Turma do Apito: vermes do Distrito de Cavaleiro em Pernambuco

Este texto oferece uma análise perspicaz do submundo criminoso em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Ambientado no contexto atual, descortina o controle e influência do grupo “Turma do Apito” na região, através de um narrador peculiar que observa a dinâmica da cidade a partir da perspectiva de uma ave, um macuco, e um integrante da facção PCC.

“Turma do Apito” – um nome de tom quase inocente para um grupo que é tudo, menos isso. Descubra neste relato sombrio o poder invisível que regula o crime em Pernambuco.

Tendo como pano de fundo o sinistro Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), a história desvela a face de um distrito preso nas garras de uma milícia cruel. Aceite o convite à leitura e mergulhe neste universo desconcertante.

Após a leitura, espero por seus comentários e reflexões. Deixe sua opinião no nosso site, compartilhe suas impressões nos grupos de leitores do WhatsApp ou envie uma mensagem privada para mim. Sua participação enriquece o debate!

Turma do apito, os vermes da sociedade

Estava sentado em uma rocha, isolado em um canto da Reserva Ecológica do Paiva. Me disseram que não havia macucos por aqui, mas ali estava um, um emblema da imprevisibilidade da natureza. Vindo de São Paulo, eu era um estranho naquelas terras, mas o macuco parecia ainda mais deslocado, um espectador quieto em um palco estrangeiro.

Era um belo pássaro, de presença solitária, que capturou minha atenção naquele instante. Assim como eu, o macuco estava distante de sua terra natal, parecendo estar à procura de algo, ou alguém. Este pássaro me lembrava de mim mesmo – observador, cauteloso, e, talvez, à procura de um novo começo.

Há alguns meses, desde que pisei em Recife, me aninhei silenciosamente em uma casa pouco visível no bairro Bomba do Hemetério. Minha vizinhança inclui um irmão do PCC, este, da terra, vive na moita, ambos observando, ambos sem levantar suspeitas. Nossa existência ali, como fantasmas invisíveis, é uma metáfora perfeita para o controle discreto e nefasto das facções criminosas na região. E foi ali, nesse silencioso reduto, que ouvi a história que mexeu com os nervos de todos nós.

Em Cabo, o domínio é do Comando Litoral Sul, a facção conhecida como CLS. Em outros lugares, eles não detêm o mesmo poder, exceto talvez em Ibura, onde a disputa sangrenta entre o Comando Vermelho e o PCC continua a ser travada. Camaragibe é outro local que vale a pena mencionar. Lá, a presença do PCC é tão forte quanto um vendaval. Orlando de Camaragibe é um nome que ressoa com intensidade. Ainda é incerto se ele é apenas um simpatizante do PCC ou se é um membro batizado, mas ele e seus crias proclamam abertamente sua lealdade ao PCC.

Aqui no nosso canto, as notícias da repressão que seguiu a morte de um policial, cujo erro fatal foi tentar denunciar as bocas de fumo do grupo, circularam com velocidade. O ocorrido enfraqueceu a quadrilha momentaneamente, mas já está claro que isso apenas a aguçou. A consequência direta foram execuções sumárias, com muitas pessoas se encontrando no alvo – desafetos, e surpreendentemente, até aliados. O líder, agora desconfiado de todos e de tudo, lançou um clima de pânico e tensão que é quase palpável. Em Camaragibe, o medo é a nova moeda, e está sendo gasto livremente.

Macuco: Coloca seu Ninho onde há Fartura de Alimento

Fui aconselhado por conhecidos a me instalar no Distrito de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes. Disseram-me que seria um bom lugar para passar despercebido, perto o suficiente do Recife para não perder contato com a metrópole, mas distante o suficiente para viver na obscuridade. Um lugar perfeito para alguém como eu, alguém que precisava se esconder à vista de todos.

O macuco se alimentava de vermes, e isso me levou a uma reflexão mórbida. Aqueles vermes, desprezíveis e repulsivos, me lembravam dos grupos criminosos que infestam o distrito de Cavaleiro, os milicianos chamados de “Turma do Apito” ou simplesmente de Cavaleiro.

Na minha cabeça, esses criminosos da “Turma do Apito” eram os vermes da sociedade, se alimentando da decadência e do medo, criando um clima de terror. Haveria um macuco para acabar com essa praga também?

Agora, aqui, observando a ave em seu ambiente tranquilo, percebi uma irônica semelhança entre nós dois. Ambos éramos observadores, ambos éramos estranhos em uma terra que não nos pertencia, e ambos éramos sobreviventes em nosso próprio caminho.

Estava perdido em meus pensamentos quando um ruído suave chamou minha atenção. Meu contato finalmente havia chegado. Olhei uma última vez para o macuco, ainda apanhando vermes com seu bico afiado, e pensei no que estava por vir. Como o macuco, eu também teria que me alimentar dos “vermes” da sociedade para sobreviver.

Dominância Oculta: A Força do PCC em Pernambuco

Com um aceno de cabeça, levantei-me e caminhei até a figura à distância. Ele era um homem de porte médio, com traços marcantes e uma expressão dura no rosto, fruto de anos de convivência com uma realidade cruel e implacável.

Estendemos a mão ao mesmo tempo, nosso aperto de mão foi firme, seco. Seus olhos, profundos e intensos, encontraram os meus, e em um instante silencioso, selamos o nosso entendimento. Nenhuma palavra foi dita, mas a mensagem era clara. Ele era um homem com uma história para contar, e eu estava lá para ouvi-la.

Ele começou a descrever a praga que assolava o distrito de Cavaleiro, um problema que se espalhava silenciosamente, como uma sombra, cobrindo a região com um véu de insegurança e medo. Com a voz grave e severa, falou sobre os “vermes” que eu já havia observado, a “Turma do Apito”, como eles eram conhecidos, e a ameaça que representavam para a ordem local.

Enquanto ouvia suas palavras, senti o peso das realidades que ele descrevia. A gravidade da situação que eu tinha pela frente era inegável, uma verdade dura que eu teria que enfrentar em minha nova vida em Cavaleiro.

Ele confirmou algumas coisas que eu tinha ouvido falar em São Paulo. O Primeiro Comando da Capital, tinha seus tentáculos estendidos por todo o interior de Pernambuco, e estavam ancorados firmemente em Caruaru.

No centro de Recife, a presença dos “crias do 15” também era sentida de maneira significativa. Os presídios, nesses locais, tornaram-se fortalezas para o PCC, especialmente os de Igarassu e Caruaru, mas os “Crias do 15” também ganhavam espaço em Itaquitinga e Palmares.

Uma situação cabulosa: PCCs cercados de oposição

No entanto, a situação se tornava nebulosa quando o olhar se voltava para o complexo do Curado. Este era um caldeirão fervente de várias facções e os chamados “chaveiros”, em geral eram milicianos.

Apesar do que aquele homem disse, eu me lembrava bem do depoimento que recebi de dentro de um presídio pernambucano.

Um forte abraço aí, uma boa noite aí prá nóis. Quem tá na voz aqui é …

Veja só, que a gente numa situação difícil, que aqui está descabelado, sem aparelho para fazer a conexão, tamo fora da sintonía por isso aí.

Estou dizendo a você, aqui tem o Comando Vermelho, a CLS, tudo inimigos nossos, entendeu? Tem o Comando Litoral Sul e tem FDN também misturado aqui. Aqui é cheio de lixo mesmo.

Aqui na cadeia que estou, não está favorável não! É pouca quantidade dos irmãos nossos, é mais Comando Vermelho, entendeu? É mais tumulto, não é qualidade não, é mais tumulto.

Muita guerra eu tive em … através da facção, faz … anos que sou da facção, eu era Geral do Sistema, eu fechei como Geral do Sistema e Geral de Estados e Países, eu fechei nessas duas responsas aí.

Pronto irmão, você faz a anotação aí, pedindo uma ajuda irmão, porque altas cadeias de Pernambuco aqui a gente está sendo oprimidos.

Porque tem muito lixo e os irmão do PCC tem pouco aqui. Em todas as cadeias de Pernambuco está tá expandindo o lixo. Eu queria que você fizesse um relatório aí dizendo o que está acontecendo nas cadeias de pernambuco, entendeu?

