PCC em Tarumã em Manaus: Mata Três em Festa Sunset

Um tiroteio ocorreu durante a festa Sunset em Tarumã, Manaus, resultando na morte de três pessoas. A investigação busca esclarecer o possível envolvimento do PCC em Tarumã no incidente.

PCC em Tarumã: um trágico evento ocorreu na noite de sexta-feira, 21 de abril de 2023, por volta das 23h30. Um tiroteio interrompeu a festa Sunset em Tarumã, Manaus, resultando na morte de três pessoas.

PCC em Tarumã ataca e deixa 3 mortos

As vítimas, identificadas como Enrique, Lucas e o sargento Anderson da Polícia Militar, foram alvejadas por indivíduos armados que invadiram o local durante um show. Lucas e Enrique morreram no local, enquanto o sargento Anderson, que trabalhava como segurança da festa, revidou os disparos, mas acabou gravemente ferido e faleceu na Unidade de Pronto Atendimento, o UPA Campos Sales.

Testemunhas afirmam que eram cinco homens que chegam em um carro, deram rajadas de tiros gritando o nome do “PCC Primeiro Comando da Capital” e fugiram em um veículo branco modelo Ônix, só depois que viram os caras mortos.

Ainda não é possível determinar se o ataque foi ordenado pelo Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) ou se gritar o nome da organização criminosa foi uma tentativa de confundir a investigação.

Outras dúvidas também foram levantadas:

  • o ataque tinha como alvo específico os dois homens mortos ou as vítimas foram escolhidas ao acaso;
  • a festa estava sendo dada com o aval ou financiamento de uma organização criminosa inimiga;
  • os organizadores se recusaram a pagar algum valor para a facção para a realização do evento em segurança; e
  • o ataque é resultado de um documento emitido pela organização criminosa há exatos 20 dias: Comunicado Geral Estados e Países– Região Norte.

Chama a atenção [na região amazônica] o crescimento do Primeiro Comando da Capital , surgido nos presídios de São Paulo, e do Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.

Segundo o pesquisador e geógrafo Aiala Colares Couto, atualmente o PCC organiza e investe nas rotas de tráfico pela Amazônia em uma lógica empresarial – o objetivo, diz, é transportar cocaína até mercados lucrativos na Europa. Já o Comando Vermelho controla territórios e a venda de drogas em grandes cidades e regiões metropolitanas.

“A Amazônia é estratégica para o narcotráfico.”

Portal Ambiente Legal

Como o banho de sangue começou

O Primeiro Comando da Capital luta pelo domínio da região Norte desde o fim da aliança com o Comando Vermelho (CV) e a Família do Norte (FDN). A violência na região teve início em 15 de junho de 2016, com a morte de Jorge Rafaat Toumani em Pedro Juan Caballero e se intensificou após o massacre do COMPAJ em 1º de janeiro de 2017.

Em Manaus, após o “salve do PCC”, oito mortes foram registradas em diversos ataques em pouco mais de 24 horas. Nunca será possível saber ao certo se foram mortos pela facção PCC 1533 ou pela Família do Norte. Em um desses ataques, um integrante do PCC foi morto por fogo amigo na Zona Norte da cidade.

Além da capital do estado do Amazonas, a explosão de violência se espalhou em 2017 por outros estados da federação, como Boa Vista em Roraima, onde um homicídio na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

Várias mortes foram filmadas pelos executores, e em uma delas, um integrante do Bonde dos 13 (B13), que na época era um facção aliada do Primeiro Comando da Capital, discursa enquanto corta a cabeça de um suposto moleque do Comando Vermelho enquanto ele ainda está vivo e agoniza:

 CV, Ó! CV, Ó! Olha o que a gente faz com CV.

Aqui é Primeiro Comando, é Primeiro Comando, tá ligado irmão?

Aqui é 1533, aqui nós estamos vingando a morte do irmão Maguinho tá ligado feio?

O mano que foi baleado ontem, tá ligado mano?

Tá ligado véio, morre assim ó!

(Desfere diversos golpe no pescoço com o facão.)

Morre assim ó! Tá ligado safado? Aí safado filho da puta!

(A cabeça é separada do corpo.)

Morre filho da puta, tá ligado velhinho?

Com nóis é desse jeitão aqui ó! É PCC ó!

(Uma outra pessoa levanta a cabeça do CV e mostra para a câmera)

Ô Maguinho, tái irmão Maguinho, essa foi para você aí no céu, tá ligado irmão?

PCC vamo acabá com esses bichos tudinho ó!

Somos o Comando, vamos exterminar, vamos exterminar.

(Seguem em direção a outra pessoa.)

Agora esse aqui ó. Vamos enforcar esse aqui ó.

(A câmera foca o corpo do primeiro morto enquanto seu braço é cortado fora.)

Vieram do Rio de Janeiro para cá, ó. Aqui é PCC, Primeiro Comando ó!

Quem vai comandar a porra do lado daqui é nóis, B13 e PCC tá ligado?

É PCC véinho, tá ligado? Até o fim irmão.

Aqui é assim que a gente faz, nós desossa entendeu? Tá ligado velhinho?

Quem que está na voz aqui? Quem que está na voz aqui?

(Com golpes de facão começa a separar as pernas do corpo.)

Aí JR tá ligado velhinho, isso é para vingar aí, tá ligado meu fio?

Aquele moleque que morreu ontem, tá ligado meu fio?

Que levou um tiro aí, tá ligado velhinho?

Tá ligado só CV, tá ligado? Só quero sangue do CV tá ligado?

Só sangue do CV irmão. Tá ligado velhinho?

Aqui não tem brincadeira não, o irmão aqui, tá ligado velhinho?

O bagulho é loco o irmão aqui, tá ligado velhinho?

(As pernas são separadas do corpo e colocadas ao lado da cabeça e dos braços.)

Aqui é B13 PCC. Olha como é o sistema aqui é bruto o bagulho.

Aqui é B13 PCC. Nóis mata e desossa. Nóis mata e desossa.

Nós vamos matá tudinho e vamos desossa.

Mano Maguinho que tá no céu, tá ligado, tá olhado aí.

Tá ligado Maguinho, é prá você tá ligado?

Os Refugiados da Facção PCC 1533: Drama e Fuga

O texto aborda o drama dos refugiados da facção PCC 1533, que buscam sobrevivência e fortalecimento ao migrar para outras regiões do Brasil, fugindo da guerra entre facções criminosas.

Refugiados da Facção PCC Buscando Fortalecimento

Refugiados da facção PCC 1533, vítimas de uma guerra sombria entre facções criminosas, buscam ansiosamente uma chance de sobrevivência.

Relatos que me chegam do Norte e Nordeste do país revelam o desejo de integrantes da facção paulista em migrar para São Paulo em busca de “fortalecimento”.

Eles se lançam nessa jornada incerta, com a esperança de voltar fortalecidos para suas cidades, a fim de retomar áreas perdidas ou, pelo menos, escapar do trágico destino ligado ao Primeiro Comando da Capital e à facção PCC.

Fugitivo do Rio Grande do Norte em Várzea Paulista

Refugiados do PCC, em um sombrio 8 de abril, um indivíduo dessa facção, vindo do Rio Grande do Norte, encontrou-se encarcerado em Várzea Paulista, nas profundezas de São Paulo.

O homem, marcado para morrer pela rival Família do Norte (FDN), ansiava por um refúgio distante de sua terra.

Embora não estivesse envolvido em atividades ilícitas naquele instante, a razão de sua captura residia em um delito prévio. Ele sempre negou pertencer ao Primeiro Comando da Capital, mas tal alegação não o poupou da sentença imposta pelos membros da FDN.

Fugitivo do Espírito Santo em Itu

Refugiados do PCC, um eco da guerra entre facções no Espírito Santo, propiciou a fuga de um membro em direção a Itu, no vasto estado de São Paulo.

A contenda envolvendo Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho (CV), aliados a grupos locais, deu origem a uma intrincada rede de alianças e antagonismos. Com a captura de um líder, a Gangue da Pracinha fragmentou-se, gerando conflitos adicionais e lutas por territórios.

A Gangue da Pracinha de Catraca se estilhaçou após sua prisão. Marcola, alcunha de Marcos Vinicius Boaventura, braço direito de Catraca em Ulysses Guimarães, juntamente com outros que se recusaram a regressar à camisa do CV, foram expulsos de seu reduto.

O aprisionamento de Catraca ocorreu no Portal do Éden, em Itu, no estado de São Paulo. Conforme alguns, ele veio adquirir drogas para distribuição em Vila Velha, enquanto outros afirmam que buscava refúgio e fortalecimento para retomar áreas em disputa.

Refugiados do Acre na Zona Sul de São Paulo

Há anos, os soldados do PCC na região Norte do Brasil enfrentam o abandono por parte do Primeiro Comando da Capital. Muitos acabam presos, mortos, escondidos ou convertidos à religião. Os que conseguem fugir do estado buscam refúgio em outras regiões, como a Zona Sul de São Paulo. No entanto, a Bonde dos 13, facção local do Acre, permanece no estado, mostrando-se resiliente mesmo diante do avanço do PCC.

Portanto, o drama dos refugiados da facção PCC reflete a complexa e sombria realidade da guerra entre facções criminosas no Brasil. A busca por sobrevivência e fortalecimento motiva a migração desses indivíduos, que enfrentam um futuro incerto e perigoso em um cenário de violência e disputa por poder.

Comunicado Geral Estados e Países – 04/04/2023 – Região Norte

Refugiados do PCC, em tempos sombrios, presenciaram a emissão do “Comunicado Geral do PCC” sobre embates nefastos envolvendo gangues e milícias, tais como o Comando Vermelho CV, atentando contra entes queridos e inocentes.

Neste manifesto, o Primeiro Comando da Capital exprime ultraje, repudia tais atos violentos e sinaliza a disposição em reagir na defesa de sua prole e membros.

Uma milícia chamada Comando Vermelho e algumas gangues que agem igual a eles, que não têm autonomia e controle sobre seus integrantes, vêm tirando a vida de familiares nossos e também de pessoas inocentes que não têm nada a ver com a nossa guerra, com o objetivo de intimidar nossos irmãos (as) e companheiros (as) dentro dos estados, como Amazonas, entre outros.

A facção PCC 1533, assim, busca externar preocupação e solidariedade aos “irmãos” e “companheiros”, evidenciando um vigoroso senso de pertença e identificação. Adotando uma postura resoluta, defende sua “família” e enfrenta as ameaças que lhes rondam.

Assassino da facção PCC do Piauí-Ceará foge de operação policial

Assassino do PCC foge, mas polícia apreende mais de 1kg de maconha e uma moto em acampamento do PCC na fronteira Ceará-Piauí.

Moto é presa, mas assassino da facção PCC foge no Piauí

Assassino da facção PCC comprova que a presença da organização criminosa na região de fronteira entre Ceará e Piauí tem se intensificado nos últimos anos.

Essa facção criminosa busca expandir seu domínio sobre o tráfico de drogas e outros crimes, gerando disputas territoriais com outras organizações criminosas e confrontos com a polícia.

Cajueiro da Praia, cidade turística no litoral do Piauí, tem sido afetada por esse aumento da criminalidade. Com isso, a tranquilidade da região tem sido ameaçada, afetando a vida dos moradores locais e o turismo na área.

Nesta sexta-feira, um assassino da facção PCC conseguiu fugir da polícia. No entanto, os policiais apreenderam mais de 1kg de maconha e uma Honda Pop 110 vermelha em Cajueiro da Praia, litoral do Piauí.

O local, um acampamento improvisado, abrigava integrantes do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), incluindo Mizael, o assassino suspeito de matar Tiale horas antes em Chaval, no Ceará.

Guerra de facções na fronteira

A região de fronteira entre Ceará e Piauí é conhecida por sua criminalidade. Assim, traficantes e homicidas se refugiam nessa área, dificultando o trabalho das autoridades. A operação policial foi realizada após denúncias sobre a presença de criminosos no local.

Ao perceber a aproximação da PM, os suspeitos fugiram. Contudo, deixaram a moto, a droga e balanças de precisão. Mizael conseguiu escapar novamente, e o material apreendido foi entregue à Polícia Civil.

Além disso, Mizael é investigado por homicídio, furto e tráfico de drogas. Ele já é considerado foragido da justiça por um triplo homicídio tentado em Chaval, em novembro de 2022.

Por outro lado, a atuação das autoridades, como a operação realizada na sexta-feira, busca combater o avanço do crime organizado.

Chaval, também tem enfrentado o aumento da criminalidade. A cidade, situada no Ceará e a 40 quilômetros de Cajueiro da Praia, tem sofrido com a presença de criminosos e a disputa entre facções. A morte de Tiale Véras, ocorrida na madrugada de sexta-feira, é um exemplo da violência que assola a região.

Nesse sentido, o combate à atuação do PCC e de outras organizações criminosas na fronteira entre Ceará e Piauí é um desafio para as autoridades.

texto base: PM apreende mais de 1kg de maconha em acampamento que abrigava homicida de Chaval-CE

CV mata Tiktoker e é preso por tráfico de drogas em Mato Grosso

CV mata Tiktoker: uma jovem de 21 anos, foi assassinada após postar vídeos no TikTok com referências ao Primeiro Comando da Capital, o que atraiu a atenção do Comando Vermelho.

CV mata Tiktoker em Brasnorte após fazer sinal de três com os dedos; entretanto, suspeito é preso por tráfico de drogas em Barra do Bugres, a 400 quilômetros de distância.

Caro leitor do Site,

Sempre me surpreende a podridão e a covardia dos integrantes da organização criminosa Comando Vermelho.

Uma prisão ocorrida ontem trouxe à minha memória um caso que eu preferia ter esquecido há muito tempo.

