Desvendamos a possibilidade do envolvimento da facção PCC na rota boliviana, um possível novo eixo no tráfico internacional de drogas. Entre tramas de investigações e suspeitas, o leitor é convidado a mergulhar no misterioso mundo do crime organizado.
“Rota Boliviana: Um novo palco para o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533)?” é o assunto que iluminamos hoje. Através das sombras do narcotráfico, a rota boliviana ressurge, possivelmente orquestrada pelo PCC, jogando um novo papel no xadrez global do tráfico.
Emerge, do silêncio das investigações, a suspeita de uma rede estrategicamente tecida. Entre a Bolívia e a Espanha, drogas escondidas em cargas aéreas, apontando para a sofisticação na operação, destacando a pista da rota boliviana.
Como leitores ávidos e analíticos, seus pensamentos são valiosos. Compartilhe suas opiniões sobre a possível influência do Primeiro Comando da Capital na rota boliviana, seja nos comentários, no nosso grupo de leitores ou via mensagem privada para mim. Seu envolvimento é crucial para desvendarmos essas intrincadas tramas do tráfico internacional.
Rota Boliviana: Encurtando Caminhos do Tráfico Internacional
Em junho, o silêncio permeava as ruas de Madrid, quando as autoridades alfandegárias espanholas efetuaram uma das suas maiores interceptações de cocaína no Aeroporto Internacional Adolfo Suárez/Madrid-Barajas. Tal acontecimento projetou a rota boliviana sob um foco penetrante, colocando-a como um possível novo eixo no intrincado diagrama do tráfico internacional de entorpecentes.
Neste panorama, a figura nebulosa do Primeiro Comando da Capital emerge como um possível ator principal. A apreensão de 478 kg de cocaína, provenientes de Santa Cruz, na Bolívia, com destino a Madrid, na Espanha, realizada em um voo da Boliviana de Aviación (BOA) que utilizou uma aeronave alugada da empresa espanhola Wamos Air, despertou o interesse dos investigadores.
O volume considerável de drogas, escondidas não na bagagem de passageiros, mas dentro do compartimento de carga do Airbus A330, surpreendeu. Esta tática, desviando do tradicional esquema de ocultação nos pertences dos passageiros, apontava para um nível de sofisticação operacional destacado, todo envolto na enigmática “rota boliviana”.
A dúbia posição das autoridades
A tranquilidade aparente dos comandantes da polícia do aeroporto e dos oficiais antidrogas, que se moveram apenas após a apreensão se tornar um assunto público, é um mistério sombrio. Além disso, o desconhecimento da apreensão há poucos dias (31 de maio), expresso pelo governo boliviano, indica um nível de encobrimento que sussurra a possibilidade de uma rede organizada de tráfico de drogas, como o Primeiro Comando da Capital.
Diversas prisões ocorreram, envolvendo o chefe da polícia do aeroporto e os proprietários da empresa de correio encarregada do despacho da carga. As tentativas de ocultar a operação foram meticulosas, desde a eliminação das imagens das câmeras no momento em que a aeronave estava sendo carregada. Contudo, registros foram resgatados, revelando dois funcionários da BoA rompendo o lacre policial nos contêineres de carga, uma cena que endossa a tese de uma operação bem orquestrada.
O próprio governo boliviano já reconheceu que o narcotráfico “infiltrou-se” em diversas instituições, englobando desde a alfândega e aeroportos até a polícia e a direção da BoA. Detalhes intrigantes neste caso corroboram tal afirmação – a inércia dos oficiais de polícia do aeroporto. A possibilidade de tal operação aponta para um possível envolvimento do PCC, considerando a sofisticação da empreitada e o histórico da organização em atividades de tráfico internacional na “rota boliviana”.
O Traficane Colla e a Rota Boliviana
Envolto na atmosfera turva da Bolívia, o narcotraficante apelidado de “Colla” emergia como figura crucial. Contudo, ao desvendar-se a narrativa, a facção Primeiro Comando da Capital surgia como um provável e cada vez mais forte segundo plano. A potencial participação do PCC estava indicada pela notória competência da organização em instaurar e administrar complexos trajetos internacionais de tráfico, além da sua peculiar destreza em se adaptar a inéditas oportunidades e desafios.
O vislumbre da presença do PCC na rota boliviana, ainda que não inteiramente estabelecida, instiga uma inquietante indagação. A associação criminosa, já rotulada como uma hidra de muitas cabeças no Brasil e cujas influências se estenderam à Bolívia, estaria alterando sua estratégia de contrabandear drogas através das nações vizinhas? Conforme as sondagens prosseguem, as autoridades mundiais mantêm-se atentas, perscrutando cada sombra no enredado labirinto do tráfico transnacional. A contínua perseguição de gato e rato permanece, com a rota boliviana paulatinamente revelando seus segredos enigmáticos.
Com essa nova rota boliviana, o PCC poderia estar buscando uma alternativa mais econômica, apesar do maior risco de apreensão. Anteriormente, a facção usava a África como ponte para enviar drogas à Europa, mas a rota boliviana permitiria o envio direto da cocaína, evitando os custos logísticos da rota anterior. Essa possibilidade reforça a necessidade de uma ação conjunta e efetiva das autoridades internacionais para combater o tráfico de drogas e desmantelar organizações criminosas como o PCC.
A Evolução das Estratégias de Tráfico Transnacional
Este incidente trouxe à luz a possibilidade de o Primeiro Comando da Capital estar trilhando um novo caminho: uma rota aérea direta da Bolívia para a Europa, prescindindo dos pontos de escala tradicionais, como Brasil, Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai. Esta rota poderia representar uma alternativa mais econômica. Ainda que haja um maior risco de apreensão, devido a uma fiscalização mais eficaz nos voos com origem no país andino, este perigo poderia ser compensado pelo alto custo da logística atualmente empregada para a baldeação.
Atualmente, o PCC recorre ao eixo africano para entregar as drogas aos seus clientes europeus. Porém, se essa mudança for confirmada, não será a primeira vez que a estratégia de distribuição internacional de drogas se adaptará aos novos métodos e mecanismos de controle. As rotas e estratégias dos traficantes sofrem mutações constantes.
A África Ocidental emergiu como uma alternativa viável para abastecer o mercado europeu. Hoje, além de servir de ponte para a Europa, a África Ocidental é usada para traficar cocaína para os Estados Unidos, Ásia e, ocasionalmente, Oceania. Agora, a apreensão em Espanha mostra que uma parte das drogas está sendo enviada diretamente da Bolívia, evitando o custo de toda essa estratégia na misteriosa “rota boliviana”.
Neste artigo, exploramos a intrigante transação entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) do Brasil e a máfia ‘Ndrangheta da Itália. Em um trama que desafia a imaginação, estas entidades trocam “Armas do Paquistão” por cocaína, criando uma rede de crime internacional que desafia a lei e a ordem.
“Armas do Paquistão” – duas palavras simples, mas capazes de abrir um labirinto de sombras e segredos. Adentre neste emaranhado onde o perigo se esconde a cada esquina. Nesta trama, o Primeiro Comando da Capital (Facção PCC 1533), uma facção brasileira, une-se ao obscuro mundo da ‘Ndrangheta italiana, em uma aliança envolta em mistério.
A revelação dessa parceria, uma inquietante descoberta, é o convite para uma jornada que promete te transportar para o submundo da criminalidade internacional. Prepare-se para mergulhar na trama que une Brasil e Itália de uma maneira nunca antes imaginada.
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As armas do Paquistão encontraram seu caminho até o Brasil, adquiridas de forma sinistra pelo Primeiro Comando da Capital. A poderosa facção criminosa conseguiu essa façanha em troca de cocaína, um acordo fechado com a ‘Ndrangheta, uma organização mafiosa sediada na Calábria, Itália. A surpreendente revelação foi feita pelos incansáveis oficiais da Direção Antimáfia Italiana (DIA), culminando na prisão de 132 suspeitos.
Longe de serem apenas organizações criminosas, a ‘Ndrangheta e o PCC agem como epicentros de vastas federações criminosas. Uma colcha de retalhos de culturas, base e origem, estão enraizadas em nações diferentes, permeando diversos continentes. Enquanto a ‘Ndrangheta mantém sua fortaleza na Calábria italiana, o PCC opera predominantemente no sudeste do Brasil.
