Resumo do PCC: Disciplina e Tabuleiro na organização criminosa

O texto oferece um olhar aprofundado sobre o sistema de “Resumo” do PCC, o Tribunal do Crime da organização criminosa. Ele explica os diferentes degraus da hierarquia e compara esse sistema com o mecanismo de justiça formal brasileiro.

Resumo do PCC explora a estrutura e práticas de justiça dentro do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533). O texto oferece um mergulho na hierarquia e nos métodos e organização do Tribunal do Crime do PCC.

Escrevi diversos textos sobre esse assunto, os principais foram: Quem são os Disciplinas do PCC 1533? Como e onde atuam?, O disciplina da facção PCC 1533 na escola, e Tribunal do Crime do PCC — Reconhecimento Social. No entanto, as mudanças na organização são constantes e muito mudou de lá para cá, e esse texto de hoje pode atualizar um pouco essa visão.

O texto inicia com o resumo de uma entrevista com um integrante da facção, desvendando aspectos internos da organização. A segunda parte transita para uma abordagem acadêmica, onde conceitos e práticas do grupo são analisados e contextualizados. Esta estrutura bifurcada oferece tanto uma visão interna quanto uma análise crítica e acadêmica sobre o PCC.

Convidamos você a explorar este texto que une perspectivas exclusivas e análises acadêmicas sobre a organização criminosa PCC. Sua opinião é valiosa: participe deixando seus comentários no site ou em nosso grupo de WhatsApp. Não deixe de compartilhar em suas redes sociais para fomentar um debate enriquecedor.

Papo Reto sobre o que é Resumo do PCC

Boa tarde, forte abraço então, eu quero falar pra tu, é o seguinte, a “Sintonia do Pé Quebrado” não existe, é o resumo, tá ligado? É o seguinte, é assim. Vou te explicar como funciona. Vou te explicar pra tu que nem um parente meu, o parente meu, ele é irmão, certo? Ele era a sintonia acima dos 14 de São Paulo, entendeu? Ele era a sintonia final, ele que mandava, ele que era do Tribunal do Crime, entendeu?

É assim como funciona: Dá atenção? Dá! Todos os irmãos devem dar atenção, porque é o seguinte, é por isso que já tem os companheiros, os companheiros é pra tá resolvendo os buchichinhos que dá pra resolver. O que dá pra resolver, não é passar adiante pros irmãos, entendeu? O que não pode tá resolvendo não resolve, cavalo do irmão, vai passar pro irmão e irmão vai falar, vai lá, vai resolvendo, entendeu?

A Caminhada dentro da Hierarquia do PCC

Cê tem que tá lá, tá no ciênte, e pra tu chegar num, nisso, você, você recebe um convite, perguntando se você quer se, se você quer entrar pra caminhada, aí vão te padrinhar, entendeu? Aonde você vai virar o disciplina, entendeu? E aí, assim, na hierarquia do comando tem um degrau, tu vai subir no degrau, se tu for um cara que for desempenhando bem, tu pode ir pro setor financeiro do comando, tu pode ir pro recolhe do dinheiro da loja do comando, tu pode trabalhar no contador do dinheiro do comando, entendeu? No setor de empréstimo, e assim vai subir na hierarquia, até chegar onde tá os grandão, entendeu?

3 – … Sabendo que dentro da organização existe uma hierarquia e uma disciplina a ser seguida e respeitada…
10 – Deixamos claro que a Sintonia Final é uma fase da hierarquia do Comando composta por integrantes que tenham sido indicados e aprovados pelos irmãos que fazem parte da Sintonia Final do Comando. Existem várias Sintonias, sendo a Sintonia Final a última instância. O objetivos da Sintonia Final é lutar pelos nossos ideais e pelo crescimento da nossa Organização.
12 – O Comando não tem limite territorial, todos os integrantes que forem batizados são componentes do Primeiro Comando da Capital, independente da cidade, estado ou país, todos devem seguir a nossa disciplina e hierarquia do nosso Estatuto.

Estatuto do Primeiro Comando da Capital

Pé Quebrado, Tabuleiro e Resumo

É, sim, resumo agora, não é mais o bonde do pé quebrado e nem o tabuleiro, agora é resumo se chama. Resumo, tu vai no resumo. O tabuleiro é pra quando tu quer derrubar alguém, tá ligado? Que nem, vou te falar pra tu, vai prestar atenção, que nem o Sintonia, desde o começo do primeiro Sintonia que eu assisti, eu sempre falei pra minha mulher:

Nêga, o traidor é o Mercinho. E ninguém acreditava que o Mercinho era o traidor. Ele que era o traidor, que tava caguetando os caras com as drogas. O tabuleiro é isso, é pra quando tu vai derrubar alguém.

De Buchicho a Papo Mil Graus

É que tem irmão que eu falo pra tu, se for buchichinho baranga, tem irmão que não vai resolver mesmo não, resolve entre vocês mesmo, mas se for uma fita mil graus mesmo, aí tem irmão que resolve sim. Claro que tem. Tem, todo lugar tem irmão pra estar resolvendo. Tu já tem os irmãos da sintonia mesmo pra estar resolvendo esses buchichos, entendeu? Questão de termo de briga, negócio de direito, estuprador, esses cara assim mano, é papo de mil graus. Entendeu?

Julgamento de Jack

O resumo, vai um exemplo, nós pegamos o Jack. O Jack tá lá com nós. Aí, pega a mulher, que foi estuprada, leva no médico, que é particular nosso, faz exame. O exame vai sair na hora, foi estuprada. Aí bate o fio, olha, ela foi estuprada. Aí vai montar o resumo, resumo em cima do que é. Aí vai vir o aval do Sintonia final. Ninguém conhece o Sintonia final, Ele vai dar o aval, a hora para o irmão que vai ter que matar, entendeu? É isso o resumo.

13. Decreto: Para confirmar um decreto a Sintonia tem que analisar com cautela, por se tratar de uma situação de vida. Tem situações que é claro o decreto, como traição, abandono as demais situações como mão na cumbuca, caguetagem e estupros, a Sintonia analisa num contexto geral. Quando um decretado chegar em uma quebrada nossa tem que ser cobrado de bate pronto.

Dicionário do PCC – Regimento Disciplinar da Facção

Resolvendo Buchichinho Baranga

Teve uma briga ali, vai, exemplo, o cara te bateu. Aí tu quer levar no resumo. Vamos no resumo! Mas vai sentar, vou escutar os dois lados da conversa. Escutar o cara e te escutar. Aí eu vou deduzir, vou entender, aí eu vou julgar quem tá errado, quem tá certo. Você tá errado porque você já bateu nele. Você já perdeu a linha. Então é o seguinte, moleque, pega no bloco do bambu aí.

Pingue Pongue

A questão principal, que pode deixar a pessoa fica num pique pogue, é que ela também tem que ter o interesse, né? Porque não adianta tu ir lá falar com o irmão, depois tu não ir mais, entendeu?

Nem Sempre Foi Assim

Antigamente se montava o tabuleiro, não existe mais tabuleiro. Se chama Resumo. Vamos montar o resumo, nós vamos chamar os irmãos, mais um irmão que tu não conhece lá de longe. Aonde o que? Aonde eles vão, vão fazer, vão montar o resumo lá e vão começar. É tipo uma justiça vai, tem o juiz, tem a defensoria pra defender o cara, mas o que o salve que vem é de lá, quem vai conduzir, é um irmão que tu não conhece, que tu nunca viu.

Sentença e Execução

Vai ser assim ó, pode matar, aí vai chegar no sintonia final aqui, e sintonia final vai matar, entendeu? E assim vai indo. Entendeu? O bagulho é assim. E assim vai indo, à alta escala do comando, pássaro. Quando for se desempenhando, tu vai subindo de degrau no comando. Bom, e esquece o bando e o pé quebrado, agora resumo. Entendeu?

Considerações finais do site

A gente ouviu um cara que tá por dentro de tudo no PCC em São Paulo. Ele acredita mesmo na força e nos objetivos da facção. Mas aqui no site, a gente vê que a realidade nas comunidades é outra.

Todo dia a gente recebe informações de diferentes lugares do Brasil e até de São Paulo, mostrando que o PCC não tá forte como dizem. Até no nosso grupo de Zap, a galera fala que a coisa tá diferente na prática.

Apesar do companheiro afirmar que agora é Resumo e não existir mais a Sintonia do Pé Quebrado e o Irmão da Disciplina, nas quebradas ainda continua tudo como era.

Então, dá uma olhada no texto, deixa sua opinião aqui ou no grupo de Zap e compartilha com os amigos pra gente debater mais sobre isso. Valeu!

AH! ABAIXO DAS IMAGENS ESTÃO AS ANÁLISES FEITAS PELO SITE!

Análise Acadêmica do Texto: “Resumo do PCC”

Análise Sociológica

  1. Estrutura de Poder: O texto destaca a existência de uma hierarquia dentro do PCC, que por sua vez reflete questões de estratificação social e poder. Isso é um fenômeno sociológico que pode ser observado em vários tipos de organizações humanas.
  2. Normas Sociais e Regras: O conceito de “resumo” como forma de resolução de conflitos dentro do grupo aponta para um conjunto de regras e normas sociais internas, que servem para regular o comportamento dos membros.
  3. Linguagem e Símbolos: A utilização de jargões específicos (“papo mil graus”, “buchichinho baranga”, “tabuleiro”, etc.) demonstra que o grupo tem seu próprio conjunto de símbolos e linguagem, o que é crucial para a coesão do grupo e a identidade coletiva.

Análise Antropológica

  1. Cultura e Valores: O texto oferece uma janela para a cultura interna do PCC, evidenciando valores específicos, como a lealdade à organização e um código moral próprio, ainda que este esteja em desacordo com as leis e normas sociais mais amplas.
  2. Ritual e Cerimônia: A menção ao processo de “padrinho” para entrada na organização e os procedimentos para “resumos” sugere a existência de rituais e cerimônias que ajudam a fortalecer a coesão do grupo.
  3. Identidade de Grupo: O uso de terminologias próprias e a existência de uma hierarquia rígida contribuem para a construção de uma identidade de grupo distinta, o que é fundamental para a sobrevivência de qualquer organização social.
  4. Sistemas de Conhecimento: O texto também sugere que há um corpo específico de conhecimento que é transmitido dentro do grupo, seja sobre o funcionamento da organização ou sobre como resolver conflitos internos.

Fichamento do Texto

O fichamento a seguir sintetiza os pontos principais do texto sobre o funcionamento interno do Primeiro Comando da Capital, com foco no chamado “Resumo”. O fichamento abrange aspectos sociológicos e antropológicos, fornecendo uma visão geral das estruturas de poder, normas sociais, cultura e valores dentro do grupo.

Título: Estrutura e Funcionamento do Primeiro Comando da Capital (PCC)

Estrutura de Poder

  • Existe uma hierarquia dentro do PCC, onde diferentes “degraus” permitem a ascensão dos membros.
  • A figura do “Sintonia final” é mencionada como uma autoridade que toma decisões finais durante um julgamento, mas que o integrante, irmão, que cumpre essa função não pode ser conhecido dos envolvidos.

Normas Sociais e Resolução de Conflitos

  • A terminologia “resumo” é usada para descrever um processo de resolução de conflitos e julgamentos dentro do grupo.
  • Membros menos hierárquicos são encorajados a resolver questões menores (“buchichinhos”) entre si antes de escalá-las.

Linguagem e Terminologia

  • O grupo usa um jargão próprio, como “papo mil graus” e “buchichinho baranga”, que serve para reforçar a coesão e a identidade do grupo.

Cultura e Valores

  • Lealdade à organização e um código moral próprio são enfatizados.
  • Processos formais como “padrinho” para entrada e “resumos” para resolução de conflitos reforçam os valores e a coesão do grupo.

Rituais e Cerimônias

  • Existe um processo ritualístico para entrar no grupo, onde um membro já existente atua como “padrinho”.
  • Os “resumos” podem ser vistos como cerimônias que regulam o comportamento dos membros e mantêm a ordem interna.

Identidade de Grupo

  • A linguagem, hierarquia e rituais contribuem para uma identidade de grupo distinta.

Questões Éticas e Implicações

  • O PCC, embora opere fora das normas sociais e leis, possui estruturas que refletem princípios organizacionais, sociais e culturais comuns a muitos grupos humanos.

Observações para Futuras Pesquisas e Políticas Públicas

  • Compreender o PCC requer contextualização dentro do tecido social e cultural mais amplo.

O fichamento visa auxiliar na compreensão das complexidades internas do PCC e pode servir como um ponto de partida para futuras pesquisas e análises.

Questões Éticas e Implicações

Ambas as análises destacam que, apesar de operar fora (ou talvez por causa disso) das normas sociais e leis estabelecidas, o PCC possui uma estrutura complexa que reflete muitos dos mesmos princípios organizacionais, sociais e culturais que podem ser observados em outros grupos humanos. Isso levanta questões éticas sobre como entender e abordar tais organizações em pesquisa e políticas públicas, uma vez que elas são tanto produto quanto produtoras da sociedade mais ampla.