CV Mata Tiktoker: A Trágica História de Ellen

O Vídeo Controverso no TikTok

Ellen, uma jovem de 21 anos, postou um vídeo no TikTok fazendo o sinal de três com os dedos, interpretado como uma referência ao Primeiro Comando da Capital.

Em resposta, membros do Comando Vermelho (CV) de Brasnorte alertaram a garota a respeito das possíveis consequências de suas ações.

Ellen prontamente pediu desculpas e removeu o vídeo, mas dias depois postou outro vídeo fazendo o mesmo sinal.

Apesar de ter apagado a postagem rapidamente, um integrante do CV já havia visto e denunciado a jovem.

A Armadilha Mortal

A tiktoker foi atraída até uma residência por um de seus futuros assassinos, com quem mantinha um relacionamento amoroso.

Ao chegar, Ellen foi levada em um veículo até a Estrada do Perobal, na zona rural de Brasnorte, onde foi executada com quatro tiros.

A garota só foi encontrada morta dias depois em uma área de mata, com as mãos amarradas e as marcas dos tiros.

Na época do crime, dois irmãos e a mãe foram presos como suspeitos do assassinato. Um quarto envolvido, conhecido apenas como Gean, ainda não foi localizado.

Ontem, um homem foi preso em Barra do Burgues, Mato Grosso, por tráfico de drogas, mas também estava sendo procurado pelo envolvimento na morte de Ellen.

Este caso, meu leitor, é um triste lembrete da violência que assola nosso país. Apesar da crueldade e brutalidade presentes, não podemos nos esquecer da importância de buscar justiça para as vítimas e seus entes queridos.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

texto base de Gabriel Rodrigues do rdnews: Denúnciado por execução de jovem que fez sinal de facção rival é preso

Guerra entre Facções em São José do Rio Claro: CVs matam PCC

A guerra entre facções Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital resulta na morte de Kelly Cristina em São José do Rio Claro, MT. A vítima foi executada em frente à sua filha, e o caso envolve uma complexa teia de intrigas e ameaças.

Guerra entre facções do Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital: mulher executada em frente a sua filha de 5 anos.

Caros leitores do site,

Mais um covarde assassinato ocorreu recentemente na cidade de São José do Rio Claro, em Mato Grosso.

Esta morte envolve a guerra entre facções do Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

Kelly Cristina foi executada com quatro disparos em frente à sua filha de apenas cinco anos de idade.

O cenário do crime ocorreu na tarde de uma quinta-feira, em uma residência simples da pequena cidade, onde a vítima vivia com seu marido, supostamente integrante da facção PCC 1533.

Kelly também tinha amizades dentro da organização criminosa paulista, mas não se sabe ao certo se ela mesma possuía alguma ligação direta com a facção.

No ano anterior, três membros do Comando Vermelho invadiram a casa de Kelly, acusando-a de ser integrante do PCC.

A situação se complicou quando se descobre que Kelly abrigou temporariamente um andarilho, que afirmou ser do PCC e jurado de morte pelo CV.

A teia de intrigas e a investigação do caso na guerra entre facções

Kelly havia oferecido sua casa como esconderijo para o andarilho desde o último sábado, mas ele partiu na quarta-feira, buscando outro local para se esconder.

Curiosamente, uma amiga de Kelly enviou uma mensagem poucas horas antes de sua morte, alegando ser ameaçada e cobrada em R$100.

Segundo a filha de Kelly, que presenciou a execução de sua mãe, os membros do CV perguntaram pelo andarilho antes de cometer o crime.

Este último, por sua vez, afirmou que o Comando Vermelho já havia tentado matá-lo em outras três ocasiões.

A tragédia se desenrolou quando dois homens chegaram de motocicleta à residência de Kelly e efetuaram quatro disparos na região das costas da vítima, que foi encontrada caída entre os cômodos do banheiro e da cozinha.

A pequena criança testemunhou toda a cena.

A captura dos suspeitos e a busca pela verdade na guerra entre facções

Dois suspeitos foram presos em flagrante pelo crime.

Entretanto, ainda restam muitas perguntas a serem respondidas, e a verdade por trás desta complexa trama permanece nebulosa.

Esperamos que se possa trazer justiça à memória de Kelly Cristina, com a exemplar punição destes atos covardes dos integrantes do Comando Vermelho.

A guerra entre os grupos criminosos tem que chegar ao fim, para que haja paz e segurança às comunidades afetadas por essa violência.

dados base Allan Pereira no Midia Jur: Guerra de facções levou mulher a ser executada na frente da filha

Análise do Comunicado Geral Estados e Países PCC Região Norte

A situação das facções criminosas na Região Norte do Brasil, explorando as alianças e rivalidades entre elas, e considerando as possíveis estratégias e táticas para lidar com essa conjuntura. A análise abrange a ascensão e queda de organizações como Família do Norte, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital.

Participe da Análise do Comunicado

Análise do Comunicado: a gente aprende muito com a experiência de cada um! Conto com vocês pra compartilhar o que sabem e o que pensam sobre isso nos nossos grupos ou me mandando uma mensagem privada. Valeu!

Mudanças Inesperadas na Guerra entre Facções

Recentemente, postei o “Comunicado Geral Estados e Países – 04/04/2023 – Região Norte”, e agora, analisarei seu conteúdo.

A Região Norte presencia reviravoltas surpreendentes no conflito, tornando-se difícil acompanhar os eventos, mas, afinal, o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) conseguirá ameaçar a presença do Comando Vermelho (CV) na Região Norte?

O Comando Vermelho no Norte do Brasil

A poderosa Família do Norte estabeleceu uma aliança com o Comando Vermelho, proveniente do Rio de Janeiro.

A facção criminosa carioca, renomada por sua habilidade em guerrilha urbana, demonstrou também ser mestre no controle territorial e nos negócios obscuros do submundo do crime organizado.

Além disso, esse grupo possui vasto conhecimento do mercado internacional, o que lhes conferiu uma vantagem estratégica inestimável aos associados do FDN.

Esta aliança formidável entre as duas facções gerou um impacto significativo na dinâmica do crime na região, tornando-se uma força a ser reconhecida e temida por outros grupos criminosos.

Mas, utilizaram-se de inteligência e terror, investindo em jovens da região e enviando reforços do Nordeste e Sudeste, surpreendentemente, o Primeiro Comando da Capital ameaçou a hegemonia da aliança FDN e CV.

A ação de guerrilha da facção PCC deu resultado depois de muito sangue derramado pelas ruas de Manaus e por todo interior do Amazonas.

Táticas que tradicionalmente são usadas pelo Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho não terão resultado naquela região com tantos grupos criminosos espalhados por uma área tão extensa, no o mapeamento, ações surpresa, emboscadas e intimidação podem dar resultado.

Desestabilização gera mudança de poder

A desestabilização da FDN foi resultado de várias ações coordenadas pelas autoridades públicas, como investigações, operações policiais e transferências de lideranças.

Ao isolar as lideranças da FDN, o poder público conseguiu minar a capacidade de comando e articulação do grupo criminoso, e essas divisões internas contribuíram para o seu enfraquecimento.

Sem uma liderança unificada e com disputas internas pelo poder, a organização criminosa ficou mais vulnerável a ações do poder público e ao avanço de outras facções.

O Primeiro Comando da Capital, por sua vez, soube aproveitar a oportunidade para expandir seu território e consolidar-se como a maior facção criminosa do Brasil.

Com uma estrutura organizacional mais sólida e uma liderança mais coesa, o PCC foi capaz de preencher o vácuo deixado pela FDN e estabelecer-se na região amazônica.

A derrocada do Primeiro Comando da Capital

O poder público auxiliou a vitória do PCC ao isolar líderes da FDN, causando divisões internas. Grupos como o Cartel do Norte surgiram e se aliaram ao PCC contra a FDN e o CV.

Entretanto, algo ocorreu. Hoje, grupos nativos e do CV dizimam o que restou da facção paulista na região.

Aqui no site, acompanhei vários jovens isolados reclamando do isolamento e sendo mortos ou fugindo com suas famílias.

Análise do Comunicado: O desafio atual do Primeiro Comando da Capital

O documento da Sintonia Fina do PCC afirma que não tolerará mais ataques. Mas como transformar essa ameaça em prática?

Mas em vez de enfrentar dois grandes grupos organizados e hierárquicos como no passado, a facção de São Paulo agora lida com vários grupos fragmentados, enraizados na comunidade local e unidos somente por interesses compartilhados com o Comando Vermelho.

A abordagem de guerrilha e a promoção da divisão não serão tão eficazes quanto antes.

Tentativas anteriores de estabelecer pontos de apoio em áreas estratégicas, como a realizada em Manaus há alguns anos, não tiveram sucesso, mesmo com o suporte do aliado daquele tempo, o Cartel do Norte.

Para ter alguma chance de vitória, o PCC precisará reconstruir pontes com antigos aliados ou conquistar novos.

Por alguma razão, o CV manteve uma aliança com a FDN, enquanto o PCC não conseguiu manter ao seu lado grupos tradicionais.

Todos os lados nessa guerra buscam vitórias através do desgaste e exaustão do oponente, com ataques persistentes e prolongados, sem grandes ações de retomada de áreas.

Uma guerra de informação e desinformação

Eu diria que o Primeiro Comando da Capital só conseguirá competir na região através de um sólido trabalho de inteligência e contrainteligência, com foco em cooptar líderes-chave para causar divisões ou fazer com que grupos mudem de lado.

Empregar ataques diretos para dominar áreas e rotas em uma região tão vasta e repleta de locais de difícil acesso tornaria essas ações muito caras e ineficazes, além de provocar o descontentamento da população local, que provavelmente possui parentes envolvidos nos grupos inimigos do PCC.

Disseminar informações e desinformações aos grupos isolados por meio de agentes infiltrados pode incentivar essa divisão e facilitar acordos com líderes dispostos a cooperar, além de levar o adversário a realizar ações que resultem em baixas.

Aguardo vossos comentários e opiniões sobre esta análise do comunicado, enriquecendo o debate e expandindo nosso conhecimento.

Comunicado Geral Estados e Países – 04/04/2023 – Região Norte

Comunicado Geral do PCC a respeito de conflitos com outras gangues e milícias, como o Comando Vermelho CV, que têm atacado familiares e pessoas inocentes. O Primeiro Comando da Capital expressa indignação, condena essas ações violentas e sinaliza que irá reagir para proteger sua família e membros.

Ataque dos inimigos na Região Amazônica

Primeiramente, um abraço a todos os irmãos (as) e companheiros (as).

Vamos abordar uma questão que vem acontecendo há algum tempo e, nos últimos dias, vem ocorrendo com frequência.

Vamos direto ao ponto:

Uma milícia chamada Comando Vermelho e algumas gangues que agem igual a eles, que não têm autonomia e controle sobre seus integrantes, vêm tirando a vida de familiares nossos e também de pessoas inocentes que não têm nada a ver com a nossa guerra, com o objetivo de intimidar nossos irmãos (as) e companheiros (as) dentro dos estados, como Amazonas, entre outros.

Um recado importante

Pois bem, vamos mandar aqui um recado para vocês que compactuam com esses tipos de atitudes covardes contra pessoas inocentes.

Nós, do Primeiro Comando da Capital, fomos criados em cima de opressões por parte do governo e, até hoje, estamos firmes e fortes na luta, lutando sem parar.

Com vocês não será diferente

As atitudes desses covardes estão gerando ódio e revolta. Portanto, com toda nossa indignação perante todos os fatos que vêm sendo apurados, daremos um recado para essa milícia do CV e outras gangues que compactuam com as atitudes deles:

Aquele que vier mexer com nossa família, iremos usar de todos os recursos que temos e vamos cobrar de igual.

Não é nosso objetivo, muito menos o que queremos, mas não vamos aceitar que a vida de nossos familiares e pessoas inocentes sejam tiradas por esses animais sem cérebros.

Então, aqui está toda nossa indignação, deixando claro que não iremos mais aceitar tais fatos apurados e narrados neste comunicado.

Deixamos um abraço a todos os irmãos (as), companheiros (as) e a todo o crime do Brasil que corre com o certo, sem exceção.

Assinado: Apoio S.F, Primeiro Comando da Capital – Estados e Países.

histórico da disputa do PCC na Região Norte e posíveis estratégias apontadas nesse comunicado geral

análise aprofundada do documento: Comunicado Geral Estados e Países – 04/04/2023 – Região Norte

“Os Crias” da fronteira norte serão aliados da facção PCC 1533?

Os Crias é uma gangue brasileira emergente que surgiu da Família do Norte (FDN) e esteve envolvida em disputas violentas pelo controle do narcotráfico na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, enfrentando o Comando Vermelho e grupos colombianos como os Caqueteños.

Origem e ascensão de “Os Crias” no cenário do crime organizado

“Os Crias”, grupo criminoso brasileiro, originou-se da Família do Norte (FDN), que já foi uma das três maiores organizações criminosas do Brasil e controlava vastas regiões do país.

A facção FDN destacou-se principalmente na década de 2000, fortalecendo-se no comércio de drogas e armas na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

Recentemente, “Os Crias” superaram seus antigos parceiros na Tríplice Fronteira, consolidando sua participação sobre o lucrativo comércio ilegal na área.

Entretanto, enfrentam dificuldades contra um poderoso inimigo, o Comando Vermelho, uma das mais antigas e poderosas facções criminosas do Brasil, além das organizações colombianas, incluindo Los Caqueteños, que também estão envolvidos no tráfico de drogas e atividades ilícitas na região.

A possível aliança entre “Os Crias” e o Primeiro Comando da Capital (PCC)

O Primeiro Comando da Capital não é considerado um dos principais atores criminosos na Tríplice Fronteira. Contudo, a facção paulista PCC tem presença na cidade de Letícia, localizada na fronteira entre Brasil e Colômbia, e parece ter interesse em estabelecer alianças com “Os Crias” para expandir suas atividades criminosas e fortalecer sua presença na região.