O envolvimento da ‘Ndrangheta no tráfico de armas internacional foi desmascarado. Uma operação que revelou o envio de armas do Paquistão ao PCC em troca de remessas de cocaína. Nessa sinistra rede de crime, um padrão de lavagem de dinheiro foi revelado, com “investimentos massivos na Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal, Argentina, Uruguai e Brasil”.
Conexões Insólitas, a Estrada para o Velho Continente
Embora distintas, essas organizações estabeleceram laços perturbadores. O tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro são apenas algumas de suas atividades conjuntas. A parceria sinistra levou toneladas de cocaína da América do Sul para a Europa.
Os primeiros indícios dessa aliança sombria surgiram em 2014, revelados durante a Operação Overseas da Polícia Federal brasileira. Este projeto expôs uma rede que incluía a ‘Ndrangheta italiana, criminosos colombianos e a máfia sérvia, todos unidos na tarefa de transportar cocaína para a Europa.
A maior parte da cocaína entrava pelos portos da Antuérpia, na Bélgica, Roterdã, na Holanda e de Gioia Tauro, na Calábria, sul da Itália.
Ao desembarcar na Europa, a droga passava para as mãos habilidosas da máfia sérvia. Conhecidos por operar discretamente ao redor do mundo, eles garantiam a distribuição final da mercadoria, tecendo uma complexa rede de contatos e intermediários.
Uma Antiga Ligação, Clã Šarić e o Porto de Santos
Embora a união entre a máfia sérvia e a facção PCC seja conhecida apenas desde 2014, Bozidar Kapetanovic já operava como o elo entre elas. Este homem, integrante do clã sérvio de ex-militares liderados por Darko Šarić, facilitava o envio de drogas para a Europa, provenientes da Colômbia, Bolívia e Paraguai.
Apesar da Operação Brabo ter desmantelado o esquema em 2009, há indícios de que o grupo possivelmente já utilizava a infraestrutura logística do PCC no Brasil, mais especificamente o porto de Santos. Em 2016, quando o Clã Šarić foi novamente alvo de uma ação policial, foi confirmada a parceria com a facção PCC no transporte de drogas até a boca de embarque.
Desde então, várias operações visaram a aliança entre o PCC e a ‘Ndrangheta. Surpreendentemente, o método de pagamento e a rede de lavagem de dinheiro desses criminosos veio à luz. Suspeita-se do uso de bitcoins e do sistema “dólar-cabo”, como revelado na Operação Echelon em São Paulo.
O Reino da Máfia Calabresa e suas Perigosas Ligações
Responsável por extorsão, lavagem de dinheiro, assassinatos e tráfico de drogas, a máfia calabresa controla o mercado de drogas na Europa e na Austrália, em colaboração com o Cartel do Golfo colombiano e outras organizações atuantes no Equador.
Desvendando as teias de Nápoles, encontramos a Camorra. Este grupo sinistro do crime organizado supostamente tem laços profundos com a Al-Qaeda e com o grupo separtista basco ETA Euskadi Ta Askatasuna (Euskadi Pátria e Liberdade). Abundam rumores de uma troca inquietante – a Camorra fornecendo abrigos seguros, documentos falsificados e armas de fogo para a Al-Qaeda em troca de narcóticos.
Ademais, murmúrios falam de um pacto com o ETA. Aparentemente, a Camorra oferta armas pesadas como lançadores de mísseis ao ETA, recebendo em troca montanhas de cocaína e haxixe. Todavia, nada é definitivo nesta dança de sombras e segredos.
Al-Qaeda: Tecendo Trilhas de Contrabando
A Al-Qaeda, por sua vez, está envolvida em rotas de contrabando de armas. Estas trilhas serpenteantes cruzam com a notória Cosa Nostra siciliana, a escura ‘Ndrangheta calabresa e um misterioso traficante de pessoas egípcio com supostos vínculos à Al-Qaeda.
As armas apreendidas, inicialmente vendidas legalmente, mas desativadas, estão à beira de um despertar sinistro. Portanto, é crucial desvendar esse emaranhado antes que se tornem ferramentas de destruição novamente.
Laços Ocultos, levantando o véu
No entanto, a busca incessante para desvelar a conexão direta entre a máfia italiana e os grupos terroristas paquistaneses na névoa densa do tráfico de armas é um labirinto intricado apenas começando a ser iluminado.
A volatilidade de grupos criminosos organizados e redes terroristas tem o efeito sinistro de camuflar essas conexões. Alianças efêmeras e métodos operacionais que mudam como areias movediças tornam as informações fugazes, como a luz cintilante de uma vela no escuro.
Em meio a esse universo escondido, onde sombras e silêncio são os habitantes mais fiéis, a verdade é tão rara quanto um oásis no deserto. A despeito disso, a necessidade de desvendar os mistérios enigmáticos dessas organizações torna-se mais imperiosa, como um clamor silencioso, um eco no vazio, ansioso para compreender a iminente tempestade que se avizinha para o mundo exterior.
Por que razão o PCC no Uruguai não conseguiu o domínio do mundo do crime? As tensões geopolíticas no Uruguai e Paraguai e seu reflexo no narconegócio.
PCC no Uruguai: adentre o intrigante universo do crime organizado sul-americano, e descubra como essa facção se estabeleceu no país. Leia e surpreenda-se!
Apresento o interessante estudo de Nicolás Centurión, que narra os eventos recentes em terras sul-americanas são de grande interesse e relevância para todos nós que estudamos o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).
Segundo ele, as organizações do narcotráfico brasileiras e argentinas têm se fortalecido em decorrência do maior controle na Tríplice Fronteira, deslocando suas operações para o sul, tornando evidente a presença não só do PCC no Uruguai, mas também de outras organizações nesta área fronteiriça.
A organização criminosa Primeiro Comando da Capital é um fenômeno exclusivo dos presídios brasileiros. O “PCC no Uruguai” não prosperou, mesmo tendo havido uma tentativa de infiltração. A razão para isso não se deve a questões de segurança e inteligência, mas sim à desorganização dos detentos uruguaios.
Por outro lado, o PCC 1533 encontrou sucesso em sua expansão no Paraguai. Aparentemente, a cultura prisional guarani era mais parecida com a brasileira, o que pode ser explicado pela presença de criminosos brasileiros por um período maior e em maior número, ou até mesmo por outras razões culturais. O resultado é que, hoje, a facção paulista domina vários presídios próximos à Tríplice Fronteira.
A importante rota do narcotráfico: a hidrovia Paraná-Paraguai
As conexões entre as organizações criminosas começam a se entrelaçar quando descobrimos que o PCC possui ligações com Sebastián Marset, um uruguaio que se tornou traficante e é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci em terras colombianas. Além disso, o PCC tem ligações com a máfia calabresa através da ‘Ndrangheta, sendo a porta de entrada da cocaína na Europa.
Essa complexa rede de criminosos envolve também o grupo brasileiro “Os Manos”, que domina a fronteira nordeste do Uruguai com o Brasil e pretende avançar para o interior do país. A hidrovia Paraná-Paraguai, que liga o Brasil ao Uruguai, é uma rota importante para o tráfico de drogas e, entre 2021 e 2022, cerca de 46 toneladas de drogas saíram dessa região.
Este cenário é um verdadeiro desafio para os investigadores e as autoridades locais, que enfrentam corrupção policial, forças de segurança mal equipadas e uma série de outras dificuldades no combate ao crime, e ao analisar o último relatório da Senaclaft, pude observar uma piora significativa na situação do país em relação a esses problemas.
O Uruguai é, infelizmente, um país de trânsito para o tráfico de pessoas, com ênfase na exploração sexual comercial e trabalho forçado de mulheres e meninas. Além disso, apresenta condições favoráveis para o narcotráfico, como fronteiras secas com o Brasil, conexões com a hidrovia Paraná-Paraguai e um porto controlado por uma multinacional belga. A ausência de radar aéreo em metade do território e a corrupção policial dificultam ainda mais o combate a esses crimes.