É isso aí que estou dizendo a você, um forte abraço aí uma boa noite para nós aí tamo junto aí viu irmão…

Recado PCC das trancas de Pernambuco: “tamo sendo oprimidos”

Um grito e uma resposta

O que ocorre em Pernambuco está ocorrendo em todo o Norte e Nodeste, eu sei, e o Primeiro Comando da Capital também sabe. Pouco tempo depois que o grito desse irmão de trás das muralhas, a organização criminosa emitiu um documento:

O Primeiro Comando da Capital vem deixar a todos os criminosos do país cientes que o nosso objetivo de expansão pelos estados tem por prioridade fortalecer o crime contra a opressão, covardia e inveja imposta dentro e fora do regime prisional.

Deixamos claro que respeitamos aqueles que merecem respeito do crime e continuaremos a crescer e fortalecer os que nos respeitarem de igual.

Mostrarmos que somos capazes de fortalecer o crime e trataremos sempre com a igualdade todos criminosos que defendem a ideologia do Primeiro Comando da Capital.

Estaremos juntos para lutar contra todos opressores, somos de cobrar diretamente das forças opressoras.

Acreditamos nessa resposta. Onde estamos não importa a região e o número de integrantes, a polícia e os agentes do governo sabem que não terão paz conosco se não nos respeitarem como seres humanos, com tudo.

Primeiro Comando da Capital está progredindo e cada vez mais enxergamos o quanto estamos no caminho certo.

Carta para o Mundo do Crime

Turma do Apito, um Grupo de Extermínio e seu Poder Sombrio

Para além disso, o Nordeste era dominado por grupos de extermínio, compostos por policiais e jagunços – remanescentes de um tempo antigo, ainda carregando as práticas brutais de um passado que se recusa a morrer. As maiores milícias de Pernambuco, no entanto, tinham suas raízes cravadas ali em Cavaleiro e na Bomba do Hemetério, territórios onde o poder paralelo florescia de maneira sinistra.

Despedimo-nos com um aceno e ele se afastou, deixando-me ali, sozinho novamente com o macuco. Ele continuava sua tarefa de se alimentar dos vermes, indiferente às complexidades da vida humana, mas de alguma forma, se tornando um símbolo poético e sombrio das verdades que eu tinha acabado de ouvir.

Os vermes, criaturas rastejantes que vivem na sujeira e na decomposição, se assemelham aos criminosos que dominam as ruas daquela comunidade e outras pelo interior de Pernambuco. Sim, estou falando da Turma do Apito. Eles são como vermes, se alimentando da desgraça alheia, criando um ambiente de medo e exploração.

A Turma do Apito que domina a região de Cavaleiro, outrora era comandada por um policial reformado, preso durante a Operação Canaã, passou a ser controlada por um jovem que nunca foi policial, mas se sentia como um. Sob sua liderança, o grupo começou a se envolver com tráfico de drogas, roubos de carga, pistolagem, agiotagem e extorsões.

Uma coisa que aquele homem me disse não me saía da cabeça:

Se você mora em Cavaleiro, ou dá uma parte do roubo pra eles ou ele manda os policiais que fecham com eles para prender a pessoa, isso quando eles não mata. Policiais militares, civis e inclusive promotores têm vínculos com eles.

A Turma do Apito e o subtenente: Uma Tragédia Anunciada

O homem me contou também, o caso do subtenente, morto em uma emboscada em 2020 em Recife.

Dizem que foi morto porque ele matou um integrante da equipe de Cavaleiro, outros dizem que foi o ex-vereador que armou a cocó pra ele. O fato é que ele sabia demais e tava peitando esses milicianos. Esse subtenente estava envolvido com coisa errada também. Extorsão etc.

Aí tudo indica que ele pegou uma mala cheia de dinheiro com o ex-vereador e saiu para fazer alguma coisa, mas era uma casinha armada pelo ex-vereador que passou a informação que ele estava saindo da casa dele para determinado local para os comparsas da Turma do Apito. Aí os meninos de Cavaleiro interceptaram ele na BR entre o bairro do Curado e Cavaleiro. Mas isso é boatos.

O subtenente encontrou seu fim porque se entrelaçou demais com a milícia de Cavaleiro, absorvendo informações perigosas demais para um homem só. No momento de sua morte, uma maleta contendo 80 mil Reais estava em seu carro – uma origem misteriosa e enigmática para tal quantia.

Naturalmente, boatos circulavam, mas em tempos como esses, quem ousaria colocar sua fé na polícia, quando tantos dos seus próprios estavam comprometidos com a milícia? A credibilidade da polícia, aos olhos do público, agora carrega a mesma validade que qualquer rumor sem fundamentos.

… são investigados um perito papiloscopista da Polícia Civil, três policiais militares de Pernambuco e um de Alagoas, além de um ex-PM que foi excluído da corporação pernambucana e outras pessoas que não tiveram profissões detalhadas. Os policiais tinham papel de liderança. Facilitavam a atuação de outros indivíduos, utilizavam a questão de ser servidor público para facilitar a execução dos crimes.

delegado Ivaldo Pereira

Mais de dois anos se passaram até que em uma ação policial foram capturados alguns integrantes deste grupo criminoso, entre eles, um ex-vereador de reputação duvidosa. O saldo da operação foi significativo, com a apreensão de 64 milhões em bens oriundos de suas atividades ilícitas.

No entanto, como uma melodia desafinada em um concerto, eles voltaram às ruas pouco tempo depois, retomando suas atividades como se nada tivesse acontecido.

Um Futuro Incerto: Pernambuco nas Garras de Políticos, da Milícia e do PCC

Não dá para saber até onde o grupo de Cavaleiro é financiado, financiam ou têm vínculos com vereadores, deputados, policiais militares, civis e promotores, mas já se tem notícias que até prefeitos já pediram favores para a organização criminosa.

O grupo criminoso dos Thundercats, juntamente com o Primeiro Comando da Capital, são os únicos que se mantêm fechados em conflito com os milicianos Cavaleiro, além da disputa com as facções rivais do Bomba do Hemetério e do Vasco da Gama.

Ainda assim, Pernambuco parece definhar nas garras dessas milícias, de policiais corruptos e de políticos gananciosos. Não é uma derrocada silenciosa, ao contrário, acontece sob o olhar da imprensa e da população, que se dividem entre a complacência e o aplauso, num espetáculo grotesco de resignação.

Dizem que os deuses, quando querem punir os homens, realizam seus desejos. Este provérbio soa dolorosamente verdadeiro quando observamos o Brasil nas mãos de Bolsonaro e suas comunidades à mercê dessas milícias.

Observo o macuco apanhando outro verme com seu bico afiado. Penso em como somos parecidos, ele e eu. Observadores em um mundo dominado por vermes e predadores. O macuco e eu, nós somos apenas sobreviventes, testemunhas silenciosas do que nossa sociedade se tornou, mas assim como a ave, talvez eu não precise apenas observar passivamente o rastejar de um verme.

A exemplo do macuco, estou cercado por inimigos, aqui personificados pela Turma do Apito. Contudo, assim como a ave, persevero na vida, na observação. Nutro a esperança de que, talvez um dia, testemunhemos Cavaleiro, Recife e todo Pernambuco livres dessa praga que são as milícias, permitindo que pessoas e macucos vivam em harmonia e paz.

Rio Claro: GAECO entra na guerra entre Facção PCC e oposição

Este artigo aborda a violência e o caos em Rio Claro, onde a batalha pelo controle do tráfico de drogas entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e um grupo independente culminou em 33 mortes em apenas um ano. Descubra como esta luta está transformando a pequena cidade paulista.

Rio Claro, pacata cidade paulista, abriga segredos que transcendem seu aparente sossego. Convidamos você a adentrar o labirinto obscuro do crime organizado, onde um grupo desafia a dominância do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

Neste intrigante relato, observe pela perspectiva da investigadora Rogéria Mota a ascensão dessa facção independente. Junte-se a nós nessa exploração, pois desvendamos a trama de poder, violência e uma coexistência surpreendente em meio ao caos.

A Batalha Invisível de Rio Claro: Uma Guerra Silenciosa pelo Controle do Tráfico

Tudo na cidade de Rio Claro causava uma sensação de inquietação. A investigadora do GAECO, Rogéria Mota, atenta à atividade de um grupo criminoso independente, se perguntava: “Como pode essa facção crescer em território dominado pelo Primeiro Comando da Capital?“.