A potencial aliança entre o PCC e “Os Crias” poderia levar uma mudança do equilíbrio de forças e um aumento na violência e na disputa pelo controle do tráfico de drogas e armas na Tríplice Fronteira.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

Se prefeir, leia o texto a seguir no original de Juan Diego Cárdenas no site Insight Crime: Mafias brasileñas se toman el control de la Triple Frontera con Colombia y Perú

Aumento da violência na Colômbia e na fronteira do Peru devido à presença de gangues brasileiras

Uma onda de assassinatos na área da tríplice fronteira Colômbia-Brasil-Peru levantou preocupações sobre o poder crescente de grupos brasileiros e a violência que podem cometer para controlar este importante corredor do narcotráfico.

Duas pessoas foram mortas e outras duas ficaram feridas entre 24 e 26 de março em Letícia, capital do departamento do Amazonas, na Colômbia, segundo o jornal local La Silla Vacía. Um cidadão colombiano também foi morto em Tabatinga, cidade do lado brasileiro da fronteira com Letícia.

Os autores dos ataques permanecem desconhecidos, mas as autoridades acreditam que eles estejam ligados a grupos brasileiros de Tabatinga que conseguiram se estabelecer na Colômbia, informou o jornal.

A crescente violência na tríplice fronteira e o papel de “Os Crias”

O aumento da violência em Letícia e na tríplice fronteira é resultado de uma combinação explosiva. Grupos brasileiros estão fortalecendo suas posições no narcotráfico local, e a Colômbia está sentindo as consequências.

As investigações de campo da InSight Crime revelaram que a recente violência em Letícia é fruto de uma disputa entre o Comando Vermelho (CV), a organização criminosa mais antiga do Brasil, e “Os Crias”, uma emergente gangue brasileira.

“Os Crias” surgiram da Família do Norte (FDN), terceira maior organização criminosa do Brasil, e lutaram com ela pelo controle de Tabatinga em 2021. Antes de 2020, a FDN controlava a região.

Conflitos entre “Os Crias” e o Comando Vermelho

“Os Crias” venceram a FDN, mas seu domínio foi rapidamente contestado pelo Comando Vermelho, que se aliou a grupos colombianos, incluindo os Caqueteños, para travar uma nova guerra em 2022. “Os Crias” foram derrotados, e o Comando Vermelho assumiu o controle da cidade, mas seus membros continuam sendo mortos em ambos os lados da fronteira.

O ressurgimento dos Caqueteños e a complexidade do cenário criminal

Embora os Caqueteños fossem considerados inativos, o grupo parece estar operando novamente por meio de grupos dissidentes, disseram fontes ao InSight Crime.

Ascensão da Tropa Castelar: Mistério e Violência em Sorriso MT

A Tropa Castelar, uma facção criminosa formada por ex-integrantes do Comando Vermelho, surge em Mato Grosso, aliando-se ao Primeiro Comando da Capital. Com o enfraquecimento do CV, a Tropa Castelar busca ganhar espaço no cenário criminal.

Tropa Castelar: como ficará a Cidade Tranquila do Passado

Sorriso, uma cidade situada nas vastidões do estado de Mato Grosso, é célebre por sua fértil produção agrícola e pela amabilidade que emana de sua população.

Com aproximadamente 100 mil almas, Sorriso ostenta o título de capital nacional do agronegócio e se orgulha de sua pujante economia.

Entretanto, as sombras da inquietação pairam sobre a cidade, pois sua paz é agora ameaçada pelo surgimento da Tropa Castelar, uma facção criminosa composta por ex-integrantes do temível Comando Vermelho.

A Tropa Castelar e a Guerra pelo Poder

A Tropa Castelar, oriunda do momento em que alguns membros do Comando Vermelho decidiram renegar sua lealdade e formar um grupo independente, selou um pacto com o Primeiro Comando da Capital, o poderoso antagonista dos CVs.

Inicialmente, a Tropa Castelar carecia de recursos monetários, armas e efetivo, o que parecia conduzi-los ao infortúnio.

Todavia, o PCC enxergou uma oportunidade de fragilizar o Comando Vermelho e optou por unir-se à Tropa Castelar, fortalecendo-os e engendrando uma ameaça inédita para Sorriso.

Infiltrados na Polícia Militar

A Tropa Castelar não só adquiriu força com a aliança sinistra com o PCC, como também logrou infiltrar informantes nas entranhas da Polícia Militar.

Um terceiro sargento foi aprisionado recentemente, acusado de compartilhar informações sigilosas com seus comparsas e até mesmo de “delatar” camaradas de farda.

Essa situação gerou um clima de consternação e instabilidade no sistema de segurança pública da cidade.

Infiltrados na Sociedade

Revelando a extensão, ousadia e a influência maligna da Tropa Castelar, um jornalista da cidade de Peixoto de Azevedo enredou-se com a facção criminosa, transportando drogas da região Norte para Cuiabá em um veículo da imprensa e servindo como informante do grupo.

O jornalista, Juvenilson, lançava mão de sua posição e das viagens frequentes à capital em um carro de imprensa para convencer seus comparsas de que seria “improvável ser interceptado por viaturas policiais”.

Operação Recovery: Tentativa de Restaurar a Ordem

Perante o caos, a Polícia Civil desencadeou a “Operação Recovery”, com o propósito de capturar membros do Comando Vermelho responsáveis pelo tráfico de drogas e homicídios em Sorriso.

No total, 34 pessoas foram presas e R$ 1 milhão em bens da facção foram confiscados. Com o CV debilitado, a Tropa Castelar, agora respaldada pela facção PCC, busca se impor na cidade.

Tropa Castelar: O Caso de Elvis e sua Garota

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

Em um infortúnio recente, repleto de violência e desespero, um veículo Chevrolet Vectra empreendeu uma perseguição sombria à motocicleta pilotada por um homem chamado Elvis, que levava consigo uma garota na garupa.

Ao longo do sinistro embate, o condutor do automóvel, movido por uma inescrutável determinação, arremessou o veículo em direção à motocicleta, resultando na queda trágica do casal ao chão, sob o olhar indiferente da noite.

Elvis, suspeito de fazer parte da infame organização criminosa Comando Vermelho, fora escolhido como alvo pelos ocupantes do Vectra, membros da enigmática e temida Tropa Castelar.

De forma inesperada, o motorista do Vectra perdeu o controle de seu veículo, colidindo com um poste e provocando danos à estrutura, como se as próprias forças das trevas conspirassem contra ele.

Com um ar sombrio e impiedoso, ele e seu cúmplice desceram do automóvel e, em um ato de fria brutalidade, executaram Elvis com uma série de disparos que ecoaram pela eternidade.

A garota, porém, foi poupada pelos criminosos, como se o destino houvesse intervindo em seu favor.

Ela foi socorrida pelos Bombeiros e até o presente momento, os perpetradores desse hediondo ato permanecem ocultos nas sombras, aguardando o desfecho de seu nefasto enredo.

leia texto base: Membro do Comando Vermelho é morto por integrantes de facção rival em Sorriso

Tren de Aragua: a Intrigante História da Multinacional do Crime

Tren de Aragua e facção PCC 1533, suas dinâmicas financeiras, influência no sistema prisional e desafios para o combate ao crime organizado na América Latina.

Tren de Aragua, uma entidade sombria do crime organizado, expande sua influência além das fronteiras venezuelanas, mostrando um poderio ameaçador. Nas páginas que se seguem, exploramos suas ligações com o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), revelando uma teia de crimes que se estende por continentes. Desvende conosco os mistérios e estratégias desse império criminal, um convite à compreensão de uma realidade que transcende a ficção e desafia a ordem global.

Queremos ouvir suas impressões! Comente no site, compartilhe suas reflexões e junte-se ao nosso grupo de leitores. Ao divulgar em suas redes sociais, você ajuda a ampliar nossa comunidade de apaixonados por literatura criminal. Sua participação é essencial para fomentar debates enriquecedores sobre esta intrigante história.

Após o carrossel de artigos no final do texto há as análises detalhadas sobre a obra, todas feitas por Inteligência Artificial.

Público-Alvo:
– Leitores interessados em segurança pública e crime organizado.
– Estudantes e pesquisadores em criminologia, sociologia e direito.
– Profissionais da área de segurança, como policiais e analistas.
– Jornalistas e escritores que cobrem temas relacionados a crime e justiça.

Revelando os Segredos e Conexões do Tren de Aragua com o Primeiro Comando da Capital

No mundo do crime organizado, desponta uma entidade aterradora, conhecida como Tren de Aragua. Originário do claustrofóbico e violento presídio de Tocorón, em Aragua, Venezuela, este grupo criminoso transcende os limites do imaginável, transformando-se numa verdadeira multinacional do delito. Nesta narrativa, caros leitores, convido-os a mergulhar nas profundezas desta organização que desafia as fronteiras e a própria lei, numa viagem que promete ser tão obscura quanto elucidativa.

O Tren de Aragua, um nome até então desconhecido para muitos abaixo da linha do Equador, nasceu nos corredores sufocantes dos cárceres venezuelanos. Não se contentando com a atuação restrita aos muros de concreto e arame farpado, o grupo expandiu seus tentáculos predatórios além das fronteiras de seu berço, infestando comunidades vulneráveis e a própria estrutura do governo venezuelano, lançando um manto de desconfiança e terror sobre seus governantes, autoridades e militares.

Juan Carlos Buitrago, um general da polícia colombiana, ecoa essa suspeita de conivência estatal com o crime organizado. Ele argumenta que a corrupção nas forças públicas e políticas não apenas acalentou o berço de grupos como o Tren de Aragua e seu parceiro brasileiro, o Primeiro Comando da Capital, mas também se beneficiou deles, direta ou indiretamente.

Ascensão do Mal: Dos Cárceles e Barrios para o Mundo

Imerso na opressiva penumbra e nas intermináveis horas de ócio, tanto nas celas sufocantes dos presídios quanto nos precários ranchos de madeira com telhados de zinco nos bairros marginalizados, o Tren de Aragua aperfeiçoou a arte sinistra da diversificação criminosa.

De tráfico de drogas e ouro a exploração humana, suas operações estendem-se da Costa Rica à Argentina, alcançando até mesmo o Brasil. O grupo transformou-se em uma hidra de múltiplas cabeças, cada uma alimentando-se do caos e da desordem que semeia por onde passa.

O impacto do Tren de Aragua no cenário criminal internacional é marcado por um rastro de sangue da violência de suas guerras e do poder de suas alianças.

A sua entrada noutros países causou confrontos, mas também ligações com outros grupos criminosos. Em 2022 na Colômbia, por exemplo, ocorreram confrontos com o Ejército de Liberación Nacional ELN (do qual também participou a Polícia Nacional), que resultaram numa onda de homicídios no Norte de Santander. Por outro lado, no Brasil o grupo está ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), reconhecido como a maior organização criminosa do país, e há cerca de 700 integrantes do Trem no PCC. —

Vanesa López Romero – Why Does the Tren de Aragua Feed Xenophobia Towards Venezuelan Migrants?LatinAmerican Post

A poderosa aliança com o PCC 1533

A fusão dessas duas potências do mundo do crime desnuda uma realidade: o submundo desconhece fronteiras. No coração dessa teia internacional de crimes, o Tren de Aragua e o PCC emergem não apenas como organizações criminosas, mas como símbolos de uma era onde a criminalidade se globalizou, as alianças são tão voláteis quanto lucrativas, e a violência é a moeda de troca em um mercado sombrio que prospera nas sombras da sociedade.

Diante deste panorama caótico, emerge a indagação: qual será o limite do alcance dessas organizações? E, mais crucialmente, quem terá a capacidade de contê-las?

REPORTAJE | Mafia brasileña operaría en Chile con nexos al Tren de Aragua – CHV Noticias

Tren de Aragua Explorando a Crise dos Refugiados Venezuelanos

A organização criminosa Tren de Aragua evidenciou uma sagacidade sinistra ao capitalizar sobre a crise humanitária na Venezuela, uma tragédia que mergulhou milhões de seus compatriotas no abismo da pobreza extrema. Esta crise se tornou a mola propulsora que alavancou a expansão de suas operações malignas para pelo menos outros oito países latino-americanos.

No êxodo massivo dos venezuelanos que fugiram de seu país, membros do Tren de Aragua encontraram um terreno fértil para expandir suas atividades ilícitas. Esta exploração oportunista da crise revela um panorama tenebroso, onde organizações como o Tren de Aragua e a facção paulista PCC 1533 aram as terras da desgraça, território marcado pela vulnerabilidade das populações marginalizadas. Essas terras são regadas pela ambição desmedida que vai desde pequenos empresários até grandes corporações, e pela corrupção endêmica que permeia os poderes políticos e militares em várias nações sul-americanas.

O poder dos grupos criminosos Tren de Aragua e o Primeiro Comando da Capital prova que a estrutura econômica e política de um país tem o poder de transformar gangues em exércitos criminosos transnacionais e em substitutos violentos do Estado em comunidades.

A solução, embora necessária, parece um horizonte distante. Exigiria uma intervenção governamental decisiva, focada em garantir igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. No entanto, em uma realidade onde a negação da verdade impera, o espaço para enfrentar as verdadeiras mazelas – a desigualdade social, a pobreza estrutural, as condições degradantes das prisões, e a violência estatal, paramilitar e criminosa – se estreita. Esses são os fatores que nutrem e fortalecem as organizações criminosas latino-americanas.

As propostas populistas, efêmeras e impulsivas como o sangue que jorra de uma ferida aberta, drenam a vitalidade do tecido social. Este esvaziamento progressivo enfraquece a sociedade, deixando-a vulnerável e incapaz de se opor a organizações como o Tren de Aragua e o PCC. Estes grupos, já evoluídos para exércitos criminosos transnacionais, atuam como substitutos violentos e dependentes do Estado em comunidades abandonadas e esquecidas.

