solo paraguaio para os políticos brasileiros na lavagem de dinheiro, também trabalham para o PCC, como seria o caso do senador Dario Messer. Até mesmo o ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes poderia estar trabalhando com a facção através de suas empresas tanto como fornecedor quanto para lavar o dinheiro.

leia artigo base desse artino no El Nacional: Era un jefe del PCC, estuvo preso, fue liberado por una orden de una jueza y le borraron todos sus antecedentes

LIVRO GRÁTIS NO KINDLE! Um livro para ler com medo. É esse o recado que o jornalista Carlos Amorim manda aos leitores de Assalto ao poder, fecho de sua trilogia sobre o crime organizado no Brasil. Depois de dissecar…

Foi assim que tive conhecimento do caso Ryguasu

Essa noite um homem se suicidou aqui em frente ao escritório.

Quando saí para comprar o pão pela manhã me deparo com o corpo pendurado no mastro da bandeira.

Já estava tomando meu café da manhã quando meu sobrinho chegou agitado e carregava consigo um pedaço de papel amassado.

Eu estava certo que ele ia me falar sobre o cadáver em nossa porta…

“Tio Wagner, creio que temos um novo caso para publicar. Você se lembra do homem conhecido como Ryguasu, que acreditávamos ser um dos líderes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital?”, perguntou-me.

Respondi que sim, recordando-me dos rumores que circulavam sobre aquele homem e sua possível relação com o submundo do crime.

“Pois bem, Tio Rick, Ryguasu foi emboscado no pátio de um supermercado em Asunción. Dois homens dispararam 34 tiros contra ele, muitos deles na cabeça e no pescoço, ceifando sua vida. Parece que aquele que muitos consideravam o substituto de Minotauro como líder da facção PCC no Paraguai não era tão intocável quanto se pensava”, explicou meu sobrinho.

Surpreso com a notícia, acompanhei sua pesquisa nas redes de Zap dos integrantes da organização criminosa, onde pudemos constatar a agitação que o assassinato de Ryguasu havia causado. Já os órgãos policiais especulam sobre os possíveis envolvidos no crime, e sobre a relação conflituosa entre Ryguasu e outros integrantes de peso dentro da hierarquia do PCC na Região da Tríplice.

Ele também é considerado parte do grupo que agrediu Francisco Chimenes, tio de Jarvis Pavão, e a advogada Laura Casuso, em Pedro Juan Caballero, departamento de Amambay.

Enquanto meu sobrinho conversava com seus conhecidos na organização, eu me perguntava se a morte de Ryguasu seria o prenúncio de uma nova etapa guerra entre as organizações criminosas no Paraguai. No entanto, meu sobrinho parecia estar focado em algo que eu ainda não conseguia discernir.

“Alguma coisa o preocupa, filhote?”, perguntei.

“Sim, Tio. Este crime não é uma ação isolada. Há algo maior acontecendo nos bastidores, algo que ainda não conseguimos enxergar”, respondeu ele.

Aquelas palavras me deixaram inquieto. Sabia que, quando meu sobrinho estava nesse estado, era sinal de que o caso seria mais complexo do que imaginávamos.

E assim se iniciou mais uma mistério envolvendo membros do Primeiro Comando da Capital. Tudo é possível.

Seria uma ação dos inimigos paraguaios Clã Insfrán, Clã Rotela, Clã Acevedo, Clã Colón ou talvez o Clã Orellana?

Seria um ataque do Comando Vermelho, conhecido grupo arqui inimigo do PCC?

Seria uma disputa de poder entre os líderes do PCC no Paraguai?

Seria a própria facção paulista cobrando uma atitude errada, como já aconteceu com Gegê do Mangue e Paka entre outros?

Seriam policiais que não receberam o que foi prometido ou se sentiram ameaçados pelo líder criminoso?

O pouco que se sabe sobre o caso é o que aparece nas câmeras e o resultado da perícia da munição utilizada.

A balística aponta para a possibilidade que foi com estas mesmas armas que em junho de 2022, tentaram matar Julio Velazquez, filho do ex-prefeito de Zanja Pytã, Ramon Velazquez, em Pedro Juan Caballero, departamento de Amambay.

Amambay 570

leia artigo orininal em El Naciona: Ederson era considerado uno de los nuevos líderes del Primer Comando de la Capital (PCC)

Primeiro Comando da Capital e a Venezuela — qual a ligação?

Venezuela e o Primeiro Comando da Capital deixaram de pertencer ao mundo real para serem personagens de contos de doutrinação atravéz do medo

Primeiro Comando da Capital e a Venezuela: realidade e preconceito

O Primeiro Comando da Capital e a Venezuela são dois ícones contemporâneos do preconceito social latinoamericano.