Grupos criminosos locais e o tráfico transnacional
A fronteira nordeste com o Brasil está sob o domínio do grupo criminoso brasileiro “Os Manos”, que busca expandir sua influência no Uruguai. A hidrovia Paraná-Paraguai, ligando o Brasil ao Uruguai, é uma rota importante para o tráfico de drogas para a Europa e África, com cerca de 46 toneladas de drogas saindo dessa rota entre 2021 e 2022.
Na Argentina, a área conhecida como Gran Rosario, que abrange a cidade de Rosario e arredores, é dominada por uma perigosa e violenta organização criminosa chamada “Los Monos”. Este grupo tem envolvimento em atividades ilícitas, como tráfico de drogas e extorsão.
Por outro lado, o Banco Provincial é uma instituição financeira que foi privatizada na década de 1990, o que significa que passou do controle público para o controle de entidades privadas. Há relatos de que este banco tem ligações com a lavagem de dinheiro do Cartel de Juarez, uma notória organização criminosa mexicana especializada em tráfico de drogas e outros crimes.
Além disso, o Banco Provincial também está relacionado ao colapso do Banco Comercial uruguaio durante a crise financeira de 2002, que afetou a economia da região. Este evento ocorreu quando o Banco Comercial, uma importante instituição financeira no Uruguai, faliu devido a diversos fatores, como má gestão, corrupção e instabilidade econômica generalizada.
a Geopolítica e a política local
No contexto político e midiático, o uso do nome da facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital tem sido uma estratégia para tentar vincular políticos à organização criminosa, gerando desconfiança e descredibilidade. Esse tipo de tática é semelhante à situação na Argentina, onde a gangue “Los Monos” e as atividades ilícitas do Banco Provincial são usadas como instrumentos de manipulação política e midiática.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o país busca garantir sua influência no Paraguai, independentemente de quem vença as eleições de 30 de abril. A estratégia americana inclui acusações de corrupção contra figuras políticas e apoio a empresas em disputa com grupos poderosos. Há também preocupação com a crescente influência chinesa na região, incluindo negociações com Argentina, Brasil e um possível acordo comercial entre Uruguai e China.
Neste cenário, o uso do nome PCC e a associação a políticos é uma ferramenta para desestabilizar e enfraquecer oponentes políticos, enquanto os Estados Unidos buscam garantir sua posição na região e enfrentar a crescente presença chinesa. Essa tática, assim como a situação na Argentina, destaca a complexidade das relações políticas e a manipulação midiática na América Latina.
Uruguai está imerso em uma complexa situação geopolítica envolvendo bandos criminosos, megaprojetos, eleições no Paraguai e a possível instalação de uma base militar americana na Tríplice Fronteira. Apesar desses desafios, o governo uruguaio concentra-se em combater o tráfico de drogas em pequena escala, enquanto grandes quantidades de drogas chegam à Europa por meio de contêineres com bandeira uruguaia.
O sombrio relato de um servidor que ousou negar-se à colaborar com o PCC desvela a batalha contra a corrupção e o domínio do crime organizado no Aeroporto Internacional de São Paulo, bem como a escassez de amparo por parte das autoridades aos indivíduos assediados.
Colaborar com o PCC ou morrer, essa é a realidade macabra quando olhamos o reino sombrio da facção PCC 1533:
Os irmãos e companheiros da organização criminosa não são obrigados a qualquer missão, sendo livres para aceitar ou não uma responsabilidade, enquanto funcionários do governo e das esferas privadas, bem como os agentes da lei e da justiça, podem encontrar seu fim caso não se submetam às ordens recebidas.
Se colaboram são regiamente pagos, se não colaboram podem morrer. Tal foi o destino de Arisson, que, desafiou o Primeiro Comando da Capital, e pagou o mais alto tributo por sua valentia.
Convido os leitores do site a comentar aqui ou nos grupos de Zap, para contradigam minha certeza que diz que, enquanto algumas autoridades tecem enredos inacreditáveis, tal qual o Senador Sergio Moro, e asseguram para si uma legião de seguranças, aqueles funcionários condenados a lidar diretamente com os interesses do Primeiro Comando da Capital são abandonados à mercê de seu próprio destino cruel e incerto.
Venho para compartilhar com os leitores deste site uma história perturbadora e trágica que ocorreu recentemente no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Como você bem sabe e eu já citei inúmeras vezes neste site, a corrupção e a influência da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, são problemas generalizados na américa do Sul. Mas, meu amigo, essa história em particular ressalta o quão profunda é a luta de alguns indivíduos para resistir a essa corrupção e sobreviver em meio à violência e ao medo.
Arisson, um operador de esteira no aeroporto, teve a coragem e a integridade de cumprir seu dever, barrando duas malas suspeitas que continham 60 kg de cocaína. Essa ação heroica impediu que uma quantia considerável de drogas chegasse à Europa, privando a facção PCC de lucros estimados em até R$ 30 milhões. Contudo, sua honestidade teve um preço terrível.
O trágico destino de um homem corajoso e íntegro
O medo de colaborar com o PCC é uma realidade diária para muitos servidores públicos e funcionários de empresas privadas. Essas pessoas frequentemente se veem coagidas a colaborar com atividades criminosas, não por ganância, mas como uma forma desesperada de garantir a sobrevivência de si mesmas e de suas famílias. No caso de Arisson, ele enfrentou esse medo e se recusou a colaborar com a facção criminosa, um ato de bravura que, infelizmente, resultou em sua morte.
Após sua recusa em entregar as malas, Arisson foi abordado e ameaçado por Márcio do PCC. Poucos dias depois, em um ato brutal de vingança, Arisson foi assassinado a tiros em seu carro.
Dois dias após a apreensão da droga, Márcio abordou Arisson em um ponto de ônibus e lhe afirmado: “Você, eu já passei para os caras”, referindo-se ao fato de ter relatado ao PCC sobre a apreensão das malas, decorrente da ação da vítima.
Por volta das 18h50 do dia 13 de janeiro, Arisson voltava para casa, em seu carro, quando foi interceptado no bairro São João, em Guarulhos, por um Ford Ranger, ocupado por três criminosos. O aeroportuário foi fuzilado e morreu ainda no local.
Os assassinos abandonaram o carro, com placas adulteradas, alguns quarteirões adiante. Foi constatado que o veículo era roubado, do Rio de Janeiro, um outro funcionário do aeroporto foi preso por envolvimento no homicídio, e três criminosos permanecem foragidos.
Sua morte é uma lembrança sombria do poder e da influência do PCC e da corrupção que assola nosso país e a forma como o estado atua em defesa de seus cidadãos.
…as bolsas seguiam pelas esteiras rolantes até a área restrita, onde funcionários aliciados pelo Primeiro Comando da Capital recebiam dos comparsas as fotos com as imagens das malas recheadas com drogas, e as embarcavam para Portugal, França e Holanda, na Europa, e também para Johannesburgo, na África do Sul.
A expansão do PCC inclui incursões na Bolívia, onde o grupo pode comprar cocaína diretamente dos produtores daquele país, segundo a Americas Quarterly.
Uma vasta rede criminosa operava, e Arisson tentou, solitariamente, obstruir seu avanço. Quiçá tenha buscado auxílio ou relatado a situação a seus superiores ou autoridades, mas somente ele encontrou seu fim. Apenas ele, sinceramente, acreditou que poderia impedir que os criminosos paulistas atendessem seus clientes na Europa, onde equipes se preparavam e investiam para descarregar e distribuir a droga sem retaliações.
Ao chegarem os carregamentos, a ‘Ndrangheta colabora com traficantes italianos, que transportam os entorpecentes para distribuição abrangente por todo o território europeu, auxiliados por grupos da máfia sérvia e inúmeras facções independentes.
A facção paulista teve de explicar aos seus parceiros europeus a falha no processo e indenizá-los pelos prejuízos, além de dar uma resposta à altura. Por isso, Arisson pagou com sua vida; contudo, mesmo assim, a organização brasileira perdeu parte da confiança de seus clientes.
Arisson foi um herói, inegavelmente, e presto aqui minha homenagem. Entretanto, tratava-se de um herói solitário, abandonado pelo sistema que tentou defender. Assim como ele, centenas, senão milhares de funcionários e agentes públicos e privados são ameaçados pelo Primeiro Comando da Capital, enquanto as autoridades não se empenham minimamente em protegê-los.