A organização criminosa venezuelana e a exploração sexual

A faceta mais sombria do Tren de Aragua é, talvez, sua participação no tráfico humano para exploração sexual, vitimando majoritariamente mulheres e meninas. Elas são recrutadas através de redes sociais e falsas promessas de emprego, atraindo-as com oportunidades de trabalho em residências particulares, restaurantes e salões de beleza.

Aquelas pobres almas aprisionadas durante tentativas desesperadas de fuga são submetidas a uma violência extrema, incluindo assassinatos macabros. Estes atos nefastos ressoam como um aviso tenebroso para aquelas que ousam sonhar com a liberdade. A gênese deste nicho de mercado sinistro germinou em 2009, no âmago da sofrida construção do sistema ferroviário venezuelano em Aragua. Foi ali, nas sombras do trabalho árduo, que um sindicato de trabalhadores vislumbrou uma oportunidade suja e sórdida de auferir lucros nas trevas do tráfico humano.

Uma vez que as mulheres chegam a países como Brasil, Colômbia, Chile, Argentina, Peru e Suriname, os criminosos confiscam seus documentos e as forçam a serviços sexuais para “pagar” pelo transporte e acomodação. O Tren de Aragua, um dos principais operadores desse mercado, conhece cada trilha escura em meio à floresta amazônica, cada viela que passa pelos pancadões das grandes cidades do Norte do Brasil, cada beco sombrio nos “barrios” de Medellín, e cada ruela esquecida e sem saneamento nas colinas de Valparaíso.

Esse sinistro conhecimento permite ao Tren de Aragua dominar as rotas migratórias e fortalecer os perversos laços de corrupção com as autoridades locais, que se alimentam vorazmente da exploração e dela extraem seus benefícios macabros. A teia de exploração se estende tanto pelo Tren de Aragua quanto por entidades menores, porém igualmente sombrias, como a Dinastía Alayón na Colômbia e os clãs familiares que assombram a Bolívia e a Venezuela. A polícia peruana desnudou ao público as entranhas dessa operação ao desferir um golpe contra este submundo em Lima. Em outubro de 2023, em uma operação que abrangeu quarenta e duas casas de prostituição, trinta membros, incluindo líderes da Dinastía Alayón, foram capturados, pondo fim a um ano de atividades criminosas no país.

Além das venezuelanas, a escuridão da exploração estende seus tentáculos para alcançar outras vítimas, envolvendo mulheres de várias nacionalidades em sua teia sombria. Em Lima, durante uma operação que desvelou os véus desse submundo, mulheres colombianas foram encontradas entre as aprisionadas, revelando a amplitude transnacional deste flagelo.

Nas profundezas isoladas da Amazônia, um cenário igualmente lúgubre se desdobra, onde mulheres Yanomamis são exploradas em ‘cabarés’ que pontilham áreas de garimpo. Marco Bontempo, delegado da Polícia Federal do Brasil, destaca que a chegada de grupos criminosos estrangeiros nessas áreas introduziu uma nova camada de organização e uma violência ainda mais brutal, transformando esses locais em cenários de desolação e desespero.

Segundo o relato do jornal boliviano El Deber, o tráfico de mulheres para exploração sexual constituem a principal veia de sustento dos integrantes do Tren de Aragua. Eles operam com sinistra destreza principalmente na fronteira norte do Chile, para onde arrastam suas vítimas, mulheres arrancadas das profundezas da Bolívia. Mas a sua teia de terror se estende ainda mais, com emissários – sombras errantes nas cidades – que se infiltram em locais como Santa Cruz de la Sierra, La Paz, Cochabamba e Oruro, recrutando, com promessas vazias, mulheres venezuelanas e colombianas. Estas infelizes almas, envoltas em desespero, são então tragadas pelo abismo sem fim da exploração, um destino marcado pela escuridão inescapável.

O Tren de Aragua como multinacional do crime

Tren de aragua e Aliança com o PCC no Brasil

No Chile, o Tren de Aragua estabeleceu e passou a disputar uma posição de destaque, competindo ou em parceria os grupos Cartel de Sinaloa, Jalisco, Nova Geração do México, o cartel do Golfo da Colômbia, o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital.

Em território brasileiro sua principal função é na região fronteiriça norte fornecer armas e drogas e intermediar prostituição com mão de obra imigrante.

Comparação entre as organizações criminosas

Origem, Estrutura e Financiamento

A seguir, permitam-me comparar a origem, a estrutura e o financiamento da organização Tren de Aragua e seu aliado brasileiro, o Primeiro Comando da Capital.

O Nascimento e Raízes no Sistema Prisional

Meus caros amigos, o Tren de Aragua, surgiu como uma quadrilha composta por aproximadamente 5.000 homens, originária do presídio de Tocorón.

11. O Primeiro Comando da Capital — P.C.C. fundado no ano de 1993, numa luta descomunal e incansável contra a opressão e as injustiças do Campo de Concentração “anexo” à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, tem como tema absoluto “a Liberdade, a Justiça e a Paz”.

Estatuto do PCC original de 1997

Com o passar do tempo, a organização se envolveu em diversas atividades criminosas, como extorsão, prostituição, assassinato, roubo, narcotráfico, lavagem de ouro e contrabando.

De acordo com a jornalista Ronna Rísquez, que investigou o grupo durante três anos, foi a partir deste núcleo carcerário que eles conseguiram se estabelecer como uma poderosa força criminosa, controlando aspectos da vida cotidiana em algumas áreas e influenciando decisões de governos locais e de forças federais de segurança.

É interessante notar a semelhança entre as origens do grupo criminoso Tren de Aragua e do Primeiro Comando da Capital, pois ambos surgiram dentro do sistema prisional de seus respectivos países, a Venezuela e o Brasil.

Esta circunstância comum ilustra como as prisões servem como berço para o desenvolvimento de organizações criminosas em todo o mundo.

Fatores que Contribuem para o Surgimento de Grupos Criminosos nas Prisões

Existem diversas razões pelas quais os sistemas prisionais podem ser propícios para o surgimento de grupos criminosos como o Tren de Aragua e a facção paulista PCC:

  1. Condições Precárias: Muitas prisões na América Latina enfrentam problemas de superlotação, falta de higiene e violência, condições desumanas que podem levar os detentos a buscar proteção e apoio em grupos criminosos organizados.
  2. Falta de Controle e Corrupção: A falta de controle efetivo por parte das autoridades prisionais e a corrupção entre os funcionários podem facilitar a atuação desses grupos criminosos dentro das prisões, incluindo a permissão para a entrada de itens ilícitos e o estabelecimento de esquemas de extorsão.
  3. Redes e Conexões: As prisões servem como pontos de encontro para criminosos de diferentes origens, permitindo a formação de alianças e a troca de informações, habilidades e recursos. Essas conexões podem ser úteis para expandir e fortalecer as atividades criminosas.
  4. Radicalização e Recrutamento: A exposição a ideologias extremistas e criminosas dentro das prisões pode levar a um processo de radicalização e recrutamento de novos membros, resultando no crescimento e fortalecimento de grupos criminosos.
A Importância das Reformas no Sistema Prisional

As semelhanças entre as origens e a manutenção do poder pelo Tren de Aragua e pela facção PCC ressalta a importância de abordar as falhas do sistema prisional e buscar reformas para prevenir o surgimento de organizações criminosas dentro dos cárceres, tanto para impedir que outros grupos surjam, como para encerrar o recrutamento e o financiamento dos grupos já existentes.

A taxa de homicídios na Venezuela e no Brasil

A taxa de homicídios no país é alarmante, chegando a 40,4 por 100.000 habitantes. Cinco dos sete principais estados com as taxas mais altas estão localizados na zona centro-norte do país, onde gangues se espalham por todo território.

Um estudo publicado pelo site Insight Crime afirma que a violência nessas áreas é conduzida não pelos maiores grupos do crime organizado como o Tren de Aragua, mas sim por pequenas gangues de rua predatórias.

No entanto, outro ponto do mesmo estudo afirma que a região norte do Chile Tarapacá viu um aumento significativo na taxa de homicídios enquanto o contrabando de imigrantes é controlado pelo Tren de Aragua.

Isso nos leva a uma comparação interessante com a abordagem adotada pelo Primeiro Comando da Capital no Brasil.

Ambos os grupos, Tren de Aragua e PCC, buscam manter a paz entre as gangues e reduzir as taxas de homicídios em seus territórios, tendo a organização criminosa brasileira adotado o lema “Paz entre Bandidos” ou Pacificação, reduzindo as taxas de homicídios em todos os estados onde obteve hegemonia.

O estado de São Paulo, berço do Primeiro Comando da Capital e há muito pacificado, é um dos lugares mais seguros do país, no entanto, locais em que mantém a Guerra entre Facções para domínio territorial com altos índices de homicídios.

No entanto, mesmo que a informação de que o Tren de Aragua não está impulsionando diretamente o aumento da taxa de homicídios esteja correta, pode ser que ocorra uma guerra pela hegemonia com outros grupos menores ou dissidentes, o que pode estar contribuindo para o aumento da violência nessas áreas, assim como ocorre em muitas regiões do Brasil entre a facção paulista e seus inimigos.

Financiamento dos Grupos Criminosos

Caros amigos, os métodos de financiamento empregados pelas duas notórias organizações criminosas: o Primeiro Comando da Capital, e o Tren de Aragua.

Métodos de Financiamento do PCC

O PCC, uma organização criminosa originária do Brasil, recorre a diversas estratégias para financiar suas atividades ilícitas.

A lista que eu coloco abaixo é a tradicionalmente aceita, no entanto, em 2022 a organização criminosa mudou seu método de financiamento.

A mensalidade deixou de ser cobrada, sendo substituída por dinheiro do fluxo de drogas e a rifa foi substituída pelo jogo do bicho.

  • Mensalidades (Cebola): Membros do PCC são obrigados a pagar uma mensalidade regular, conhecida como “cebola”, que serve como contribuição financeira à organização. Esses pagamentos auxiliam no financiamento das atividades criminosas do grupo e no apoio a membros encarcerados e suas famílias.
  • Rifas: O PCC também realiza rifas entre seus membros e simpatizantes, com prêmios em dinheiro ou bens. As rifas são usadas para arrecadar fundos adicionais e fortalecer o vínculo entre os membros da organização.
  • Contribuição sobre ações criminosas: Membros do PCC que participam de atividades criminosas, como tráfico de drogas, roubos e sequestros, são obrigados a compartilhar uma porcentagem dos lucros com a organização. Essa contribuição ajuda a financiar a estrutura da organização e a garantir a lealdade dos membros.

Em suma, o financiamento dessa organização criminosa é diversificado e complexo, ao contrário do Tren de Aragua.

Métodos de Financiamento do Tren do Aragua

O Tren de Aragua financia suas atividades principalmente através da extorsão da população carcerária, cobrando uma taxa semanal de cerca de 15 dólares por preso, o que gera uma receita significativa para o grupo.

Aqueles que não pagam enfrentam violência, dormem ao relento ou recebem pouca ou nenhuma alimentação.

A análise desses métodos de financiamento é crucial para entender como esses grupos criminosos operam.

Os diversos entes de combate ao Primeiro Comando da Capital no Brasil focam há pelo menos 20 anos, suas ações na tentativa de estancar o financiamento do grupo, mas, a exemplo da mudança que ocorreu em 2022, as fontes e os métodos são mudados para dificultar caírem.

 Análise do Fenômeno destes Grupos Criminosos

Caros amigos, permitam-me apresentar uma análise pessoal do fenômeno do crime organizado, com foco nas organizações criminosas PCC e Tren de Aragua.

Dinâmicas Financeiras e Resiliência dos Grupos Criminosos

Ambas as organizações, PCC e Tren de Aragua, dependem de várias fontes de financiamento para sustentar suas atividades criminosas e manter a lealdade de seus membros.

Enquanto o PCC utiliza uma combinação de mensalidades, rifas e contribuições de ações criminosas, o Tren de Aragua foca principalmente na extorsão da população carcerária.

A diversidade das fontes de financiamento do PCC pode ser vista como uma vantagem em termos de resiliência e adaptação às mudanças nas condições e repressão das autoridades.

A Influência do Sistema Prisional na Formação de Grupos Criminosos

A extorsão da população carcerária pelo Tren de Aragua demonstra o controle e a influência que a organização tem dentro do sistema prisional venezuelano, semelhante ao controle exercido pelo PCC no Brasil, só que a facção brasileira criou a ideia de família e conquistou o domínio através de muito sangue, mas a fidelidade através de uma filosofia de apoio mútuo e de criação de inimigos comuns: estado e seus representantes, e integrantes de outros grupos criminosos.

Ambos os grupos, no entanto, conseguiram explorar as falhas e a corrupção dos sistemas prisionais para gerar renda e soltados, e fortalecer sua posição no mundo do crime fora das muralhas dos presídios.

Conclusão e Perspectivas

Em conclusão, apesar das diferenças nas formas específicas de financiamento, o PCC e o Tren de Aragua compartilham uma habilidade de aproveitar as oportunidades dentro e fora das prisões para sustentar suas atividades criminosas e expandir seu alcance.

Essa análise destaca a necessidade de abordagens eficazes e abrangentes no combate ao crime organizado e na reforma dos sistemas prisionais na América Latina.

A compreensão das dinâmicas sociais e financeiras desses grupos criminosos é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias de segurança eficientes.

Além disso, é imperativo investir em programas de prevenção, reabilitação e reintegração de indivíduos envolvidos no crime, bem como promover a transparência e a responsabilização das instituições prisionais e policiais.

Somente através de uma abordagem global e fundamentada em evidências poderemos combater com sucesso o crime organizado e promover uma sociedade mais justa e segura para todos.

para ler o texto base do artigo: In Brazil, the gang has made a notable alliance with the main armed group, First Command of the Capital, around arms sales and prostitution.