Ela percorria as ruas de pedra de Rio Claro, buscando respostas. Observava casas simples e estabelecimentos modestos. Essa paisagem era um terreno fértil para o crime, embora parecesse desproporcional ao calibre dos armamentos desse grupo.

Entre sussurros dos habitantes de Rio Claro, Rogéria descobriu a potência dos armamentos do grupo. Eles rivalizavam com exércitos avançados e os fundos monetários, fruto de um tráfico desenfreado, competiam com o PCC. Essa realidade causava arrepios.

Surpreendeu-se, porém, com a aceitação desse novo grupo pelo PCC. Conforme sua investigação avançava, descobriu uma regra da facção PCC: ninguém é obrigado a aderir. A coexistência com outros grupos era permitida, ainda que nem sempre pacificamente.

Entretanto, a violência não era estranha nesse cenário. A lista de mortos crescia. Entre os nomes, estava o de Juliano, empresário e narcotraficante, assassinado com mais de 30 tiros. Essa situação em Rio Claro não era para os fracos de coração.

Numa Teia de Poder e Medo: A Estranha Tolerância do PCC aos Grupos Independentes

Refletindo, Rogéria percebeu a semente da destruição escondida na própria ética do PCC. A tolerância da facção PCC para com outros grupos permitiu a ascensão de um poderoso rival. Uma ironia amarga, sem dúvida.

As suspeitas de Rogéria Mota pesavam sobre as vítimas, incluindo Juliano, acreditando que poderiam ter negociado com o grupo do notório traficante Anderson. Afinal, no mundo sinistro do crime, acordos são tão voláteis quanto o rastilho de uma vela acesa, sempre ameaçando se desfazer em meio ao mais tênue sopro de desconfiança.

Por muito tempo, a organização Primeiro Comando da Capital agiu como mediador neutro, aceito por todos em São Paulo. No entanto, quando sua autoridade é questionada, as armas ditam a lei.

O isolamento dos líderes da facção PCC, promovido por ações públicas, sem dúvida contribuiu para o crescimento do grupo rival. As autoridades emitiram mandados, realizaram apreensões e sequestraram bens do grupo. Cinco foram presos, mas o líder, Anderson, escapou.

A ação foi coordenada pelo GAECO de Piracicaba. A Rogéria cabia prever e tentar se antecipar às mudanças para que São Paulo não voltasse a ser marcada pela violência pré-hegemonia do PCC. Em 2022, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes em Rio Claro atingiu 15,68, a maior da região.

Vidas perdidas em uma guerra sem fim

A batalha pelo controle do tráfico de drogas em Rio Claro tem tido um preço alto: somente no último ano, essa guerra resultou em um saldo devastador de 33 assassinatos. A escalada de violência tem um objetivo preciso: a hegemonia do tráfico de drogas . As suspeitas apontam que o grupo de Magrelo possui um arsenal bélico superior ao do próprio PCC na região, um poder de fogo desenfreado capaz de abater rivais e manter seu controle tácito.

Por ora, no entanto, o braço da Justiça agiu conforme a denúncia apresentada pelo MPSP, voltando-se contra os oito alvos marcados pelos mandados, cinco dos quais já se encontravam sob custódia policial.

Adicionalmente, um pedido de sequestro de bens foi deferido, somando um valor colossal de R$ 12.586.000,00 – uma soma que, demonstra o poder dessa organização criminosa independente.

Rogéria precisa entender a mente criminosa para reverter esse quadro de mortes. Contudo, meu papel é apenas observar e relatar as histórias. E, certamente, essa história está longe de terminar.

O que se sabe Sobre Anderson, o líder da organização criminosa

Anderson Ricardo de Menezes, um criminoso de altíssima periculosidade mais conhecido como Magrelo, é um nome que ressoa nos corredores do Gaeco de Piracicaba. E não é à toa: no auge de sua juventude impetuosa, aos vinte anos, Magrelo desferiu múltiplos golpes de canivete num desafeto, um ato que deixou cicatrizes profundas, não apenas no corpo da vítima, mas também no tecido social de Rio Claro.

O modus operandi é cruel, mas eficaz: rastreadores em carros de inimigos, emboscadas em locais desprovidos de testemunhas, veículos incendiados após os atos hediondos. O enigma da morte de Alessandro de Arruda, membro do PCC, desvendado por interceptações telefônicas, revela a mão de dois comparsas de Magrelo por trás do assassinato.

Com um histórico criminal notavelmente extenso, Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como Magrelo, aos 48 anos, desafia a maior organização criminosa do Cone Sul, o Primeiro Comando da Capital, e seus negócios já se estendem além das fronteiras de São Paulo, alcançando as áreas limítrofes entre o Brasil e o Paraguai.

O criminoso Magrelo já contabilizava em sua ficha delitos como roubo, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa e tráfico de drogas, tornando-se alvo da Operação Carro Falso em 2014, uma ação organizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo direcionada aos ladrões e receptadores de veículos furtados. No mês anterior, ele e outros oito cúmplices foram indiciados pelos promotores de justiça de Piracicaba pelos crimes de organização criminosa e associação ao tráfico de drogas.

Na última quarta-feira, Magrelo esquivou-se habilmente de um cerco policial, apesar de sua prisão preventiva ter sido decretada pela justiça. Sua fuga era mais um golpe contra a sensação de segurança, uma prova contundente de que a batalha entre a lei e o crime em Rio Claro estava longe de ser concluída.

artigo base para esse texto: Josmar Jozino – Grupo rival do PCC provoca onda de assassinatos e aterroriza Rio Claro (SP)

Fichamento do Caso Operação Oposição em Rio Claro

  1. Evento: Operação Oposição em Rio Claro (SP) no dia 17 de maio de 2023.
  2. Organizações envolvidas: GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o 10º BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia).
  3. Objetivo da Operação: Cumprir oito mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa formada no município.
  4. Grupo Criminoso Alvo: Organização rival ao Primeiro Comando da Capital (PCC), formada em Rio Claro.
  5. Resultado da Operação: Cinco pessoas presas, três foragidas (incluindo o líder do grupo), apreensão de dinheiro, celulares, armas e munições.
  6. Líder do grupo: Anderson Ricardo de Menezes (Magrelo ou Patrão) conseguiu fugir.
  7. Situação do grupo: Membros tinham acesso a armamento de grosso calibre, munições, coletes balísticos e apresentavam vasta movimentação financeira devido ao tráfico de drogas.
  8. Medida Judicial: Sequestro de bens no valor de R$ 12.586.000,00.
  9. Consequências da rivalidade entre os grupos: 33 assassinatos no ano passado (2022), incluindo Juliano Gimenes Medina, morto com 30 tiros em 8 de junho de 2022.
  10. Investigação: O GAECO de Piracicaba e a Polícia Civil de Rio Claro descobriram o grupo de Magrelo através da investigação do assassinato de Medina.
  11. Assassinato de Medina: Os suspeitos são Rogério Rodrigo Graff de Oliveira (Apertadinho) e Willian Ribeiro de Lima Diez (Feio), que já se encontravam presos.

O MP-MS interfere na Guerra entre as Facções Inimigas PCC e CV

O MP-MS, através de investigações meticulosas, desbarata um esquema do Comando Vermelho para assumir o controle das rotas de tráfico do Primeiro Comando da Capital na região de fronteira.

MP-MS, desmantela “plano secreto” do Comando Vermelho CV contra o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) na fronteira. Adentre nesta investigação!

O Plano do Comando Vermelho para Dominar as Rotas do PCC”

A operação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MP-MS) mirou a facção criminosa Comando Vermelho (CV), buscando desarticular os planos dessa organização criminosa carioca de controlar áreas e rotas do Primeiro Comando da Capital na região fronteiriçadas rotas de tráfico do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia.

A rivalidade entre as duas organizações criminosas pelo controle da região teve início com a morte do megatraficante paraguaio Jorge Rafaat Toumani em junho de 2016, acirrando a guerra entre as facções paulista e carioca.