É importante contextualizar estas observações no mais amplo tecido social e cultural, não apenas para entender o PCC como uma entidade isolada, mas também para explorar como ele interage com e é moldado pelas forças sociais e culturais mais amplas.

Comparação “Sistema de Justiça” vs “justiça do PCC”

A comparação entre o sistema de justiça formal, como é estruturado pela sociedade brasileira, e o “sistema de justiça” informal descrito no texto sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) oferece uma oportunidade para entender como diferentes estruturas podem surgir para resolver conflitos e manter a ordem social.

Sistema de Justiça Formal

  1. Hierarquia e Organização: Existe uma estrutura bem definida com diversas instâncias, que vão desde os tribunais de pequenas causas até o Supremo Tribunal Federal.
  2. Processo: A legalidade, os direitos fundamentais e o devido processo legal são pilares do sistema.
  3. Transparência: Idealmente, os processos são públicos, e as decisões são publicadas e justificadas.
  4. Imparcialidade: Os juízes são treinados para serem imparciais e basearem suas decisões em leis e provas.
  5. Códigos e Normas: Leis escritas, códigos e constituições fornecem a base para as decisões judiciais.

Sistema do PCC

  1. Hierarquia e Organização: Também existe uma estrutura hierárquica, mas ela é menos formalizada e mais fluida. A figura do “Sintonia final” atua como uma espécie de instância máxima em decisões.
  2. Processo: O processo é menos formal e mais adaptável, mas ainda há uma estrutura – o “resumo” – que serve para resolver conflitos.
  3. Transparência: O sistema é intrinsecamente fechado, destinado apenas aos membros da organização.
  4. Imparcialidade: A imparcialidade é menos clara, pois não há um treinamento formal para aqueles que fazem os julgamentos.
  5. Códigos e Normas: Embora não haja leis escritas, existe um conjunto de regras não formalizadas e um código moral que os membros devem seguir.

Pontos de Interseção e Divergência

  1. Necessidade de Ordem: Ambos os sistemas buscam manter uma forma de ordem social e resolver conflitos, embora através de métodos diferentes.
  2. Hierarquia: Ambos têm níveis de autoridade, mas no sistema formal essa hierarquia é pública e transparente, enquanto no PCC é mais opaca.
  3. Codificação de Leis vs. Códigos Morais: Enquanto o sistema formal é baseado em leis escritas e revisadas publicamente, o sistema do PCC é baseado em normas sociais e códigos morais não formalizados.
  4. Sanções: As penalidades no sistema formal são determinadas por lei, enquanto no sistema do PCC, elas podem ser extremamente severas e irrevogáveis, como a pena de morte administrada sem um sistema de apelação.
  5. Alcance: O sistema de justiça formal tem alcance sobre toda a sociedade, enquanto o sistema do PCC se aplica apenas aos seus membros.
  6. Legitimidade: O sistema de justiça formal é legitimado pelo Estado e, idealmente, pelo consenso social. O sistema do PCC é legitimado apenas dentro dos limites do próprio grupo.

Em resumo, embora ambos os sistemas visem à resolução de conflitos e à manutenção da ordem, eles diferem substancialmente em quase todos os outros aspectos, desde a formalidade e transparência até as bases éticas para o julgamento. É notável que o PCC, mesmo operando fora do sistema formal, tenha desenvolvido suas próprias estruturas complexas para governança e resolução de conflitos, o que aponta para a universalidade da necessidade humana de estrutura social e ordem.

Tribunal do Crime do PCC e a Operação Antígona do GAECO

A parada é o seguinte: contamos aqui o rolê pesado que o GAECO armou pra botar os irmãos do PCC 1533 que participavam do Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital atrás das grades. O corre todo começou lá em 2017 e desenrolou 418 anos de cana pro comando.

“Tribunal do Crime”, cê sabe o que é isso, família? Aquele esquema que o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) usa pra dar um final nos vacilões e nos inimigos. Só que o bagulho foi longe demais em 2017, quando um armeiro do PCC foi decretado em Itu, essa parada foi o estopim pra um corre pesado do GAECO, que montou a tal da Operação Antígona.

Agora a parada ficou séria, família. O Tribunal do Júri em Ribeirão Preto deu o veredito e os irmãos do PCC tão levando 418 anos de cana no total. Isso é o sistema fazendo a roda girar.

Quer saber mais sobre como o crime foi desenrolado e como os irmãos do PCC tão pagando o pato? Chega junto no site, cola no grupo de leitores ou manda uma MP pro mano que escreveu essa fita. Vamo trocar uma ideia sobre esse corre, tamo junto!

Um caso do Tribunal do Crime: 2017

Saca só, irmão, é mais ou menos assim: a parada gira em torno do investigador André de Sorocaba, de olho nos corres do Rodrigo Teixeira Lima. Esse Rodrigo era treta, trabalhava de assessor parlamentar pro Deputado José Olímpio, mas também se metia com um esquema de desmanche de carros e era o armeiro da facção PCC na área de Sorocaba.

O André tava de olho em Rodrigo, acompanhando seu passos, sabendo que tinha mais truta nessa correnteza. Parecia que o Rodrigo tava devendo pra alguém, tinha que se encontrar pra “acertar umas contas”.

Rolou um encontro, depois outro, mas o mano que queria trocar uma ideia com o Rodrigo deu cano nas duas vezes, aí um terceiro rolê foi marcado.

Aí que a fita aperta, mano. Se o sujeito tivesse pedido o endereço, talvez a parada tivesse ficado na moita, mas o cara quis se achar esperto, tentou chegar “no sapatinho”. Daí começou a chover de ligações pro Rodrigo pra encontrar o destino, só que o investigador André tava na escuta.

Desvendando a parada e desmontando o Tabuleiro do Crime

Nessa troca de ideia, o André colou que o Rodrigo ia encarar o Tribunal do Crime pra esclarecer um lance de estupro de uma mina de 13 anos. Em uma das gravações, o cara solta:

A mina que tava comigo já vazou, eu mandei a real pra ela.

Essa foi a última vez que a voz de Rodrigo ecoou no ouvido do investigador, mano. Depois, nada além de silêncio. Não demorou pra acharem o corpo do armeiro do PCC, jogado perto do rio. André, esperto, ligou os fatos e seguiu o rastro do carro até o local onde desapareceu, perto do Tietê, na beira da Estrada Parque em Itu.

Mano, a fita é essa: se o Ratinho RT, o irmão que ia levar o Rodrigo pro Tribunal do Crime, não tivesse se perdido e papagaiando no celular, talvez a parada não tivesse sido descoberta.

André que tinha granpeado o número, passou a fita para o investigador Moacir Cova, que achou a placa do Gol branco do Ratinho pelas câmeras de segurança, então conseguiram descobrir o dono do carro, que levou aos manos do Tibunal do Crime do PCC que iam julgar o suposto estuprador. Derrubaram um por um que nem castelo de cartas.

Aí fechou o ciclo, o Ratinho RT foi identificado pelo investigador Moacir Cova como o disciplina da quebrada. Tudo se encaixou, mas se o Ratinho não tivesse se perdido, talvez ninguém tivesse sido pego, e ele nunca teria sido reconhecido como o irmão disciplina de Itu do Primeiro Comando da Capital, facção PCC 1533. E é assim que funcional.

O Tribunal do Crime: 2023

Agora segura essa: seis dos irmãos do Primeiro Comando da Capital levaram cana dura na Justiça de São Paulo por mandar rolar “Tribunal do Crime” lá em Ribeirão Preto. As penas chegam a mais de 418 anos de cadeia, sacou?

“Esse ‘Tribunal do Crime’, ou ‘Tabuleiro do PCC’, é a parada que a galera organiza pra dar o troco em inimigos ou nos que furam as leis da quebrada. As sentenças vão de uma coça até uma passagem sem volta, conduzida por um Disciplina ou algum irmão de respeito no pedaço.

Operação Antígona contra o Tribunal do Crime do PCC

Essa fita foi revelada pela Operação Antígona, jogada pelo Gaeco, do MPSP, lá em 2017, quando o mano Ratinho tomou um tombo. E olha só, até um assessor de deputado tava no rolo, o que fez a política inteira tremer.

Antígona, que é o nome que o GAECO colou pra operação contra o Tribunal do Crime do PCC, tem a ver com enterrar o cara vivo. Há 2400 anos, Sófocles contou a história de uma mina, filha do Édipo, aquele carinha que se envolveu com a própria coroa, a Jocasta. Depois que ela deu as caras de novo em Tebas, a Antígona foi enterrada viva, lá no subterrâneo, numa caverna, que nem os irmãos do PCC são enterrados no sistema prisional do Brasil. Entendeu o nome?

Na última fase da Operação Antígona foi em março em São Bernardo, mandaram ver em 11 mandados, seis de busca e cinco pra prender os manos. Três integrantes do PCC acusados de botar pra decidir no ‘Tribunal do Crime’ foram para trás das muralhas.

A menor pena foi 51 anos e a maior 102

No ano passado, 2022, sete irmão também caíram por por sequestro, tortura e execução de um condenado pelo Tribunal do Crime. Além de mandar para dentro do sistema mais três dos pesados do crime organizado, os policiais encontraram mais de 11 mil ‘doletas’, uns celulares e um carro.

No fim das contas, a parada de Ribeirão não tinha nada a ver com a de Itu, mas deu força para o GAECO tocar a operação e agora sobrou pra esses nove manos ligados à cúpula do PCC em Ribeirão Preto, os responsas por organizar e mandar ver nos ‘tabuleiros’ de lá.”

No Tribunal de Justiça de São Paulo, os julgamentos foram divididos em cinco júris populares, rolou entre 2021 e 2023. Os irmãos do PCC responderam por homicídio, sequestro, ocultação de cadáver e organização criminosa. Tinha até uma mina entre os condenados. As penas foram de 51 a 102 anos de prisão.

A investigação, encabeçada pelos promotores Marcos Rioli e Giullio Chieregatti Saraiva, começou depois de um vídeo que mostra três irmãos do PCC dando fim a um rival com golpes de podão, uma espécie de facão de lavoura. Entendeu a fita, mano?

H.G. Wells: O Inesperado Julgamento no Pós-Invasão Marciana

Descubra o desdobramento da história de H. G. Wells em um julgamento fictício. Advogados famosos, detetives perspicazes e promotores implacáveis se reúnem em uma batalha judicial sem precedentes.

H. G. Wells, mestre da ficção científica, é o núcleo de nosso relato peculiar. Vamos explorar a controversa questão: o que aconteceria se o narrador de “A Guerra dos Mundos” fosse julgado pela morte do padre?

No segundo parágrafo, somos transportados para dentro da sala de tribunal, observando como lendários personagens literários conduziriam tal julgamento. Poderia Sherlock Holmes, com seu raciocínio afiado, ajudar a esclarecer a verdade? Seria Atticus Finch capaz de defender o indefensável?

Por último, mas não menos importante, este intrigante exercício de imaginação foi originalmente concebido em janeiro de 2012. Agora, trazemos à tona novamente para desvendar suas muitas camadas. Adoraríamos ouvir suas ideias e opiniões, seja nos comentários, no nosso grupo de leitores ou em mensagem privada para mim. Mergulhe conosco nesta viagem pela justiça na obra de H. G. Wells!

H. G. Wells: Narrador de Guerra dos Mundos vai a Julgamento

Nas sombras da literatura, um julgamento se desenrolou, quase esquecido no tempo, uma vez que a normalidade foi retomada após a invasão marciana em “A Guerra dos Mundos”. Um evento que reuniu figuras de renome no mundo da ficção criminal, deixou uma marca indelével na história do direito.

O narrador do fatídico conto, acusado de um crime chocante, o assassinato de um padre, foi levado perante a justiça. Em sua defesa, o inabalável Atticus Finch, famoso por seu senso de justiça e sua habilidade de argumentar contra todas as probabilidades.

Contra ele, apresentando a acusação, o meticuloso inspetor Maigret, conhecido por sua imparcialidade e atenção aos detalhes. Com sua postura calma e metódica, Maigret teceu a acusação com um olhar incisivo para a verdade.

O lendário Sherlock Holmes, com sua mente analítica e suas habilidades de observação sem igual, foi chamado como perito pelo tribunal. O detetive, conhecido por seu compromisso inabalável com a verdade, analisou o caso com sua habitual profundidade.

Rusty Sabich, o promotor de justiça escolhido para este caso intrigante, é amplamente conhecido no meio jurídico por sua tenacidade e inteligência afiada. Ele traz consigo uma reputação de rigorosa busca pela verdade e de uma abordagem meticulosa em cada detalhe da investigação, o que o torna um adversário temível no tribunal.