A logística do crime deste esquema no Aeroporto Internacional de São Paulo
Deixa eu te contar como tudo está funcionando por lá. O esquema já tem uns oito anos, então mudou muita coisa desde o começo até aqui, cada pouco evolui um pouco, e cada pouco muda um pouco para dificultar que a Polícia Federal que investiga um esquema derrube tudo.
O Primeiro Comando da Capital, percebeu que dava pra mandar malas cheias de cocaína pro outro lado do oceano quando a fiscalização de remessas em pacotes apertou. Em 2015, foi a primeira vez que um lance assim foi descoberto pelas autoridades, quando um casal de idosos teve as malas trocadas por outras cheias de droga, mas por um acaso tudo foi descoberto.
Pontualidade e motoristas de aplicativos
Então, tudo começa com os motoristas de aplicativo, que são contratados pra não dar bandeira, mas eles sabem muito bem o que tão fazendo e quem tão levando pro aeroporto. Eles levam os criminosos, que geralmente usam uniformes de companhias aéreas pra disfarçar, e deixam eles em horários e locais combinados por mensagem.
A pontualidade é chave, porque, segundo a PF, isso faz com que as malas com drogas sejam despachadas bem rápido, sem que os funcionários que não tão no esquema percebam a movimentação suspeita.
O esquema geralmente usa os mesmos carros e motoristas pra levar as malas com cocaína até o aeroporto. As bagagens são entregues na área de embarque pra funcionários do aeroporto uniformizados ou pessoas disfarçadas como se fossem eles. As malas vão direto pras esteiras de voos nacionais, sem passar por fiscalização, porque as bagagens de voos domésticos não precisam passar pelo raio-X. Só quando rola uma suspeita.
Na maioria das vezes, as malas já chegam com etiquetas preenchidas à mão. Essas identificações são chamadas de “rush” e, na moral, servem pra enviar bagagens perdidas ou extraviadas para os donos reais. Os criminosos aproveitam essa brecha pra colocar as malas com drogas nos embarques, sem precisar de um passageiro pra fazer o check-in.
Aí, dentro da área restrita, os funcionários que foram cooptados pelo PCC manuseiam as malas pra driblar a fiscalização e colocam elas em voos internacionais que já tão combinados. As bagagens geralmente vão pra Lisboa e Porto, em Portugal, ou pra Amsterdã, na Holanda. Sacou?
Comunicação e tecnologia no crime: celular
A galera do crime se comunica o tempo todo por mensagens e ligações no celular. Segundo a PF, os celulares são fornecidos pela própria facção criminosa, que recolhe os aparelhos logo depois que as operações ilegais acabam, pra dificultar a vida da polícia.
A atuação do PCC na Europa e o risco de apreensão da droga
Mesmo com a droga embarcada no Brasil rumo à Europa, ainda rola o risco de ser pega pelas polícias de lá, sacou?
Pra não deixar isso acontecer, o PCC tem gente nos países pra onde eles mandam a cocaína, responsáveis por cooptar funcionários nos aeroportos locais.
A reportagem descobriu que os aliciadores lá de fora recebem, em média, cinco mil euros (uns R$ 27 mil) por quilo de droga que chega ao destino. Parte dessa grana é usada pra corromper funcionários dos aeroportos, principalmente os que ganham pouco.
Aqui no Brasil é a mesma fita: os funcionários do Aeroporto de Guarulhos levam mais de um ano de salário por cada mala com droga embarcada, como mostrou o Metrópoles. É muita grana envolvida, meu irmão!
A produção de maconha em Amambay enfrenta diversos desafios, como pobreza, corrupção policial e programas malsucedidos de substituição de cultivos. Essa situação afeta a população rural e indígena, que vê na agricultura de maconha uma das poucas oportunidades de renda. As autoridades enfrentam dificuldades para combater o problema devido à presença limitada do Estado e à infiltração do Primeiro Comando da Capital.
Amambay: para policiais e traficantes é simplesmente mais fácil oprimir, abusar e até matar indígenas — afirma fazendeiro da região.
Em Amambay, a escassa presença de forças de segurança e a falta de vigilância na fronteira permitiram que grupos criminosos brasileiros, como o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e o Comando Vermelho (CV), se estabelecessem na região. Esses grupos agora controlam a produção de maconha, pagando generosamente aos agricultores locais.
O domínio do PCC na produção de maconha
A facção PCC distribui 60% da maconha produzida em solo paraguaio, numa área entre 7 e 20 mil hectares, com uma produção que varia entre 15 e 30 mil toneladas por ano, envolvendo milhares de trabalhadores rurais, de pequenos agricultores familiares até grandes fazendeiros.
A facilidade no transporte de drogas
A facção PCC atravessa facilmente a extensa fronteira de 800 quilómetros de fronteira do Brasil com o Paraguai, utilizando a mão de obra de empreendedores individuais ou coletivos autônomos, que utilizam-se de mochileiros até caminhões e aviões.
Nessa região estratégica, entre 2014 e 2021, foram apreendidas 48,42 toneladas de maconha, mas estima-se que pelo menos 90 mil toneladas tenham escapado da fiscalização.
Parte do transporte é feita por pilotos autônomos, como no caso da célula de Paulo Vicente que realizava cerca de 20 voos mensais, lucrando aproximadamente 18,3 milhões de Reais.
A operação envolvia além do piloto Paulo Vicente, o operador logístico Carlos Antônio, e Javier Alexis e Rafael. Todos acabaram presos com meia tonelada de cocaína em uma pista clandestina, 20 km ao sul de Bella Vista Norte, em Amambay, e a 2 km da fronteira com Mato Grosso do Sul.
Atuação aberta e controle da produção
Grupos criminosos brasileiros, como a facção PCC, atuam na organização do processo, assim, a logística e a produção, são ambas terceirizadas. O Primeiro Comando da Capital aparentemente não optou por ter plantações próprias. Se o PCC decidisse experimentar sua própria produção de maconha.
Disputa intensa pelo controle das rotas de tráfico
Conflito entre PCC e Clã Rotela
Amambay é palco de uma disputa mortal entre o Primeiro Comando da Capital e o Clã Rotela pelo controle da rota de tráfico. Essa disputa alimenta a Rota Caipira, deixando um rastro de vítimas fatais. No ano passado, a violência continuou com assassinatos de alto escalão e entre gangues.
A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.
Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.
Além do PCC e do Clã Rotela, gangues menores e clãs familiares, como o Clã Insfrán, também contribuem para a violência em Amambay e outras áreas do Paraguai. O Clã Insfrán foi ligado ao assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci em maio de 2022.
Acesso a armas e influência no tráfico internacional
A violência no Paraguai é intensificada pelo acesso a armas e munições, que acabam nas mãos de organizações criminosas. O crescente papel de Amambay na rota do drogoduto de cocaína para a Europa indica que o conflito entre as principais gangues do país provavelmente persistirá.
Amambay: Impacto limitado das operações antimaconha no Paraguai
Erradicação de cultivo nas fronteiras
Amambay inicia a discussão sobre o combate à maconha no Paraguai. Autoridades erradicaram grandes quantidades de maconha na fronteira Brasil-Paraguai, porém enfrentam um suprimento aparentemente ilimitado.
Desde 26 de março, a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) e a Polícia Federal do Brasil apreenderam mais de mil toneladas de maconha e sementes em Amambay, segundo comunicado divulgado em 3 de abril. A maior parte é enviada ao Brasil, onde alcança até US$ 150 por quilo.
Operação Nova Aliança e produção de maconha
As apreensões fazem parte da “Operação Nova Aliança”, uma iniciativa bilateral entre forças paraguaias e brasileiras, focada principalmente em Amambay.
A operação concluiu sua 36ª edição, com as etapas anteriores erradicando centenas de toneladas de plantas de maconha cada. Só em 2022, autoridades erradicaram 1.821 hectares de plantações, com potencial para produzir 5.400 toneladas de maconha, conforme informou a SENAD.