Prezado Artemiy Semenovskiy,

Escrevo-lhe hoje para expressar minha preocupação com a situação dos imigrantes venezuelanos.

Estes imigrantes refletem, ao meu ver, a mesma realidade de todos os que vivem na periferia de nossa sociedade: das metrópoles às pequenas comunidades.

Assusta-me, no entanto, que alguns estranhem a facilidade como que o Primeiro Comando da Capital tenha tanta facilidade em cooptá-los.

Como você sabe, as desigualdades sociais e econômicas são as principais causas dessa marginalização e criminalidade.

E esta injustiça Social é uma consequência da propriedade privada, que cria uma competição desigual pela riqueza e pelo poder.

Primeiro Comando da Capital e a Venezuela: os outros são o problema

Todos olhamos para a Venezuela negando a triste realidade das periferias sociais de nossos próprios países.

Afinal, a Venezuela é um país em tese governado por um governo de esquerda, só que…

A organização criminosa Primeiro Comando da Capital nasceu e cresceu em uma nação capitalista líder em desigualdade social: o Brasil.

No entanto, preferimos olhar para além de nossas fronteiras, por isso, reproduzo após minha carta a você o artigo do site Insight Crime.

Desta forma, podemos olhar para além do horizonte, para além de nossas fronteiras e de nossas próprias culpas.

Se olhássemos para os migrantes da região norte e nordeste do Brasil, ou das cidades do interior para as capitais, veríamos o mesmo…

… mas olhemos a Venezuela!

Primeiro Comando da Capital e a Venezuela: como reflexo da crise social

O brasileiro Primeiro Comando da Capital, ao lado de outros grupos criminosos como seu aliado venezuelano Tren de Aragua lucram com esta triste crise social.

Para resolver essa situação, seria necessário que o Estado interviesse garantindo a igualdade de oportunidades e renda para todos os cidadãos, independentemente de sua origem social ou econômica.

No entanto, vejo em minha cidade a revolta de amigos e parentes com o governo federal e a CNBB por estarem falando sobre a fome e as desigualdades sociais.

Negamos a realidade mesmo quando salta as muralhas dos presídios para dominar comunidades inteiras: das metrópoles às pequenas comunidades.

Só eliminaremos a criminalidade decorrente da desigualdade econômica e social enfrentando a realidade que preferimos negar.

Bem, anexo ao final desta, o artigo sobre a situação na Venezuela, afinal, o problema é lá e não aqui.

Com um sincero, forte e leal abraço de seu amigo de longa data, lhe desejo paz, justiça, liberdade, igualdade e união.

Wagner do Site

Livre tradução do artigo do site Insight Crime: Venezuelan Migrants Remain Easy Prey for Organized Crime — include large-scale gangs such as Venezuela’s Tren de Aragua and Brazil’s First Capital Command, which are present in several countries in the region

Imigrantes venezuelanos: presa fácil para o crime organizado

Um novo relatório destaca como grupos do crime organizado estão atacando imigrantes venezuelanos.

Esta que é a maior crise de deslocamento da região está se transformando em uma lucrativa oportunidade de negócios para as organizações criminosas.

Mais de 7 milhões de venezuelanos foram deslocados de seu país após uma crise econômica de longo prazo que foi agravada pela pandemia do COVID-19.

Agora, de acordo com um relatório da Plataforma de Coordenação Interagências para Refugiados e Migrantes na Venezuela, esses migrantes estão sendo explorados em pelo menos sete países da América Latina e Caribe: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Aruba e Curaçao.

Aqui, o InSight Crime analisa as conclusões do relatório e analisa os múltiplos perigos que os grupos do crime organizado representam para os imigrantes venezuelanos.

Imigrantes como vítimas do crime organizado

A saída de migrantes venezuelanos oferece aos grupos criminosos oportunidades constantes.

Segundo o relatório, os migrantes são frequentemente recrutados por grupos criminosos e colocados para trabalhar nos escalões mais baixos da organização.

São esses eles que realizam tarefas como a venda de contrabando, sempre nas posições de baixo nível e com maiores riscos.

Além de tudo, os migrantes em interação com outros criminosos ficam vulneráveis a serem vítimas do tráfico humano.

Apesar de um suprimento abundante de vítimas, grupos criminosos começaram a recrutar migrantes de abrigos humanitários que abrigam populações em trânsito, segundo o relatório.

Uma vez recrutados, os migrantes são forçados a trabalhar em toda a cadeia de abastecimento do narcotráfico.