Este foi o julgamento que se desenrolou, uma sinfonia de argumentos, testemunhos e evidências. Um momento na história onde a ficção e a realidade se fundiram, e a busca pela verdade foi a única constante.

Foram três dias intensos, e eu não pretendo sobrecarregar o leitor com os detalhes minuciosos do processo. Em vez disso, trago aqui um resumo das declarações mais significativas: as palavras do inspetor convocado como testemunha de acusação, o parecer do perito nomeado pelo Tribunal do Júri, além dos argumentos finais tanto do Promotor Público quanto do advogado de defesa.

A Testemunha de Acusação

Inspetor Maigret, com seu olhar penetrante e postura calma, tomou o seu lugar na frente do júri. Sua voz, grave e segura, encheu a sala enquanto ele começava sua argumentação.

“Senhoras e senhores,” começou Maigret, “não estamos aqui para discutir a existência de marcianos ou a razão pela qual eles podem ter vindo à nossa terra. Estamos aqui para tratar do assassinato de um padre e da responsabilidade do réu diante deste fato.”

Maigret, conhecido por sua meticulosa atenção aos detalhes e sua insistência em entender a natureza humana em seus casos, prosseguiu. “Por mais que possamos simpatizar com a situação em que o réu se encontrava, devemos nos lembrar que o medo não justifica a violência. O réu, ao admitir que matou o padre, confessou um crime.”

A descrição de Maigret das evidências físicas presentes no local do crime foram imparciais e detalhadas. “O objeto utilizado para matar o padre, os sinais de luta, tudo aponta para um confronto violento. A evidência, meus senhores e senhoras, é clara.”

“Mas o que devemos considerar,” Maigret concluiu, “é se o réu tinha alternativas naquele momento. Ele poderia ter buscado outro caminho que não resultasse na morte de um homem? Isso, é o que peço que considerem.”

O inspetor Maigret voltou ao seu lugar, deixando um silêncio reflexivo em sua esteira. Ele apresentou seu caso de maneira justa e imparcial, pedindo ao júri que considerasse a gravidade das ações do réu, independentemente do contexto incomum.

Perito do Tribunal do Júri: Sherlock Holmes

Com seu sobretudo característico e seu chapéu de abas largas, o famoso detetive Sherlock Holmes adentrou o tribunal, pronto para apresentar suas observações ao júri. Ele havia sido convocado para esclarecer o enigma envolvendo a morte do padre em “A Guerra dos Mundos”.

“Senhoras e senhores,” começou Holmes, seus olhos afiados varrendo a sala. “Estamos aqui para desvendar a verdade por trás de um incidente perturbador, envolto nas sombras da invasão alienígena e na loucura que se seguiu. O nosso objetivo, no entanto, permanece inalterado, por mais extraordinário que seja o cenário – buscar a verdade.”

“Para analisar este caso,” continuou Holmes, “devo pedir que vocês abram suas mentes para a possibilidade de que o mundo, tal como o conhecíamos, havia sido transformado para além do reconhecimento naquele momento. Estávamos todos imersos no caos, no medo e no desespero – condições sob as quais os julgamentos humanos podem ser severamente prejudicados.”

Holmes então detalhou o raciocínio dedutivo que o levou às suas conclusões. Ele falou sobre a ausência de um motivo claro, a falta de testemunhas oculares, e a improvável possibilidade de premeditação em meio ao caos alienígena.

“Devemos considerar,” disse Holmes, “a intensa pressão emocional e psicológica sob a qual todos estavam operando. Em tais circunstâncias, a capacidade de uma pessoa de tomar decisões racionais pode ser severamente comprometida. O medo, senhoras e senhores, é um predador voraz. Ele se alimenta da nossa sanidade, destruindo a lógica e a razão, deixando apenas o instinto de sobrevivência.”

Finalizando sua apresentação, Holmes enfatizou: “Em face dos fatos e das circunstâncias, é minha conclusão que a morte do padre foi um trágico acidente, resultado do caos e do medo em meio à invasão. Não acredito que existam provas suficientes para concluir que o acusado é culpado de assassinato.”

A sala ficou em silêncio enquanto os membros do júri absorviam as palavras de Sherlock Holmes. Sua análise fria e lógica havia adicionado uma nova camada de complexidade ao caso, deixando todos na sala com muito para ponderar.

Argumento Final do Promotor de Justiça: Dr. Rusty Sabich

Senhoras e senhores do júri, após todas as provas apresentadas, ouvimos a defesa alegar que o acusado, o narrador de “A Guerra dos Mundos”, agiu em legítima defesa diante da suposta loucura do padre. Contudo, peço que não se deixem levar por essa narrativa.

Primeiramente, nós não temos nenhuma testemunha ocular que possa confirmar a alegada perda de sanidade do padre. Todas as alegações de insanidade vêm do próprio narrador, o homem que é acusado de matar o padre. Portanto, é preciso questionar a veracidade de suas alegações.

Além disso, o objeto usado para matar o padre foi encontrado no local, e nossos especialistas confirmaram que ele foi usado com força brutal. Esse nível de violência sugere mais do que apenas uma ação defensiva, mas uma intenção deliberada de causar dano.

Não podemos esquecer que o narrador não procurou ajuda após a morte do padre. Em vez disso, ele fugiu do local. Se ele realmente agiu em legítima defesa, por que não buscar a ajuda das autoridades? Por que se esconder?

Senhoras e senhores do júri, peço que considerem todas essas evidências e dúvidas razoáveis. O narrador de “A Guerra dos Mundos” não é o herói que ele nos fez acreditar que era, mas um homem que tirou a vida de outro de forma brutal. É por isso que peço a vocês que o considerem culpado pelo assassinato do padre.

Argumento Final do Advogado de Defesa: Dr. Atticus Finch

Silêncio completo prevaleceu na sala do tribunal enquanto todos os olhares se voltaram para o advogado de defesa, Atticus Finch, um homem conhecido por sua coragem ao defender os oprimidos. O desafio de hoje era monumental – defender o narrador de “A Guerra dos Mundos”, que estava sob a acusação de um crime grave: o assassinato do padre.

“Senhoras e senhores do júri,” começou Atticus, “este caso é como nenhum outro. Meu cliente é acusado de um crime em circunstâncias além da compreensão de qualquer um de nós. O contexto era de invasão alienígena, pânico e desordem.”

Atticus, então, detalhou a ameaça iminente que todos enfrentaram durante a invasão. Ele descreveu a histeria generalizada, o medo profundo e a luta desesperada pela sobrevivência. “A acusação coloca meu cliente como um assassino, mas eu insto vocês a considerar o cenário apocalíptico no qual esses eventos ocorreram.”

A ausência de testemunhas oculares da suposta loucura do padre foi uma dificuldade para Atticus. No entanto, ele destacou a falta de motivos do seu cliente para assassinar o padre. Ele apresentou a profunda ligação entre o narrador e o padre, retratando a trágica morte do padre como um evento infeliz e involuntário no meio do caos alienígena.

“Diante de ameaças inimagináveis, meu cliente estava lutando por sua vida. O que ele fez não foi um ato de maldade, mas um ato desesperado de autopreservação em meio ao horror da invasão marciana.”

Ao final do seu discurso, o tribunal caiu em silêncio profundo. Todos os presentes estavam conscientes do desafio que pesava sobre o júri. A defesa de Atticus Finch havia, de fato, desafiado todos na sala a questionar o que eles próprios teriam feito, enfrentados com o mesmo cenário de terror e desespero.

O que há por trás do julgamento do Narrador

Com os argumentos todos apresentados, o juiz decretou que os jurados se retirassem para deliberar o veredito. O país respira na expectativa de que este julgamento traga um encerramento à controvérsia fervilhante que se instalou em torno deste caso.

Grupos políticos alinhados às congregações religiosas, auxiliados por um segmento da mídia, provocaram um alvoroço social significativo ao acusar o narrador de exterminar o padre em razão de sua fé.

O narrador, um intolerante religioso?

The Morning Post

Esses grupos sustentam que a vitória sobre os invasores alienígenas não foi o resultado de um vírus, mas sim de um milagre forjado pelas preces de fiéis ao redor do globo.

Deus responde às orações: a vitória é um milagre!

Daily Empire

Contrariando essa visão, encontram-se grupos alinhados à esquerda, que acusam os religiosos de rejeitarem a ciência e de utilizarem o narrador como um bode expiatório. Embora menores em número, esses grupos também conseguiram espaço na imprensa e denunciam os religiosos como mercenários oportunistas que se aproveitam do caos pós-catástrofe.

Igrejas lucram enquanto os pobres sofrem — narrador é apenas cortina de fumaça!

Worker’s Daily

Espera-se que esse julgamento encerre, de uma vez por todas, este debate acalorado. A sentença, em qualquer direção que for, lançará luz sobre a verdade e, assim, poderemos avançar enquanto nação, sem a sombra deste incidente obscurecendo nosso caminho para a recuperação.

A culpa pelo caos do sistema prisional brasileiro e a facção PCC

A culpa pelo caos no sistema prisional brasileiro é resultado de diversos fatores, incluindo injustiça social, falta de oportunidades e superlotação carcerária, criando o calpo perfeito para a presença do Primeiro Comando da Capital e outras organizações criminosas.

Culpa pelo caos no sistema prisional brasileiro é um tema complexo e preocupante; descubra a relação entre injustiça social, falta de oportunidades, superlotação carcerária e a facção PCC 1533.

Culpa pelo Caos: Desvendando os Problemas do Sistema Prisional Brasileiro

Quero compartilhar informações que obtive de Gerciel Gerson de Lima, advogado criminalista da Comarca de Itu no interior paulista, sobre a culpa pelo caos no sistema prisional brasileiro.

Segundo ele, a equação envolve injustiça social, falta de oportunidades e superlotação carcerária.

Primeiro Comando da Capital e facção PCC 1533 são termos que aparecem frequentemente quando se discute a situação das prisões. As informações fornecidas pelo Dr. Gerciel revelam que, em 2021, 682.182 pessoas estavam encarceradas no Brasil, deixando o país em posição de destaque entre os que mais prendem no mundo.

Injustiça Social e Falta de Oportunidades: Ingredientes do Caos

Os problemas do sistema carcerário incluem superlotação, torturas, maus tratos, rebeliões e a presença de grupos criminosos, como o mencionado da organização criminosa Primeiro Comando da Capital.

O advogado paulista explicou que a superlotação é consequência de vários fatores, incluindo o aumento da criminalidade, a atuação eficiente e truculenta da polícia e dos agentes prisionais e um sistema de julgamento excessivamente punitivo.

A condenação de cidadãos por crimes menos graves ou famélicos contribui indiretamente para o problema da superlotação, enquanto a reincidência de presos libertos devido à falta de oportunidades e ao estigma amplia ainda mais a questão.

Repensando a Abordagem do Estado

O criminalista levantou uma questão importante: se o Estado negligenciava sua imagem institucional ao prender e torturar presos políticos, o que esperar do tratamento dado aos que cometeram algum delito?

A resposta é clara: o preso comum enfrenta um sistema prisional retrógrado, desumano e carente de reformas que garantam dignidade ao detento.

Essas informações nos fazem refletir sobre as motivações do crime e a importância de entender o “por quê” e não apenas o “quem”.

Espero que este texto proporcione uma visão abrangente dos pontos discutidos com o advogado criminalista. Estou ansioso para ouvir seus comentários no site, nos grupos de WhatsApp ou através de mensagens privadas.

PCC e o sistema carcerário: um passeio pela história do descaso

O PCC e o Sistema Carcerário: neste texto, revisito a história do sistema carcerário brasileiro, analisando seu descaso, as condições precárias das prisões e sua relação com a desigualdade social no país.

PCC e o sistema carcerário são temas relevantes na sociedade atual; explore conosco essa história de descaso e desigualdade no Brasil levaram a criação da organização criminosa Primeiro Comando da Capital.

O PCC e o sistema carcerário feitos um para o outro

O vídeo “Suas Faces, PCC | Primeiro Comando da Capital – sua origem | O quê Marcola Têm haver com isso?” do Canal Fatos Descobertos aborda a história e origem da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533). O PCC surgiu no sistema carcerário do estado de São Paulo, em 1993, e se expandiu para outros estados, tornando-se uma rede com ramificações em diversas áreas do crime organizado.

Dr. Gerciel Gerson de Lima é um especialista na questão carcerária e seus ensinamentos podem contribuir para a compreensão da origem e do crescimento do PCC.

De acordo com Dr. Gerciel, a superlotação das prisões e a negligência do Estado em relação às condições dos detentos são fatores que contribuíram para a formação dessa organização criminosa. Além disso, o sistema carcerário ineficiente e a falta de políticas de ressocialização também desempenharam um papel importante nesse processo.

Conhecer e debater essas questões é fundamental para que possamos buscar soluções efetivas para enfrentar o problema do crime organizado no país.