Atualmente, criminosos de diversos grupos brasileiros batalham pela sobrevivência, território e rotas na disputada região, crucial na chamada “Rota Caipira”. Por essa rota, drogas e armas seguem para o interior do Brasil e para os portos do litoral, de onde são enviadas ao resto do mundo.

O Primeiro Comando da Capital atualmente controla várias dessas rotas, sendo uma das principais portas de entrada de drogas e armas a cidade brasileira de Corumbá. Lideranças do Comando Vermelho presas na Penitenciária Estadual Gameleira II, em Campo Grande (MS), planejavam os crimes e repassavam as tarefas para os faccionados em liberdade, armando o plano para quebrar o domínio da facção PCC.

A Investigação e a Operação do MP-MS

Após 15 meses de investigações, o MP-MS executou 92 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. Entre os presos, encontram-se advogados e policiais penais cooptados pela facção na tentativa de expandir sua atuação no controle das rotas de tráfico.

A comunicação entre os presos e seus comparsas se dava através de celulares contrabandeados e advogados a serviço da facção. A investigação detectou uma série de crimes ligados às ordens emanadas do presídio. Mandados foram cumpridos em diversos estados, resultando na prisão de advogados, policiais penais e outros envolvidos.

texto base: Expansão do Comando Vermelho: MP realiza operação para prender 92 no Centro-Oeste

Mato Grosso: Morre Pé Quebrado da facção PCC 1533

Morre Pé Quebrado, mas quem são esses integrantes do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e o que ele estaria fazendo na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia?

Morre Pé Quebrado: os últimos acontecimentos envolvendo o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e a guerra entre essa facção e o Comando Vermelho (CV) no estado do Mato Grosso.

O assassino do PCC em Mirassol D’Oeste

Inicialmente, é importante entender que a sintonia do “Pé Quebrado” do PCC é responsável por eliminar inimigos da facção e manter a disciplina, conforme o Dicionário do PCC e o Estatuto do PCC. Recentemente, um homem identificado como Davi, integrante do PCC, foi morto em confronto com a Polícia Militar em Mirassol D’Oeste, Mato Grosso.

A pequena cidade de Mirassol D’Oeste não é rota do tráfico internacional, no entanto, fica há 79 quilômetros de Cáceres, a última cidade brasileira antes de acessar a BR-70 para chegar a fronteira com a Bolívia, tornando assim, Mirassol como um refúgio estratégico para o Primeiro Comando da Capital.

Acredita-se que ele estava na região para matar integrantes da facção inimiga Comando Vermelho. Segundo informações, Davi e um comparsa de 19 anos estavam efetuando disparos em uma área rural quando foram surpreendidos pelos policiais. Armado, Davi atirou contra os militares e acabou alvejado.

Antes desse episódio, Davi já havia tentado matar sua ex-namorada e o atual companheiro dela em um bar na avenida Tancredo Neves em Mirassol D’Oeste. Entretanto, o revólver falhou, e Davi fugiu após agredir a ex com socos e chutes na cabeça. Ele também tentou atirar no namorado da ex, mas a arma falhou novamente. (veja o vídeo)

O assassinato do CV em Cuverlândia

Além disso, Davi, seu comparsa de 19 anos e um terceiro criminoso, são suspeitos de assassinar Denilson, suspeito de integrar a organização criminosa rival, em Curvelândia à apenas 24 quilômetros de Mirassol D’Oeste. O comparsa de 19 anos que foi preso afirmou que Davi esta na região para combater o Comando Vermelho.

O homem foi morto com diversos disparos na mesma noite na qual Davi tentou matar sua ex-mulher e seu companheiro. Testemunhas relatam que os assassinos chegaram em uma moto vermelha e ordenaram que as vítimas entrassem na casa. Em seguida, efetuaram vários disparos contra elas.

Ademais, Davi e seu comparsa teriam roubado uma espingarda em São José dos Quatro Marcos, a 13 quilometros de Mirassol, o que demonstra que o criminoso atuava não apenas no município, mas em toda a região.

texto base: Morto em confronto seria do PCC e estava matando membros do CV

Celular Denuncia Tribunal do Crime da facção PCC no Paraguai

Celular denuncia Tribunal do Crime da facção PCC após a descoberta de filmagem crucial em aparelho de integrante, esclarecendo um assassinato ocorrido há mais de um ano no Paraguai e cujo corpo foi encontrado na Argentina.

Celular denuncia Tribunal do Crime. Descubra como a filmagem de um aparelho celular levou à captura de um Pé Quebrado (Disciplina do PCC) graças à cooperação das polícias da Argentina e do Paraguai.

Celular denuncia Tribunal do Crime: mas qual foi o crime cometido:

O celular de Emanuel Eduardo, membro do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), foi apreendido pela polícia Argentina quando ele foi flagrado em 15 de fevereiro de 2023, durante uma operação policial na Rota Nacional 14, em San José, província de Misiones, Argentina.

No entanto, a prisão ocorreu porque ele apresentou um documento falso em nome de Julio Ariel Rodríguez, além disso, a polícia encontrou uma pistola calibre 9mm da marca Glock com 16 projéteis em sua posse.

Tato ou Liba, como ele é conhecido no mundo do crime, manteve em seu aparelho celular a única evidência que poderia ligar ele a um assassinato no Paraguai há mais de um ano: a gravação mostrava o momento em que ele executava Ever com 30 facadas.

Ever Alfredo, um cabeleireiro que residia no bairro Fortín Toledo em Ciudad del Este, no Paraguai, já havia sido preso com dois quilos de cloridrato de cocaína em 2011. Ele mencionou que iria cortar o cabelo de um cliente e saiu de casa em um veículo branco no dia 24 de janeiro de 2021.

Dias depois, o corpo de Ever Alfredo foi encontrado a 30 quilômetros de distância, boiando no Rio Paraná, do outro lado da fronteira, no bairro Santa Rosa, em Puerto Iguazú, na Argentina.

O celular denuncia Tribunal do crime, e é a prova de sua ligação com o brutal assassinato de Ever. Se não fosse pela filmagem encontrada em seu telefone e pela cooperação entre as autoridades argentinas e paraguaias, Tato, membro do Primeiro Comando da Capital, certamente continuaria impune.

Agora, as autoridades argentinas cooperaram com seus homólogos paraguaios, trocando informações relacionadas ao caso. O promotor Luis Trinidad acusou Tato e exigiu sua extradição. Enquanto isso, a Justiça argentina abriu uma investigação contra ele pelo suposto ato punível de uso de documento adulterado ou falso.

No entanto, ainda resta a pergunta sem resposta: Será que Ever Alfredo foi morto pelo integrante do Primeiro Comando da Capital devido à sua ligação ou negócios com uma organização criminosa rival, por dívida de drogas ou algum tipo de traição?

texto base: El supuesto miembro del grupo criminal Primer Comando Capital. Éste se encuentra implicado en el brutal asesinato.

PCC decapita CV: quase dois anos depois a polícia divulga a foto

Neste texto, o terrível assassinato em que o PCC decapita CV é detalhado, e quase dois anos após o crime, a polícia divulga a foto do suspeito, revelando a brutalidade das facções criminosas.

PCC decapita CV: Explore este texto e descubra a brutalidade da guerra entre facções criminosas Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho em um relato chocante.

Integrante do Comando Vermelho no Tribunal do Crime

O caso perturbador envolvendo o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e o Comando Vermelho (CV). Weberth, conhecido como Zóio, um integrante da facção PCC, está sendo procurado pela polícia por decapitar um rival com uma tesoura.

Randerson, era integrante da facção carioca CV e teve sua cabeça cortada em um ato brutal. A cabeça foi encontrada em uma praça no bairro Jardim Santa Lúcia, em Águas Lindas em Goiás, a 48km de onde ocorreu a execução.

No fatídico dia, Zóio e dois cúmplices conduziram Randerson a uma casa na QI 22 do Setor de Indústrias de Ceilândia, onde ocorreu o sinistro julgamento virtual pelos membros do PCC que durou cerca de 10 horas e da qual participaram cerca de 100 faccionários, sendo que a maioria votou pela execução de Randerson, que foi então brutalmente morto, decapitado, e teve seu corpo abandonado na região, como um aviso sombrio aos demais.