Os migrantes foram forçados a trabalhar colhendo folha de coca e transportando drogas entre os países de barco ou como mensageiros humanos.

Nas cidades, os migrantes são obrigados a vender drogas para poderem sobreviver e pagar os agenciadores a que estão submetidos.

As redes de contrabando humano na América Latina lucraram e se expandiram com a alta demanda por seus serviços na Venezuela.

Esses grupos oferecem “pacotes” que incluem viagens da Venezuela para o Chile ou Argentina e depois para a Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.

Os pacotes também incluem hospedagem, transporte e contrabando por rotas perigosas que cruzam as fronteiras nacionais.

algo como os pacotes pagos por brasileiros para entrarem nos EUA, Japão e Europa e que, por vezes, acabam em morte e escravidão sexual

Imigrantes como vítimas do tráfico humano

Essas zonas também são áreas ativas para redes de tráfico humano, que sequestram migrantes.

Imigrantes venezuelanos foram considerados vítimas de tráfico humano em pelo menos 11 outros países, tanto na América Latina quanto em outros lugares.

Como migrantes não autorizados, as vítimas são incapazes de relatar sua situação ou buscar ajuda, aumentando ainda mais sua precariedade.

A maioria das vítimas do tráfico humano para fins de exploração sexual são mulheres e meninas.

Elas são recrutadas predominantemente por meio de redes sociais e falsas ofertas de emprego para trabalhar em residências particulares, restaurantes ou como cabeleireiros.

Assim que as mulheres chegam ao país de destino, os criminosos pegam seus documentos e as obrigam a prestar serviços sexuais para “pagar” pelo transporte e acomodação.

Algumas vítimas são entregues a grupos como o Tren de Aragua, que as exploram ainda mais.

Os migrantes também são vítimas da exploração do trabalho na indústria agrícola, em trabalhos como colheita, construção e trabalho doméstico em países como Brasil, Aruba e Curaçao.

Imigrantes: quem lucra com a miséria?

Muitos tipos de grupos criminosos lucram com a exploração de migrantes, desde redes transnacionais até clãs locais, segundo o relatório.

Entre os grupos identificados estão o Exército de Libertação Nacional (Ejército de Liberación Nacional – ELN), e grupos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Além destes, organizações criminosas como o Tren de Aragua da Venezuela e o Primeiro Comando da Capital do Brasil.

O relatório revela também a presença de clãs familiares e gangues criminosas menores, algumas de origem venezuelana, e outras da Bolívia, Argentina, Chile e Colômbia.

Enquanto a maioria desses grupos simplesmente aproveita as rotas migratórias que passam por seu território, a pandemia do COVID-19 atuou como um catalisador para o crescimento de grupos criminosos associados ao contrabando de migrantes e ao tráfico de pessoas, incluindo o já mencionado Tren de Aragua, que tem expandido para outros países.

Ainda não se conseguiu estabelecer uma definição sobre terrorismo internacional por convenção nas Nações Unidas. Conceito elástico, em que caberia até o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, é pugnado pelos EUA. Caso vingasse, qualquer movimento separatista armado seria dado como terrorista…

Imigrantes como vítimas da violência: uma estratégia comum

Os migrantes recrutados e explorados por grupos do crime organizado estão expostos a níveis angustiantes de violência, ameaças, desaparecimento forçado e homicídio.

Segundo o relatório, os migrantes venezuelanos são vítimas frequentes de desaparecimentos forçados, sendo as regiões fronteiriças pontos específicos de perigo.

Os traficantes de seres humanos muitas vezes levam as vítimas por rotas perigosas e frequentemente as abandonam.

Alguns desaparecimentos ocorrem em regiões onde grupos armados lutam pelo controle do território, outros em contextos de violência sexual.

O tráfico humano é uma das principais causas de desaparecimento de migrantes, seja como vítimas de exploração laboral em bares em Aruba e Curaçao, ou em áreas de mineração da Bolívia e do Brasil.

Migrantes recrutados por gangues criminosas também correm o risco de serem mortos em confrontos com outras gangues.

Cerca de 1.000 venezuelanos foram assassinados na Colômbia em 2022, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses da Colômbia.

Mortes violentas ligadas a disputas de tráfico de drogas também ocorreram no Brasil, de acordo com o relatório.

E migrantes cujo status os impede de usar o sistema bancário formal foram vítimas de ameaças, violência física ou sequestro por agiotas na Argentina, Bolívia, Brasil e Colômbia.

Livre tradução do artigo do site Insight Crime: Venezuelan Migrants Remain Easy Prey for Organized Crime — include large-scale gangs such as Venezuela’s Tren de Aragua and Brazil’s First Capital Command, which are present in several countries in the region

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