Os crias do 15 no Norte do país pedem fortalecimento
Há anos os soldados do PCC na região Norte do Brasil não recebem atenção do Primeiro Comando da Capital, ficando cada um por si e só com Deus na sua proteção de todos.
No começo foram integrantes das cidades do interior que reclamavam do abandono: ninguém para passar a visão, ninguém para ajudar no fortalecimento, enfim, ninguém para nada.
Hoje no Acre, os fiéis a camisa do 15 estão: presos, mortos, mocozados, se convertendo para a igreja ou fugindo do estado.
Nunca teve tanto “safado que se esconde atrás da Bíblia” para passar despercebido pela tormenta para voltar ao mundo do crime quando o tempo amainar.
Há algumas semanas, o último PCC de uma cidade do Amazonas, para não morrer, seguiu para Manaus para encontrar fortalecimento para retomar a cidade perdida para o Comando Vermelho. (entenda melhor o tabuleiro manaura)
Fui com ele, e que encontramos não foi melhor do que deixou para trás. O Primeiro Comando da Capital estava entrincheirado em poucas comunidades após ter se desentendido o Cartel do Norte (CDN).
A situação se repete por quase todo Norte e Nordeste:
- ao oeste, no Acre, o Bonde dos 13 (B-13), antigo e aliado fiel aliado do PCC decide não mais derrubar sangue pelos PCCs;
- ao centro, em Manaus, derrotas, isolando o PCC em alguns bairros da capital; e
- ao leste, no litoral, a perda de quase todo o estado do Piauí após o Bonde dos 40 (B-40) se tornarem inimigos, e no Ceará ver o fim da aliança com os Guardiões do Estado (GDE).
A facção PCC na ficção midiática
Se o Primeiro Comando da Capital conseguir manter e ampliar suas parcerias locais no Amazonas e somar suas forças com o colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) e a Segunda Marquetália, grupo formado por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), terá acesso a corredores estratégicos que ligam as plantações maconha no Peru, aos laboratórios de produção em Baixo Putumayo que estão sob o controle do cartel Jalisco Nueva Generación e do Segundo Marquetalia. — fonte: Karen Vanessa Quintero para o Diario Criterio
Sem noção da realidade
Um indígena yanomâmi afirmou para um canal de mídia, que o ataque sofrido em sua aldeia teria sido executado por mineradores ilegais ligados ao Primeiro Comando da Capital. Essa informação se transformou em verdade absoluta e foi reproduzida por todos os órgãos de imprensa em pelo menos dez idiomas pelo mundo — apesar da região em questão estar sob o domínio do Comando Vermelho e o método e vestimentas dos atacantes serem típicos de milicianos.
Deixando o mundo fantástico da imaginação de lado e olhando para as ruas vemos uma situação muito diferente: o Primeiro Comando da Capital foi devorado pela selva amazônica.

Yanomami na luta contra o PCC e os garimpeiros ilegais
Dário Vitório Xiriana Kopenawa dirige a organização “Hutukara Associação Yanomami”. Por meio de seu trabalho, ele quer fazer valer as demandas dos Yanomami, entre outras coisas, no nível político. Seu trabalho se concentra em particular nos ataques de garimpeiros ilegais de ouro e crime organizado em sua área e confirma a presença da facção paulista nas regiões Yanomamis:
Já na década de 1980, cerca de 40 mil garimpeiros ilegais invadiram nossa terra Yanomami. O mesmo se repete hoje. Os Yanomami são mortos. Os invasores continuam aumentando. Grupos criminosos como o PCC (Primeiro Comando da Capital), que cometem crimes organizados contra os indígenas, também são uma ameaça. — Dário Kopenawa
Ele também se dirige diretamente aos líderes mundiais:
O que queremos hoje na região Yanomami é a ajuda dos países internacionais. Queremos apoio para pressionar o governo brasileiro. Os “garimpeiros” devem partir imediatamente, antes que mais parentes nossos, crianças e mulheres morram e mais violência aconteça.
O governo brasileiro do presidente Jair Bolsonaro tolerou as maquinações ilegais nos últimos anos de sua gestão, até mesmo encorajando-as com sua retórica agressiva. Ainda não se sabe como as coisas continuarão para a população indígena no Brasil sob o novo governo recém-eleito de Lula da Silva – mas há uma grande esperança de mais respeito pelos direitos humanos.