Integrante do PCC decapita CV após julgamento

O paraense Randerson, era um membro batizado no Comando Vermelho, facção carioca nascida em 1979 no Presídio da Ilha Grande em Angra dos Reis. Ele é acusado de matar e decapitar um rival da facção paulista em maio de 2016 e, como num conto de horror, ele havia sido capturado e aprisionado pela polícia, apenas para ser libertado um mês antes de ser morto de forma macabra pelas mãos da facção inimiga.

O PCC filmou a execução com espancamento e pauladas, e a decapitação com golpes de tesoura e facão. No vídeo, um dos executores desafiava Randerson:

Gosta de matar irmão do PCC? Então, mata. Vem com nós, desgrama, que nós faz é assim!

Dois dias após o crime, a polícia encontrou seu corpo e localizou um dos integrantes do PCC envolvido na execução em Águas Lindas.

A polícia prendeu um dos suspeitos de matar o faccioso carioca, já o outro atirou contra uma viatura policial e foi morto, sendo que a arma usada por ele pertencia à Polícia Militar do Distrito Federal. Agora falta um dos executores, Weberth, o Zóio.

Passados 1 ano e 10 meses, a polícia distribui a foto do procurado do homem que já havia sido preso em julho de 2022 pela Polícia Civil de Goiás dentro de um ônibus, em Araguari em Minas Gerais, enquanto se preparava para fugir para São Paulo, na época ele era procurado por armar uma emboscada e assassinar outro integrante do Comando Vermelho chamado Geovane.

PCC e os Pés de Pato: Zona Sul de São Paulo e o mundo do crime

A disputa territorial entre a facção PCC e os Pés de Pato em São Paulo, abordando a origem dos grupos, a recente prisão de um suspeito e a evolução dessa rivalidade.

PCC e os Pés de Pato: a disputa entre esses grupos em São Paulo. Descubra os detalhes do retorno do inferno às periferias de São Paulo e a prisão de Jeta, um integrante do Primeiro Comando da Capital que teria matado criminosos da milícia dos Pés de Pato.

Jeta e a disputa entre o PCC e os Pés de Pato

Pesquisando sobre o Primeiro Comando da Capital e os Pés de Pato, deparei-me com informações intrigantes que desejo compartilhar contigo. O domínio da zona sul de São Paulo está em disputa disputa entre a facção PCC 1533 e a milícia Pés de Pato.

A facção PCC é ser a mais poderosa organização criminosa da América do Sul. Por outro lado, os Pés de Pato, é uma milícia que surgiu nos anos 90, e foca em atividades como distribuição de gás, fornecimento de água e TV a cabo clandestina, conhecida como gato net, e servem de matadores de aluguel para pequenos comerciantes.

Ontem, segunda-feira dia 24, a Polícia Civil prendeu Jeta, um integrante do PCC que é investigado por diversos homicídios, muitos alguns deles de possíveis membros do grupo miliciano Pés de Pato.

Essa prisão ocorreu no bairro Jardim Macedônia, onde ele foi encontrado com arma e drogas. Desde o ano passado, a polícia investiga uma série de assassinatos relacionados à disputa territorial entre os dois grupos criminosos nos bairros Campo Limpo, Parque Arariba, Capão Redondo e Jardim São Luís.

A origem dos Pés de Pato

A alcunha “Pé de Pato” tem origem em Francisco Vital da Silva, o notório Chico Pé de Pato, um dos mais brutais “justiceiros” de São Paulo, que tirou a vida de mais de 50 pessoas nos anos 80.

No início, os milicianos dos Pés de Pato instauraram um regime de medo e opressão, impondo à população “taxas de segurança” e, mais tarde, cobram por serviços como eletricidade e o “gatonet”.

Esses vigilantes impiedosos não apenas eliminavam indivíduos envolvidos em pequenos delitos, mas também perseguem grupos de jovens que consideravam uma ameaça em potencial ou que se dispõe questionar sua autoridade.

Pés de Pato em Xeque

Após a fação PCC se consolidar como uma força dominante no início dos anos 2000, a opressão dos Pés de Pato quase desapareceu. No entanto, com o avanço do bolsonarismo e o apoio de forças paralelas de segurança, esses justiceiros ressurgiram das cinzas, prontos para retomar seu lugar na disputa pelo poder.

Espero que essas informações lançam luz sobre os eventos obscuros envolvendo o PCC e os Pés de Pato, e mal posso esperar para discutir mais detalhes em breve.

Facções em Vitória: enfraquecimento do PCV e disputa territorial

Violência causada por facções em Vitória no Espírito Santo no feriado de Tiradentes, foram resultado do desequilíbrio causado no mundo do crime por prisão de líderes do Primeiro Comando de Vitória PCV.

Facções em Vitória: mergulhe neste artigo para compreender a complexa realidade das facções criminosas no Espírito Santo e os fatores que contribuem para a violência na região.

A Rede de Alianças entre Facções em Vitória

Em 20 de julho de 2021, atendi a um pedido de um leitor e publiquei um artigo intitulado “Haverá guerra entre as facções no Espírito Santo? – A confusa configuração do crime organizado no estado é consequência da política carcerária do governador Renato Casagrande”, e agora, passados quase dois anos retorno sobre o mesmo assunto.

É de conhecimento geral a rivalidade entre a facção paulista Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e a facção carioca Comando Vermelho (CV). Entretanto, a complexidade das alianças que cercam esses dois grupos criminosos e sua constante evolução dificultam a compreensão do panorama, e o Espírito Santo foge à regra.

Além das intrincadas manobras no xadrez do crime, agentes externos e eventos fortuitos podem alterar o equilíbrio de poder, e qualquer deslocamento nessa balança pode levar a derramamentos de sangue. Foi o que aconteceu durante o sangrento feriado de Tiradentes em Vitória, marcado por nove assassinatos.

No feriado de Tiradentes, Vitória presenciou uma série de mortes violentas, com nove homicídios a ocorrer em um único dia. Tais fatalidades parecem estar, ao menos em parte, relacionadas à guerra entre facções criminosas. A área da Grande Terra Vermelha, que abarca bairros como Ulisses Guimarães, Barramares e Riviera da Barra, testemunhou um feriado particularmente macabro.

O Enfraquecimento do PCV e a Disputa Territorial

A polícia, em suas diligências na região, confiscou 19 armas, dentre elas um fuzil, e executou 23 mandados de prisão associados ao Primeiro Comando de Vitória (PCV). Entre os detidos, encontram-se líderes como Cleuton Gomes Pereira (Frajola), Claudio Ícaro, Paulo César e Jocimar. A captura desses líderes debilitou o PCV, o que desencadeou disputas territoriais e intensificou a sensação de insegurança pública.

A disputa entre as facções em Vitória pelo domínio dos pontos de drogas, sobretudo na Grande Terra Vermelha, ocorre em razão do enfraquecimento do Primeiro Comando de Vitória, chefiado por Marujo, aliado ao Comando Vermelho.

De olho nesse mercado está a Associação Família Capixaba (AFC), que negocia com os inimigos do PCV e do CV: o Terceiro Comando Puro e o Primeiro Comando da Capital, além de manter alianças com grupos de comunidades locais como Piedade, Fonte Grande, Alagoano e Ilha do Príncipe, e ser respaldada pelo Morro dos Gamas, em Cariacica.

Esta disputa das facções em Vitória pelo mercado de drogas, evidencia a complexidade e a instabilidade do crime organizado no Espírito Santo, em parte decorrente da política carcerária e de Segurança Pública do governo do estado.

Feriado de Tiradentes: Um Banho de Sangue em Vitória

Relatos indicam a possibilidade de envolvimento do Primeiro Comando da Capital e outros grupos criminosos na maioria dos óbitos ocorridos no feriado de Tiradentes, em Vitória.

Na sexta-feira (21), uma série de incidentes violentos tomou lugar. O sargento Gustavo foi vítima de um ataque mortal, atingido por sete disparos foi morto no bairro Boa Vista II, e um outro homem, Renan de 23 anos, também foi baleado e faleceu, mas neste caso, um suspeito já encontra-se detido.

Ainda na sexta, um tiroteio próximo a um bar resultou em uma morte e outro ferido no centro de Vitória. A vítima estava envolvida com o tráfico de drogas.