Análise de IA do artigo: “Tren de Aragua: a Intrigante História da Multinacional do Crime”

TESES DEFENDIDAS PELO AUTOR E AS RESPECTIVAS CONTRATESES

  1. Origem Prisional e Expansão Transnacional: Tese de que tanto o Tren de Aragua quanto o PCC se originaram dentro do sistema prisional e conseguiram expandir suas operações para além das fronteiras nacionais, tornando-se organizações criminosas transnacionais.
    • Contra-Argumento: Pode-se argumentar que a expansão transnacional desses grupos não é apenas resultado de sua origem prisional, mas também de uma série de fatores socioeconômicos e políticos complexos que transcendem o ambiente prisional.
  2. Conivência Estatal e Corrupção: Afirma que a corrupção nas forças públicas e políticas facilitou o crescimento dessas organizações criminosas.
    • Contra-Argumento: Um possível contra-argumento seria que, embora a corrupção contribua para o fortalecimento desses grupos, ela não é a única facilitadora. Aspectos como desigualdade econômica, pobreza e falta de oportunidades educacionais e de emprego também desempenham um papel crucial.
  3. Diversificação Criminosa: A tese de que o Tren de Aragua diversificou suas atividades criminosas, abrangendo desde o tráfico de drogas até a exploração humana.
    • Contra-Argumento: Poderia ser argumentado que a diversificação das atividades criminosas é uma resposta à crescente pressão e medidas de segurança por parte das autoridades, obrigando esses grupos a adaptarem-se para sobreviver.
  4. Impacto da Crise Humanitária: Sugere que a crise na Venezuela proporcionou um ambiente propício para a expansão do Tren de Aragua, explorando os refugiados venezuelanos.
    • Contra-Argumento: Uma visão alternativa seria que a crise humanitária é apenas um dos muitos fatores que contribuem para a expansão de organizações criminosas, e que focar exclusivamente nesse aspecto negligencia outras causas fundamentais.
  5. Necessidade de Reforma Prisional: Enfatiza a importância de reformar os sistemas prisionais para prevenir o surgimento e fortalecimento de organizações criminosas.
    • Contra-Argumento: Enquanto a reforma prisional é crucial, é apenas uma parte da solução. Estratégias mais abrangentes, incluindo melhorias na educação, oportunidades econômicas e sistemas judiciais, são igualmente importantes.
  6. Financiamento Complexo e Adaptação: Observa que o financiamento dessas organizações é diversificado e adaptável, complicando os esforços para desmantelá-las.
    • Contra-Argumento: Embora o financiamento seja complexo, esforços coordenados e inteligência financeira podem ser eficazes na perturbação dessas redes.

As teses apresentadas no texto destacam a complexidade e o alcance das organizações criminosas como o Tren de Aragua e o PCC. Contudo, os contra-argumentos sugerem que uma compreensão mais holística dos problemas subjacentes e uma abordagem multifacetada são necessárias para abordar efetivamente o crime organizado.

Análise sob o ponto de vista factual e de precisão

  1. Origem e Atuação do Tren de Aragua: A descrição do Tren de Aragua como uma organização criminosa originária de um presídio na Venezuela que se tornou transnacional é factual, baseada em relatórios de inteligência e notícias. A expansão além das fronteiras nacionais é um fenômeno bem documentado.
  2. Conivência Estatal: A alegação de que a corrupção nas forças públicas e políticas facilitou o crescimento de organizações criminosas é uma crítica comum em discussões sobre crime organizado. A citação de Juan Carlos Buitrago adiciona credibilidade, mas é importante verificar se ele é uma fonte confiável e se sua afirmação é corroborada por evidências.
  3. Diversificação Criminosa: A diversidade de atividades criminosas, incluindo tráfico de drogas e ouro, bem como exploração humana, é consistente com o que se sabe sobre cartéis e sindicatos do crime. No entanto, detalhes específicos requerem verificação para precisão.
  4. Alianças com o PCC: A afirmação de que o Tren de Aragua tem laços com o PCC e que há aproximadamente 700 integrantes do Tren no PCC é uma afirmação específica que requer confirmação por meio de registros de inteligência ou relatórios de segurança.
  5. Expansão Durante a Crise Humanitária: A exploração da crise venezuelana por organizações criminosas é um tema recorrente em relatórios de segurança. No entanto, a extensão e natureza exatas dessa exploração seriam difíceis de determinar com precisão sem dados específicos.
  6. Financiamento do PCC e do Tren de Aragua: As descrições do financiamento do PCC e do Tren de Aragua são plausíveis e alinhadas com padrões conhecidos de atividades criminosas. A mudança nos métodos de financiamento do PCC em 2022 requer verificação para garantir a atualidade.
  7. Condições Prisionais e Crime Organizado: A correlação entre condições prisionais precárias e o surgimento de organizações criminosas é apoiada por estudos e relatórios de organizações de direitos humanos.
  8. Citações e Fontes: O texto utiliza citações e referências a publicações como “LatinAmerican Post” e “CHV Noticias”, que podem ser verificadas para autenticidade e contexto.
  9. Alegações de Exploração Sexual: Alegações de tráfico humano para exploração sexual devem ser tratadas com cuidado e verificadas por meio de investigações e relatórios legais.
  10. Conclusões e Perspectivas: As conclusões finais do texto refletem opiniões e recomendações que são comuns no discurso sobre combate ao crime organizado. Embora a necessidade de abordagens abrangentes seja uma recomendação válida, a implementação e eficácia dessas estratégias variam e são difíceis de medir.

Para uma análise completa, seria necessário acessar relatórios de inteligência, estudos acadêmicos, e dados de agências de aplicação da lei para corroborar as alegações e assegurar que o texto não se baseia em exageros, informações desatualizadas ou interpretações errôneas.

Análise por IA do artigo

  1. Estruturas de Poder e Marginalização: O texto aponta para a maneira como as organizações criminosas, como o Tren de Aragua e o PCC, exploram e aprofundam as divisões sociais existentes, utilizando-se de desigualdades econômicas e políticas para consolidar seu poder. Isso reflete teorias de conflito sociológico que enfatizam como o poder é mantido e expandido através da exploração de grupos vulneráveis.
  2. Globalização e Expansão Transnacional do Crime Organizado: A ascensão e expansão do Tren de Aragua e sua conexão com o PCC destacam os desafios da segurança pública em lidar com redes criminosas que operam além das fronteiras nacionais. As atividades transnacionais das organizações criminosas desafiam a noção de soberania estatal e a eficácia das leis locais, requerendo uma compreensão sociológica das redes além das fronteiras e a cooperação internacional e estratégias de aplicação da lei que ultrapassam as jurisdições locais. A globalização é tipicamente discutida em termos de economia e cultura, mas o texto destaca a globalização do crime.
  3. Conivência Estatal e Corrupção: A alegada conivência entre o crime organizado e o estado sugere que esforços de segurança pública podem ser comprometidos por dentro. Isso ressalta a necessidade de medidas anticorrupção, integridade dentro das forças de segurança e instituições governamentais, e aponta para problemas de legitimidade e autoridade estatal. A corrupção mina a confiança nas instituições e afeta a coesão social, aspectos centrais no estudo da sociologia política.
  4. Diversificação de Atividades Criminosas: A diversidade das operações do Tren de Aragua ilustra a necessidade de uma abordagem multifacetada na segurança pública, que deve adaptar-se para combater uma variedade de atividades ilícitas, desde o tráfico de drogas até a exploração humana.
  5. Anomia e Desvio: A narrativa sugere um estado de anomia, onde normas e valores são enfraquecidos, permitindo que o crime e o desvio floresçam. A ascensão de organizações criminosas pode ser interpretada como uma resposta à falha das estruturas sociais em fornecer estabilidade e segurança.
  6. Impacto Social e Humanitário: O aproveitamento da crise humanitária venezuelana pelo Tren de Aragua para expandir suas atividades ilícitas aponta para a necessidade de políticas de segurança pública que abordem as causas subjacentes da criminalidade, como pobreza e desigualdade social.
  7. Reformas no Sistema Prisional: A origem prisional de tais organizações criminosas enfatiza a importância de reformar o sistema prisional como um componente crítico da segurança pública, prevenindo que prisões se tornem incubadoras para o crime organizado, reconhecendo a importância das instituições sociais na moldagem do comportamento individual e coletivo.
  8. Métodos de Financiamento e Resiliência: A complexidade e a adaptabilidade no financiamento dessas organizações enfatizam a necessidade de estratégias financeiras de inteligência e contra-lavagem de dinheiro para cortar as fontes de renda do crime organizado, sem deixar de considerar a natureza fluida e adaptável do comportamento criminoso.
  9. Economia Subterrânea: O tráfico de drogas, lavagem de ouro, e outras atividades ilícitas apontam para a existência de uma economia subterrânea robusta. Sociologicamente, isso reflete formas alternativas de capitalismo que operam à margem da lei.
    • Exploração Sexual e Tráfico Humano: A participação no tráfico humano para exploração sexual requer uma resposta especializada e dedicada das autoridades de segurança pública, incluindo unidades de combate ao tráfico de pessoas e proteção de vítimas.
  10. Reabilitação e Reintegração: A menção a programas de prevenção, reabilitação e reintegração reflete uma abordagem mais holística da segurança pública, que vai além da repressão e busca tratar as causas da criminalidade e facilitar a recuperação dos envolvidos.
  11. Transparência e Responsabilização: A ênfase na transparência e na responsabilização das instituições prisionais e policiais é vital para a confiança do público na segurança pública e para o funcionamento efetivo do combate ao crime.
  12. Subculturas Criminosas: O surgimento de grupos como o Tren de Aragua e o PCC dentro de prisões sugere a formação de subculturas criminosas. Estas subculturas têm seus próprios valores, normas e identidades, e podem fornecer um senso de pertencimento e propósito para seus membros.
  13. Violência e Gênero: A exploração sexual de mulheres e meninas destaca questões de gênero e poder. O uso da violência e da coerção nas operações de tráfico humano reflete padrões mais amplos de opressão de gênero e desigualdade.
  14. Teorias de Controle Social: O texto indiretamente alude às teorias de controle social, sugerindo que o enfraquecimento dos mecanismos de controle social, como família, escola, e comunidade, pode levar a um aumento do crime e desvio.

O artigo sublinha os intrincados obstáculos que se impõem à segurança pública diante do crime organizado globalizado. Ele advoga por uma estratégia coordenada e fundamentada em dados concretos como essencial para superar eficazmente tais redes ilícitas. Além disso, a dissecção sociológica do conteúdo desenterra as ligações complexas que entrelaçam o crime organizado às estruturas sociais, à desigualdade e à globalização, bem como às necessárias contramedidas institucionais. O crime organizado transcende a mera questão jurídica, constituindo-se como um fenômeno arraigado nas interações sociais, cujo entendimento abrangente e detalhado é facilitado pelas ferramentas analíticas oferecidas pela sociologia.

O Tren de Aragua, nascido dentro das condições opressivas do sistema prisional venezuelano, é um exemplo de como as subculturas criminosas podem florescer e se estabelecer como instituições paralelas à sociedade. A expansão de suas atividades para além das fronteiras nacionais reflete as características de adaptação e resiliência cultural que são comuns em estruturas sociais humanas, ainda que operem à margem da lei.

A aliança com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a inserção nas dinâmicas sociais e econômicas de diferentes países ilustram a fluidez com que essas culturas criminosas operam em um mundo globalizado. Estas organizações não apenas desafiam a soberania dos Estados, mas criam suas próprias normas e códigos de conduta que, em muitos casos, preenchem o vácuo deixado por instituições estatais em comunidades desassistidas.

A exploração da crise humanitária venezuelana pelo Tren de Aragua aponta para uma capacidade de capitalizar sobre as vulnerabilidades sociais e econômicas, enquanto a exploração sexual transnacional revela um padrão complexo de relações de poder, gênero e economia que cruzam fronteiras nacionais e culturais.

A partir de uma perspectiva antropológica, o fenômeno do crime organizado pode ser entendido não apenas como uma série de atividades ilegais, mas também como uma manifestação de estruturas sociais alternativas que surgem e se sustentam através de interações humanas complexas e relações de poder. Tais estruturas frequentemente refletem e reagem às condições econômicas, ao abandono institucional e às dinâmicas políticas mais amplas em que se inserem.

O reconhecimento da influência do sistema prisional na formação dessas organizações criminosas destaca a importância dos rituais, hierarquias e sistemas de crença que são formados dentro das paredes da prisão e que são transportados para o mundo exterior. Essas práticas culturais internas do crime organizado têm implicações significativas para as estratégias de segurança pública e para a implementação de reformas penitenciárias.

A análise antropológica do Tren de Aragua e do PCC revela a necessidade de entender o crime organizado como um entrelaçamento de práticas culturais, relações sociais e políticas econômicas. Ao fazer isso, podemos começar a desenvolver respostas mais informadas e culturalmente sensíveis que vão além do combate ao crime e buscam entender e transformar as condições subjacentes que dão origem a essas poderosas entidades criminosas.

Análise sob o ponto de vista da Filosofia

Ontologia lida com a natureza do ser e da existência. Aqui, o Tren de Aragua e o PCC podem ser vistos como entidades ontológicas que questionam os limites da soberania do Estado e dos quadros legais. A existência desses grupos desafia o conceito tradicional de Estado-nação e seu monopólio sobre a violência, bem como a noção de territorialidade, operando além das fronteiras e estabelecendo uma presença que é sentida globalmente.

Existencialismo postula que os indivíduos criam significados em suas vidas através de escolhas e ações. Essa filosofia pode ser aplicada aos membros individuais dessas organizações criminosas que encontram propósito e identidade dentro desses grupos. Suas ações, embora fora dos limites legais, são expressões de sua existência e tentativa de se afirmarem em um mundo que percebem como opressor ou injusto.