Trecho do artigo “wert? – Goldrausch in Brasilien zerstört Biodiversität” na página do Grampeasse
Rota dos Solimões: o Acre como estudo de caso
Fruto da terra e da cultura acreana, o Bonde dos 13 já estava no Acre antes da facção PCC chegar por lá e continuará naquelas paragens muito depois que o PCC deixar o estado.
Integrantes da facção 1533 que saíram de suas comunidades nas Zona Sul e Zona Leste de São Paulo, já voltaram para casa, e os acreanos que aderiram e defenderam a ideologia do PCC com fé morreram, estão presos, mocozados ou acuados.
Em Rio Branco, resistem aos constantes ataques do CV nas ruas na Cidade do Povo (CDP). Resistem graças a uns os caras do PCC da capital, dos “originais” mesmos.
Esses e outros crias do 15 também estão no segundo distrito, na baixada da Sobral e no Recanto dos Buritis. Esses também não rasgam a blusa e nem pulam do barco, mas não dá para saber até quando vão resistir sem receber fortalecimento.
As fronteiras estão quase todas vermelhas e o Peru avermelhou tudo
A traição de crias do PCC e do B-13 por dinheiro ou por conquista de espaço na liderança ou no domínio de quebradas está enfraquecendo ambas facções que perdem armas, domínios e drogas tanto para o CV quando para as próprias forças policiais.
Na fronteira com a Bolívia, Epitaciolândia que tá 3, já em Brasiléia só tem 3 em algumas quebradas, o resto já vermelhou; e na fronteira com o Peru o PCC caiu na trairagem: 007 era o frente do B-13 na cidade e pegou para ele 200 mil Reais do caixa da facção e mais 100 mil do Comando Vermelho e trocou de camisa.
Os cem mil pagos pelo CV para 007 saiu de graça para a facção carioca dominar toda a região do Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Tarauacá, Feijó e Jordão.
Sobrevivendo em um novo mundo sem PCC
Laços familiares ligam os crias locais do PCC com integrantes do Bonde dos 13 ou do Comando Vermelho e seria questão de tempo até que eles vestissem novas camisas, no entanto, a facção carioca não tem aceitado conviver com ex-PCCs nos seus corres.
Nas quebradas conquistadas pelo Comando Vermelho, os ex-PCCs não são admitidos e tem que correr com o armamento para as domínos dos B-13 para não serem mortos.
A pacificação proposta pelo Comando Vermelho
O salve da Trégua do Comando Vermelho em relação ao Bonde dos 13 joga uma pá de cal na fantasia de que o Primeiro Comando da Capital tem força na região — o B-13 também emitiu um salve ratificando o acordo de paz com o CV.
O CV e as forças ocultas que o sustenta
A força do Comando Vermelho no Acre não veio só da sua atuação nas quebradas, mas também das parcerias fechadas com a elite das forças policiais, políticas e econômicas da região…
… peço que não discuta comigo, se não concorda, vá se entender com “Tenente Farias do CV” e não comigo.
Se você não lembra do caso…
O Tenente Farias do BOPE, ops… do CV, colocava as viaturas policiais a serviço do Comando Vermelho: ora para proteger suas quebradas de ataques dos inimigos, ora fazendo operações policiais para enfraquece-los antes dos ataques de seu aliado.
Você arriscaria uma aposta que ele era um ponto isolado fora da curva?
Onde sobrou PCC no Acre
Dentro das trancas os PCCs mais fiéis ainda resistem. Em alguns presídios são pressionados a ficar na sua, mas nos presídios mais estruturados, como no Complexo Presidiário do Rio Branco (FOC), convivem em harmonia com os integrantes do CV e do B-13, e as diferenças são acertadas em debates entre as lideranças.
No Peru tem uma liderança isolada mocozada sem condições de segurar sozinha a maré e em diversas regiões dominadas pelo Bonde dos 13, PCCs recebem abrigo e proteção no sapatinho para não se comprometerem na guerra que não lhes pertence.
No entanto quem um dia foi rei jamais perde a majestade. Crias do Primeiro Comando da Capital mantêm a guerra agora no Departamento de Pando na Bolívia , colocando jovens que como mulas no transporte da droga do Peru para o Brasil, por estarem próximos de Maldonado que é um dos últimos municípios peruanos.
