Preto do Jardim Vitória: Um passeio pelas Biqueiras de Itu

Preto do Jardim Vitória em Itu e a facção PCC 1533

“Preto do Jardim Vitória, um nome que ressoa com sombrias reverberações na trama urbana de Itu. Esta figura, de fato, é um eixo vital na engrenagem do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), desempenhando seu papel na sombria dança do crime organizado. Seu conto, entrelaçado com o do enigmático Lázaro, aguarda ser desvendado em nossa matéria.

Navegue conosco pelas esquinas escuras e ruas sinuosas do submundo do crime, onde o poder se esconde nas sombras. A narrativa a seguir mergulha profundamente na vida destes homens, tecendo uma tapeçaria de destinos influenciados pelas decisões feitas na beira do abismo. Será que eles são simples produtos de um sistema falho, ou há algo mais intrincado em jogo?

Este texto, produzido originalmente em janeiro de 2012, provoca questionamentos e desafia perspectivas. Convidamos você a se juntar à discussão e compartilhar suas impressões conosco. Deixe um comentário no site, participe do nosso grupo de leitores ou envie-me uma mensagem privada. Estamos ansiosos para ouvir suas opiniões e continuar este importante diálogo.”

Preto do Jardim Vitória: O Poder Oculto

Nas profundezas de Itu, cidade do interior de São Paulo, Lázaro, também conhecido como Anselmo, caminha silenciosamente pelas ruas úmidas e estreitas da Rua Zumbi no Jardim Vitória. Sob o brilho difuso das luzes da cidade, refletidas no asfalto molhado, os pensamentos de Lázaro são dominados pela figura de Júlio Cesar, ou “Preto do Jardim Vitória”. Esta personalidade influente, juntamente com Japa, ecoa além das barras de ferro da Penitenciária de Avaré, impondo respeito e poder.

Mesmo que seus corpos estejam aprisionados, seus corações, mentes e ordens permeiam livremente as ruas de Itu, Salto e Indaiatuba. Nada ocorre sem que um deles tenha conhecimento. Em cada esquina e beco dessas cidades, os sussurros de suas ordens são sentidos, uma prova indelével do controle que exercem.

Lázaro: A chegada em Itu

Lázaro entra em Itu pela velha estrada de Salto, na entrada da Favela do Isaac Shapiro. Desvia-se da estrada principal, adentra o bairro e é saudado pela visão de uma “biqueira”, um ponto de venda de drogas brilhando sob a luz lunar e o giroflex de viaturas policiais. A abordagem aos usuários é em vão, pois só encontram pequenas quantidades de drogas.

Recentemente, o Jardim Novo Itu viu uma nova “biqueira” emergir. Esta foi uma conquista do irmão Bola de Fogo, que adquiriu os direitos de exploração do bairro de Júlio César por 10 mil reais. É um lembrete contínuo da expansão do Primeiro Comando da Capital e seu controle sobre o tráfico de drogas na cidade.

Preto do Jardim Vitória: Sob o controle do PCC

A aquisição de biqueiras e o domínio territorial são estratégias de sobrevivência para o PCC. Com o crescimento da facção PCC, a tranquilidade das ruas de Itu é constantemente perturbada. O processo é quase clínico, evitando derramamento de sangue desnecessário e conflitos internos, mantendo a ordem. Lázaro é testemunha disso, observando em silêncio as engrenagens do crime organizado em movimento.

Com a presença policial na Favela do Isaac Shapiro, Lázaro decide seguir em frente para o Jardim Vitória. Estaciona seu carro perto do posto de saúde e prossegue a pé, pronto para cumprir uma responsa. No caminho, seus olhos se desviam para a casa que outrora abrigava Marcelo, um conhecido.

No território do irmão Preto

Marcelo deixou a Rua Zumbi para a Rua Miguel Arcanjo Dutra, carregando mais do que apenas suas posses. Ele carregava a expectativa e o medo de viver sob a sombra do irmão Preto. Nesse momento, Lázaro se vê refletido em Marcelo, ambos moldados e definidos por forças além de seu controle.

Na noite que envolve Itu, Lázaro caminha como um fantasma, observando e compreendendo a realidade sombria da cidade. Ele carrega consigo a realidade de vidas presas na teia complexa da facção PCC, a imagem de uma cidade dominada pelo crime organizado. Cada passo seu é uma homenagem silenciosa àqueles que, como ele, continuam a lutar dentro da complexidade do submundo criminal.

publicado originalmente em 10 de janeiro de 2012 no site aconteceuemitu.org

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

Um comentário em “Preto do Jardim Vitória: Um passeio pelas Biqueiras de Itu”

  1. Na última terça-feira (03/01/12) na Rua Zumbi, que citei no texto acima dois jovens foram fuzilados por três indivíduos que estavam em um Gol preto. A informação que corre é que os dois faziam o tráfico no local, no entanto um dos mortos, Tiago Jacob Silva não tinha registro criminal, e o outro morto, Leandro Silveira de Moura Carro respondeu à dois processos, mas ambos já haviam sido arquivados.Uma outra informação relativa é que Júlio César dos Santos, que seria o chefe do tráfico pelo local saiu do sistema prisional, mas mesmo sem estar pedido ele optou por ficar mocosado em algum lugar.

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