E aí, o que você acha dessa situação, gostaria de ouvir sua opinião aqui nos comentários ou nos grupos do site, caso ainda não participe de nenhum grupo se inscreva no link do Zap no começo da matéria? Vamos conversar mais sobre isso e pensar em possíveis soluções?

Desafios iniciais do sistema carcerário

O sistema carcerário em São Paulo já enfrentava problemas desde 1829. Eu descobri que um relatório da época denunciava o espaço físico reduzido e o ambiente abafado na prisão. Outros relatórios apontaram falta de higiene, ausência de assistência médica, alimentação escassa e acúmulo de lixo, mostrando total desrespeito à dignidade humana.

Anos mais tarde, em 1841, outro relatório destacava as péssimas condições da Cadeia de São Paulo. Nuto Sant’Anna chamou a situação de “indecorosa” e “uma verdadeira violação do Código Penal”. Assim, o sistema prisional brasileiro começou sem preocupação com a dignidade do detento ou a questão da ressocialização.

Este estado de cousas porem não é somente indecoroso para um Estado, que alardia de Christão, e de civilizado; é mais: uma verdadeira violação do Código Penal. Ninguem negará, que elle agrava as penas legalmente impostas aos réos, far-lhes soffrer maior soma de males do que a lei respectivamente preestabeleceu para seus crimes; e esses males são o sofrimento moral, e physico de todos os momentos produsido pela impureza do ar; e dos aposentos, a deterioração da saude, e por conseguinte o encurtamento da vida dos presos, males que elles não sofririão, si o estado das Prizões fosse tal, como a Razão, a Constituição o prescrevem, entretanto não é licito que um crime seja punido com penas diversas, ou maiores do que as para elle estiverem decretadas.

Presos e condenados e o descaso histórico e desigualdade social

A propósito, é importante diferenciar os presos dos condenados. Os presos são aqueles que aguardam julgamento, enquanto os condenados já receberam uma sentença definitiva. A manutenção conjunta desses dois grupos tem origem na história do sistema prisional brasileiro.

Eu percebi que o descaso com o sistema carcerário está intimamente ligado à questão social no Brasil. A prisão é, em grande parte, para os pobres, pois raramente alguém com alto poder aquisitivo sofre as mazelas do sistema carcerário. Isso reflete a má distribuição de renda no país, que começou desde a época do Brasil Colônia, caracterizada pela exploração e abismo entre ricos e pobres.

A ascensão de Marcola

Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, é um dos líderes mais notórios do PCC. Marcola ascendeu ao poder na organização após um tempo em que os líderes eram José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roriz da Silva, o Cesinha.

Marcola foi um dos responsáveis por transformar o PCC em uma organização altamente estruturada e lucrativa, expandindo suas atividades para além das prisões e estabelecendo conexões com outros grupos criminosos, tanto no Brasil como no exterior.

A história do PCC e de Marcola são exemplos de como a questão carcerária no Brasil é complexa e exige uma abordagem mais abrangente. Isso inclui políticas públicas voltadas para a melhoria das condições dos detentos, programas de ressocialização e medidas de combate à corrupção e ao crime organizado.

Refletindo sobre o passado

As informações que te contei foram extraídas da dissertação do Dr. Gerciel Gerson de Lima, apresentada na Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP, sob orientação da Professora Doutora Ana Lúcia Sabadell da Silva do Núcleo de Estudos de Direitos Fundamentais e da Cidadania em 2009.

Entender a história do PCC e do sistema carcerário é fundamental para compreender os desafios enfrentados atualmente e buscar soluções que promovam a dignidade humana e a ressocialização dos detentos. Espero que essa conversa tenha te ajudado a entender melhor essa questão.

“Juízes sem rosto”: uma resposta às ameaças da facção PCC

As ameaças do PCC a membros do Judiciário impulsionaram a proposta de “Juízes sem rosto” no Brasil. A medida busca proteger as autoridades, mas levanta questões sobre transparência e responsabilidade.

A proposta de “Juízes sem rosto” e o impacto do Primeiro Comando da Capital na segurança do Judiciário

A proposta polêmica de “Juízes sem rosto” surge em resposta às ameaças do PCC 1533, uma das maiores organizações criminosas do Brasil.

A medida busca proteger os profissionais do Judiciário, mas levanta preocupações com transparência e responsabilidade em um país onde a Justiça nunca foi justa.

Facção PCC 1533 e a segurança das autoridades

A influência do PCC é significativa, pois coloca em pauta a segurança das autoridades. A proposta visa garantir o anonimato dos profissionais, dificultando a ação do PCC e outras organizações criminosas. Porém, questões sobre visibilidade e poder surgem.

Foucault e o poder

Analisando o artigo à luz das ideias de Michel Foucault, a proposta de “Juízes sem rosto” exemplifica o exercício do poder na sociedade moderna. O poder é um fenômeno disperso e presente nas relações sociais, exercido pelo PCC e pelo Estado.

Panopticon e vigilância

A criação de “Juízes sem rosto” pode ser interpretada como uma extensão do Panopticon, garantindo anonimato e vigilância invisível. A proposta levanta questões sobre a relação entre visibilidade e poder, um tema central na obra de Foucault.

Preocupações com transparência e responsabilidade

A proposta de “Juízes sem rosto” traz preocupações sobre transparência e responsabilidade no exercício do poder judiciário. É crucial questionar se a implementação dessa medida pode aumentar o poder estatal sobre os cidadãos e erodir garantias democráticas e direitos individuais.

Conselho Superior do Ministério Público

O procurador de Justiça Antônio Carlos da Ponte, membro do Conselho Superior do MP-SP, defendeu a adoção da estratégia “Juízes sem rosto” no Brasil.

Essa abordagem foi utilizada contra cartéis colombianos e proposta devido às ameaças constantes sofridas pelo promotor Lincoln Gakiya, principalmente após a descoberta de um novo plano de assassinato pelo PCC.

O Conselho Superior aprovou, por unanimidade, uma moção de solidariedade a Gakyia.

texto base: Ameaças do PCC: conselheiro do MP propõe juízes e pomotores sem rosto

Cria do 15 assume assassinato que não cometeu — facção PCC

Nada é tão simples como pode parecer no caso do “Cria do 15 assume assassinato”, mas também não é tão complexo como vou demonstrar.

Ratinho, Cria do 15 assume assassinato de assessor de deputado e líder comunitário

Trago hoje um crime onde um Cria do 15 assume assassinato de um assessor de deputado federal da bancada evangélica.

Francesco Guerra pediu que eu resgatasse essa antiga história que aqui contei em 16 de março de 2017.

Primeiro eu conto o caso como hoje contaria, e na segunda parte coloco o texto original de 2017 com detalhes que hoje eu omito.

O Caso “Cria do 15 assume assassinato”: Estupro, Morte, Política e a Culpa Forjada

Meu caro “Frans do +39”,

Estou relendo um caso bastante complexo e intrincado que pode te interessar que envolve uma série de personagens desonestos e desesperados em busca de vantagens.

Tudo começa com um indivíduo conhecido como Rodrigo, que era líder comunitário, presidente da Associação dos Moradores da Cidade Nova, e ex-assessor do Deputado Missionário José Olímpio.

Mas além de ser essa figura pública admirada também era armeiro da poderosa organização criminal Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

Rodrigo teria cometido um crime terrível ao estuprar “Gabi”, uma garota de 13 anos, durante uma festa regada à álcool e drogas em sua mansão.

Por esse crime ele seria condenado à morte pelo próprio PCC que não tolera esse tipo de atitude.

6 Item:

O comando não admite entre seus integrantes, estupradores, pedófilos, caguetas, aqueles que extorquem, invejam, e caluniam, e os que não respeitam a ética do crime.

Estatuto do Primeiro Comando da Capital — PCC 1533

No entanto, ninguém é condenado no Tribunal do Crime sem ter tido o direito a se defender.

13. Decreto:

Para confirmar um decreto a Sintonia tem que analisar com cautela, por se tratar de uma situação de vida.

Tem situações que é claro o decreto, como traição, abandono as demais situações como mão na cumbuca, caguetagem e estupros, a Sintonia analisa num contexto geral.

Quando um decretado chegar em uma quebrada nossa tem que ser cobrado de bate pronto.

Dicionário do PCC 1533 — Regimento Disciplinar 45 ítens

Pressionada a polícia alguém assume o assassinato

A situação se complica ainda mais quando o Inspetor Moacir Cova é pressionado pela imprensa e por políticos a encontrar um culpado pelo crime.

O Inspetor avisa ao Mundo do Crime que a organização criminosa irá sofrer as consequências se o caso não for esclarecido.

Nesse contexto, a polícia consegue prender um indivíduo chamado “Ratinho RT”, que assume o crime perante o Investigador e o Delegado de Polícia.

Mas qual teria sido a culpa de Ratinho RT?

No entanto, durante o julgamento, o advogado de defesa de Ratinho RT argumentou que ele não foi o responsável pelo crime.

Ele teria sido forçado a assumir a culpa pelo PCC a troco de moral na facção, vantagens para a família e perdão de dívidas.

Ninguém é obrigado a nada pela lei da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, por isso ele teria que aceitar a tarefa.

Agora, o caso se torna ainda mais complicado, já que é necessário determinar a verdadeira identidade do criminoso e o grau de culpa de Ratinho.

Detalhes que podem não ser só detalhes

Eles passaram pelas câmeras de monitoramento às 20:16 e voltaram depois de chegar ao local do julgamento, ouvir o acusado, e executá-lo em menos de dez minutos.

Ata do Tribunal do Júri de Itu

“Eles passaram” — Ratinho não sabe dirigir e a câmera de monitoramento do “portal da cidade” prova que ele estava no banco do passageiro.

Quem pode garantir que o homen que dirigia o carro não foi quem puxou o gatilho?

Ratinho afirma que: foi ele que decidiu executar, que atirou, e que não sabe quem dirigia o carro.

Segundo as regras do Primeiro Comando da Capital, para um sujeito ser executado deve passar pelo Tribunal do Crime com direito a defesa e contraditório.

O assessor acreditou que seria inocentado

Rodrigo seguiu com Ratinho e com o outro indivíduo por vontade própria. Ele tinha certeza que era inocente e acreditava que podia provar.

O assessor de deputado e armeiro do PCC nunca negou que conhecia e tinha relacionamento com a menina e todos ali tinham relações sexuais com ela.

Gabi teria acusado Rodrigo porque ele se recusou a se relacionar com ela, uma amiga da garota que estava naquela noite com ela confirma isso.

O Promotor de Justiça não negou que Ratinho RT foi obrigado pela organização criminosa a assumir o crime, mas afirma que ele cometeu realmente o crime, e teve que se entregar porque não deu o direito de defesa à Rodrigo durante o Tribunal do Crime.

Em um mundo de certezas só restam dúvidas

Meu caro “Franz do +39”

Como um articulista que preza pela lógica e pelo raciocínio dedutivo, estou ansioso para ver você mergulhar mais fundo nesse caso e descobrir a verdade por trás desses eventos.

No entanto, eu temo que haja muitas camadas de engano e subterfúgio que devem ser desvendadas antes que possamos descobrir a verdadeira identidade do culpado.

Resta agora a nós, meu amigo, reunir todas as informações que temos sobre esse caso e analisá-las com cuidado, para que possamos finalmente trazer a justiça que a vítima merece.

E como pode ver, meu caro Franz, um líder comunitário e assessor de um deputado federal da Bancada Evangélica, defensor da tradicional família brasileira e dos cidadãos de bem, dava uma festa em uma mansão regada a bebidas e drogas e nenhum político foi mencionado durante o julgamento.

Atenciosamente,

Wagner do Site

História como publiquei em 16 de março de 2017

Júri condena preso por não cumprir regra do PCC

Se Ratinho RT (Bruno Augusto Ramos) cumpriu a regra do Primeiro Comando da Capital de “sumariar” o acusado Rodrigo antes de executá-lo, eu não sei.

Mas esse foi o foco do debate entre o advogado de defesa e a Promotoria de Justiça, no caso do assassinato de Rodrigo Teixeira Lima.

Rodrigo é líder comunitário, presidente da Associação dos Moradores da Cidade Nova, e ex-assessor do Deputado Missionário José Olímpio.

Cria do 15 assume assassintato: abandonando as ilusões

Graham Denyer Willis em seu livro “The Killing Consensus: Police, Organized Crime, and the Regulation of Life and Death in Urban Brazil” nos convida a abandonar nossas ilusões.

Segundo ele, devemos enfrentar o fato que policiais e facções criminosas mantêm uma normalidade dentro de nossa sociedade.

Existem mecanismos de justiças que não apenas são conhecidos, mas reconhecidos e parcialmente aceitos pela sociedade.

O Cria do 15 assume assinato e foi condenado a 18 anos de prisão, mas restou a dúvida: ele realmente executou a vítima?