Teoria do Contrato Social normalmente discute o acordo entre os governados e o governo. No caso do Tren de Aragua e do PCC, poder-se-ia argumentar que representam um tipo diferente de contrato social, um que é firmado pelos marginalizados e aqueles que estão fora da ordem social tradicional. Este contrato não é com um Estado, mas dentro de uma estrutura de poder alternativa que oferece sua própria forma de governança, proteção e justiça – embora por meios ilegais.

O texto pode ser visto como uma documentação do surgimento de sociedades paralelas com suas próprias regras, estruturas e sistemas econômicos, que coexistem ao lado das oficiais. Essas organizações tornam-se quase como um Estado dentro de um Estado, fornecendo serviços, impondo suas próprias leis e até mesmo engajando em relações internacionais de certa forma através de alianças e conflitos.

Em um sentido mais amplo, a existência e persistência de tais organizações provocam questões sobre a natureza do poder, governança e organização social. Elas nos obrigam a considerar como as estruturas sociais se formam e evoluem, e como estruturas alternativas surgem quando as oficiais falham em atender às necessidades ou ganhar a lealdade de certos segmentos da população.

Assim, de uma perspectiva filosófica, a narrativa em torno do Tren de Aragua e do PCC se estende além do crime e entra nos domínios do ser, essência e construções sociais. Ela chama em questão as próprias fundações de como as sociedades humanas se organizam e a legitimidade das várias formas de poder e autoridade que emergem dentro dessas sociedades.

Análise do artigo segundo a Teoria da Associação Diferencial

  1. Origem e Ambiente Prisional: Tanto o Tren de Aragua quanto o PCC têm suas raízes nos sistemas prisionais de seus respectivos países. Esses ambientes podem ser considerados espaços de socialização intensa, onde as normas e valores criminosos são transmitidos e reforçados. A superlotação, a violência e as condições precárias das prisões proporcionam um terreno fértil para a formação de laços criminosos e a aprendizagem de comportamentos ilícitos.
  2. Aprendizado e Reforço de Comportamentos Criminosos: As atividades do Tren de Aragua e do PCC, que vão desde o tráfico de drogas até a exploração sexual, indicam um aprendizado e especialização em várias formas de criminalidade. A teoria sugere que tais comportamentos são reforçados e perpetuados dentro do grupo, tornando-se parte integrante da identidade e operação dessas organizações.
  3. Expansão e Adaptação: A capacidade desses grupos de expandir suas operações para além das fronteiras nacionais e de se adaptarem a diferentes contextos sociais e econômicos também pode ser explicada pela Associação Diferencial. À medida que se conectam com outros criminosos e grupos, eles aprendem novas técnicas, adaptam-se a novos ambientes e expandem seu repertório de atividades ilícitas.
  4. Influência Social e Econômica: A teoria também pode explicar como esses grupos exercem influência sobre comunidades e indivíduos vulneráveis, muitas vezes suprindo falhas deixadas pelo Estado. O texto menciona que os grupos agem como substitutos violentos do Estado em comunidades abandonadas, sugerindo que eles preenchem um vácuo de poder e autoridade, influenciando normas sociais e comportamentos.
  5. Desafios para Intervenção e Reforma: Conforme proposto pela Teoria da Associação Diferencial, mudar o comportamento de indivíduos profundamente imersos em culturas criminosas é desafiador. Isso ressalta a necessidade de intervenções que não apenas punam o comportamento criminoso, mas que também reformem os sistemas prisionais, promovam a reabilitação e ofereçam alternativas legítimas de socialização e sustento.

Em suma, a Teoria da Associação Diferencial oferece um quadro valioso para entender a complexidade e a resiliência de organizações criminosas como o Tren de Aragua e o PCC, destacando a importância da influência social e das relações interpessoais no desenvolvimento do comportamento criminoso.

Análise do artigo sob o ponto de vista da linguagem

  1. Escolha de Palavras e Tom: O texto utiliza um vocabulário carregado e expressivo, que contribui para a criação de uma atmosfera densa e sombria. Palavras como “aterradora”, “claustrofóbico”, “violento”, “manto de desconfiança”, e “terror” evocam emoções intensas e pintam um quadro vívido da gravidade e do alcance da influência dessas organizações criminosas.
  2. Uso de Metáforas e Analogias: O autor emprega metáforas potentes, como “tentáculos predatórios” e “hidra de múltiplas cabeças”, para descrever a expansão e a complexidade das operações do Tren de Aragua. Essas figuras de linguagem ajudam a ilustrar conceitualmente a natureza multifacetada e insidiosa dessas organizações criminosas.
  3. Estrutura Narrativa e Fluxo: O texto é estruturado de maneira a conduzir o leitor através de uma jornada narrativa, começando com a origem do Tren de Aragua e progredindo para a sua expansão e impacto. Cada subtítulo introduz um novo aspecto da história, mantendo o interesse e a atenção do leitor.
  4. Persuasão e Argumentação: O autor usa uma mistura de fatos, análises e citações para construir um argumento convincente sobre a natureza e o impacto dessas organizações criminosas. A inclusão de estatísticas, exemplos específicos e declarações de autoridades contribui para a credibilidade do texto.
  5. Apelo Emocional: O texto faz uso estratégico do apelo emocional, especialmente ao descrever as vítimas da exploração e os ambientes degradados em que essas organizações operam. Isso não só humaniza o problema, mas também gera uma resposta emocional no leitor, reforçando a gravidade da situação.
  6. Clareza e Concisão: Apesar da complexidade do assunto, o autor consegue manter uma linguagem clara e direta, facilitando a compreensão do leitor sobre os aspectos multifacetados do crime organizado.
  7. Contextualização: O texto fornece um contexto histórico e social, o que ajuda a situar o leitor no cenário mais amplo das atividades criminosas e suas implicações.
  8. Ritmo e Pacing: O texto é bem equilibrado em termos de ritmo. Ele começa com uma introdução cativante, desacelera para detalhar aspectos específicos da organização criminosa, e depois acelera novamente em segmentos que exigem maior atenção, como a descrição das atividades ilícitas. Essa alternância entre detalhamento e agilidade ajuda a manter o leitor engajado.
  9. Transições e Conexões: As transições entre diferentes tópicos e subseções são suaves e lógicas. O autor utiliza subtítulos que funcionam como marcos, orientando o leitor através das diversas facetas da história. Essa estruturação facilita a compreensão do texto, apesar da complexidade do assunto.
  10. Variabilidade na Estrutura de Sentenças: O texto mistura sentenças curtas e diretas com outras mais longas e descritivas. Essa variedade ajuda a criar um ritmo que mantém o leitor interessado, evitando a monotonia.
  11. Uso de Citações e Dados: A inserção de citações e dados estatísticos é feita de maneira a complementar o fluxo do texto, em vez de interrompê-lo. Esses elementos adicionam profundidade e credibilidade ao conteúdo sem sacrificar o ritmo geral.
  12. Narrativa Envoltiva: O estilo de escrita do autor é imersivo, utilizando uma narrativa que quase se assemelha a uma história de suspense. Isso é eficaz para um assunto complexo e, por vezes, sombrio, como o crime organizado.
  13. Apelo Dramático: O texto emprega um tom dramático em certas partes, especialmente ao descrever as operações e o impacto do Tren de Aragua. Isso funciona para capturar a gravidade da situação, mas sem exagerar na dramatização.
  14. Conclusão Reflexiva: O texto termina com uma conclusão que incita à reflexão, incentivando o leitor a ponderar sobre as implicações mais amplas do crime organizado. Isso proporciona um fechamento eficaz para o artigo.
  15. Tom Narrativo e Dramático: O texto possui um tom narrativo forte, quase cinematográfico, que capta a atenção do leitor. A abordagem é dramática, mas sem exageros, o que ajuda a enfatizar a seriedade e a gravidade do tema.
  16. Descrição Vivaz: A descrição detalhada e vívida dos cenários e personagens confere uma dimensão quase tangível ao texto. Isso é particularmente eficaz ao retratar a atmosfera opressiva das prisões e a natureza sombria das operações criminosas.
  17. Riqueza de Detalhes: O autor não economiza em detalhes, tanto na descrição dos ambientes quanto na apresentação das atividades criminosas. Isso ajuda a criar uma imagem completa e profundamente contextualizada dos eventos e personagens.
  18. Abordagem Reflexiva e Crítica: O texto não se limita a descrever os acontecimentos; ele também reflete sobre as implicações sociais, políticas e humanas do crime organizado. Isso adiciona uma camada de profundidade intelectual ao artigo.
  19. Fluidez e Legibilidade: Apesar da complexidade do assunto, o estilo de escrita é fluido e acessível, tornando o texto legível para um amplo espectro de leitores.
  20. Integração de Múltiplas Perspectivas: O texto inclui várias perspectivas e vozes, desde autoridades policiais até vítimas, o que proporciona uma visão holística do assunto.

Análise da imagem de capa do artigo

Tren do Aragua e o PCC 1533 dominando o Norte


A imagem apresenta três homens em um beco colorido, cada um vestido com roupas que parecem refletir um estilo de vida urbano e talvez até mesmo uma associação com gangues ou grupos criminosos, dada a natureza do texto acompanhante. A saturação de cores é intensa, com tons vibrantes nas paredes, o que poderia ser uma representação artística para destacar a vivacidade e talvez a tensão do cenário. No canto superior direito, há um texto que diz: “TREN DE ARAGUA E PCC 1533 o que une e difere esses dois aliados no mundo do crime Salmos 58:10”.

Esta legenda sugere um foco na comparação e contraste entre duas organizações criminosas conhecidas, o Tren de Aragua e o Primeiro Comando da Capital (PCC 1533), e parece evocar uma conexão ou uma reflexão com uma passagem bíblica, que é incomum e pode ser interpretada como uma escolha de design para agregar profundidade ou ironia, dado o contexto de crime mencionado.

A inclusão de um verso bíblico em tal imagem cria um contraste intrigante entre a espiritualidade e a ilegalidade, possivelmente sugerindo uma reflexão sobre moralidade ou destino dentro do contexto dessas organizações criminosas. Este elemento pode ser um toque dramático para sublinhar a complexidade e a dualidade dos indivíduos envolvidos nesses grupos, ou uma crítica à maneira como tais grupos podem ser romantizados ou demonizados em narrativas e representações culturais.

PCC mata dois CVs em Querência, Mato Grosso, e acaba preso

Gilmar, integrante da facção PCC mata dois CVs que foram vingar a morte de um líder da facção carioca em Porto Alegre do Norte, a 275 km.

Gilmar, PCC na veia, fez justiça com as próprias mãos em Querência, matou o líder daquela quebrada do Comando Vermelho.

Mas Alysson e Gabriel, do CV, na vingança tentaram contra-atacar e foram atrás de Gilmar, só acertaram raspão.

No dia seguinte, Gilmar foi atrás dos dois que tentaram mandá-lo para o inferno e, matou os dois em Porto Alegre do Norte.

A polícia desconfiou que o tiro de raspão era a razão da vingança. Gilmar negou no começo contando uma história cabulosa:

O irmão de um homem que trabalhava com ele em uma fazenda, e que foi morto por uma agente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e agora ele estava sendo ameaçado.

Midia Jur

Não colou não e a polícia logo desconfiou que era conversa. Aí, sabe como é, Gilmar abriu o bico e deu todo o papo reto, que foi ele mesmo: PCC mata dois CVs que foram vingar a morte de outro integrante do Comando Vermelho, e fim.

Família forte e paz nas quebradas é ruim, mas sem isso é só morte

Família forte e paz nas quebradas: o Primeiro Comando da Capital como organização criminosa e não pode ser garantidora da paz. Tá certo, né!

família forte e paz nas quebradas: pacificação

Família forte e paz nas quebradas é papo sério.

Quem me mandou essas ideias foi um leitor do site lá do 31, irmão dos corres e que tem a quebrada no seu coração.

Valeu grandão irmão do 31, pela inspiração e pelas ideias!

Vai um aviso aí! O irmão não falou nada disso, eu que estou dizendo, ele só passou a real do que acontece na quebrada e eu meti o loco nas ideias.

A ganância tomou conta da Família 1533?

O bagulho é o seguinte:

Tá parecendo que a liderança do Primeiro Comando da Capital só tá ligada nos grandes negócios e tão se afastadando dos irmãos nas trancas e nas quebradas.

Mas é perigoso demais seguir por esse caminho, sem cada um, em cada canto, todo mundo fica mais fraco, até mesmo os que hoje tão no topo.

O problema é que, enquanto isso, tem muita gente simples, muita família espalhada por aí sendo abandonada.

Não passa dia sem que alguém fala aqui prá mim que tá abandonado, sem suporte, sem apoio, sem condições de lutar por seus direitos e sua dignidade.

No começo eu só via aqui, mas agora é em todo o mundo, em todas as linguas.

Tá todo mundo vendo as mortes e o fogo no Rio Grande do Norte, consequência do abandono, da divisão da Família 15, e o fim da família forte e paz nas quebradas.

Paz, Justiça, Liberdade, Igualdade e UNIÃO

Família forte e paz nas quebradas não pode ser a solução, mas não existe vácuo no universo, tá ligado?

A união é a chave pra fortalecer a família, pra proteger os nossos irmãos e irmãs em todas as quebradas, em todas as favelas, em todos os cantos desse mundão.

Não é a união pelo crime não.

É a união pela paz e pela liberdade de não ser oprimido pelo mundo do crime, por políticos e pelo estado quando estes só querem sugar nosso sangue.

Então bora fortalecer a família, bora botar em prática a ideia de que um por todos e todos por um é a única forma de vencer as paradas difíceis.

Tamo junto, família!

Essa frase é a que mais ouço, mas é só uma frase que está cada vez mais vazia, mas não pode ser assim não.