No mesmo dia, um casal foi morto a tiros nas proximidades de uma escola no bairro Santo Antônio. A motivação permanece um enigma. Testemunhas relataram que o casal havia acabado de sair de uma casa de espetáculos. Mais tarde, outro tiroteio em Barramares resultou em uma morte e um ferido.

No sábado (22), a violência prosseguiu com o assassinato do ciclista em São Conrado. No domingo (23), Ítalo Samora, 30 anos, foi alvejado em Bela Vista. Ademais, um adolescente de 17 anos foi morto a tiros no bairro Ataíde. O suspeito evadiu-se após o delito.

Estes eventos alarmantes sugerem um aumento na violência, possivelmente relacionado à atuação da facção PCC e outras facções que disputam o complexo e violento mundo do crime capixaba.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

texto base: Feriado violento na Grande Vitória tem nove assassinatos

PCC em Tarumã em Manaus: Mata Três em Festa Sunset

Um tiroteio ocorreu durante a festa Sunset em Tarumã, Manaus, resultando na morte de três pessoas. A investigação busca esclarecer o possível envolvimento do PCC em Tarumã no incidente.

PCC em Tarumã: um trágico evento ocorreu na noite de sexta-feira, 21 de abril de 2023, por volta das 23h30. Um tiroteio interrompeu a festa Sunset em Tarumã, Manaus, resultando na morte de três pessoas.

PCC em Tarumã ataca e deixa 3 mortos

As vítimas, identificadas como Enrique, Lucas e o sargento Anderson da Polícia Militar, foram alvejadas por indivíduos armados que invadiram o local durante um show. Lucas e Enrique morreram no local, enquanto o sargento Anderson, que trabalhava como segurança da festa, revidou os disparos, mas acabou gravemente ferido e faleceu na Unidade de Pronto Atendimento, o UPA Campos Sales.

Testemunhas afirmam que eram cinco homens que chegam em um carro, deram rajadas de tiros gritando o nome do “PCC Primeiro Comando da Capital” e fugiram em um veículo branco modelo Ônix, só depois que viram os caras mortos.

Ainda não é possível determinar se o ataque foi ordenado pelo Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) ou se gritar o nome da organização criminosa foi uma tentativa de confundir a investigação.

Outras dúvidas também foram levantadas:

  • o ataque tinha como alvo específico os dois homens mortos ou as vítimas foram escolhidas ao acaso;
  • a festa estava sendo dada com o aval ou financiamento de uma organização criminosa inimiga;
  • os organizadores se recusaram a pagar algum valor para a facção para a realização do evento em segurança; e
  • o ataque é resultado de um documento emitido pela organização criminosa há exatos 20 dias: Comunicado Geral Estados e Países– Região Norte.

Chama a atenção [na região amazônica] o crescimento do Primeiro Comando da Capital , surgido nos presídios de São Paulo, e do Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.

Segundo o pesquisador e geógrafo Aiala Colares Couto, atualmente o PCC organiza e investe nas rotas de tráfico pela Amazônia em uma lógica empresarial – o objetivo, diz, é transportar cocaína até mercados lucrativos na Europa. Já o Comando Vermelho controla territórios e a venda de drogas em grandes cidades e regiões metropolitanas.

“A Amazônia é estratégica para o narcotráfico.”

Portal Ambiente Legal

Como o banho de sangue começou

O Primeiro Comando da Capital luta pelo domínio da região Norte desde o fim da aliança com o Comando Vermelho (CV) e a Família do Norte (FDN). A violência na região teve início em 15 de junho de 2016, com a morte de Jorge Rafaat Toumani em Pedro Juan Caballero e se intensificou após o massacre do COMPAJ em 1º de janeiro de 2017.

Em Manaus, após o “salve do PCC”, oito mortes foram registradas em diversos ataques em pouco mais de 24 horas. Nunca será possível saber ao certo se foram mortos pela facção PCC 1533 ou pela Família do Norte. Em um desses ataques, um integrante do PCC foi morto por fogo amigo na Zona Norte da cidade.

Além da capital do estado do Amazonas, a explosão de violência se espalhou em 2017 por outros estados da federação, como Boa Vista em Roraima, onde um homicídio na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

Várias mortes foram filmadas pelos executores, e em uma delas, um integrante do Bonde dos 13 (B13), que na época era um facção aliada do Primeiro Comando da Capital, discursa enquanto corta a cabeça de um suposto moleque do Comando Vermelho enquanto ele ainda está vivo e agoniza:

 CV, Ó! CV, Ó! Olha o que a gente faz com CV.

Aqui é Primeiro Comando, é Primeiro Comando, tá ligado irmão?

Aqui é 1533, aqui nós estamos vingando a morte do irmão Maguinho tá ligado feio?

O mano que foi baleado ontem, tá ligado mano?

Tá ligado véio, morre assim ó!

(Desfere diversos golpe no pescoço com o facão.)

Morre assim ó! Tá ligado safado? Aí safado filho da puta!

(A cabeça é separada do corpo.)

Morre filho da puta, tá ligado velhinho?

Com nóis é desse jeitão aqui ó! É PCC ó!

(Uma outra pessoa levanta a cabeça do CV e mostra para a câmera)

Ô Maguinho, tái irmão Maguinho, essa foi para você aí no céu, tá ligado irmão?

PCC vamo acabá com esses bichos tudinho ó!

Somos o Comando, vamos exterminar, vamos exterminar.

(Seguem em direção a outra pessoa.)

Agora esse aqui ó. Vamos enforcar esse aqui ó.

(A câmera foca o corpo do primeiro morto enquanto seu braço é cortado fora.)

Vieram do Rio de Janeiro para cá, ó. Aqui é PCC, Primeiro Comando ó!

Quem vai comandar a porra do lado daqui é nóis, B13 e PCC tá ligado?

É PCC véinho, tá ligado? Até o fim irmão.

Aqui é assim que a gente faz, nós desossa entendeu? Tá ligado velhinho?

Quem que está na voz aqui? Quem que está na voz aqui?

(Com golpes de facão começa a separar as pernas do corpo.)

Aí JR tá ligado velhinho, isso é para vingar aí, tá ligado meu fio?

Aquele moleque que morreu ontem, tá ligado meu fio?

Que levou um tiro aí, tá ligado velhinho?

Tá ligado só CV, tá ligado? Só quero sangue do CV tá ligado?

Só sangue do CV irmão. Tá ligado velhinho?

Aqui não tem brincadeira não, o irmão aqui, tá ligado velhinho?

O bagulho é loco o irmão aqui, tá ligado velhinho?

(As pernas são separadas do corpo e colocadas ao lado da cabeça e dos braços.)

Aqui é B13 PCC. Olha como é o sistema aqui é bruto o bagulho.

Aqui é B13 PCC. Nóis mata e desossa. Nóis mata e desossa.

Nós vamos matá tudinho e vamos desossa.

Mano Maguinho que tá no céu, tá ligado, tá olhado aí.

Tá ligado Maguinho, é prá você tá ligado?

Os Refugiados da Facção PCC 1533: Drama e Fuga

O texto aborda o drama dos refugiados da facção PCC 1533, que buscam sobrevivência e fortalecimento ao migrar para outras regiões do Brasil, fugindo da guerra entre facções criminosas.

Refugiados da Facção PCC Buscando Fortalecimento

Refugiados da facção PCC 1533, vítimas de uma guerra sombria entre facções criminosas, buscam ansiosamente uma chance de sobrevivência.

Relatos que me chegam do Norte e Nordeste do país revelam o desejo de integrantes da facção paulista em migrar para São Paulo em busca de “fortalecimento”.

Eles se lançam nessa jornada incerta, com a esperança de voltar fortalecidos para suas cidades, a fim de retomar áreas perdidas ou, pelo menos, escapar do trágico destino ligado ao Primeiro Comando da Capital e à facção PCC.

Fugitivo do Rio Grande do Norte em Várzea Paulista

Refugiados do PCC, em um sombrio 8 de abril, um indivíduo dessa facção, vindo do Rio Grande do Norte, encontrou-se encarcerado em Várzea Paulista, nas profundezas de São Paulo.

O homem, marcado para morrer pela rival Família do Norte (FDN), ansiava por um refúgio distante de sua terra.

Embora não estivesse envolvido em atividades ilícitas naquele instante, a razão de sua captura residia em um delito prévio. Ele sempre negou pertencer ao Primeiro Comando da Capital, mas tal alegação não o poupou da sentença imposta pelos membros da FDN.