Mas o que mais se discutiu no Tribunal do Júri foi se cumpriu as regras da facção Primeiro Comando da Capital ao cumprir a execução.

Os fatos como foram apresentados no Tribunal do Júri:

Gabi, uma garota de 13 ou 14 anos, “ficou” com o Rodrigo em uma das muitas festas que ele promovia e onde álcool e drogas circulavam em abundância, mas ele não estava afim dela e a “chutou para fora”.

Ela também se relacionava com um irmão da facção chamado Zóio da Cidade Nova em Itu, e como não aceitou ter sido desprezada por Rodrigo contaminou Zóio dizendo que tinha sido estuprada.

Zóio teria cuidado ele mesmo, mas foi morto em troca de tiros com a polícia…

… mas o veneno já estava no ar, na boca do povo, e nas redes sociais, daí alguém pediu providência ao Comando para aplicar a Lei do Crime que pune com a morte estupradores.

No entanto, o acusado deve ser “sumariado”, isto é ouvido e julgado pelo Tribunal do Crime, não pode ser uma decisão individual de um integrante.

Foi decidido que Ratinho RT ia “sumariar” Rodrigo e se o Tribunal do Crime decidisse ele seria executado.

Gabi comemora o assassinato de Rodrigo

Quando Rodrigo morreu Gabi comemorou nas redes sociais, mas depois caiu a ficha e viu a besteira que tinha feito.

Ela sabia a caca que fez , é mil vezes certeza que ela não foi estuprada.

palavras do Investigador de Polícia Moacir Cova

Não tinha cabimento o que ela dizia: com ela tinha uma amiga que não quis ficar com o Rodrigo e foi embora e ele não impediu.

Gabi ficou porque quis na casa dele, e lá ele teve todas as chances possíveis de fazer com ela o que quisesse e nada fez.

Ela disse que ele tentou a estuprar no carro quando estava a levando embora, o que não tem lógica.

Outra coisa que chamou a atenção é que o Rodrigo em nenhum momento negou que tivesse ficado com ela e sequer negou o relacionamento.

Rodrigo estranhou que falassem em estupro e confiou que indo dar a sua versão para o Tribunal do Primeiro Comando da Capital tudo ficaria esclarecido.

Não houve julgamento, houve execução

Pelo que os policiais apuraram no caso, Rodrigo não teve tempo de se defender.

Eles passaram pelas câmeras de monitoramento às 20:16 e voltaram depois de chegar ao local do julgamento, ouvir o acusado, e executá-lo em menos de dez minutos.

O companheiro que estava dirigindo declarou que depois que Ratinho e Rodrigo desceram do carro foi o tempo dele manobrar o carro e o cara já estava morto.

Ratinho é um molecão novo querendo subir rápido no Partido. Essa morte tinha que acontecer para ele ser respeitado e parecer poderoso no bairro e no crime.

contou o Investigador Moacir Cova

Quando o Cria do 15 assume assassinato ele ganha respeiro na facção, mas leva de lambuja uma pena de 18 anos pelo assassinato e mais 8 por tráfico de drogas.

Advogado se safa da punição por melar Tribunal do Júri

O advogado Dr. Ivan Hildebrand Romero conseguiu se livrar da punição por ter melado a seção do Tribunal do Júri — a OAB solicitou e conseguiu que o Tribunal de Justiça suspendesse a multa que havia sido imposta.

Para brecar o Julgamento de Adriano Lima, integrante do Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital do Mato Grosso do Sul, o advogado alegou que seu cliente foi prejudicado pois um jurado cochilou e ficaram com seus celulares nas redes sociais durante o julgamento.

Quem acabou com cara de tacho foi o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, que não soube administrar o plenário e tentou jogar nas costas do advogado uma multa de 11 mil e as custas de um novo julgamento.

Para quem não lembra do caso, o Alex ficou devendo dinheiro de droga para Adriano, ele carrega o tal para um mocó conhecido como “Barraco do Vô” na Favela B13 em Campo Grande. Durante os debates, descobriram que além de pegar fiado a droga e não pagar, o moleque ainda vendia para integrantes do Comando Vermelho. Foi esquartejado vivo e seus pedaços foram jogados em um duto de agua ao lado do Condomínio Terras do Golfe. — Geisy Garnes para o Campo Grande News

Marcola, eu, e o português João Pereira Coutinho.

Marcola está preso, eu, por enquanto, não, e o colunista da Folha de São Paulo é estrangeiro. Bem, nossas histórias se cruzam em diversos momentos, apesar dos dois nunca terem ouvido falar em mim, e do fato de João Pereira Coutinho ser mais inteligente do que eu.

Outro dia uma repórter me questionou acerca de quais fontes privilegiadas que me forneceram informações sobre a opinião de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola do Primeiro Comando da Capital PCC 1533, e citando trechos das matérias que redigi. Bem… eu não queria contar, mas…

Ontem, recebi um trabalho feito por Graziela do Lago Maciel, para o Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, no qual ela abre o bico e conta sua fonte (que é a mesma que a minha) então eu já posso revelar meu segredo.

Uma dica: o título do trabalho dela é “Comportamento da Câmara dos Deputados em Relação ao Sistema Penitenciário Brasileiro”, uma análise sobre os projetos votados na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Pois é, minha fonte é a mesma.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); Marcola depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, e a transcrição do depoimento está disponível para qualquer um ler. Só que poucos querem “perdem tempo” fazendo isso. Eu não ira contar a ninguém, mas como Graziela contou, eu conto também.

A mesma repórter insistiu na razão pela qual eu continuo a escrever se não estou ganhando nada com isso. Seria eu um ativista contra a injustiça de nosso sistema carcerário por possuir uma grande massa de negros e pobres? Seria eu um defensor das minorias?

Como aconteceu em quase todas as minhas matérias nos últimos meses, Coutinho me instigou com sua crônica “Direitos das Minorias’ nem sempre respeitam os ‘direitos das maiorias”, e, com isso, ele quase me obrigou a publicar a pesquisa da Graziela.

As minorias que me perdoem, mas não estou nem aí para com elas. Estou mais preocupado com as maiorias que Graziela apresenta em seu trabalho: 99% das pessoas encarceradas no Ceará estão presas há mais de três meses sem terem sido julgadas. E tem muito mais lá!

Enquanto isso, mantemos um sistema que criou a Audiência de Custódia, na qual o preso precisa ser ouvido em até 24 horas após a prisão para ser analisada a legalidade e a necessidade de manutenção da prisão, embora nessa situação o caso em si não seja devidamente analisado.

Pegue ao acaso uma centena de processos criminais e veja quantos defensores, durante o processo, apresentaram fatos que pudessem mudar de verdade o destino dos presos. Vamos ver, me deixe fazer as contas aqui… Quase nenhum!

O sistema foi montado para que o preso fique lá, apodrecendo enquanto espera a audiência que poderá ou não provar sua inocência, afinal, alguém tem que sustentar milhares de advogados criminais (mas eu já tinha falado sobre isso aqui).

Bem, Marcola fala disso o tempo todo, mas ele já está preso, eu, por enquanto, não, e o colunista da Folha de São Paulo é estrangeiro e, sendo muito mais esperto do que eu. prefere falar da opressão da minoria LGBT na Inglaterra em vez da inJustiça no Brasil.
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Guidebook of First Command of the Capital PCC.

The Guidebook of the First Command of the Capital is mandatory for all those who have an interest in the faction, regardless of the level in which it is within the group or if it is outside the system if it belongs to the blood family of those who are inside the walls.

He runs the system through Whatsapp, messages, and is read in courtyards, cells, and meetings as a motivational program for group unity and to demonstrate that the First Command is the legitimate representative of resistance to an oppressive system that prevents insertion of the poorest.

The guidebook explains in detail how the organization works, and how its members should think and act. The Statute and the hornbook are two separate documents. The first is the Code of Right of the PCC, the second is the anti- discourse against an oppressive system and aims to explain and legitimize for its members and for society both the existence of the organization and its acts.

This document was studied by some professionals but I leave here for those who have interest the link of the work of the Postgraduate Program in Social Anthropology of the Federal University of São Carlos: “Ethnography in the Movement: Territory, Hierarchy, and Law in the PCC” de Karina Biondi.

As is to be expected in an oral culture, there are numerous variations, and with each new discovery a new universe and a new portrait of reality is presented, as shown in the hornbook found in Licorice and published in its entirety by the North Tribune .

The version that I present here is the magazine and updated in 2017 and circulates in groups of Whatsaap is a variation of the one divulged by the “general attunement of Mato Grosso do Sul”.

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PROCEDURE FOR READING IN GROUPS.

Initially, the “attunement” that is to be transmitted to the “brothers” and “companions” should respectfully remind everyone that it is only through awareness that PEACE can be achieved, even within the walls, of the difficult environments and situations that faction soldiers And their families are.

Before beginning to read, you must remember that the families of those who are deprived of liberty must be presented to the hornbook, so that they are aware and support the struggle, that life in the prisoner is painful, and to overcome this moment the relatives should be next With conscience, only then will prisoners be able to

The “tuning” must remember that each one must read, analyze, and discuss the hornbook, so that there is a constant evolution of the understanding and the dissemination happens inside and outside each prison unit in all the Brazilian states and in the countries where the faction is presented.

CONSCIENTIZATION, UNION, AND FAMILY.
For a Conscious Generation

What we seek for a better prison system are not perks but innovations, changes and rights as prisoners. Although the road leading to this reality is extremely long, arduous and difficult, no one can postpone the facts of this journey anymore.

The first step begins in raising awareness of our families who suffer from the inequities, inequalities and abandonment in which we live. Together we will fight for the fulfillment of justice and our rights, but for this we will need to be united and mobilized for the construction of a new tomorrow.

This is the evolution for a conscious generation, perfecting our shortcomings, supplying the lack of knowledge, massively supporting us in family 15.3.3 and our family of blood. Thus we overcome our difficulties and conquer what is ours by right.

Not even nuclear weapons can bring a solid and lasting PEACE without humanity facing social injustices. Where there is domination, there will always be a struggle for liberation and an end to oppression. Where there are violations of rights there will always be combat and resistance in the name of EQUALITY, hence the difficulty in maintaining a solid and lasting PEACE.

Therefore our conscious struggle, our motto is PEACE, JUSTICE, FREEDOM, EQUALITY, and UNION.

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CONSCIENTIZATION, UNION, AND FAMILY
Original revised and corrected 2017.

It all started in prison in 1992 with the most barbarous, cruel, and cowardly act: the massacre of 111 detainees in Carandiru, by Military Police Officers under the command of the government and the Public Security Secretariat of the State of São Paulo.

PEACE

Remembering and analyzing the before and the now is enough to know the meaning of this peace:

Previously it was the injustices and oppressions to which all prisoners were subjected by the security organs and the administration of the penitentiary system; The prisoners also faced violence, abuses, cowardice, mischief on the part of other prisoners, the law of the strongest, who could cry the least, rapes, robberies, extortions, unexplained deaths, beatings, and wars between gangs. Most of these abuses, conflicts and cowardice were generated as a result of drugs, the crack, but mainly because of ignorance and lack of awareness of the fight.

Before arriving in prison, apart from the injustices suffered by “Justice”, the prisoner had to fight day by day for his own life and moral risking to kill or to die at any moment. Today through PEACE in jail, the knives were transformed into hooks for the escape, the crack was expressly forbidden in the prisons, the big tricksters prisoners who committed assaults, extortions, rapes, and conflicts were signed, sent to chains of insurance, or they are out Of the reach of the crime that runs in favor of right for sure.

This was one of our first developments in crime for all, and therefore the importance of PEACE and its significance in the Penitentiary System.

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JUSTICE

Justice is the fight in the fight for our rights, for our respect, for everything that in the crime is just and right. To fight for justice, is to commit ourselves to the conquest of our spaces, respecting to be respected. Always conscious in learning, in development, and in complete maturation: body, soul, and heart. Always aiming at our cause: the just fight that we believe and that we live.

FREEDOM

Liberation from dominators, exploiters, and injustices. Freedom from the front door or the back door, and our main goal is what we all in a prison we crave day and night, gain freedom and being on the street we will fight not to lose it.

UNITY

It already exists and would be much more spontaneous if the old guidelines aimed at idealism of the cause in favor of all for better days’ conditions, but instead what they wanted was to take advantage of their loyalty for money for their own use, this greed and selfishness could only lead to a path, the division of thoughts and attitudes, how it could not be different or otherwise, the certain wins and prevails, and was the first part of this division, which the family created, and our main evolution for Crime in general also implanting as a motto the word.

EQUALITY

It is the consolidated and spontaneous meaning of this Union that we have now conquered means the work of all. The Family working as a rotating gear of assistance and assistance to all, of protection for prisoners and relatives, and a knowledge for the fight and for the right and just crime, and it is this Equality that brought us this extraordinary union that so much strengthens us to Survival and overcoming.