Servindo de entreposto para a cocaína produzida no Vale dos rios Apurímac, Ene e Mantaro (Vraem), que depois segue para Iñapari, que é município fronteiriço com Bolpebra, já em solo boliviano. Na frente está Assis, do lado brasileiro. Lá está a tríplice fronteira, no meio da selva amazônica.
Qual a razão do abandono dos crias no Norte?
O articulista Francesco Guerra do site LatinoAmericando resume bem o que está acontecendo no Acre:
A minha impressão é que esteja se criando uma fratura entre as cúpulas e a base. As cúpulas estão entendendo que, antes de tudo, vem o business, deixando a base continuara a se matar com o CV.
Ele questiona:
O PCC está abandonando o Norte e Nordeste para melhor se concentrar melhor no Sul, fronteira com o Paraguai e o Sudeste?

Uma das alternativas encontradas pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital pode ter sido aventurar-se pelo território boliviano.
Em San Matías, capital da Província boliviana de Ángel Sandóval no departamento de Santa Cruz, situado na fronteira com o Brasil, é comum a prisão de estrangeiros com ligação com a facção brasileira, mas segundo o ministro de Governo da Bolívia, Carlos Eduardo Del Castillo Del Carpio, nada que a polícia local não esteja preparada para resolver.
Outros indícios seria em menos de uma semana a execução de um empresário e seu ajudante naquela cidade em um confronto entre criminosos e, a morte de um sargento durante uma operação da Fuerza Especial de Lucha Contra el Narcotráfico (Felcn) em San Ignacio de Velasco, Santa Cruz. e um colombiano ex-combatente das FARC no Parque Noel Kempff.
A oposição de direita que afirma que o presidente Luis Arce deveria soicitar o apoio da Drug Control Administration (DEA), no entanto o vice-ministro de Substâncias Controladas, Jaime Mamani Espíndola, acredita que seja apenas uma jogada política de grupos políticos visando levar terror para vender uma solução. Dados do Google Trends demonstram que a população não tem levado em conta essa narrativa.

Si parte que Raje
la organización de mercado mas poderosa de América prohibe entre sus integrantes el uso de oxi, cracki ,pasta, por ser una sustancia altamente peligrosa para la salud mental, sustancia prohibida para los hermanos.
si no sos hermano porque no te bautizaron que te tape la ceniza.
Hay algo que me hace ruido, si la organizacion pelea por los derechos humanos de la poblacion carcelRIA y el pueblo obrero, NO seria mas coherente prevenir para que esa persona no termine en la carcel, si gran parte de los presos han cometido delito para pagar el consumo de pasta base estoy tan errada en que es inchoerente que los mismos que te venden son los mismos que te ofrecen ayuda en la carcel para q en tu libertad trabajes en el mercado de la misma sustancia que te metio entre rejas.
no se si se entiende es ilogico.
perro adicto , carcel , perro de poronga.
algo no esta bien , insisto en que se puede reclutar de otra manera
. si la organizacion es hermana del pueblo porque suministra veneno al mismo.
llenar las carceles de adictos justificaria para reclutar. me pregunto si no hay otra manera.
firme en la postura
pa mi no es un medio sano pa lograr un fin. TE VENDO LA DROGA PARA Q TE HAGAS ADICTO PARA QUE termines en cana para luego salvarte de la adiccion y q trabajes para venderle la mesma falopa a otro pobre periferico mientras exportan la buena a europa.
no me cuadra tiene que haber otra manera
yo soy adicta, como clienta no tengo garantias de buen trato ni de la policia ni de la boca, la mayoria te tratan como perro pasando por alto que somos nosotros los adictos los que los sustentan. nosotros los consumidores de oxi somos maltratados por la policia por el vendedor y por la sociedad ya que es una sustancia marginalizada. no hay garantias de seguridad para el consumidor al momento de ir a comprar. y esta mal porque somos clientes que pagamos carisimo no vamos a pedir, pagamos. nos exponemos a mucho peligro , muchos de nosotros no estamos ni ahi con el trafico, solo somos consumidores, igualmente nos salpica la caca. veo muy triste que se fomente la industria carnicera de este veneno que nos tapa en ceniza. america latina deberia entera estatizar y exportar a europa y asi terminar con toda este mercado de muerte.