Fugitivo do Espírito Santo em Itu

Refugiados do PCC, um eco da guerra entre facções no Espírito Santo, propiciou a fuga de um membro em direção a Itu, no vasto estado de São Paulo.

A contenda envolvendo Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho (CV), aliados a grupos locais, deu origem a uma intrincada rede de alianças e antagonismos. Com a captura de um líder, a Gangue da Pracinha fragmentou-se, gerando conflitos adicionais e lutas por territórios.

A Gangue da Pracinha de Catraca se estilhaçou após sua prisão. Marcola, alcunha de Marcos Vinicius Boaventura, braço direito de Catraca em Ulysses Guimarães, juntamente com outros que se recusaram a regressar à camisa do CV, foram expulsos de seu reduto.

O aprisionamento de Catraca ocorreu no Portal do Éden, em Itu, no estado de São Paulo. Conforme alguns, ele veio adquirir drogas para distribuição em Vila Velha, enquanto outros afirmam que buscava refúgio e fortalecimento para retomar áreas em disputa.

Refugiados do Acre na Zona Sul de São Paulo

Há anos, os soldados do PCC na região Norte do Brasil enfrentam o abandono por parte do Primeiro Comando da Capital. Muitos acabam presos, mortos, escondidos ou convertidos à religião. Os que conseguem fugir do estado buscam refúgio em outras regiões, como a Zona Sul de São Paulo. No entanto, a Bonde dos 13, facção local do Acre, permanece no estado, mostrando-se resiliente mesmo diante do avanço do PCC.

Portanto, o drama dos refugiados da facção PCC reflete a complexa e sombria realidade da guerra entre facções criminosas no Brasil. A busca por sobrevivência e fortalecimento motiva a migração desses indivíduos, que enfrentam um futuro incerto e perigoso em um cenário de violência e disputa por poder.

Comunicado Geral Estados e Países – 04/04/2023 – Região Norte

Refugiados do PCC, em tempos sombrios, presenciaram a emissão do “Comunicado Geral do PCC” sobre embates nefastos envolvendo gangues e milícias, tais como o Comando Vermelho CV, atentando contra entes queridos e inocentes.

Neste manifesto, o Primeiro Comando da Capital exprime ultraje, repudia tais atos violentos e sinaliza a disposição em reagir na defesa de sua prole e membros.

Uma milícia chamada Comando Vermelho e algumas gangues que agem igual a eles, que não têm autonomia e controle sobre seus integrantes, vêm tirando a vida de familiares nossos e também de pessoas inocentes que não têm nada a ver com a nossa guerra, com o objetivo de intimidar nossos irmãos (as) e companheiros (as) dentro dos estados, como Amazonas, entre outros.

A facção PCC 1533, assim, busca externar preocupação e solidariedade aos “irmãos” e “companheiros”, evidenciando um vigoroso senso de pertença e identificação. Adotando uma postura resoluta, defende sua “família” e enfrenta as ameaças que lhes rondam.

Assassino da facção PCC do Piauí-Ceará foge de operação policial

Assassino do PCC foge, mas polícia apreende mais de 1kg de maconha e uma moto em acampamento do PCC na fronteira Ceará-Piauí.

Moto é presa, mas assassino da facção PCC foge no Piauí

Assassino da facção PCC comprova que a presença da organização criminosa na região de fronteira entre Ceará e Piauí tem se intensificado nos últimos anos.

Essa facção criminosa busca expandir seu domínio sobre o tráfico de drogas e outros crimes, gerando disputas territoriais com outras organizações criminosas e confrontos com a polícia.

Cajueiro da Praia, cidade turística no litoral do Piauí, tem sido afetada por esse aumento da criminalidade. Com isso, a tranquilidade da região tem sido ameaçada, afetando a vida dos moradores locais e o turismo na área.

Nesta sexta-feira, um assassino da facção PCC conseguiu fugir da polícia. No entanto, os policiais apreenderam mais de 1kg de maconha e uma Honda Pop 110 vermelha em Cajueiro da Praia, litoral do Piauí.

O local, um acampamento improvisado, abrigava integrantes do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), incluindo Mizael, o assassino suspeito de matar Tiale horas antes em Chaval, no Ceará.

Guerra de facções na fronteira

A região de fronteira entre Ceará e Piauí é conhecida por sua criminalidade. Assim, traficantes e homicidas se refugiam nessa área, dificultando o trabalho das autoridades. A operação policial foi realizada após denúncias sobre a presença de criminosos no local.

Ao perceber a aproximação da PM, os suspeitos fugiram. Contudo, deixaram a moto, a droga e balanças de precisão. Mizael conseguiu escapar novamente, e o material apreendido foi entregue à Polícia Civil.

Além disso, Mizael é investigado por homicídio, furto e tráfico de drogas. Ele já é considerado foragido da justiça por um triplo homicídio tentado em Chaval, em novembro de 2022.

Por outro lado, a atuação das autoridades, como a operação realizada na sexta-feira, busca combater o avanço do crime organizado.

Chaval, também tem enfrentado o aumento da criminalidade. A cidade, situada no Ceará e a 40 quilômetros de Cajueiro da Praia, tem sofrido com a presença de criminosos e a disputa entre facções. A morte de Tiale Véras, ocorrida na madrugada de sexta-feira, é um exemplo da violência que assola a região.

Nesse sentido, o combate à atuação do PCC e de outras organizações criminosas na fronteira entre Ceará e Piauí é um desafio para as autoridades.

texto base: PM apreende mais de 1kg de maconha em acampamento que abrigava homicida de Chaval-CE

CV mata Tiktoker e é preso por tráfico de drogas em Mato Grosso

CV mata Tiktoker: uma jovem de 21 anos, foi assassinada após postar vídeos no TikTok com referências ao Primeiro Comando da Capital, o que atraiu a atenção do Comando Vermelho.

CV mata Tiktoker em Brasnorte após fazer sinal de três com os dedos; entretanto, suspeito é preso por tráfico de drogas em Barra do Bugres, a 400 quilômetros de distância.

Caro leitor do Site,

Sempre me surpreende a podridão e a covardia dos integrantes da organização criminosa Comando Vermelho.

Uma prisão ocorrida ontem trouxe à minha memória um caso que eu preferia ter esquecido há muito tempo.

CV Mata Tiktoker: A Trágica História de Ellen

O Vídeo Controverso no TikTok

Ellen, uma jovem de 21 anos, postou um vídeo no TikTok fazendo o sinal de três com os dedos, interpretado como uma referência ao Primeiro Comando da Capital.

Em resposta, membros do Comando Vermelho (CV) de Brasnorte alertaram a garota a respeito das possíveis consequências de suas ações.

Ellen prontamente pediu desculpas e removeu o vídeo, mas dias depois postou outro vídeo fazendo o mesmo sinal.

Apesar de ter apagado a postagem rapidamente, um integrante do CV já havia visto e denunciado a jovem.

A Armadilha Mortal

A tiktoker foi atraída até uma residência por um de seus futuros assassinos, com quem mantinha um relacionamento amoroso.

Ao chegar, Ellen foi levada em um veículo até a Estrada do Perobal, na zona rural de Brasnorte, onde foi executada com quatro tiros.

A garota só foi encontrada morta dias depois em uma área de mata, com as mãos amarradas e as marcas dos tiros.

Na época do crime, dois irmãos e a mãe foram presos como suspeitos do assassinato. Um quarto envolvido, conhecido apenas como Gean, ainda não foi localizado.

Ontem, um homem foi preso em Barra do Burgues, Mato Grosso, por tráfico de drogas, mas também estava sendo procurado pelo envolvimento na morte de Ellen.

Este caso, meu leitor, é um triste lembrete da violência que assola nosso país. Apesar da crueldade e brutalidade presentes, não podemos nos esquecer da importância de buscar justiça para as vítimas e seus entes queridos.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

texto base de Gabriel Rodrigues do rdnews: Denúnciado por execução de jovem que fez sinal de facção rival é preso

Guerra entre Facções em São José do Rio Claro: CVs matam PCC

A guerra entre facções Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital resulta na morte de Kelly Cristina em São José do Rio Claro, MT. A vítima foi executada em frente à sua filha, e o caso envolve uma complexa teia de intrigas e ameaças.