Equality also means valuing human life in prison because it was through it that the right to speak and hear truth, wrong and lies was won, and even so that a life is taken only for reasons of serious nature, such as treason or pilanage.

For all this the motto of the First Command of the Capital is Peace, Justice, Freedom, Equality, and Union – PJLIU.

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PERSIST AND RESIST

We do not have time for regrets and negative thoughts, these only serve to weaken our spirit, we have to persist and believe with determination and courage, because our struggle is fair and we have to move forward.

The most difficult moments are not to regret, but rather to strengthen, to overcome, and therefore persist and resist with strength, courage, dignity, manliness and conscience. Remembering that the fight is for everyone. The prisoner who acts contrary to this struggle can not be considered a warrior, or he corrects himself respecting everyone with truth and courage or will find his own ruin.

Without preparation the superiority is not really superiority, so there would be no initiative of its own and no creativity at the moment of crisis. Knowledge can overcome with intelligent actions and unexpected attitudes, surprising the enemy and winning, and therefore the importance of preparation, and awareness.

An army without culture is an army of the ignorant and can not defeat the enemy, and nothing is more important than the understanding, the support, and the loyalty that motivates in all circumstances, whether good or bad, easy or almost insurmountable. With these attitudes we will always be strengthening, but that these attitudes are spontaneous, one for all and all for one.

GOALS AND OBJECTIVES

To achieve through our UNION, together with the support of our families, a humanized prison system that grants our rights in full. After conquering this part, we will fight for the rights of citizenship that will surely be the solution to all prison problems.

The fight for citizenship rights will cover the whole country or it will be a struggle that will start in São Paulo that will have the entire prison system of all states, but to get to this point, we have to move a whole preparation first, per hour We fight for the dignity, respect and rights of the prisoner and for a humanized system.

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FIGHT FOR DIGNITY AND RESPECT

It is to conquer a humanized system in which we respect our rights as prisoners, we want revolution and changes with:

  • medical treatment of humans and not animals, with suitable medicines, competent professionals, dentists who do their job, and do not simply tear our teeth;
  • prisons without overcrowding, with work that gives us an opportunity for professionalization, without the exploitation that exists today;
  • serious vocational courses, with more time and quality for the classes, and recognition in the Teaching Department of diplomas after training;
  • internal and external judicial system with accompaniment of serious and responsible professionals to assist the prisoner and his family;
  • possibility of integration of other people besides our children, brothers, and wives, we have other loved ones who can help us in our rehabilitation, and reintegration into society;
  • the right serve the sentence near our house and our relatives; and
  • end of maltreatment, degrading, inhuman, humiliating, and cruel treatment by officials, directors, and police when making magazines.

When we win our claims, believe me, we will have a better chance of changing our lives with dignity and respect. With these achievements, other descalings and abandonments will also be automatically defeated. All of these changes directly affect our future because as professionals when we get out of prison we will have as our choice paths that will not take us back to criminality.

Inside the prisons with these changes have already begun. Humanization is already beginning there, states and authorities are obliged to supply our needs and respect our rights.

Crime works as an ever-increasing spin, comes and goes faster and more violently. All the efforts that the prisoner makes to recover are annulled by injustice, oppression, punishment, abuse, neglect, and injustice that reside in the prison system, only remaining to the prisoner when leaving to return to the world of crime.

Our relatives who equally suffer the same social injustices by the incarcerated prison system. The family that is there to help us and support because the Brazilian prison system only kills expectations for the future of the prisoner, suffers, and this suffering causes more revolt, more hate, and more violence.

This needs to change, we want respect for our rights, dignity as human beings, and chance of growth, maliciously managing to learn what we do not understand, we can destroy the old world and build a new world with perfection and awareness to become a humanized prison system .

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AUTHORITIES OMISSION

Persons, authorities, and sectors who are directly responsible for giving the professions, conditions, aid and assistance to prisoners and do not cause the rights of prisoners to be respected.

Politicians who promote candidacies based on their discourse on crime and only build prisons as deposits of men, lying to society, saying they are putting an end to crime and solving the problem of overcrowding. They lie shamelessly: state governments, public security secretariats, penitentiary administrations, police and public prosecution services, DENARC, and GAECO.

Politicians who want vows attack us by promoting more injustice and oppression within the prisons, waiting for our reactions and revolt, they appear as saviors of the country, and always using the force and uncontrolled violence inside and outside the prisons to end the revolt they And then they use the power of the media against us, we need to learn urgently to fight the connotation and overcome the forms of strategies that the authorities use against us, so we will overcome them knowing their methods of acting.

Many of the arms that support us are in the Judiciary, through their intellectuality, their coherence, and their wisdom, they try to contain oppression and assert the rights of the prisoners, fighting the overcrowding of prisons by asserting justice for the poor and for The miserable, not only to the wealthy rich.

To the judiciary we ask for justice and respect for our directors, or do not you realize all these persecutions and injustices that we are suffering? That message has to be given within a judiciary.

Many exploit the detainee’s work by taking advantage of cheap labor. We need working tools for our professionalization in a responsible and efficient way. A prisoner stays decades inside the Prison System and when he leaves he does not even have a profession, he does not have a study, he has nothing, how will he compete in the labor market?

The doors close to the one leaving the system, what we have left is the crime again, that has to change. We must demand working conditions and human growth better, if we must fight for these changes, believe the struggle will be fair and valuable do not regret, resist and persist.

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THOSE WHO HURT US

These are the oppressors who lie and exploit through the media, provoke and persecute us and our families, are these people who have the power to change the broken and inhuman prison system, but do nothing for greed and personal interests because they profit from Violence is by power, or by money:

  • Secretaries of Penitentiary Administration,
  • to Secretaries of Public Security,
  • the state governors,
  • the public prosecutor,
  • the judiciary,
  • the executives of the companies that operate our service, and the
  • the directions of the prisons.

They are the ones most responsible for the increase in crime, which with their lies and articulations have taken the prison system and public security to the chaos we are experiencing today.

Clarity to our goal, that the goals activate the conscience of all, we do not want perks but a humanized system for a better future for the whole society, because our families, our children, as well as the families and children of all those who are out Depends on respect for our rights.

But our sacrifices are for the awareness of our struggle, and that has the meaning of everything we fight for and believe that this meaning is by the most beautiful proof of love, freedom, courage and belief in the struggle.

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MINIMIZING THE LOSSES

Bet and believe in the improvement and awareness to reduce the losses in the struggles, to overcome seek to study, seek knowledge and especially seek to learn this new change, this new age.

Accompany the exchanges of political positions: who are these authorities, governments, secretaries of security, prison administration. Always be aware of their policy because they are those directly responsible for the penitentiary system. Expose our difficulties and we will conquer our rights as prisoners using the same weapons they use against us.

Advertising, publicity, the media we will massively express to society, show this forgotten side, in the scene of so many injustices and violence.

DISCLOSURE FOR A BETTER WORLD

Through this union that is already achieved the most powerful weapon and that we have is through our families, together with the awareness we become stronger, although in the long term I affirm, that we achieve everything we want and want, we will massively join with Our families trying in every way to show society the reasons we fight and the reason for our struggle, what we want, and only then will we get the support and sympathy of the society that interests us very much and we care.

We need to make them understand that we are not the monsters that the media purposefully divulge, make everyone aware that we are used and that we want to conquer our rights only and be treated as human beings so we must also understand that for this advertising and disclosure to have effects, We must unite so that society understands our motives and supports us, charging the authorities and the government with provenances and the end of this broken and apprehensive prison system.

Let’s follow the educational, informational, cultural TVs and debates. We will get several names and addresses, the family can also help us to send letters with explanatory texts, our motives what we want to count conscious, and only follow this hornbook as a base, from this the creativity is infinite, but following a line of messages Positive results.

Let our letters be spread by visits and by society, we can also write to various personalities, artists, writers, journalists, players, doctors, sociologists, psychologists, businessmen, colleges, schools, international agencies, consulates, embassies of democratic countries, but All this will be done with democratic determinations and awareness of our needs and for our messages and letters to be accepted, and understood.

We have to send letters telling examples to get space on the radios, and on the television stations. Each of the possible bodies, OAB, pastoral prison, UN, human rights, and the summit that belongs to the “MV Bill.”
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We will have a great chance to change this story.

The unions of penitentiary agents, employees in commerce, services, and industries may also be aware of our struggle, which is not against society but against the system that oppresses them as much as oppresses ourselves.

Our family should behave with consistency and personality, can not tarnish our image while having to expose itself to the maximum, every day and everywhere. Our place is not in the hidden shadows of society, but next to it.

All means of communication should be used: text by manifest, written banners, social networks, but never forget that the messages have to be educational, showing what the book is teaching we have to show society the problems we live

PLANTING A NEW FUTURE

Following this informative and educational letter, we will reflect and analyze what we have achieved through this struggle, and if we unite in this purpose we will have good results, in the written and magazines journals as an awareness of a humanized system, and that respect our rights as prisoners, Giving us the opportunity for human growth, we will have a beautiful and deserved history, because with these renovations and changes, we can consciously choose other paths for our lives and we will be happy together with our families, after the conquest of the humanized system continues the struggle for citizenship .

Analyze and reflect on these two small words: PERSIST and RESIST.

In them lies the greatness of our struggle and the importance of winning, even if they are sacrifices, to resist and fight with courage, loyalty and determination, union and conscience.

That from this new era, seek more knowledge and learning, understanding to understand our problems, mainly to overcome them, fighting everyone equally consciously and responsibly.

DARING, FIGHTING AND WINNING. Awareness raising marriage and family.

Together we will win. – prison population of the country.
FIRST COMMAND OF THE CAPITAL – PCC 15.3.3.

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Manifesto del Primer Comando de la Capital PCC.

La imprimación del Primer Comando de capital es el conocimiento obligatorio para todos los interesados ​​en la facción, independientemente del nivel que se encuentra dentro del grupo o, si fuera del sistema perteneciente a la sangre de los que están dentro de las paredes de la familia.

Corre el sistema a través de WhatsApp, mensajería, y se lee en los patios, las células y reuniones, como un programa de motivación para la unidad del grupo y para demostrar que el Primer Comando es el representante legítimo de la resistencia a un sistema opresivo que impide la inserción los más pobres.

El folleto explica en detalle cómo funciona la organización, y la forma de pensar y actuar de sus miembros. El Estatuto y el folleto son dos documentos distintos. El primero es el PCC del Código, ya que la segunda es contra el discurso de lucha para un sistema opresivo y tiene como objetivo explicar y justificar a sus miembros ya la sociedad tanto la existencia de la organización y sus acciones.

Este documento ha sido estudiada por algunos profesionales, pero lo dejo aquí por aquellos que tienen el interés de la relación de trabajo del Programa de Postgrado en Antropología Social de la Universidad Federal de San Carlos: “Etnografía en Movimiento: Jerarquía Territorio y Ley PCC” de Karina Biondi .

Como es de esperar en una cultura oral, existen numerosas variaciones, y se presenta cada nuevo descubrimiento de un nuevo universo y una nueva imagen de la realidad, como se muestra por el Primer encontrado en el regaliz y publicado en su totalidad por la tribuna Norte .

La versión que aquí presentamos es la revisada y actualizada en 2017 y se distribuyó en grupos Whatzaap es una variación de la divulgada por la “línea general de Mato Grosso do Sul.”

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PROCEDIMIENTO PARA LA LECTURA EN GRUPOS.

Inicialmente, la “línea” que se transmite a los “hermanos” y “compañeros” es con respecto a recordar a todos que sólo la conciencia puede lograrse PAZ, incluso dentro de las paredes de los ambientes y situaciones difíciles que la facción de soldados y sus familias.

Antes de comenzar la lectura debe recordar que las familias de las personas que se encuentran privadas de libertad se presentarán el folleto, por lo que tiene conciencia y apoyar la lucha, que la vida en solitario es doloroso, y para superar este momento miembros de la familia debe ser el siguiente con la conciencia, sólo para que los presos puedan

La “línea” debe recordar que cada uno debe leer, analizar y discutir el folleto, así que hay una evolución constante de la comprensión y la difusión que sucede dentro y fuera de cada unidad de prisión en todos los estados brasileños y en países donde la facción es presente.

PRIMER DE LA CONCIENCIA, UNIÓN,
y la familia. Por una generación consciente

Lo que se busca para un mejor sistema penitenciario no son ventajas, pero las innovaciones, cambios y derechos como prisionero. Si bien es extremadamente larga, ardua y difícil el camino que nos conduce a esta realidad no puede dejar de posponer los hechos de este viaje.

El primer paso comienza en la conciencia de nuestros seres queridos que sufren de negligencia desigualdad injusticia de abandono en el que vivimos. Unidos lucharán por el cumplimiento de la justicia y de nuestros derechos, pero para eso tendrán que estar unidos y movilizados para construir un nuevo mañana.