Amambay e a produção de maconha no Paraguai
O Paraguai, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas de 2022 das Nações Unidas, continua sendo um dos maiores produtores de maconha das Américas, e Amambay, é um departamento rural e o centro de produção de maconha do país.
Carlos Peris, cientista político e especialista em tráfico de drogas da Universidade Católica de Assunção, afirma que quase 70% do departamento são terras agrícolas e há uma clara falta de presença do Estado.
Fronteiras porosas e tráfico de drogas
As fronteiras permeáveis de Amambay com o Brasil tornaram Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, um importante ponto de trânsito de drogas rumo ao leste.
Análise do InSight Crime: Desafios na erradicação da maconha
Pobreza e falta de oportunidades
A produção de maconha de Amambay enfrenta inabalável as operações de erradicação das autoridades paraguaias e brasileiras. Fatores como pobreza, programas malsucedidos de substituição de cultivos de outras culturas, presença inadequada do Estado e corrupção policial contribuem para essa situação.
Segundo Peris, a população rural e indígena enfrenta escassez de oportunidades além da agricultura de pequena escala. Dessa forma, poucos produtos podem ser vendidos com valor similar à maconha.
Além disso, os programas de substituição de cultivos falharam em dissuadir os agricultores a cultivar maconha. Um quilo de maconha pode render quase trinta vezes mais que um quilo de gergelim ou mandioca, culturas comuns no país.
Presença limitada de forças de segurança
Amambay, isolado por montanhas e distância, possui uma presença esparsa de forças de segurança. Essa falta de vigilância permitiu que grandes grupos criminosos brasileiros se estabelecessem na região. Grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) podem pagar generosamente aos agricultores pelos produtos cultivados.
Corrupção policial e impacto nos agricultores
A corrupção policial em Amambay prejudica a erradicação da maconha. Fazendeiros costumam pagar propinas às autoridades para proteger suas plantações. Segundo investigações do veículo paraguaio Hina, agricultores pagam quase 15% de seus lucros em subornos. Com propinas tão caras, alguns agricultores consideram o negócio menos lucrativo.
Mudanças na produção e impacto na população indígena
Diante disso, a população indígena, que possui áreas maiores de terra e aceita ganhar menos, começa a preencher o vazio deixado pelos agricultores. Peris afirma que, para policiais e traficantes, é mais fácil oprimir, abusar e até matar indígenas. Ele aponta a possibilidade de uma mudança maior na produção de maconha em Amambay, passando dos pequenos agricultores para a população indígena.
“Confronto dos Cartéis” de Caryn Dolley explora as conexões do crime organizado na África do Sul com cartéis de drogas, grupos terroristas e corrupção política. O livro detalha como gangues sul-africanas se beneficiam de fluxos econômicos ilícitos globais e estabelecem parcerias com organizações criminosas transnacionais.
Conexões surpreendentes e a luta contra o crime transnacional
Os fluxos econômicos ilícitos alimentam o crime organizado transnacional, misturando gangues, cartéis, máfias e funcionários corruptos do governo. A África do Sul é um centro central, porém desconhecido, no cenário criminal global. Caryn Dolley, jornalista investigativa, explora essas conexões em seu livro “Clash of the Cartels”.
Gangues e corrupção na África do Sul
As gangues da África do Sul cresceram a partir da corrupção e violência do regime do apartheid, explorando a presidência corrupta de Jacob Zuma para expandir seu poder e alcance. Essas gangues estabeleceram laços com grupos criminosos organizados, traficantes de armas e terroristas em todo o mundo.
Alguns beneficiários do crime transnacional são amplamente conhecidos, enquanto outros permanecem obscuros e escondidos. No entanto, todos atuam em diversos espaços e fluxos da economia política ilícita. Frequentemente, a África do Sul está no centro dessas atividades, mas costuma passar despercebida no cenário global do crime.
As “gangues dos números” da África do Sul desempenham um papel importante na economia política criminosa do país. Com conexões que incluem a D-Company, grupo terrorista e gangster, as gangues sul-africanas têm laços com entidades ligadas ao terrorismo na Índia e no Afeganistão.
As 28 atividades das gangues incluem assassinato, assalto, roubo e tráfico de drogas, juntamente com outros crimes mais mundanos, em prol de seus empreendimentos.
… os 26 administram o lado comercial das coisas, os 27 servem como soldados ou executores, e os 28 são uma ‘estrutura paramilitar’, atuando como a ‘autoridade política’ das gangues de números…
Política e crime organizado
O livro examina as conexões entre o Congresso Nacional Africano (ANC), crimes de rua e homicídio, além de rotas de tráfico de drogas e contrabando de diamantes. Dolley documenta as ligações entre o gangsterismo sul-africano e organizações criminosas transnacionais em países como Dubai, Quênia, China, Moçambique e Estados Unidos.
O tráfico de diamantes entrou na equação, assim como a corrupção policial, quando ex-integrantes do braço armado do ANC, o uMkhonto we Sizwe, supostamente se aliaram aos seus antigos adversários do apartheid, colaborando com organizações criminosas internacionais e desafiando a democracia.
Outros capítulos exploram conexões com a Sérvia, Irlanda, Canadá, Moldávia, China, Estados Unidos, Bulgária, Reino Unido, Espanha, Colômbia, Lituânia, Nova Zelândia, Austrália e Itália. A ‘Ndrangheta, máfia calabresa, também é discutida, destacando o papel das gangues de motociclistas fora da lei australianas.
Aqui entram as conexões com as facções criminosas brasileiras, como o Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro e o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo, dando destaque ao PCC.
A facção está ampliando sua influência do Brasil para o Paraguai e além, com a África do Sul fazendo parte dessa expansão global. Policiais corruptos e uma rota marítima de tráfico de cocaína ligando Durban a São Paulo financiam o comércio de armas leves, tráfico de pessoas, terrorismo e ações mercenárias. A lavagem de dinheiro é um componente central desse circuito.
Conclusão
Dolley faz um excelente trabalho ao fornecer um relato detalhado das ligações do crime organizado global com a África do Sul. Apesar de carecer de fundamentação teórica profunda, “Confronto dos Cartéis” oferece excelentes comentários sobre a importância do crime organizado sul-africano e deve ser usado para aprimorar estudos acadêmicos e treinamento de analistas de inteligência e policiais.
O avanço do PCC na Bolívia ameaça a segurança nacional, mesmo após mortes de líderes e ações criminosas em ascensão. O governo conseguirá combater o narcotráfico e desmantelar suas estruturas ou sucumbirá sob elas?
Mortes de líderes e ações criminosas do PCC evidenciam a urgência de medidas efetivas por parte das autoridades
O PCC na Bolívia florece sob o manto noturno do um céu sombrio e lúgubre nas comunidades cocaleiras daquele país.
O site “Página Siete” esculpe, com palavras duras, um panorama nefasto e mórbido das mortes que assolam os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC 1533).
Em um editorial macabra, tece críticas severas à ineficácia das autoridades, em sua luta inglória contra as garras da organização criminosa brasileira.
A impotência das forças da lei ecoa no vazio, assim como o uivar do vento cortante nas noites solitárias nas encostas dos Andes.
A sombra do PCC na Bolívia se estende e consolida, surda ao implorar do “Página Siete” pelo seu fim.
O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.
O Intrincado Labirinto do Narcotráfico e a Sombra do PCC
Recentes ocorrências na Bolívia confirmam o vigoroso narcotráfico no país e sua perigosa relação com o temido PCC, uma grave ameaça à segurança nacional.
Num caso emblemático, o sinistro Jorge Adalid Granier Ruiz, conhecido como “El Fantasma”, é capturado em terras brasileiras.
Transportador de drogas, ele é o fio que liga a teia boliviana ao temido PCC, como revela um relatório sombrio da DEA.
A Teia de Assassinatos e as Consequências para a Segurança Nacional
A mortalha de assassinatos se estende, trazendo consequências funestas.
Ruddy Edil Sandoval Suárez, um boliviano de 37 anos, é encontrado morto no Brasil, com marcas de execução e sinais de conexão com o narcotráfico e o PCC, como se um espectro da morte o houvesse visitado.