Queremos um mundo sem espaço para o Primeiro Comando da Capital

Sabe, quando a gente pensa em um mundo ideal, vem logo à mente um monte de coisas:

  • não teria criminosos,
  • político miliciano,
  • trairagem,
  • guerra entre irmãos,
  • inocentes mortos,
  • opressão do estado e da polícia.

Seria tudo bonito, tudo perfeito, mas aí a gente acorda e se dá conta de que a realidade é bem diferente.

A gente queria ver nossas crianças crescer em bairros bonitos, com escolas boas e saúde pública de qualidade.

A gente queria bons empregos prá nós e para todos, mas isso tudo parece tão distante, tão difícil.

Ainda vai rolar muito sangue e choro antes de chegarmos a um mundo ideal.

É triste, mas é verdade. Enquanto isso, o que podemos fazer é fortalecer a nossa família, nos unir, nos proteger.

Lembra quando a família tava unida, tava forte? Era melhor, não era? Não né!

Tava melhor quando os filhos da periferia eram presos e mortos, sem dó nem piedade, enquanto o avião do presidente Bolsonaro levava de boa drogas da milícia para a Europa. Tá então tá, tua cara, não a minha,

Pode não gostar, mas respeito é bom

Você podia até não gostar da “hegemonia do PCC 1533” no mundo do crime, mas não tinha o que aconteceu no Rio Grande do Norte, não tinha essa violência sem sentido que tá rolando por aí.

Na onde o Primeiro Comando da Capital tá fortalecido, todo mundo ganha com a paz nas ruas.

Tem gente que não liga quando morre um ou dois ou 111, mas cada um que morre nas quebradas ou nas trancas tem famílias, tem crianças, tem pais.

Todo mundo perde, e o mundo fica sempre pior, mais violento, mais triste.

A gente sabe que em um mundo ideal não teria uma organização criminosa como o Primeiro Comando da Capital.

Mas enquanto não chegamos lá, a família garante a segurança, a proteção nas periferias e nas quebradas.

E um dia, quem sabe, a sociedade poderá viver em paz sem a Família 1533, mas para isso, ela vai ter que acordar de seu sonho dourado de achar que só com opressão vai conseguir trazer paz e justiça para todos.

O dinheiro e o poder estão dividindo a Familia 1533

Eu tô ligado que tá difícil, que tá cercado de inimigos, que tem aliados que não seguem as regras, mas mano, é hora de fortalecer nossa comunidade, de unir mais, de ter mais disciplina.

Não é fácil, eu sei, mas a gente não pode deixar a peteca cair. Temos que estar juntos nessa, unidos, firmes e fortes.

A família é o que temos de mais importante e, mesmo cercados de inimigos, não podemos deixar que eles nos destruam.

Temos que mostrar que somos mais fortes, mais unidos, mais disciplinados. Queremos um mundo sem o crime organizado cuidando das comunidades, mas quem e como estão fazendo isso?

A hegemonia do PCC não é boa para a sociedade, eu sei, nós sabemos, mas e aí?

O que você colocou no lugar para poder criticar?

Só ódio nas palavras, imóveis comprados em dinheiro e militares com viagra e leite condensado dentro das escolas.

Família de verdade se protege

Que somos todos uma família de verdade, que se ajuda, que se protege, que luta junto. É isso que vai nos fortalecer, que vai fazer a diferença.

E eu sei que tem vários irmãos buscando uma solução. Então, vamos ouvir uns aos outros, vamos nos ajudar, vamos nos apoiar.

Juntos, somos fortes, unidos somos invencíveis. Então, meu irmão, não desanima. Continua firme, continua lutando, mas não valila.

Se liga na importância da estrutura, do suporte, do apoio. Isso é o que vai fazer a diferença na caminhada do cotidiano.

Isso é o que vai nos permitir expandir, desenvolver e primeiro conquistar um mundo sem inimigos e opressão, e depois, um mundo com justiça e paz.

A guerra contra a ganância é dura e implacável

O barato é caminhar com inteligência.

Mestre Brown

Mais verdadeiro do que nunca nos tempos de guerra entre irmão em que vivemos.

A máquina opressora tá cada vez mais tentando fechar os espaços, tá cada vez mais forte, mais agressiva.

Não pode deixar que ela nos domine, que ela nos tire a voz, a liberdade, a dignidade.

Tem muito cara por aí que só visa lucro, que só pensa em si mesmo, que não tá nem aí pra população, pode ser político, empresário e até líderança de comunidade.

Mas a gente não pode deixar que essa gente nos enfraqueça, que nos divida, que nos faça desistir.

Para vencer só com muita luta e união
  • Temos que ser inteligentes, estratégicos, astutos.
  • Temos que saber onde pisamos, onde colocamos nossos pés.
  • Temos que estar atentos, vigilantes, preparados.
  • Temos que ter a inteligência como nossa arma mais poderosa.

Não é fácil, eu sei. A guerra é dura, implacável. Mas a gente não pode baixar a guarda, não pode se render.

Temos que resistir, lutar, batalhar. E a inteligência é a nossa melhor aliada nessa luta.

Então, meu mano, não desanima. Continua firme, continua lutando. A gente vai vencer essa guerra, a gente vai superar todos os desafios. Com inteligência, com garra, com determinação.

A vida na quebrada é dura, é complicada. Tem muitos obstáculos, muitas barreiras. Mas com estrutura, com apoio, com um quadro firme, a gente consegue superar tudo.

A Marcola de Saias, a Guerreira do Acre e a cultura sexista do PCC

A Guerreira do Acre: como a mulher conquistou seu lugar na sociedade, e hoje tem o direito de morrer e apodrecer nas prisões como os homens.

A Mulher guerreira, Marcola de Saias, não é a primeira e não será a última

João Erik e Vinny do 11, vamos falar sobre a guerreira do Acre e a tal Marcola de Saias.

Ambos me procuraram essa madrugada para que eu comentasse sobre aquela mulher.

Ela ganhou as capas dos jornais de todo o país e lhes garanto, encontrei referência a ela em várias partes do mundo.

Suliane Abitabile Arantes, a Elektra, a Intocável, a Assombrada, a Kitana, a Mariana, e por fim e mais importante, a Marcola de Saias.

PCC ‘untouchable’ woman did trafficking accounting and registration of new members in the faction
Mujer ‘intocable’ del PCC hizo contabilidad de trata y registro de nuevos integrantes en la facción

Já devem ter notado que sou metódico e fujo das grandes manchetes sobre a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

É uma tentação e rende views repercutir os assuntos do dia, mas eu prefiro as notícias marginais, os detalhes que passam despercebidos do público.

Não me anima escrever sobre “Marcola de Saias” do dia. Sim! Pois é! Ela é a terceira que foi assim citada neste site desde que publico sobre o PCC em 2007!

O sexista Primeiro Comando da Capital

Estou prestes a compartilhar com vocês uma história real de horror que resgatei de uma mulher, guerreira da facção criminosa PCC 1533, realmente forte.

Esta história ilustra bem a mudança cultural a que vocês se referem, e que vocês acreditam estar ocorrendo.

Sei que será difícil de digerir, mas creio que é importante que vocês estejam cientes de que não é o caminho que está sendo seguido.

Vocês, assim como a maioria de nós, refletem no outro suas próprias expectativas, que por vezes vão de encontro à cultura do outro.

Não precisamos olhar no horizonte para ver isso, basta observarmos no nosso grupo de Zap: quantas mulheres há e a diferença do perfil dos homens.

O Primeiro Comando da Capital é um grupo sexista e não existe tendência de mudar essa realidade, existem sim, exceções.

A Guerreira do Acre e a Marcola de Saias são exceções à regra

A história que vou contar é a da Guerreira do Acre.

Não é a primeira história desse tipo e certamente não será a última, mas creio que é um exemplo da culturareal do PCC, que difere de nosso imaginário.

Ela lutou por sua família de sangue e pela Família 1533, acabou sendo perseguida e, em certo momento, nunca mais tive notícias dela.

Admirei a coragem dessa mulher que, possivelmente, nunca saberei se conseguiu sobreviver.

O Primeiro Comando da Capital na época era outro

A facção PCC 1533 investia pesado em ajuda aos guerreiros por mais isolados que estivessem.

Eu, na época, participava de diversos grupos de WhatsApp de “responsa” da facção, e de lá assisti a diversas “movimentações de tropas e armas”.

Foi assim para fortalecer os Amigos dos Amigos (ADA) no Rio de Janeiro, os Guardiões do Estado (GDE) no Ceará, e a Guerreira do Acre.

Hoje vemos a organização criminosa deixando crias para trás isoladas em diversos recantos do país para se focar no lucro seguro.

Esse meu comentário não deve ser entendido como uma crítica, mas como fruto de uma análise dos fatos, e posso estar errado.

Mudança na cultura do Primeiro Comando da Capital

Mas, ao contrário do que vocês possam pensar, a mudança que esperam vai de encontro à cultura da organização da facção paulista 1533.

Hamilton Pozo, com quem tive aula na faculdade, afirmava que uma mudança cultural em uma organização ou sociedade precisaria de 50 anos para se consolidar.

Não é fácil mudar a mentalidade de um grupo social, especialmente quando ela está enraizada em uma cultura que valoriza mais a sexualidade do que o lucro e os direitos humanos.

O imaginário do mundo do crime gira em torno da sexualização tanto do homem quanto da mulher, tornando o estereótipo como regra.

Vocês dois presenciaram ontem, no nosso grupo de Zap uma demonstração no caso do homem que queria contratar alguém para matar a própria mulher.

Sexo, armas e drogas

Nos próximos dias, atendendo a vocês, abordarei aqui no site a questão da sexualidade na facção Primeiro Comando da Capital.

Independente do que pensemos, eu, vocês ou um “cria do 15” do norte de Roraima, nós devemos continuar lutando por aquilo que acreditamos.

Assim como a Guerreira do Acre que lutou por sua causa, que lutou por sua família de sangue, que lutou pela Família 1533.

É isso que nos faz crescer e evoluir como seres humanos. Espero que essa história os inspire a continuar lutando e a não desistir de seus ideais.

o texto a seguir foi publicado neste site em 28 de janeiro de 2018 e na época eu utilizava base acadêmica para meus textos

A acadêmica de Roraima e a guerreira do PCC do Acre

É possível levar a sério um artigo acadêmico sobre a violência e a criminalidade urbana em um estado que é só selva?

E se eu disser ainda que foi escrito por uma mulher?

Este é o caso de Retratos da Violência Urbana e da Criminalidade em Boa Vista — Roraima: A capital mais setentrional do Brasil, de Janaine Voltolini de Oliveira.

Nossa! Me senti agora como Monteiro Lobato!

Você já leu o livro Éramos Seis, de Maria José Dupré?

Quem prefaciou a obra foi ninguém menos que Monteiro Lobato, ícone de nossa literatura e responsável por parte da formação cultural de nossa nação.

Nesse prefácio, Lobato não teve vergonha em contar que recebeu de seu editor o original do livro de Dupré que narrava a vida de uma mulher e de seus filhos, desde nasceram até a fase adulta, e ele inicialmente se recusou a ler a obra, pois tinha sido escrita por uma mulher e a premissa era ridícula.

Monteiro Lobato, eu e nossa misoginia

Após muita insistência do editor, Monteiro Lobato, acabou lendo e se apaixonando pelo trabalho da autora (assim como eu).

Janaine não é Dupré e eu muito menos sou Lobato, mas Dupré não podia prever que Lobato não iria querer lê-la por ser mulher, e Lobato não poderia prever que em cinquenta anos sua obra quase seria proibida por ser sexista e racista.

Assim como Janaine não poderia prever que um leitor se referiria ao seu trabalho dessa forma:

E se eu disser ainda que foi escrito por uma mulher?

A violência e o empoderamento da mulher

O artigo publicado na Revista de Ciências Sociais da UNESP faz uma avaliação do quadro de violência em Roraima e analisa seus números, apresentando as possíveis causas e soluções para o problema.

É um bom resumo do que acontece por lá e um facilitador para quem quer fazer uma análise rápida, mas não profunda, da situação do estado.

A questão da mulher me chamou a atenção assim que peguei o trabalho de Janaine — pensei em criar uma cota para a produção masculina nesse site, pois quase todos os trabalhos que fiz no último mês foram produzidos por mulheres ou cujo assunto eram as mulheres dentro da hierarquia do PCC.

Não acredito no acaso, e muito menos duvido dele.

A pesquisadora demonstra no artigo o aumento brutal do número de mulheres assassinadas — o Mapa da Violência 2015 denunciou o aumento de 500% da quantidade de homicídios de mulheres em Roraima em relação aos anos de 2003 a 2013.

Os números são o resultado do aumento da presença das mulheres, que estão dominando cada vez mais todas as áreas.

Uma escreve e outra derrama sangue

Quando Janaine escreveu o artigo, não poderia prever que trouxesse, a um de seus leitores, a lembrança de maneira tão viva de uma irmã ou companheira do PCC, que teve seu áudio viralizado um pouco antes dos ataques ocorridos no início de agosto de 2017 em Rio Branco:

Aqui o bagulho tá feio mesmo. Eu sou do Acre, só que os irmãos não estão muito unidos não. Mataram meus companheiros lá.

Até perder meu filho já perdi.

Tudo por causa dessa guerra. Agora os irmãos tem que tomar atitude aí.

Tem Irmão encurralado aí. Tem que ajudar Irmão.

Guerreira do Acre

Na voz, uma mulher, fiel de sangue ao Primeiro Comando da Capital, e seu pedido de apoio que mobilizou soldados e recursos da facção de diversas partes do Brasil.

A situação que estava quente, ferveu, sendo necessária uma operação de guerra envolvendo o governo estadual e federal para conter a situação.

A mulher conquistando o direito de matar e morrer

Monteiro Lobato teria que se conformar: a mulher conquistou seu lugar na sociedade, e hoje elas já escrevem tanto quanto os homens sobre a questão criminal, e com o incremento em torno de 1,5% ao mês do número de integrantes femininas nas facções.

Dentro de cinco anos elas possivelmente já estarão em pé de igualdade com os homens.

Eu não vou esperar tanto tempo para parabenizar as mulheres que conquistaram o direito de morrer como se fossem homem. Mary Wollstonecraft e Nísia Floresta devem estar muito satisfeitas com as conquistas das mulheres neste século.

Vídeo da execução de uma integrante do Bonde dos 13 do Acre (B13)

Comando Vermelho: resistiu a tudo, mas assumirá o lugar do PCC

O Comando Vermelho enfrentou as GLOs e as milícias fortalecidas por Bolsonaro, mas nem assim a facção PCC conseguiu eliminar seu maior iminigo

Comando Vermelho sobreviveu. E agora?

Comando Vermelho: está assumindo o lugar do PCC?

O fim do Comando Vermelho está próximo! É o que tudo indicava na virada das décadas de 2010 para 2020, só que não!

No entanto, como a história não é uma linha reta contínua…

O Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) muda seu foco e deixa de correr riscos em áreas com menor interesse econômico.

Enquanto o CV domina territórios por todo país, o PCC se concentra no lucrativo negócio do tráfico nos principais mercados do Brasil e do mundo.

A guerra pelo controle do Norte, Nordeste e pelo Rio de Janeiro é coisa do passado: a taxa de homicídios reflete a mudança de foco.

Os territórios não foram totalmente abandonados, mas quase, só restindo focos isolados.

É dificil o dia que não recebo aqui no site algum pedido de “sintonia” de algum cria perdido nesse brasilzão.

Esse depoimento de um “cria do 15” reflete esse abandono:

Estou dizendo a você, aqui tem o Comando Vermelho, a CLS, que é tudo inimigos nossos, entendeu?

Tem o Comando Litoral Sul e tem FDN também misturado aqui. Aqui é cheio de lixo mesmo.

Aqui na cadeia que estou, não está favorável não!

É pouca quantidade dos irmãos nossos, tem mais Comando Vermelho, entendeu?

É mais tumulto, não é qualidade nenhuma não, é mais tumulto.

de um recluso em Pernambuco

“É mais tumulto” mostra a impressão deixada por essa lacuna preenchida pelo Comando Vermelho e por diversos grupos locais menores.

Esta situação extremamente delicada torna a luta contra o crime organizado no Brasil uma tarefa cada vez mais difícil.

Comando Vermelho: a morte dos quatro e a taxa de homicídios em Mato Grosso

Quatro trabalhadores paranaenses foram mortos em Nova Monte Verde em 2022 devido a uma interpretação equivocada de um sinal feito por um dos trabalhadores.

Um olhar mais atento sobre a morte destes quatro homens e sobre a taxa de homicídio no Mato Grosso nos revela uma realidade complexa.

As previsões sobre o futuro do crime organizado no Brasil, mesmo produzidas há tão pouco tempo, já se provaram erradas: o CV não se enfraqueceu

Aproveitando-se da mudança estratégica do Primeiro Comando da Capital, o Comando Vermelho (CV) conseguiu a hegemonia de um amplo território.

Como resultado, o aumento de 22,5% em 2022 das mortes violentas em Mato Grosso — acompanhada pelo aumento da letalidade policial em Mato Grosso.

Este estado não é prioridade para a Rota Caipira, excencial para o PCC, e tão pouco para a Rota do Solimões, mas fica no entroncamento das duas.

Pode haver, por parte da facção paulista, interesse por manter a resistência, no entanto, ser apenas o suspiro dos últimos crias isolados resistindo ao CV.

A principal razão da elevada taxa de homicídio na América Latina é a guerra entre facções criminosas, mas Mato Grosso não é exceção.

É apontado como o principal fator para o aumento na violência matogrossense a guerra entre as facções Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho.

Comando Vermelho: a certeza da vitória do Primeiro Comando da Capital

Entre 2018 e 2022, três fatores sugeriam que o Comando Vermelho estaria destinado a perder grande parte de seu poder nos primeiros anos daquela década:

Primeiramente, em 2018, as forças armadas foram enviadas para o Rio de Janeiro para combater o crime organizado, base da facção criminosa carioca Comando Vermelho.

Um dos riscos da intervenção é desarmar o Comando Vermelho, sair em dezembro e deixar o PCC fechar o Sudeste em janeiro.

Não há como o interventor resolver esse problema, porque os generais do PCC estão em São Paulo, onde não há intervenção.

Celso Rocha de Barros

Em segundo lugar, em 2019 a posse do presidente Bolsonaro que tem um histórico apoio aos milicianos, principalmente no Rio de Janeiro.

Assim, O CV enfrentaria simultâneamente em seu território três poderosos inimigos: grupos milicianos apoiados por forças públicas militares; as forças regulares de Segurança Pública; e os grupos criminosos inimigos.

Além de todos esses percalços, o Comando Vermelho enfrenta uma longa, desgastante e incerta guerra contra a organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital.

A soma desses fatores indicava que o Comando Vermelho se tornaria um pequeno grupo atuando em algumas periferias brasileiras.

Aproveitando esse momento de fragilidade do CV, o PCC assumiria a hegemonia criminosa no Brasil, visto que não estava sendo atacado em seu berço, o estado de São Paulo.

Mas, já devo ter mencionado isso aqui em alguma ocasião, sou um otimista.

Talvez o último otimista da face da Terra – o que, por sua vez, também é uma afirmação otimista.

Tenho a incapacidade de confrontar o mundo da minha mente com o mundo real.

Yuri Al’Hanati

Comando Vermelho: as razões de sua resiliência

Só faltou combinar com os russos! Apesar de tudo, passados anos, o Comando Vermelho continua tão firme e tão forte quanto estava antes.

Vários fatores contribuíram para a resiliência da facção carioca CV:

  • adaptabilidade aos diversos fatores que lhe foram adversos alterando quando necessário e pelo tempo que acharam melhor seu leque de aliados;
  • a diversificação de atividades ajudou a organização a se manter financeiramente viável, mesmo sob forte pressão.;
  • estratégia de expansão territorial que garantiu no passado o poder nacional do PCC que atuava com o mesmo vigor e interesse em uma grande metrópole ou em uma vila em um município fronteiriço;
  • relação com comunidades locais: de maneira distinta do que o PCC que visava manter um bom relacionamento com a sociedade civil e política, o CV foca na comunidade criminosa local; e
  • a mudança de estratégia da facção PCC 1533.

Não haverá um Brasil sem o Comando Vermelho

Apesar de tantos golpes mortais, o CV não foi aniquilado. Quem corre pelo lado errado do lado errado da vida continua e continuará entre nós.

O Comando Vermelho é uma manifestação das contradições existentes em nosso espírito coletivo, assim não será eliminado, se muito, se compreendido poderá ser contido.

Alfredo Moreira Ávila Neto e seus colegas, em artigo, lembra algo que não pode ser esquecido:

O Comando Vermelho, fundado em 1979, viu nascer metade dos brasileiros: 49,7% dos brasileiros tem menos de 40 anos de idade.

Assim como o Primeiro Comando da Capital e o Quilombo dos Palmares, o CV sobreviverá independentemente do que qualquer um de nós possa fazer.

texto base: Gerenciamento de Crise em Rebeliões no Sistema Penitenciário Brasileiro, publicado na Revista Eletrônica Direito e Conhecimento, do Cesmac, Faculdade do Agreste de Arapiraca

Comando Vermelho
Red Command
Comando Rojo

O site Insght Crime apresenta um resumo da história da facção carioca.

O Comando Vermelho (CV) é o grupo criminoso mais antigo do Brasil, formado em uma prisão do Rio de Janeiro durante o Regime Militar na década de 1970 como um grupo de autoproteção para presos.

Começou com furtos roubos e assaltos a banco, mas na década de 1980 o grupo se aventurou no comércio de cocaína, trabalhando com cartéis de drogas colombianos e assumindo um papel de liderança social em muitas favelas cariocas.

História do Comando Vermelho

A facção CV nasceu de uma aliança entre criminosos comuns e presos políticos, quando membros de ambos os grupos foram mantidos nas mesmas prisões durante a ditadura militar brasileira entre 1964 e 1985.

As péssimas condições do presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande, no Rio de Janeiro, levou os presos a se unirem para sobreviver dentro do sistema.

Inicialmente formaram um grupo miliciano chamado “Falange Vermelha”, mas logo abandonaram sua ideologia do mundo do crime, pois o grupo se envolveu cada vez mais com o crime organizado e a imprensa passou a chamá-lo de “Comando Vermelho”.

Em 1979, o grupo havia se espalhado para fora da prisão e para as ruas do Rio e seus membros livres tinham a tarefa de fornecer dinheiro aos presos.

Esse dinheiro era conseguido por meio de atividades criminosas como assaltos a bancos, o que lhes permitia manter uma boa qualidade de vida na prisão e financiar suas tentativas de fuga.

As alianças do Comando Vermelho

As ideias do Comando Vermelho se espalharam para outras prisões e o poder da organização cresceu.

Duas décadas depois, em São Paulo, surgiria um movimento prisional semelhante, o Primeiro Comando da Capital (PCC 1533).

O Comando Vermelho era considerado um parceiro ideal pelos cartéis colombianos quando o boom do tráfico de cocaína começou na década de 1980.

O CV já possuía estrutura e organização adequadas para receber e distribuir grandes quantidades da droga.

Os integrantes que não estavam presos agora tinham uma tarefa clara: formar quadrilhas armadas para tomar os territórios do narcotráfico.

O grupo assumiu o controle de muitas favelas do Rio de Janeiro que haviam sido abandonadas pelo estado, estabelecendo um sistema paralelo de governança nas favelas e dando emprego a moradores há muito excluídos da sociedade brasileira.

O Comando Vermelho diversifica suas atividades

Na década de 1990, a influência dos todo-poderosos chefes do jogo ilegal da cidade, conhecidos como “bicheiros”, começou a diminuir, permitindo que o Comando Vermelho se tornasse o principal grupo do crime organizado do Rio e aumentasse sua presença em outros estados.

Em 2005, acreditava-se que o Comando Vermelho controlava mais da metade das áreas mais violentas do Rio de Janeiro, embora em 2008 essa proporção tenha caído para 40%.

Um programa de pacificação da polícia que buscou trazer uma maior presença do estado para áreas dominadas pelo crime reduziu ainda mais a influência do grupo no início de 2010, mas essa estratégia de segurança teve pouco efeito a longo prazo.

Acredita-se que o Comando Vermelho tinha ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

O líder do Comando Vermelho, Luiz Fernando da Costa, conhecido como “Fernandinho Beira-Mar”, foi preso na Colômbia em 2001 por supostamente trocar armas por cocaína com a guerrilha.

No final de 2016, o rompimento de uma antiga aliança entre o Comando Vermelho e o PCC gerou uma onda de violência nas prisões brasileiras.

No ano seguinte, o conflito entre os dois grupos continuou, pois o PCC buscava reduzir o poder do Comando Vermelho, formando alianças com gangues inimigas e cooptando membros do grupo carioca para assumir o controle do narcotráfico em áreas de influência do grupo.

Expansão e lideranças do Comando Vermelho

O Comando Vermelho tem uma estrutura de liderança relativamente fraca e foi descrito como uma rede de atores independentes, em vez de uma organização hierárquica estrita liderada por um único líder.

No entanto, há chefes que se destacam dentro da estrutura, como Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, atualmente preso, e Isaías da Costa Rodrigues, o “Isaías do Borel”, que esteve preso por mais de 20 anos, até obter sua liberdade em 2012, preso novamente em 2015 e liberado de novo em agosto de 2022, sendo que quatro meses depois é decretada novamente sua prisão.

O Comando Vermelho tem sede no Rio de Janeiro, mas está presente em outras partes do Brasil, inclusive em São Paulo. Atua também no Paraguai e na Bolívia.

Em dezembro de 2014, às autoridades paraguaias prenderam um líder do Comando Vermelho, Luís Cláudio Machado, conhecido como “Marreta”.

Leque de aliados e inimigos do Comando Vermelho

O Comando Vermelho trabalhou em estreita colaboração com o PCC, até que a aliança de longa data entre os dois grupos se dissolveu em 2016.

Além do PCC, os principais inimigos do Comando Vermelho são milícias formadas por grupos milicianos formados por ex-agentes e agentes das forças de segurança em serviço e duas facções criminosas cariocas: Amigos dos Amigos (ADA) e o Terceiro Comando Puro (TCP), facção dissidente do Terceiro Comando (Terceiro Comando), criado por ex-integrantes do Comando Vermelho.

Acredita-se que o Comando Vermelho tenha vínculos com guerrilheiros colombianos recentemente desmobilizados das FARC, além de outras redes que traficavam cocaína da região andina e maconha do Paraguai.

Análise e perspectivas do Insight Crime em 2018

O Comando Vermelho perdeu poder nos últimos anos, após a ascensão de rivais como o Amigos dos Amigos, que teriam formado uma aliança com o PCC para enfrentar o Comando Vermelho pelo controle territorial do Rio.

Mas parece que está ampliando sua presença internacional, principalmente na Bolívia e no Paraguai.

De acordo com estimativas de 2013, o Comando Vermelho envia uma tonelada de cocaína colombiana para o Brasil todos os meses do Paraguai, que se tornou um centro de tráfico de cocaína para gangues brasileiras.

O conflito contínuo do Comando Vermelho com o PCC se espalhou para fora do sistema prisional, provocando confrontos violentos no Rio e no norte do Brasil pelo controle de lucrativas rotas de tráfico de drogas e mercados locais de drogas.

clique aqui para acessar o texto original no site do Insight Crime