Esta es la evolución de una generación consciente, el perfeccionamiento de nuestros defectos, el suministro de la falta de conocimiento, nos apoya masivamente en 15.3.3 familia y nuestra sangre de la familia. Así que estamos superar nuestras dificultades y conquistar lo que es nuestro.

No mismas armas nucleares pueden traer una paz sólida y duradera si no se enfrenta la humanidad injusticias sociales. Donde hay dominación, siempre habrá lucha por la liberación y el fin de la opresión. Donde hay violaciónes de los derechos siempre habrá luchando y resistencia en nombre de la igualdad, por lo que la dificultad de mantener una paz sólida y duradera.

Por lo que nuestra lucha consciente, nuestro lema es paz, justicia, libertad, igualdad, y UNION.

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MANIFESTO UNIÓN Y LA FAMILIA
Original, revisada y corregida en 2017.

Se inició en la cárcel en 1992 con el hecho pero brutal, cruel y cobarde: la matanza de 111 presos en Carandiru, por la policía militar a instancias del gobierno y la Secretaría de Seguridad Pública del Estado de Sao Paulo.

PAZ

Recordar y analizar antes y ahora acaba de conocer el significado de esta paz:

Anteriormente, las injusticias y la opresión que todos los prisioneros fueron sometidos por los organismos de seguridad y la administración del sistema penitenciario; prisioneros también se enfrentaron a la violencia, el abuso, la cobardía, ofertas torcidos por otros presos, la ley del más fuerte, que ya no podía llorar menos, violaciones, robos, extorsión, muertes inexplicables, golpes y guerras de bandas. La mayoría de estos abusos, los conflictos y la cobardía, se generaron como consecuencia de las drogas, el crack, pero sobre todo por la ignorancia y la falta de conciencia de la lucha.

Antes de llegar a la prisión, fuera de las injusticias sufridas por la “Justicia”, el prisionero tenía que luchar todos los días para su propia vida y moral arriesgar a matar o morir en cualquier momento. Hoy través de la paz en la cárcel, los cuchillos tranformaram ganchos para el escape, el as estaba prohibido en las prisiones, los presos que cometieron malandrões se firmaron robos, extorsiones, violaciones y conflictos, enviaron a Secure cadenas, o están fuera gama crimen que pasa justo a favor de la derecha.

Ese fue uno de nuestros primeros evolución de la delincuencia hacia todos, por lo que la importancia de la paz y su significado en el sistema penitenciario.

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JUSTICIA

Justicia está luchando la lucha por nuestros derechos, por nuestro respeto por todo el crimen es justo y recto. La lucha por la justicia, es comprometerse con el logro de nuestros espacios, respetando a ser respetado. El aprendizaje siempre consciente, desarrollo y maduración completa: cuerpo, alma y corazón. Buscando siempre nuestra causa: una lucha justa y creemos que vivimos.

LIBERTAD

La liberación de los gobernantes, los explotadores, y la injusticia. La libertad a través de la puerta principal o los fondos, y nuestro principal objetivo es lo que todos buscamos en un día de prisión y la noche, el aumento de la libertad y de estar en la calle luchar para no perderlo.

UNIÓN

Ya existe y sería mucho más espontánea si las viejas directrices estaban destinadas causa idealismo hacia todos a mejores condiciones de días, pero en su lugar lo que querían era tomar ventaja de su lealtad por dinero para su propio uso, esta codicia y el egoísmo sólo podía conducir a un camino, la división de pensamientos y actitudes, como no podía ser de otra manera o de otra manera, las victorias correctas y prevalece, y fue la primera parte de esta división, la familia creó, y nuestro principal a la evolución la delincuencia en general lema también el despliegue de la palabra.

IGUALDAD

Se consolidó y significado espontánea de esta Unión que tenemos hoy ya conquistado significa el trabajo de todos. La familia funciona como una ayuda para la rotación de engranajes y la asistencia a todos, desde el apoyo a los presos y sus familias, y un conocimiento de la lucha y el derecho y el crimen justo, y es esta igualdad que de una manera extraordinaria nos trajo esta unión que tanto nos fortalece para la supervivencia y superación.

La igualdad también significa que el valor de la vida humana en la cárcel porque fue a través de él que se ha ganado el derecho a hablar y escuchar la verdad, el mal y la mentira, y sin embargo, para una vida se toma sólo por razones de carácter grave, como la traición o malversación.

Por todo lo que el lema del Primer Comando de la Capital es la paz, la justicia, la libertad, la igualdad y Unión – PJLIU.

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Persisten y son resistentes

No hay tiempo para lamentos y pensamientos negativos, que sólo sirven para debilitar nuestro espíritu, debemos persistir y creer con determinación y coraje, por eso nuestra lucha es justa y tenemos que seguir adelante.

Los momentos más difíciles son de no llorar, por el contrario es fortalecer, para superar, y por lo tanto persistir y resistir con la fuerza, con valor, con dignidad, con la madurez y la conciencia. Recordando que la lucha es para todo el mundo. El prisionero que actuar en contra de esta lucha no puede ser considerado como un guerrero, o él mismo corrige respetando todo con la verdad y el valor o encontrar su propia ruina.

Sin preparación superioridad no es realmente superior, por lo que no sería propia iniciativa y creatividad incluso en tiempos de crisis. El conocimiento puede ganar con acciones inteligentes y actitudes inesperadas, sorprendiendo al enemigo y ganar, por lo que la importancia de la preparación y el conocimiento.

Un ejército sin cultura es un ejército ignorante y no puede vencer al enemigo, y nada es más importante que la comprensión, el apoyo y la lealtad que motiva en todas las circunstancias, ya sea bueno o malo, fácil o casi insuperable. Con estas actitudes siempre será el más fuerte, pero que estas actitudes son espontáneos, uno para todos y todos para uno.

Objetivos y Metas

Accede a través de nuestra unión, junto con el apoyo de nuestra familia un sistema penitenciario humanizado, para conceder nuestros derechos en su totalidad. Después de conquista es parte, vamos a luchar por los derechos de la ciudadanía que está seguro de ser la solución a todos los problemas de las cárceles.

La lucha por los derechos de ciudadanía cubre todo el país o se trata de una lucha a comenzar en Sao Paulo que contará con todo el sistema penitenciario en todos los estados, pero para llegar a este punto, tenemos que mover toda una primera preparación, por hora lucha es por la dignidad, el respeto y los derechos del prisionero y para un sistema humano.

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Dignidad y respeto para la lucha

Se gana un sistema humanizado a respetar nuestros derechos como prisioneros, que quieren la revolución y cambios con:
el tratamiento médico humano y no como animales con los medicamentos adecuados, los profesionales competentes, los dentistas que hacen su trabajo, y no sólo se limita a arrancar los dientes;

  • sin hacinamiento prisiones con el trabajo que le dan la oportunidad profesional, sin operaciones existentes de hoy en día;
  • graves de golf profesionales, con más tiempo y la calidad de la clase, y el reconocimiento de la Secretaría de Educación de los títulos después del entrenamiento;
  • sistema judicial interna y externa con el acompañamiento de profesionales serios y responsables de la asistencia al detenido y su familia;
  • posibilidad de integrar a las personas que no sean nuestros hijos, hermanos y esposas, tienen otros seres queridos que nos pueden ayudar en nuestra rehabilitación y reintegración a la sociedad;
  • derecho a comprir lápiz cerca de nuestra casa y nuestra familia; y
  • final de los malos tratos, degradante, inhumano, degradante y cruel por los empleados, funcionarios y agentes de policía para hacer las revistas.

Cuando alcanzamos nuestras demandas, créanme, vamos a tener una mayor posibilidad de cambiar nuestras vidas con dignidad y respeto. Con estos logros, otros negligencia y abandono también se acumularán automáticamente. Todos estos cambios afectan directamente a nuestro futuro por eso que como profesionales para salir de la prisión como elegimos caminos que nos pondremos en contacto con el crimen.

Dentro de las prisiones con estos cambios ya han comenzado. La humanización comienza ya existe, se requiere que los estados y las autoridades que pueden proporcionar nuestras necesidades y respetar nuestros derechos.

Delincuencia actúa como una velocidad cada vez mayor, va y viene cada vez más rápido y con más fuerza. Todos los esfuerzos que el prisionero hacer para recuperar son canceladas por la injusticia, la opresión, las penas por abusos por negligencia, el abandono y la injusticia que reside en el sistema penitenciario, simplemente en dejar al prisionero a dejar de volver al mundo de crimen.

Nuestros parientes que sufren igualmente las mismas injusticias sociales por sistema penitenciario inhumano. La familia está ahí para ayudar y apoyo para el sistema penitenciario brasileño sólo mata para el futuro del prisionero, el sufrimiento y el sufrimiento causa más angustia, más odio, más violencia.

Eso tiene que cambiar, queremos respeto de nuestros derechos y dignidad como seres humanos, y la oportunidad para el crecimiento, astutamente logrado aprender lo que no entendemos, vamos a destruir el viejo mundo y construir un nuevo mundo, con la mejora y el conocimiento para convertirse en un sistema penitenciario humano.

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AUTORIDADES desaparecidos

Personas, autoridades y sectores que son directamente responsables de dar profesiones, condiciones, ayuda y asistencia a los presos y no causen se respeten los derechos de los presos.

Los políticos que promueven aplicaciones basan su discurso sobre el crimen y sólo construyen cárceles como depósitos de hombres tendidos a la sociedad, diciendo que están terminando el crimen y resolver el problema del hacinamiento. Mentir descaradamente:

  • gobiernos de los estados,
  • departamentos de seguridad pública,
  • las administraciones penitenciarias,
  • los servicios de inteligencia de la policía y el fiscal,
  • el DENARC y GAECO.

Los políticos que quieren califican de ataque en la promoción de más injusticia y la opresión dentro de las prisiones, a la espera de nuestras reacciones y la ira, que aparecen como salvadores de la nación, y siempre utilizando la fuerza y ​​la violencia desenfrenada dentro y fuera de las prisiones para poner fin a la revuelta que causaron incluso entonces que utilizan el poder de los medios de comunicación en contra de nosotros, tenemos que aprender con urgencia para luchar contra la connotación y superar las formas de estrategias que utilizan las autoridades en contra de nosotros, por lo que la reunión superar sus métodos de actuación.

Muchos brazos que nos apoyan son el poder judicial, a través de su inteligencia, su consistencia, y su sabiduría, tratar de detener la opresión y hacer cumplir los derechos de los presos, la lucha contra el hacinamiento en las cárceles de la aplicación de la justicia para los pobres y los pobres, no sólo para los ricos ricos.

El poder judicial pregunte por la justicia y el respeto a nuestros oficiales, o no se dio cuenta de todas estas persecuciones e injusticias que padecemos? Este mensaje tiene que ser dada dentro de un poder judicial.

Muchos explorar la obra del prisionero aprovechando la mano de obra barata. Necesitamos herramientas que trabajan por nuestro profesionalismo de una manera responsable y eficiente. Un preso es décadas dentro del sistema penitenciario y cuando sale no tiene ni una profesión, no tiene ni un estudio, no tiene nada, ya que competirá en el mercado laboral?

Las puertas se cierran a la de las hojas del sistema, lo que queda es el crimen más, esto tiene que cambiar. Debemos exigir mejores condiciones de trabajo y de crecimiento humano si necesaria lucha para estos cambios, cree que la pelea va a ser justo y valioso no llorar, resistir y persistir.

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LOS DE DAÑO

Estos son los opresores que se encuentran y explotan a través de los medios de comunicación, la causa y nosotros y nuestras familias, estas son las personas que tienen el poder de cambiar el sistema penitenciario en quiebra e inhumano, pero no hacen nada por la codicia y el interés que se benefician de la persiguen la violencia es por el poder, o por dinero:

  • Departamentos de la Administración de prisiones,
  • los Departamentos de Seguridad Pública,
  • los Gobernadores del estado,
  • el fiscal,
  • el poder judicial,
  • ejecutivos de las empresas que explotan nuestro servicio, y cómo prisiones.

Ellos son los más responsables del aumento de la delincuencia, que con sus mentiras y las articulaciones llevó el sistema penitenciario y el caos de la seguridad pública en el que vivimos hoy en día.

Es evidente que nuestro objetivo, que los objetivos activan la conciencia de todos, no queremos privilegios, sino más bien un sistema humano para un futuro mejor para la sociedad, para nuestras familias, nuestros hijos, y las familias y niños de todas las personas que están fuera las paredes depende de respeto a nuestros derechos.

Sin embargo, nuestros sacrificios es la conciencia de nuestra lucha, que tiene el significado de todo lo que estamos luchando y creemos que este significado es la más hermosa prueba de amor, la libertad, el coraje y la convicción de la lucha.

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Minimizando las pérdidas.

Apostar y creer en la mejora y la conciencia para reducir las pérdidas en la lucha por superar tratan de estudiar, buscar el conocimiento y buscar principalmente para aprender este nuevo cambio, esta nueva era.

Seguir el intercambio de cargos políticos: que son: las autoridades, gobiernos, secretarios de seguridad, administración de la prisión. Siempre son conscientes de su política, porque esas son las personas directamente responsables del sistema penitenciario. Exponer nuestras dificultades y por lo tanto la conquista de nuestros derechos como prisioneros utilizando las mismas armas que utilizan contra nosotros.

Publicidad, difusión, los medios de comunicación masiva Expresemos a la sociedad, mostrando ese lado olvidado, en el escenario de tanta injusticia y la violencia.

DIVULGACIÓN DE UN MUNDO MEJOR

A través de esta unión que ya está conquistado el arma más potente y lo que tenemos es a través de nuestra familia, junto con el conocimiento en el más fuerte nos volvemos, aunque dicen que el largo plazo, tenemos todo lo que queremos y anhelamos, nos masivamente que se unan a nuestras familias que buscan todas las formas muestran la sociedad las razones por las que lucha y nuestra lucha, lo que queremos, y la única manera en que recibirán el apoyo y la simpatía de la sociedad que realmente nosotros y nos interesa se refiere.

Debemos hacerles entender que no somos los monstruos que los informes de los medios de comunicación a propósito deje todos conscientes de que estamos acostumbrados y lo que pretendemos sólo para ganar nuestros derechos y ser tratados como seres humanos por lo que tenemos que entender también que para que los efectos de la publicidad y publicación surtirem, tenemos que unirnos para que la sociedad entienda nuestros motivos y nos apoyan, las autoridades y el gobierno orígenes y al final de este sistema penitenciario en quiebra y aprensión de carga.

Haremos un seguimiento de los televisores educativos, informativos, culturales y discusiones. Vamos a tener una serie de nombres y direcciones, la familia también puede ayudar para que podamos enviar cartas con llamadas, nuestros motivos lo que le decimos consciente, y solo sigue este cebador como una base, a partir de esta creatividad es interminable, pero siguiendo una línea de puestos positivo.

Que sus cartas se dan a conocer por las visitas y de la sociedad, también podemos escribir en múltiples personalidades, artistas, escritores, periodistas, jugadores, médicos, sociólogo, psicólogo, negocios, colegios, escuelas, agencias internacionales, consulados, embajadas de países democráticos, pero todo esto se hará con las determinaciones de la democracia y conscientes de nuestras necesidades y de nuestros mensajes y se aceptan cartas, y entendido.

Tenemos que enviar cartas, diciendo ejemplos con el fin de conseguir espacio en la radio y en los canales de televisión. Cada uno de los posibles órganos, OAB, el ministerio de prisiones, de las Naciones Unidas, los derechos humanos, y la cúpula que pertenece a la “MV Bill.”

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Tendremos grandes posibilidades de cambiar esta historia.

La unión guardias de la prisión, los empleados en el comercio, los servicios y las industrias también puede estar al tanto de nuestra lucha no es contra la sociedad, sino contra el sistema que los oprime tanto como oprimir a nosotros mismos.

Nuestras familias deben comportarse con coherencia y personalidad, no puede empañar nuestra imagen al mismo tiempo que tienen que exponerse al máximo, todos los días y en todas partes. Nuestro lugar no se oculta en las sombras de la sociedad, pero al lado de él.

Todos los medios publicitarios deben utilizarse: para el manifiesto de texto, las pistas escritas, las redes sociales, pero nunca olvidar que los mensajes tiene que ser educativos, mostrando lo que el folleto está enseñando q nos muestran los problemas de la sociedad en que vivimos

La plantación de un nuevo futuro

A raíz de esta carta informativa y educativa vamos a reflexionar y analizar lo que obtuvimos a través de que nuestra lucha, y unirse a nosotros de esta manera tenemos buenos resultados en los periódicos escritos y revistas como el conocimiento de un sistema humano, y respetar nuestros derechos como prisioneros en dando oportunidad para el crecimiento humano, vamos a tener un hermoso y merecido la historia, ya que con estas reformas y cambios, puede elegir conscientemente una otros caminos para nuestra vida y ser felices con nuestra familia, después de la conquista de sistema humanizado continúa luchando para la ciudadanía .

Analizar y reflexionar sobre esas dos pequeñas palabras: persistir y resistir.

En ellos son la grandeza de nuestra lucha y la importancia de la victoria, incluso si se sacrifica, resistir y luchar con valor, lealtad y determinación, la unidad y la conciencia.

Que a partir de esta nueva era, buscan más conocimiento y el aprendizaje, la comprensión para entender nuestros problemas, especialmente para superarlos, luchando todos de la misma manera consciente y responsable.

DARE, luchar y ganar. matrimonio conciencia y la familia.

Unión hace la fuerza – la población penal en el país.
PRIMER COMANDO DE LA CAPITAL – PCC 15.3.3.

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Primeiro Comando PCC para americanos e ingleses.

Estamos cheios de pessoas com razão quando o assunto é o Primeiro Comando da Capital que é visto por uns como uma organização satânica e por outros como justos representantes contra os opressores, e isso não é bom.

Karina conseguiu manter seu estudo longe dessas certezas.

A mídia e alguns grupos políticos se comportam como membros de algumas seitas religiosas que insistem em pleno século XXI em exigir as cabeças dos membros das outras seitas religiosas.

A grande massa assiste boquiaberta aos calorosos debates, ora acreditando que a extrema direita deve assumir o poder para queimar os ímpios, ora acreditando que os ímpios são puros e maus são seus opressores de extrema direita.

O professor Jonathan Haidt do departamento de psicologia da University of Virginia aponta em seu trabalho de pesquisa sobre as bases da moralidade nas diversas culturas justamente o crescente do desaparecimento do poder do acadêmico se manter fora dessa disputa e fazer uma análise prudente das questões sociais.

Karina conseguiu manter seu estudo dentro dessa prudência.

Ela demonstra que o PCC não é um grupo de “irmãos batizados” que estão lá unidos com uma finalidade criminosa, são milhares de pessoas criminosas ou não formando uma complexa cadeia que “desafia nossa imaginação sociológica” cujo arranjo da vida social entre os detentos e em relação ao Estado criou algo novo, algo híbrido.
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O PCC ao contrário do que a maioria de seus membros acredita não existiria fora do Estado e do Sistema que não apenas o sustenta mas também o fortalece. Também se opondo a visão da maioria dos estudiosos, Karina afirma que a facção não está dentro dos presídio para substituir ou complementar suas falhas, ele é parte integrante do sistema.

Todos nós temos dentro de nós um  “preconceito inconsciente” e quem aos batem no peito dizendo que não é seu caso sugiro que nas próximas férias visitem o Templo de Apolo em Delfos, e assim como Sócrates aprendam por lá dois dos mais importantes lemas do templo: “conhece-te a ti próprio” e “nada em excesso”.

Karina manteve em seu estudo dentro essas máximas.

Assim ela descreve seu trabalho para CartaCapital:

“Minha pesquisa não oferece uma verdade absoluta. É um ponto de vista entre os inúmeros possíveis. Minha visão sobre o PCC não é nem mais, nem menos verdadeira do que a visão dos juristas, políticos, promotores, policiais. E cada um desses pontos de vista remetem a realidades distintas, todas elas absolutas em suas perspectivas.”

Bem, fica então aqui a sugestão de presente para aquele amigo ou amiga querida que ama a língua inglesa e já superou a fase de Edgar Allan Poe, Arthur Conan Doyle, e Agatha Christie. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Gegê do Mangue condenado a 47 anos e 3 meses.

A condenação imposta a Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, não foi levado a sério por ninguém. A imprensa noticiou mas deu destaque ao escândalo do ator da Globo José Mayer. Vivemos em um mundo de sonhos e ilusões.

Isso é claro e só não vê quem não quer. A condenação de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, prova essa triste realidade: foi feito um show para mostrar que a Justiça funciona, mas nada na rotina do Primeiro Comando da Capital.

Somos crianças que gritam. Temos razão e temos nossas próprias razões, mas nem a realidade nem o PCC estão preocupados com o que pensamos ou gritamos.

O Primeiro Comando da Capital não se abalou com a condenação, assim como Gegê do Mangue não mudou sua rotina e nem perdeu seu sono, mas as crianças sorriram ao ver sua condenação na televisão.

Sei que é desagradável falar assim, sei que muitos sensíveis defensores do Sistema Carcerário se irritarão ao ler esse texto, afinal foi um crime cruel. Gegê foi condenado por duplo homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha.

Ninguém duvida que ele tenha de fato mandado de dentro do presídio matar dois bandidos na favela do Sapé, no bairro do Rio Pequeno, Zona Oeste de São Paulo, é assim que funciona o jogo de poder dentro e fora dos presídios.

O que esse caso provou que a Justiça não funciona.

Nosso Código Penal e nosso Código de Processo Penal foram escrito por advogados para criar um mercado opressor contínuo, que criam dificuldades para depois vender facilidades em seus escritórios, são mais de um milhão de profissionais para alimentar.
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Gegê do Mangue não se incomodou com a condenação pois ela apenas serviu para que o Estado diga que está trabalhando e dê uma satisfação para a sociedade, mas até quando poderão tapar o sol com a peneira?

Os líderes da facção possivelmente agradeceriam àqueles que fortalecem o seu discurso de luta contra os opressores do sistema penitenciário dando um tratamento injusto, sem regalias, apenas com respeito e regras claras.

A maioria da população é pacífica e quer apenas viver, trabalhar e estudar. O discurso do Primeiro Comando é contra a opressão desse sistema que engana a população civil e oprime a carcerária. Os criminosos com o julgamento de Gegê do Mangue novamente saem vitoriosos.

Gegê continua livre e a sociedade agora está mais sedenta de sangue, quer que os de sempre criem ainda mais dificuldades para venderem depois mais facilidades, e assim irá até um ponto de ruptura, e já vimos o que isso significa em 2006 e no Espírito Santo.

Até quando haverão mortes de pessoas de todas as classes para se manter em pé um sistema que só serve para sustentar o próprio sistema? (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

A opressão do sistema penal é culpa dos advogados.

Eu vejo gente morta ─ quem assistiu o filme “O Sexto Sentido” não tem como não se lembrar do momento em que o garoto fala essa frase para Bruce Willis. Como no filme os fantasmas muitas vezes não são quem pensamos.

Pergunta: quem criou e exige que se mantenha esse Código de Processo Penal tão horrendo que apenas o capeta em pessoa pode entender?
Resposta: O próprio capeta.

Rafael Godoi do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo foi voluntário em uma Pastoral Carcerária Católica em penitenciárias do estado de São Paulo e publicou um artigo etnográfico pensando a população presidiária:

“Experiência da pena e gestão de populações nas penitenciárias de São Paulo, Brasil”

O que impressiona na leitura é como ele descreve o desespero do detento que se sente amarrado, perdido, e injustiçado por não saber tempo que irá cumprir de verdade. Por incrível que pareça por vezes nem sabe se foi realmente condenado:

“… somos abordados por vários presos e suas questões: “O que precisa para pedir o extrato? Número de matrícula serve?” Quando nos aproximamos, uma longa fila já está formada. Fátima procura em sua pesada sacola o maço de extratos correspondente ao “raio” em que estamos e o entrega nas mãos do “setor”, que repassa a outro que o leva para a sala da “judiciária”, a fim de organizar a distribuição – um volume grande de presos se dirige para lá…”

A descrição da visita pastoral mais parece a mesa de um escritório de despacho de um advogado público, são dezenas de dúvidas, recontagens de tempo, e apelações. Fica evidente o clima de desespero de homens que não tem ideia de quanto tempo vão cumprir e aonde.

Pergunta: Afinal a quem interessa essa realidade?
Resposta: Ao próprio capeta.
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A cada dia se criam novas regras para abrandar o “injusto” sistema penal, criando mecanismos e mais mecanismos que permitem a defesa do preso, progressões, e benefícios.

O advogado então pode apelar…
O advogado então pode pedir o habeas corpus…
O advogado pode pedir o cálculo da pena…
O advogado para montar o semiaberto…
O advogado pode montar o BI…
O advogado…

Eu ouço gente morta. ─ Como no filme os fantasmas muitas vezes não são quem pensamos, e assim acontece com o sistema penal e carcerário brasileiro: são os advogados que impedem a mudança dessa realidade?

O Primeiro Comando da Capital PCC 1533 luta contra a opressão do sistema carcerário, mas de fato será que sabe quem é o fantasma que está assombrando a comunidade carcerária? Lutam contra o governo, contra as condições do cárcere, contra os policiais e agentes, mas será que de fato esses são os problemas que os afligem?

Quantos familiares e presos não foram iludidos por promessas e mais promessas, resultados possíveis e impossíveis por parte de advogados. Afinal, os advogados não são culpados da lei ser como ela é, ou são? Por quem de fato eles advogam? (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

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