Guerra entre facções do Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital: mulher executada em frente a sua filha de 5 anos.

Caros leitores do site,

Mais um covarde assassinato ocorreu recentemente na cidade de São José do Rio Claro, em Mato Grosso.

Esta morte envolve a guerra entre facções do Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

Kelly Cristina foi executada com quatro disparos em frente à sua filha de apenas cinco anos de idade.

O cenário do crime ocorreu na tarde de uma quinta-feira, em uma residência simples da pequena cidade, onde a vítima vivia com seu marido, supostamente integrante da facção PCC 1533.

Kelly também tinha amizades dentro da organização criminosa paulista, mas não se sabe ao certo se ela mesma possuía alguma ligação direta com a facção.

No ano anterior, três membros do Comando Vermelho invadiram a casa de Kelly, acusando-a de ser integrante do PCC.

A situação se complicou quando se descobre que Kelly abrigou temporariamente um andarilho, que afirmou ser do PCC e jurado de morte pelo CV.

A teia de intrigas e a investigação do caso na guerra entre facções

Kelly havia oferecido sua casa como esconderijo para o andarilho desde o último sábado, mas ele partiu na quarta-feira, buscando outro local para se esconder.

Curiosamente, uma amiga de Kelly enviou uma mensagem poucas horas antes de sua morte, alegando ser ameaçada e cobrada em R$100.

Segundo a filha de Kelly, que presenciou a execução de sua mãe, os membros do CV perguntaram pelo andarilho antes de cometer o crime.

Este último, por sua vez, afirmou que o Comando Vermelho já havia tentado matá-lo em outras três ocasiões.

A tragédia se desenrolou quando dois homens chegaram de motocicleta à residência de Kelly e efetuaram quatro disparos na região das costas da vítima, que foi encontrada caída entre os cômodos do banheiro e da cozinha.

A pequena criança testemunhou toda a cena.

A captura dos suspeitos e a busca pela verdade na guerra entre facções

Dois suspeitos foram presos em flagrante pelo crime.

Entretanto, ainda restam muitas perguntas a serem respondidas, e a verdade por trás desta complexa trama permanece nebulosa.

Esperamos que se possa trazer justiça à memória de Kelly Cristina, com a exemplar punição destes atos covardes dos integrantes do Comando Vermelho.

A guerra entre os grupos criminosos tem que chegar ao fim, para que haja paz e segurança às comunidades afetadas por essa violência.

dados base Allan Pereira no Midia Jur: Guerra de facções levou mulher a ser executada na frente da filha

Análise do Comunicado Geral Estados e Países PCC Região Norte

A situação das facções criminosas na Região Norte do Brasil, explorando as alianças e rivalidades entre elas, e considerando as possíveis estratégias e táticas para lidar com essa conjuntura. A análise abrange a ascensão e queda de organizações como Família do Norte, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital.

Participe da Análise do Comunicado

Análise do Comunicado: a gente aprende muito com a experiência de cada um! Conto com vocês pra compartilhar o que sabem e o que pensam sobre isso nos nossos grupos ou me mandando uma mensagem privada. Valeu!

Mudanças Inesperadas na Guerra entre Facções

Recentemente, postei o “Comunicado Geral Estados e Países – 04/04/2023 – Região Norte”, e agora, analisarei seu conteúdo.

A Região Norte presencia reviravoltas surpreendentes no conflito, tornando-se difícil acompanhar os eventos, mas, afinal, o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) conseguirá ameaçar a presença do Comando Vermelho (CV) na Região Norte?

O Comando Vermelho no Norte do Brasil

A poderosa Família do Norte estabeleceu uma aliança com o Comando Vermelho, proveniente do Rio de Janeiro.

A facção criminosa carioca, renomada por sua habilidade em guerrilha urbana, demonstrou também ser mestre no controle territorial e nos negócios obscuros do submundo do crime organizado.

Além disso, esse grupo possui vasto conhecimento do mercado internacional, o que lhes conferiu uma vantagem estratégica inestimável aos associados do FDN.

Esta aliança formidável entre as duas facções gerou um impacto significativo na dinâmica do crime na região, tornando-se uma força a ser reconhecida e temida por outros grupos criminosos.

Mas, utilizaram-se de inteligência e terror, investindo em jovens da região e enviando reforços do Nordeste e Sudeste, surpreendentemente, o Primeiro Comando da Capital ameaçou a hegemonia da aliança FDN e CV.

A ação de guerrilha da facção PCC deu resultado depois de muito sangue derramado pelas ruas de Manaus e por todo interior do Amazonas.

Táticas que tradicionalmente são usadas pelo Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho não terão resultado naquela região com tantos grupos criminosos espalhados por uma área tão extensa, no o mapeamento, ações surpresa, emboscadas e intimidação podem dar resultado.

Desestabilização gera mudança de poder

A desestabilização da FDN foi resultado de várias ações coordenadas pelas autoridades públicas, como investigações, operações policiais e transferências de lideranças.

Ao isolar as lideranças da FDN, o poder público conseguiu minar a capacidade de comando e articulação do grupo criminoso, e essas divisões internas contribuíram para o seu enfraquecimento.

Sem uma liderança unificada e com disputas internas pelo poder, a organização criminosa ficou mais vulnerável a ações do poder público e ao avanço de outras facções.

O Primeiro Comando da Capital, por sua vez, soube aproveitar a oportunidade para expandir seu território e consolidar-se como a maior facção criminosa do Brasil.

Com uma estrutura organizacional mais sólida e uma liderança mais coesa, o PCC foi capaz de preencher o vácuo deixado pela FDN e estabelecer-se na região amazônica.

A derrocada do Primeiro Comando da Capital

O poder público auxiliou a vitória do PCC ao isolar líderes da FDN, causando divisões internas. Grupos como o Cartel do Norte surgiram e se aliaram ao PCC contra a FDN e o CV.

Entretanto, algo ocorreu. Hoje, grupos nativos e do CV dizimam o que restou da facção paulista na região.

Aqui no site, acompanhei vários jovens isolados reclamando do isolamento e sendo mortos ou fugindo com suas famílias.

Análise do Comunicado: O desafio atual do Primeiro Comando da Capital

O documento da Sintonia Fina do PCC afirma que não tolerará mais ataques. Mas como transformar essa ameaça em prática?

Mas em vez de enfrentar dois grandes grupos organizados e hierárquicos como no passado, a facção de São Paulo agora lida com vários grupos fragmentados, enraizados na comunidade local e unidos somente por interesses compartilhados com o Comando Vermelho.

A abordagem de guerrilha e a promoção da divisão não serão tão eficazes quanto antes.

Tentativas anteriores de estabelecer pontos de apoio em áreas estratégicas, como a realizada em Manaus há alguns anos, não tiveram sucesso, mesmo com o suporte do aliado daquele tempo, o Cartel do Norte.

Para ter alguma chance de vitória, o PCC precisará reconstruir pontes com antigos aliados ou conquistar novos.

Por alguma razão, o CV manteve uma aliança com a FDN, enquanto o PCC não conseguiu manter ao seu lado grupos tradicionais.

Todos os lados nessa guerra buscam vitórias através do desgaste e exaustão do oponente, com ataques persistentes e prolongados, sem grandes ações de retomada de áreas.

Uma guerra de informação e desinformação

Eu diria que o Primeiro Comando da Capital só conseguirá competir na região através de um sólido trabalho de inteligência e contrainteligência, com foco em cooptar líderes-chave para causar divisões ou fazer com que grupos mudem de lado.

Empregar ataques diretos para dominar áreas e rotas em uma região tão vasta e repleta de locais de difícil acesso tornaria essas ações muito caras e ineficazes, além de provocar o descontentamento da população local, que provavelmente possui parentes envolvidos nos grupos inimigos do PCC.

Disseminar informações e desinformações aos grupos isolados por meio de agentes infiltrados pode incentivar essa divisão e facilitar acordos com líderes dispostos a cooperar, além de levar o adversário a realizar ações que resultem em baixas.

Aguardo vossos comentários e opiniões sobre esta análise do comunicado, enriquecendo o debate e expandindo nosso conhecimento.

%d blogueiros gostam disto: