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Mudanças Inesperadas na Guerra entre Facções
Recentemente, postei o “Comunicado Geral Estados e Países – 04/04/2023 – Região Norte”, e agora, analisarei seu conteúdo.
A Região Norte presencia reviravoltas surpreendentes no conflito, tornando-se difícil acompanhar os eventos, mas, afinal, o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) conseguirá ameaçar a presença do Comando Vermelho (CV) na Região Norte?
O Comando Vermelho no Norte do Brasil
A poderosa Família do Norte estabeleceu uma aliança com o Comando Vermelho, proveniente do Rio de Janeiro.
A facção criminosa carioca, renomada por sua habilidade em guerrilha urbana, demonstrou também ser mestre no controle territorial e nos negócios obscuros do submundo do crime organizado.
Além disso, esse grupo possui vasto conhecimento do mercado internacional, o que lhes conferiu uma vantagem estratégica inestimável aos associados do FDN.
Esta aliança formidável entre as duas facções gerou um impacto significativo na dinâmica do crime na região, tornando-se uma força a ser reconhecida e temida por outros grupos criminosos.
Mas, utilizaram-se de inteligência e terror, investindo em jovens da região e enviando reforços do Nordeste e Sudeste, surpreendentemente, o Primeiro Comando da Capital ameaçou a hegemonia da aliança FDN e CV.
A ação de guerrilha da facção PCC deu resultado depois de muito sangue derramado pelas ruas de Manaus e por todo interior do Amazonas.
Táticas que tradicionalmente são usadas pelo Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho não terão resultado naquela região com tantos grupos criminosos espalhados por uma área tão extensa, no o mapeamento, ações surpresa, emboscadas e intimidação podem dar resultado.
Desestabilização gera mudança de poder
A desestabilização da FDN foi resultado de várias ações coordenadas pelas autoridades públicas, como investigações, operações policiais e transferências de lideranças.
Ao isolar as lideranças da FDN, o poder público conseguiu minar a capacidade de comando e articulação do grupo criminoso, e essas divisões internas contribuíram para o seu enfraquecimento.
Sem uma liderança unificada e com disputas internas pelo poder, a organização criminosa ficou mais vulnerável a ações do poder público e ao avanço de outras facções.
O Primeiro Comando da Capital, por sua vez, soube aproveitar a oportunidade para expandir seu território e consolidar-se como a maior facção criminosa do Brasil.
Com uma estrutura organizacional mais sólida e uma liderança mais coesa, o PCC foi capaz de preencher o vácuo deixado pela FDN e estabelecer-se na região amazônica.
A derrocada do Primeiro Comando da Capital
O poder público auxiliou a vitória do PCC ao isolar líderes da FDN, causando divisões internas. Grupos como o Cartel do Norte surgiram e se aliaram ao PCC contra a FDN e o CV.
Entretanto, algo ocorreu. Hoje, grupos nativos e do CV dizimam o que restou da facção paulista na região.
Aqui no site, acompanhei vários jovens isolados reclamando do isolamento e sendo mortos ou fugindo com suas famílias.
Análise do Comunicado: O desafio atual do Primeiro Comando da Capital
O documento da Sintonia Fina do PCC afirma que não tolerará mais ataques. Mas como transformar essa ameaça em prática?
Mas em vez de enfrentar dois grandes grupos organizados e hierárquicos como no passado, a facção de São Paulo agora lida com vários grupos fragmentados, enraizados na comunidade local e unidos somente por interesses compartilhados com o Comando Vermelho.
A abordagem de guerrilha e a promoção da divisão não serão tão eficazes quanto antes.
Tentativas anteriores de estabelecer pontos de apoio em áreas estratégicas, como a realizada em Manaus há alguns anos, não tiveram sucesso, mesmo com o suporte do aliado daquele tempo, o Cartel do Norte.
Para ter alguma chance de vitória, o PCC precisará reconstruir pontes com antigos aliados ou conquistar novos.
Por alguma razão, o CV manteve uma aliança com a FDN, enquanto o PCC não conseguiu manter ao seu lado grupos tradicionais.
Todos os lados nessa guerra buscam vitórias através do desgaste e exaustão do oponente, com ataques persistentes e prolongados, sem grandes ações de retomada de áreas.
Uma guerra de informação e desinformação
Eu diria que o Primeiro Comando da Capital só conseguirá competir na região através de um sólido trabalho de inteligência e contrainteligência, com foco em cooptar líderes-chave para causar divisões ou fazer com que grupos mudem de lado.
Empregar ataques diretos para dominar áreas e rotas em uma região tão vasta e repleta de locais de difícil acesso tornaria essas ações muito caras e ineficazes, além de provocar o descontentamento da população local, que provavelmente possui parentes envolvidos nos grupos inimigos do PCC.
Disseminar informações e desinformações aos grupos isolados por meio de agentes infiltrados pode incentivar essa divisão e facilitar acordos com líderes dispostos a cooperar, além de levar o adversário a realizar ações que resultem em baixas.
Aguardo vossos comentários e opiniões sobre esta análise do comunicado, enriquecendo o debate e expandindo nosso conhecimento.