Arquivo de Notícias — PCC 1533 — Fevereiro de 2019

imagem antiga de um arquivista

As principais notícias sobre a facção PCC 1533 Primeiro Comando da Capital no mês de fevereiro de 2019.

28 de fevereiro de 2019

Raphael Costa Sampaio, o Oakley é recapturado

Líder do PCC no Alagoas é preso em Pedro Juan Caballero
UltimaHora → Redação
→ Paraguai — Alagoas
→ Combate à facção

Raphael Costa Sampaio fugiu há anos de uma penitenciária paulista, seguiu para Alagoas onde liderou um núcleo da facção até que em 2016, uma investigação policial conseguiu prender toda a liderança da organização criminosa naquele estado…

“toda” a liderança? Não. Raphael, o PCC Oaklei, que era responsável pelos armamentos da facção conseguiu escapar, pelo menos o último dia 25, quando foi preso na província de Amambay.

Agora como todo bom filho, a casa está voltando. As autoridades paraguaias providenciaram sua deportação e foi entregue hoje para as autoridades brasileiras.

25 de fevereiro de 2019

Diorgenes Victorio e as lições do passado

Políticas criminais e penitenciárias de amadores
Portal Sifuspesp → Diorgeres de Assis Victorio
→ Brasil
→ Sistema Prisional

Diorgeres é alguém que conhece como poucos o sistema prisional brasileiro, ele viveu parte de sua vida nos corredores dos presídios antes de seguir para a vida acadêmica.

Nesse artigo ele analisa os efeitos práticos da transferência dos líderes do Primeiro Comando da Capital para os presídios federais e outras alterações que constam na proposta do Ministro Sérgio Moro e são defendidas por governadores que pensam mais no palanque que na segurança pública (tipo: homicídios aumentam no primeiro mês de João Dória).

Assim como o penitenciarista, quem conhece a mente criminal sabe que é inútil endurecer penas e dificultar os benefícios como a progressão de regime como forma de intimidação não tem a menor possibilidade de influir no modo de pensar e agir dos criminosos.

Mas será possível que quase treze anos após a declaração de sua inconstitucionalidade, o Estado vai querer entupir ainda mais as cadeias, fazendo com que essas pessoas que cometeram crimes hediondos permaneçam mais tempo cumprindo penas no regime fechado? Se anteriormente essa política criminal legislativa não conseguiu inibir o crime, por que agora esses criminosos iriam temer a tal mudança na lei? […] essa “técnica legislativa penal” de endurecer com quem já foi muitas vezes endurecido […] a história já nos mostrou que não funciona. Fico indignado com essas políticas criminais e penitenciárias de amadores.

O Primeiro Comando da Capital surgiu graças a um sistema prisional dirigido por políticos e funcionários públicos que fizeram de nossas prisões, masmorras, nos quais os mais duros criminosos, “acostumados om essa vida de mortes, de torturas, de injustiças, covardias e etc, pois sempre viveram nesse ambiente”, assumissem o controle da massa carcerária em busca inicialmente de uma maior justiça carcerária.

O especialista analisa ponto a ponto as propostas e trás uma retrospectiva de como foi no passado, como está agora, e aonde chegaremos se nossa sociedade continuar a seguir pelos caminhos traçados por essa nova administração.

Ele ironiza várias decisões estapafúrdias tomadas nos últimos dias…

Observando as informações sobre as transferências, verifiquei que o Marcolinha (irmão do Marcola) teria sido transferido para a Papuda. “Mas será o Benedito” que transferiram ele para o local que anteriormente seu irmão teria fundado uma filial do PCC em uma das políticas criminógenas do Estado de SP? Por mais absurdo que seja isso, infelizmente é outra verdade. Na transferência do “Marcolinha” (irmão do Marcola) o transferiram para Brasília, mesmo local onde seu irmão (graças ao Estado de SP) fundou o PLD…

Washington Examiner pede pena capital para PCCs

Membros de facções devem ser executados, afirma jornal americano
Washington Examiner → James N. Iredale
→ Estados Unidos da América
→ Combate a facção

As facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Mara Salvatrucha 13 (MS-13) e o Barrio 18, deveriam ser penalizados como se tivessem tentando tomar o poder.

As facções criminosas tentam controlar territórios e impor suas leis, colocando em risco o Estado Constituído e portanto deveriam responder não como criminosos comuns, mas como terroristas que atentam contra a segurança nacional.

… tornar-se membro de um cartel de drogas, gangues ou outra organização com esse grau de violência, deve ser tratado como um crime capital, pois é uma traição contra o Estado e devem enfrentar a pena de morte.

James N. Iredale

20 de fevereiro de 2019

Facção PCC 1533 e o cartel italiano ‘ndrangheta

Há mais de duas décadas o PCC e a ‘ndrangheta atuam juntas
Il Dispaccio → Redação
→ Itália — Colômbia — Brasil
→ Tráfico internacional

O artigo do periódico italiano traça o caminho da droga da Colômbia à Europa e à Africa, e cita a antiga aliança da facção brasileira Primeiro Comando da Capital e o cartel italiano ‘ndrangheta:

Uma investigação histórica do Ministério Público de Milão, chamada ‘Fortaleza’, demonstra que, no início dos anos 90, Rocco Morabito, conhecido como U’Tamunga, organizou o transporte de centenas de quilos de cocaína do Brasil para a Europa. Para ajudá-lo, o jordaniano Waleed Issa Khamays, uma peça importante no tabuleiro de xadrez do narcotráfico, facilitou o contato direto com o mais poderoso grupo criminoso do Brasil, o Primeiro Comando Capital. Desde a década de 90 até hoje, Khamays nunca interrompeu as relações com a ‘ndrangheta.

Ladrão que rouba ladrão tem mil anos de perdão, ou não.

Ganha um pirulito quem achar onde estão os veículos
abc Color → Redação
→ Paraguai
→ Corrupção policial

“Juro que deixei o carro estacionado aqui!” essa frase que costuma acompanhar pessoas cujo carro não está mais onde deixou, ou por ter estacionado em outro lugar, ou por ter sido levado por criminosos, foi dita (penso eu) pelor um dos policiais responsáveis pela guarda
dos  veículos apreendidos do PCC Minotauro (Sergio de Arruda Quintiliano).

Os seis agentes que ficaram responsáveis pela guarda do galpão não convenceram quando apresentaram um cadeado estourado, um sorriso amarelo e a desculpa que pediram para os superiores licença para saírem de vez em quando do lugar.

O próprio ministro do interior veio a público para dizer que ninguém vai colocar panos quentes em casos de corrupção policial:

Eu tenho que trabalhar com um policiais muito bons e com outros corruptos. E ninguém pode negar esses extremos. E aqui não é sobre confiança, é sobre todo mundo ter que se ajustar o seu comportamento ao que as regras estabelecem. E aqueles que não querem ajustar seu comportamento, têm suas portas abertas para deixar a polícia. E quem acredita que pode ter qualquer comportamento dentro da polícia, então tem que se submeter às regras porque, caso contrário, ele será processado.

Juan Ernesto Villamayor
PCC fica sem liderança após transferência de líderes

Como fica a liderança do PCC e haverá retaliação?
BBC News – Leandro Machado e Luíza Franco
→ São Paulo
→ Sistema Prisional — Organização Criminosa — Segurança Pública

Após a transferência dos líderes da facção Primeiro Comando da Capital, os integrantes da facção nas ruas e dentro dos presídios não conseguiram executar os ataques que estavam previstos.

A ação rápida e articulada das autoridades federais e estaduais de diversos estados, mobilizou dezenas milhares policiais, agentes penitenciários, militares e membros da Justiça e do Ministério Público, e com isso impediu que algum “salve” pudesse ser distribuído para desencadear uma reação dos criminosos.

O promotor de Justiça Lincoln Gakyia(MP-SP), em outras palavras, disse que seguirá o conselho de Sérgio Moro e vai seguir a trilha do dinheiro, tal qual o atual ministro da Justiça fazia quando em Curitiba atuava como juiz (e diferentemente do que faz hoje, quando se cala quando o governo encobre as pistas deixadas pela grana apenas por parentes de políticos).

Apesar de não descartar a possibilidade de ocorrer uma nova onda de ataques como houve em 2006, ele afirma que a ação precisa das forças oficiais quebraram a cadeia de comando da facção paulista impedindo uma resposta.

Ao mesmo tempo em que se transferiam os líderes da facção para os presídios federais, os presídios do estado de São Paulo passavam por revistas e havia transferência de lideranças do segundo escalão entre os próprios presídios estaduais, apenas para desorganizar os núcleos de comando.

Além disso, o promotor paulista afirma que faz tempo que a liderança de Marcola e seu grupo é contestada por membros da facção que estão em liberdade, mas que estes nunca tiveram força para se contrapor a hierarquia da Família 1533, e essa ação do poder público deixou o caminho aberto.

O Primeiro Comando da Capital ainda não é uma organização mafiosa pois não sabe como fazer a lavagem de seu dinheiro, e essa quebra de sua hierarquia enterra de vez a possibilidade de se tornar um cartel internacional

Não é a primeira vez que o promotor de Justiça Lincoln Gakiya vem a público para anunciar que cortou a cabeça da Hidra de Lerna, deixando a facção sem liderança, mas dessa vez, houve uma vitória inegável.

Segundo ele, o governo tem que diminuir a população carcerária ou aumentar o número de vagas para assim retomar o controle do Sistema Prisional que hoje é uma porta de entrada para o crime organizado, se não o fizer, não a situação tenderá voltar a estaca zero.

A desarticulação da cúpula do PCC podo ter em um primeiro momento um efeito colateral…

A liderança enfraquecida terá que disputar o poder dentro e fora das muralhas, com milhares de pequenas lideranças sem estrutura aterrorizando bairros periféricos, que hoje já estão pacificados, e várias regiões seguirão o destino dos morros cariocas, com grupos de milicianos e criminosos disputando o tráfico.

… como no passado, Gakyia pode estar errado e a facção continuar a funcionar novamente sem grandes transtornos, ou talvez tenha tido sucesso. O resultado será visto dentro dos presídios e nas ruas.

A ação rápida e articulada das autoridades federais e estaduais de diversos estados que mobilizou dezenas milhares policiais, militares, agentes penitenciários e membros da Justiça e das Promotorias, impediu que algum “salve” pudesse ser distribuído.

Não é a primeira vez que o promotor de Justiça Lincoln Gakiya vem a público para anunciar que cortou a cabeça da Hidra de Lerna, deixando a facção sem liderança, mas dessa vez, houve uma vitória inegável.

Lincoln em outras palavras disse que seguirá o conselho de Sérgio Moro e vai seguir a trilha do dinheiro, tal qual aquele fazia quando estava em Curitiba e diferentemente do que faz hoje, quando se cala quando o governo tenta encobrir as pistas deixadas (apenas por parentes de políticos).

Apesar de não descartar ainda uma nova onda de ataques como houve em 2006, ele afirma que a ação precisa das forças oficiais quebraram a cadeia de comando da facção paulista impedindo uma resposta.

O sucesso da operação de neutralização da resposta foi possível por que ao mesmo tempo em que se transferiam os líderes da facção todos os principais presídios sofriam intervenção com transferência de lideranças do segundo escalão.

Segundo o promotor paulista, faz tempo que a liderança de Marcola e seu grupo já é contestado por membros da facção que estão em liberdade, mas não nunca tiveram força para se contrapor a hierarquia da Família 1533.

Agora, no entanto, o caminho está aberto, e esses grupos devem colocar as mangas de fora e reivindicar a liderança da facção ou talvez se desvinculem do grupo criando estruturas paralelas.

O Primeiro Comando da Capital ainda não era uma organização mafiosa pois não sabia como fazer a lavagem de seu dinheiro, mas caminhava para chegar a esse nível, tornando-se assim, possivelmente um cartel internacional.

Se o governo tem que, segundo ele, diminuir a população carcerária ou aumentar o número de vagas para assim retomar o controle do Sistema Prisional que hoje é uma porta de entrada para o crime organizado.

No entanto, as ações do poder público e do próprio promotor de Justiça podem ter em um primeiro momento um efeito colateral…

Eu não consigo entender como que o Estado tem a “cara de pau” de se vangloriar com essas transferências, nos tentando induzir a erro fazendo-nos acreditar que isso nunca teria acontecido na vida de membros do PCC e que essas transferências seriam capazes de surtir algum grande efeito. Se o leitor verificar com atenção as datas verificará que os mesmos ficaram distantes anos do Estado de SP e que na verdade isso só lhes trouxe mais poder junto aos presos e a própria organização.

penitenciarista Diorgeres de Assis Victorio

19 de fevereiro de 2019

Marcola transferido para presídio federal em Rondônia

Dúvidas sobre a escolha sobre a nova morada de Marcola
UOL notícias – Aiuri Rebelo, Luís Adorno e Flávio Costa
→ Rondônia
→ Sistema Prisional — Organização Criminosa

Muitos acreditavam que o governo evitaria enviar Marcos Willians Hebas Camacho, o Marcola do PCC, para um dos presídios federais próximos à fronteira, mas foi exatamente isso que aconteceu.

O líder da facção Primeiro Comando da Capital já tem um novo endereço para correspondência, é Presídio Federal de Rondônia, localizado na Rodovia BR 364 Km 44, no Sítio Boa Esperança em Porto Velho, a apenas 160 quilômetros da fronteira com a Bolívia.

A penitenciária de segurança máxima em Porto Velho fica afastada da cidade em área de mata densa. Do lado de fora do presídio, é possível ver que o Exército montou diversos postos de controle de veículos, com obstáculos na pista, e até ninhos de metralhadora calibre .50, de alto poder de destruição, protegidos com sacos de areia.

Além de reforçar o entorno do presídio, o exército também deslocou tropas para fronteira, pois teme-se que a organização criminosa monte uma força tarefa fora do país para fazer o resgate do líder faccioso.

17 de fevereiro de 2019

Brasília teme consequências da transferência de líderes do PCC

PCCs de casa nova – uma nova teia se tece
Metrópoles – Mirelle Pinheiro e Carlos Carone
→ Brasília
→ Sistema Prisional — Organização Criminosa

A mega transferência de líderes do Primeiro Comando da Capital levou à Brasília pelo menos três integrantes, entre eles o irmão de Marcola: Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha; Antônio José Müller, o Granada; e Reinaldo Teixeira dos Santos, conhecido como Funchal ou Tio Sam – não se tem confirmação de outros nomes os outros.

Autoridades policiais brasilienses acreditam que há a possibilidade de criação de núcleos da facção no entorno e confirmam que existem pelo menos quatro áreas que já foram sondadas pelos facciosos para montar suas bases próximas ao presídio federal.

A reportagem do Metrópoles, além de apontar a presença de nuvens no horizonte, faz um retrospecto da organização Primeiro Comando da Capital em Brasília, as ações do poder público que tentaram, até agora em vão, deter o fortalecimento da facção.

Em 2001 com a transferência do líder do PCC para Brasília…

No curto período em que esteve na Papuda, Marcola criou um braço do PCC chamado pelos criminosos de Partido Liberdade e Direito (PLD). Investigadores identificaram que a facção havia sido criada nos mesmo moldes da organização paulista, inclusive em relação às regras contidas em seu estatuto.

Em 2019 com a transferência de líderes do PCC para Brasília…

15 de fevereiro de 2019

Encontrando os amigos no Mc Donald’s

A subcultura criminal do PCC 1533 na prática existe?
site Facção PCC 1533 Primeiro Comando da Capital . org
→ São Paulo
→ Ciências Sociais — Usos e costumes

Moleque que mora na quebrada só conhece a bota do Estado, que quando chega na sua comunidade é para se impor pela força ou extorquir os garotos e os gerentes do corre.

(…) a teoria sociológica da Subcultura criminal (…) identifica seus seguidores como indivíduos que, por não atingirem as metas culturais (poder, riqueza, status social etc), através dos meios institucionalizados (escola, trabalho etc) disponíveis, rompem com o sistema como uma espécie de frustração e acabam por ter a sociedade e o Estado como inimigos, opressores e, consequentemente, corruptos.

Essa garotada entende a linguagem usada na confecção do Estatuto do PCC e do Dicionário do PCC e se identifica com o personagem criado e com os ideias apontados pelos seus idealizadores.

14 de fevereiro de 2019

Transferência de presos no Paraguai

Paraguai manda os integrantes do PCC para Tacumbú
abc Color → Redação
→ Paraguai
→ Sistema Prisional

Os integrantes da facção Primeiro Comando da Capital presos no Paraguai, Valdecir Gonçalves, Ozzil Rizzo De Sá e Sergio Antúnez, foram transferidos para penitenciária de Tacumbú, a mais segura do país.

13 de fevereiro de 2019

A transferência de Marcola e o fim da pacificação

Marcola é transferido para um presídio federal
site Facção PCC 1533 Primeiro Comando da Capital . org
→ São Paulo
→ Sistema Prisional — Organização Criminosa — Segurança Pública

Transferir Marcola para um presídio federal é uma aposta do governador João Dória que tem poucas chances de não lhe ser vantajosa politicamente, se houver reação por parte dos facciosos ele ganhará com o aumento do medo da população que reforçará sua estratégia de combate rígido às organizações criminosas, por outro lado, se não houver uma reação dos criminosos, ele terá demonstrado que venceu a facção criminosa ao enfrentá-la de frente, o que os seus antecessores não tiveram coragem ou falta de senso de fazer.

Para a penitenciária de Brasílias seguiram Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, irmão de Marcola; Antônio José Müller, o Granada; e Reinaldo Teixeira dos Santos, conhecido como Funchal ou Tio Sam, os outros ainda não se tem confirmação.

Arte com o rosto do repórter Rogério Pagnan e do criminoso Marcola do PCC
Rogério Pagnan e Marco Willians Herbas Camacho

Do “Marco Cheira de Cola” ao “Marcola do PCC”
Folha de São Paulo → Rogério Pagnan
→ São Paulo
→ Organização Criminosa

Marcola começou como garoto zica na região do Cambuci no centro de São Paulo, onde batia carteiras para cheirar cola, daí seu apelido de “Marco Cheira Cola”. Passou quase toda a sua vida dentro do Sistema Penal brasileiro: quando menor de idade na antiga FEBEM e quando maior por vários presídios estaduais, até ser agora transferido para um presídio federal.

Apesar de não estar no time de futebol que deu origem a facção e ter tido uma participação pífia naquele momento histórico, ele era amigo de sangue de Cesinha, um dos pais fundadores da facção e integrante da agremiação futebolística, de onde se conclui que tenha sido um dos elaboradores do núcleo inicial.

Pessoas que tiveram contato com Marcola o descrevem como carismático e inteligente, alguém que leu vorazmente, no cárcere, “A Arte da Guerra”, do filósofo chinês Sun Tzu, e obras do poeta italiano Dante Alighieri. Não costuma falar palavrão e é considerado vaidoso —por isso também tem o apelido de Playboy e Bonitão.

Rogério Pagnan
Sistema prisional Argentina caminha para o colapso

As prisões federais argentina caminham para o colapso
InSight Crime → Parker Asmann
→ Argentina
→ Sistema Prisional

A facção brasileira Primeiro Comando da Capital estaria utilizando como base de distribuição de drogas as províncias argentinas de Misiones e Corrientes.

O aumento das apreensões de maconha em 2018 não refletem uma maior capacidade do Estado em combater o tráfico, e sim a expansão das atividades dos grupos criminosos na região.

A política de encarceramento está levando ao colapso o sistema prisional federal argentino, que na região está trabalhando no limite de sua lotação, caminho que parece que será seguido agora pelo Brasil com a federalização se seus criminosos de organizações criminosas.

Análise do Pacote de Segurança de Sérgio Moro

Análise das propostas de Sérgio Moro para a Segurança Pública
RT actualidad → Luna Gámez
→ Brasil
→ Direito Penal — Política de Segurança Pública — Direitos Humanos

Sob o argumento que o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho, entre outras organizações criminosas, devem ser controladas, o Ministro Sérgio Moro está propondo uma série de medidas para seu efetivo combate.

Entre os argumentos prós e contras, a repórter Luna Gámez destaca quem de fato ganha e quem perderá nessa queda de braço, assim como aponta os acertos, falhas e até contradições da proposta:

Entre outras propostas, o Ministro da Justiça propõe para endurecer as penas para porte de armas ilegalmente, que, enquanto seria um passo lógico contra o crime, apresenta uma incoerência política após Bolsonaro ratificado em 15 de janeiro um decreto para facilitar acesso às armas, uma das principais promessas de sua campanha.

Luna Gámez

11 de fevereiro de 2019

FDN perde uma tonelada de drogas na Colômbia

FDN busca rota alternativa ao Solimões
El Espectador → Elaboração Judicial
→ Amazonas — Colômbia — Venezuela
→ Guerra entre facções — Crimes transnacionais — Tráfico de drogas

Com a apreensão de uma tonelada de maconha em Bogotá da facção Família do Norte (FDN), as autoridades colombianas divulgaram o resultado de suas investigações desvendando uma nova rota de entrada de drogas pelo norte do Brasil passando pela Venezuela .

O esquema foi descoberto quase por acaso. Os FDNs entraram como turistas para visitar a feira de Cali, mas chamaram a atenção por “sua aparência de gângster”: se hospedarem em hotel de alto luxo e contratar prostitutas.

Segundo o que foi apurado pelas autoridades, Gelson Carnaúba (Mano G) da FDN teria enviado os três integrantes ao departamento de Cauca para negociar uma nova rota permanente de drogas que partiriam da da Zona Sul de Bogotá para Vilavicencio, de lá para Pueto Gaitán, seguindo daí pelo rio Meta até Puerto Carreño no departamento de Vichada, e de lá entraria na Venezuela pelo rio Orinoco para só então seguirem para o Brasil.

A negociação da Família do Norte se deu com o Orejas, um dos líderes da organização criminosa Los Pelusos de Corinto que está disputando com os resistentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) o comércio das drogas.

Bons tempos em que a Rota do Solimões era um caminho seguro para a importação de drogas por parte da Família do Norte. O Primeiro Comando da Capital investiu pesado em acordos com os piratas que atuam naquela área e enviou pessoal próprio para dificultar o acesso da facção inimiga, que agora procura caminhos alternativos.

9 de fevereiro de 2019

El fiscal Marcelo Pecci

O envolvimento do PCC na morte da advogada do CV
att.net → Agencia EFE
→ Paraguai
→ Crimes transnacionais

O promotor de Justiça Marcelo Pecci confirma que existe a possibilidade do envolvimento do Minotauro do PCC (Sérgio de Arruda Quintiliano) com o grupo de 15 pessoas presas essa semana e que teriam matado a advogada Laura Casuso, defensora de Marcelo Piloto do CV e também de Javis Chimenes Pavão do próprio PCC.

7 de fevereiro de 2019

Operação Yin Yang em MS

Megaoperação de combate ao PCC em MS
Campo Grande News → Viviane Oliveira, Bruna Pasche e Geisy Garnes
→ Mato Grosso do Sul
→ Combate à facção – Sistema prisional

A maioria dos mandados de prisão e busca foram para suspeitos que já estavam presos em penitenciárias de Campo Grande e do interior sul-mato-grossense.

Os alvos eram os integrantes do Primeiro Comando da Capital que mantinham contato de dentro de diversos presídios com as equipes que estavam em campo.

Uma das novidades apresentadas por essa Operação foi a informação que a facção trabalha com depósitos utilizados como reserva estratégica para emprestar para biqueiras e distribuidores no caso de haver atraso na entrega de encomendas, evitando assim o desabastecimento e o desconforto do cliente.

5 de fevereiro de 2019

PM Força Tática apoia PCC nas quebradas

53 PMs presos por trabalhar com PCC
R7 São Paulo → Kaiaque Dalapola
→ São Paulo
→ Corrupção Policial

O MP-SP após receber uma denúncia de que os integrantes da Força Tática do 22º Batalhão estaria trabalhando com o Primeiro Comando da Capital na proteção das biqueiras e pacificação do bairro começou uma investigação.

Até aí sem novidade, o esperado aconteceu: 53 policiais foram presos por participar do esquema. O que surpreendeu na reportagem de Kaiaque Dalapola (sempre esse cara me surpreende) foi mostrar que o bairro ficou mais pacífico, a polícia menos violenta e mais eficaz no combate ao crime após o acordo feito com a facção PCC 1533.

“Em relação à segurança está a mesma coisa, mas em relação ao tratamento da polícia com a população eles [PMs] estão um pouco mais atentos, não estão maltratando as pessoas. Eu não ouvi mais relatos de violência contra a população.”

Zilda Paiva

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