Enquanto isso, uma sinistra operação internacional desvela e aprisiona o líder de uma quadrilha nefasta que, em conluio com o PCC, movimentou a espantosa soma de mais de US$ 700 milhões em apenas dois anos.
Assim, na penumbra do labirinto do crime, a sombra do PCC se estende e ameaça engolir a Bolívia em seu abismo tenebroso e profundo.
As Macabras Estatísticas e o Clamor por Ação Governamental
Até outubro de 2022, os corpos de pelo menos oito líderes da facção paulista PCC jaziam abatidos a tiros na terra boliviana.
Esse cenário tenebroso revela a sombria presença do narcotráfico e do PCC no território boliviano, sobretudo na região leste.
A Falência das Ações e a Desesperada Necessidade de Solução
Com o aumento da violência e o avanço do crime organizado, é imperativo que o governo atue de maneira mais eficiente para combater essa onda crescente.
destruição de laboratórios vazios e a proclamação bombástica de resultados são ecos que se perdem na escuridão e não atacam o coração putrefato do problema.
É fascinante, e ao mesmo tempo aterrador, observar como os arquitetos do narcotráfico se expandem por domínios cada vez mais vastos, tecendo relações sinistras com a sociedade, os órgãos da lei e a classe política.
A proliferação do Primeiro Comando da Capital não se trata de um destino impelido pelas sombras do além, mas sim de uma escolha que, como um espectro, envolve a todos, mesmo que hesitem em admitir sua terrível cumplicidade.
Tren de Aragua e facção PCC 1533, suas dinâmicas financeiras, influência no sistema prisional e desafios para o combate ao crime organizado na América Latina.
Os segredos do Tren de Aragua e suas relações com o Primeiro Comando da Capital
A História Intrigante razão de existir do Tren de Aragua
Além da Venezuela
Meus caros amigos, permitam-me compartilhar com vocês a história fascinante do Tren de Aragua, uma organização criminosa que se tornou uma verdadeira multinacional do crime.
Esta história começa com sua origem no presídio de Tocorón, no estado de Aragua, na Venezuela, que saltou os muros do presídio para as comunidades carentes em seu país e de lá expandiu pelo uso da força sua influência para as áreas industriais e hoje já domina parte do governo do país.
O Tren de Aragua soube utilizar a crise sem precedentes na Venezuela a seu favor, expandindo suas operações criminosas para pelo menos outros oito países latino-americanos.
Entre os milhões de venezuelanos que deixaram o país, membros do grupo criminoso encontraram oportunidades de negócios ilícitos em terras estrangeiras.
O Tren de Aragua, a facção brasileira Primeiro Comando da Capital, além de outros grupos criminosos lucram com a triste crise social e o abandono do governo.
Para resolver essa situação, seria necessário que o governo interviesse garantindo a igualdade de oportunidades e renda para todos os cidadãos, independentemente de sua origem social ou econômica.
No entanto, vejo em minha cidade a revolta de amigos, colegas de trabalho e parentes quando pautas como a fome e as desigualdades sociais são levantadas.
Negamos a realidade mesmo quando ela salta as muralhas dos presídios para dominar comunidades inteiras: das metrópoles às pequenas comunidades no interior da Venezuela às grandes metrópoles do Sudeste do Brasil.
Só eliminaremos a criminalidade decorrente da desigualdade econômica e social e questão carcerária enfrentando a realidade que preferimos negar e nos apegar a propostas populistas.
A organização criminosa venezuelana e a exploração sexual
A maioria das vítimas do tráfico humano para fins de exploração sexual são mulheres e meninas.
Elas são recrutadas predominantemente por meio de redes sociais e falsas ofertas de emprego para trabalhar em residências particulares, restaurantes ou como cabeleireiros.
Assim que as mulheres chegam chegam no Brasil e na Colômbia, os criminosos pegam seus documentos e as obrigam a prestar serviços sexuais para “pagar” pelo transporte e acomodação.
O Tren de Aragua, é um dos principais grupos nesse mercado e o que mais exploram as mulheres escravizadas.
Diversos outros grupos criminosos, incluindo clãs familiares, alguns de origem venezuelana, e outros da Bolívia, Argentina, Chile e Colômbia atuam neste negócio, no entanto o Tren de Aragua não apenas aproveita as rotas migratórias como catalisa em torno de si e organiza a exploração dos grupos menores.
Em território brasileiro sua principal função é na região fronteiriça norte fornecer armas e drogas e intermediar prostituição com mão de obra imigrante.
Comparação entre as organizações criminosas
Origem, Estrutura e Financiamento
A seguir, permitam-me comparar a origem, a estrutura e o financiamento da organização Tren de Aragua e seu aliado brasileiro, o Primeiro Comando da Capital.
O Nascimento e Raízes no Sistema Prisional
Meus caros amigos, o Tren de Aragua, surgiu como uma quadrilha composta por aproximadamente 5.000 homens, originária do presídio de Tocorón.
Com o passar do tempo, a organização se envolveu em diversas atividades criminosas, como extorsão, prostituição, assassinato, roubo, narcotráfico, lavagem de ouro e contrabando.
De acordo com a jornalista Ronna Rísquez, que investigou o grupo durante três anos, foi a partir deste núcleo cárcerário que eles conseguiram se estabelecer como uma poderosa força criminosa, controlando aspectos da vida cotidiana em algumas áreas e influenciar decisões de governos locais e de forças federais de segurança.
É interessante notar a semelhança entre as origens do grupo criminoso Tren de Aragua e do Primeiro Comando da Capital, pois ambos surgiram dentro do sistema prisional de seus respectivos países, a Venezuela e o Brasil.
Esta circunstância comum ilustra como as prisões servem como berço para o desenvolvimento de organizações criminosas em todo o mundo.
Fatores que Contribuem para o Surgimento de Grupos Criminosos nas Prisões
Existem diversas razões pelas quais os sistemas prisionais podem ser propícios para o surgimento de grupos criminosos como o Tren de Aragua e a facção paulista PCC:
Condições Precárias: Muitas prisões na América Latina enfrentam problemas de superlotação, falta de higiene e violência, condições desumanas que podem levar os detentos a buscar proteção e apoio em grupos criminosos organizados.
Falta de Controle e Corrupção: A falta de controle efetivo por parte das autoridades prisionais e a corrupção entre os funcionários podem facilitar a atuação desses grupos criminosos dentro das prisões, incluindo a permissão para a entrada de itens ilícitos e o estabelecimento de esquemas de extorsão.
Redes e Conexões: As prisões servem como pontos de encontro para criminosos de diferentes origens, permitindo a formação de alianças e a troca de informações, habilidades e recursos. Essas conexões podem ser úteis para expandir e fortalecer as atividades criminosas.
Radicalização e Recrutamento: A exposição a ideologias extremistas e criminosas dentro das prisões pode levar a um processo de radicalização e recrutamento de novos membros, resultando no crescimento e fortalecimento de grupos criminosos.
A Importância das Reformas no Sistema Prisional
As semelhanças entre as origens e a manutenção do poder pelo Tren de Aragua e pela facção PCC ressalta a importância de abordar as falhas do sistema prisional e buscar reformas para prevenir o surgimento de organizações criminosas dentro dos cárceres, tanto para impedir que outros grupos surjam, como para encerrar o recrutamento e o financiamento dos grupos já existentes.
A taxa de homicídios na Venezuela e no Brasil
A taxa de homicídios no país é alarmante, chegando a 40,4 por 100.000 habitantes. Cinco dos sete principais estados com as taxas mais altas estão localizados na zona centro-norte do país, onde gangues se espalham por todo território.
Cinco dos sete principais estados com as taxas mais altas estão localizados na zona centro-norte do país, onde o Tren de Aragua tem maior presença terririal, e onde controla o contrabando de migrantes.
Um estudo publicado pelo site Insight Crime afirma que a violência nessas áreas é conduzida não pelos maiores grupos do crime organizado como o Tren de Aragua, mas sim por pequenas gangues de rua predatórias.
No entanto, outro ponto do mesmo estudo afirma que a região norte do Chile Tarapacá viu um aumento significativo na taxa de homicídios enquanto o contrabando de imigrantes controlado pelo Tren de Aragua.
Isso nos leva a uma comparação interessante com a abordagem adotada pelo Primeiro Comando da Capital no Brasil.
Ambos os grupos, Tren de Aragua e PCC, buscam manter a paz entre as gangues e reduzir as taxas de homicídios em seus territórios, tendo a organização criminosa brasileira adotado o lema “Paz entre Bandidos” ou Pacificação, reduzindo as taxas de homicídios em todos os estados onde obteve hegemonia.
O estado de São Paulo, berço do Primeiro Comando da Capital e há muito pacificado um dos lugares mais seguros do país, no entanto, locais em que mantém a Guerra entre Facções para domínio territorial com altos índices de homicídios.
No entanto, mesmo que a informação de que o Tren de Aragua não está impulsionando diretamente o aumento da taxa de homicídios esteja correta, pode ser que ocorra uma guerra pela hegemonia com outros grupos menores ou dissidentes, o que pode estar contribuindo para o aumento da violência nessas áreas, assim como ocorre em muitas regiões do Brasil entre a facção paulista e seus inimigos.
Caros amigos, os métodos de financiamento empregados pelas duas notórias organizações criminosas: o Primeiro Comando da Capital (PCC), e o Tren de Aragua.
Métodos de Financiamento do PCC
O PCC, uma organização criminosa originária do Brasil, recorre a diversas estratégias para financiar suas atividades ilícitas.
A lista que eu coloco abaixo é a tradicionalmente aceita, no entanto, em 2022 a organização criminosa mudou seu método de financiamento.
A mensalidade deixou de ser cobrada, sendo substituída por dinheiro do fluxo de drogas e a rifa foi substituída pelo jogo do bicho.
Mensalidades (Cebola): Membros do PCC são obrigados a pagar uma mensalidade regular, conhecida como “cebola”, que serve como contribuição financeira à organização. Esses pagamentos auxiliam no financiamento das atividades criminosas do grupo e no apoio a membros encarcerados e suas famílias.
Rifas: O PCC também realiza rifas entre seus membros e simpatizantes, com prêmios em dinheiro ou bens. As rifas são usadas para arrecadar fundos adicionais e fortalecer o vínculo entre os membros da organização.
Contribuição sobre ações criminosas: Membros do PCC que participam de atividades criminosas, como tráfico de drogas, roubos e sequestros, são obrigados a compartilhar uma porcentagem dos lucros com a organização. Essa contribuição ajuda a financiar a estrutura da organização e a garantir a lealdade dos membros.
Em suma, o financiamento dessa organização criminosa é diversificado e complexo, ao contrário do Tren de Aragua.
Métodos de Financiamento do Tren do Aragua
O Tren de Aragua financia suas atividades principalmente através da extorsão da população carcerária, cobrando uma taxa semanal de cerca de 15 dólares por preso, o que gera uma receita significativa para o grupo.
Aqueles que não pagam enfrentam violência, dormem ao relento ou recebem pouca ou nenhuma alimentação.
A análise desses métodos de financiamento é crucial para entender como esses grupos criminosos operam.
Os diversos entes de combate ao Primeiro Comando da Capital no Brasil focam há pelo menos 20 anos, suas ações na tentativa de estancar o financiamento do grupo, mas, a exemplo da mudança que ocorreu em 2022, as fontes e os métodos são mudados para dificultar cairem.
Caros amigos, permitam-me, apresentar uma análise pessoal do fenômeno do crime organizado, com foco nas organizações criminosas PCC e Tren de Aragua.
Dinâmicas Financeiras e Resiliência dos Grupos Criminosos
Ambas as organizações, PCC e Tren de Aragua, dependem de várias fontes de financiamento para sustentar suas atividades criminosas e manter a lealdade de seus membros.
Enquanto o PCC utiliza uma combinação de mensalidades, rifas e contribuições de ações criminosas, o Tren de Aragua foca principalmente na extorsão da população carcerária.
A diversidade das fontes de financiamento do PCC pode ser vista como uma vantagem em termos de resiliência e adaptação às mudanças nas condições e repressão das autoridades.
A Influência do Sistema Prisional na Formação de Grupos Criminosos
A extorsão da população carcerária pelo Tren de Aragua demonstra o controle e a influência que a organização tem dentro do sistema prisional venezuelano, semelhante ao controle exercido pelo PCC no Brasil, só que a facção brasileira criou a ideia de família e conquistou o domínio através de muito sangue, mas a fidelidade através de uma filosofia de apoio mútuo e de criação de inimigos comuns: estado e seus representantes, e integrantes de outros grupos criminosos.
Ambos os grupos, no entanto, conseguiram explorar as falhas e a corrupção dos sistemas prisionais para gerar renda e soltados, e fortalecer sua posição no mundo do crime fora das muralhas dos presídios.
Conclusão e Perspectivas
Em conclusão, apesar das diferenças nas formas específicas de financiamento, o PCC e o Tren de Aragua compartilham uma habilidade de aproveitar as oportunidades dentro e fora das prisões para sustentar suas atividades criminosas e expandir seu alcance.
Essa análise destaca a necessidade de abordagens eficazes e abrangentes no combate ao crime organizado e na reforma dos sistemas prisionais na América Latina.
A compreensão das dinâmicas sociais e financeiras desses grupos criminosos é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias de segurança eficientes.
Além disso, é imperativo investir em programas de prevenção, reabilitação e reintegração de indivíduos envolvidos no crime, bem como promover a transparência e a responsabilização das instituições prisionais e policiais.
Somente através de uma abordagem global e fundamentada em evidências poderemos combater com sucesso o crime organizado e promover uma sociedade mais justa e segura para todos.
Gostaria de compartilhar com você um caso intrigante que, se devidamente investigado, teria muitos desdobramentos.
Trata-se da morte de um boliviano chamado Ruddy Edil Sandoval Suárez, encontrado em Corumbá, Mato Grosso do Sul, uma cidade próxima à fronteira da Bolívia.
O corpo de Ruddy foi encontrado dentro de um Toyota FJ Cruiser com placa da Bolívia. Ele estava com as mãos amarradas nas costas e com tiros na cabeça.
A perícia ainda não foi concluída; portanto, ele pode ter sido morto na Bolívia e seu corpo trazido para o Brasil ou não.
Deputado vincula a facção PCC e os políticos bolivianos
O mistério se aprofunda ainda mais quando descobrimos que Ruddy era acusado de ser narcotraficante e de ter ligações com políticos na Bolívia.
No entanto, ele sempre negou todas as acusações, embora tenha admitido que apoiava financeiramente tanto os grupos políticos Unidad Cívica Solidaridad (UCS) quanto o Creemos.
Curiosamente, pouco depois de Ruddy ser acusado pelo deputado do Creemos, Erwin Bazán, de ser narcotraficante ligado a políticos de outro partido, surgem fotos nas redes sociais de Ruddy com líderes da aliança de Bazán, o Creemos, e não com opositores.
Bazán agiu como centenas de políticos pelo mundo afora, buscando vincular seus inimigos às bruxas, ao comunismo ou ao Primeiro Comando da Capital.
Grupos políticos buscam criar um ambiente de terror com alguma finalidade específica, seja chegar ao poder ou se manter nele, e parece ser o caso de Bazán.
No entanto, o assassinato de Ruddy coloca-o praticamente dentro do Palácio do Legislativo da Bolívia, e sugere que a facção PCC e os políticos bolivianos poderiam ter ordenado sua morte.
Uma complexa teia de interesses políticos e econômicos envolve os integrantes do cartel de drogas Primeiro Comando da Capital.
Com o lucro do tráfico, a facção paulista investiu em joias, clínicas, restaurantes, fazendas, entre outros, e seus membros passaram a caminhar com segurança pelas ruas de Santa Cruz.
A cidade se tornou o centro de poder do grupo e seus integrantes passaram a financiar candidatos de todas as legendas, como provou o caso Ruddy.
Mas isso ainda é apenas uma especulação, pois a investigação está apenas começando.
Pulando a fronteira
O ex-procurador Joadel Bravo afirma que as organizações criminosas brasileiras atuam na Bolívia e muitos de seus integrantes se refugiam lá quando têm problemas com a justiça brasileira ou com as próprias organizações criminosas.
O Primeiro Comando da Capital teria chegado ao país em 2007 com cerca de 100 integrantes, com o objetivo de estabelecer relações com narcotraficantes e produtores bolivianos.
Desde então, o negócio não parou de crescer e, atualmente, a facção PCC 1533 está aproveitando a localização estratégica de Santa Cruz, que serve como refúgio para os maiores cartéis da Colômbia, para expandir a venda de drogas na Europa, África e Ásia, intermediando parcerias entre esses grupos e organizações criminosas europeias.
Inicialmente, o Primeiro Comando da Capital usava rotas que atravessavam o Brasil por estradas, a chamada Rota Caipira, mas agora também inclui transporte aéreo e fluvial para chegar aos portos da Argentina e do Uruguai.
Com base nessas informações, fica claro que a morte de Ruddy é um mistério complexo que envolve não apenas questões do tráfico transnacional e de negociação entre cartéis de drogas, mas também questões políticas.
É mais complicado que parece
Será que realmente haverá empenho das autoridades para desvendar esse caso, ou os investigadores esbarrarão em alguns políticos intocáveis?
O ex-promotor de Justiça Jodael Bravo afirma que a Bolívia já é um narcoestado, se bem que até mininiza sua afirmação ao vincular a ligação entre tráficantes e políticos nos entes municipais.
Por outro lado, Jodael Bravo, alerta para que o judiciário também está comprometido, já que a escolha dos magistrados passa pelo crivo, justamente desses políticos que deveriam ser investigados.
Se tivesse que apostar, colocaria minhas fichas que alguém será entregue como bode expiatório para que a situação continue a aparentar normalidade.
Espero ter compartilhado informações úteis para saciar sua curiosidade. Por favor, mantenha-me informado sobre qualquer pensamento ou informação que possa ajudar na resolução deste mistério.
Essa história da maconha hibrida da Colômbia é uma realidade fantástica.
Tá tendo uma pá de apreensões de maconha na fronteira da Venezuela com a Colômbia.
Tá na cara que ali virou um corredor pra esse tipo específico de erva que é muito consumida aqui na América Latina.
Em março, a polícia da Colômbia pegou 2,5 toneladas de maconha em um caminhão que tava levando móveis e cozinhas.
Esse carregamento tava indo pra Venezuela e países da América Central, mas a polícia colombiana interceptou.
Já os venezuelanos encontraram 457 quilos de erva abandonados na costa do estado de Falcón, no mar do Caribe.
Essas apreensões se juntaram a outras feitas no final de 2022 e somando tudo, já foram 10 toneladas de maconha que caíram na não das polícias.
A maioria da erva que rola na Venezuela vem das montanhas do norte do departamento de Cauca, na Colômbia.
E é por isso que as autoridades tão atentas na fronteira pra evitar que essa erva chegue na rua e cause mais guerra entre os grupos que dividem o país.
Maconha hibrida da Colômbia é muita demanda!
O tráfico de maconha na Venezuela tá bombando com a demanda alta.
A Colômbia tá produzindo a maconha hibrida da Colômbia, que é forte demais.
E os caras do tráfico tão se aproveitando esse fluxo e inundando o mercado.
A Venezuela é o ponto perfeito de passagem entre a Colômbia e vários mercados na região.
Como todo mundo sabe que lá é corredor de drogas, os traficantes fazem negócio fácil com compradores de fora.
Tem políticos e militares envolvidos nisso tudo, e a segurança é alta pra quem quer exportar.
A localização estratégica do país ajuda muito, a Venezuela tem saída pro Oceano Atlântico, deixando na cara do gol para chutar para a Europa e pro resto do mundo, e também caminho pelos rios e por terra para o Brasil.
A maconha hibrida da Colômbia da região de Cauca é transportada, pelos caminhos colombianos até as principais cidades colombianas para ser distribuída pros departamentos fronteiriços: Norte de Santander, La Guajira e Vichada, e outros.
Pra conseguir a maconha em Cauca, os traficantes negociam com o Comando Coordinador de Occidente (CCO), uma das facções dissidentes das extintas Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) que domina o cultivo de maconha na região.
Uma vez que a erva adentra o solo venezuelano, embarcada nos estados de Falcón, Sucre ou Nueva Esparta, de onde segue viagem nos barcos, que navegam pelos mares caribenhos de Trinidad e Tobago às Bahamas, são muitos os destinos.
Não é segredo que esse corredor transfronteiriço é uma mina de ouro, com lucros estratosféricos para os chefões do tráfico que operam na região.
A autorização de embarques e controle dos barcos em Falcón, estão nas mãos do Cartel de Camacaro, um grupo com conexões políticas de alto escalão.
As organizações criminosas brasileiras também fazem parte do esquema, com o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital, levando a erva colombiana pela bacia do Rio Negro até chegar ao norte do estado de Roraima, onde há muita demanda.
A Família do Norte (FDN), já foi muito grande, mas depois de uma longa guerra com a facção paulista rachou, e hoje é uma gangue menor com presença no Amazonas.
Essa rota usa o rio Orinoco prá transportar a maconha, cruzando a fronteira da Colômbia para a Venezuela, e finalmente chegando ao Brasil, é assim que a droga se movimenta.
Maconha hibrida da Colômbia: muito risco e muito lucro
A Frente Acacio Medina, um outro grupo que de ex-integrantes da FARC controla rotas importantes do estado venezuelano do Amazonas, e garante que as facções brasileiras recebam a quantidade certa pra atender às necessidades dos usuários na região da selva.
Nem tudo é transportado em grandes carregamentos.
Há também redes especializadas que movimentam pequenas quantidades, com compartimentos secretos em veículos particulares, e pessoas cruzando a fronteira ilegalmente, através das “trochas”.
Os custos de transporte são altos, mas não se comparam com os lucros generosos que o tráfico na região gera.
O quilo da maconha hibrida da Colômbia a US$ 42 (214 Reais) nas montanhas do Cauca, mas chega no Brasil a US$ 2.800 (14.266 Reais), o negócio é realmente uma mina de ouro.
E aí, tá ligado na tecnologia dos equipamentos da firma?
Pois é, os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital é construído pelos próprios caras.
O PCC arrumou um jeito de construir seus próprios submarinos, que tão sendo usados pra levar um monte de drogas pra Europa e outros lugares.
Os manos sacaram que usar submarinos é uma forma de diversificar as operações e diminuir a dependência de rotas terrestres ou aéreas, que são mais fácil de cair na mão dos polícias.
E ainda por cima, esses submarinos permitem que a organização transporte grande quantidade de drogas de forma discreta e segura.
Emprego nos narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital
Sobre os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital. Olha só, tá rolando muita conversa.
Aí é isso, não queria nem entrar nessa, mas vamos lá. Não tem como negar que os equipamentos da firma estão chamando atenção.
Se você está pensando em entrar nessa parada, é bom abrir o olho, porque o esquema é cabuloso.
Pra mandar esses bagulhos pra frente, a tripulação precisa ter de três a cinco manos na parada.
Os caras são escolhidos pelo trampo deles e pela capacidade de operar o submarino na responsa, sacou? Não é qualquer um, assim que chega e vai entrando.
Os moleques ficam encarregados de tudo, desde a preparação da nave até a navegação e a entrega das paradas no destino certo.
Sonharam com malote, glória e fama, mas acordaram mortos
Tem várias fatalidades envolvendo esses equipamentos do tráfico, Os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital também são cabulosos.
Mano, só lamento, mas é triste morrer assim, para alimentar ganância de viciado e de líder que fica, um só no vício e outro só no lucro.
Nem ligam para a vida dos manos que tão precisando do trampo para alimentar a família.
Os caras constroem as paradas usando alta tecnologia, mas fazem de qualquer jeito, sem ligar pra se os parceiros que vão nele morrem.
Quanto mais cheio, mais lucro, menos seguro. O que os caras vão escolher? Bidu!
Situações que rolaram e ninguém pode negar
Teve uma vez em 2010 que a Marinha colombiana interceptou um submarino cheio de drogas no Oceano Pacífico.
A polícia chegou e prenderam três dos moleques da nave, mas outros quatro morreram por causa dos gases tóxicos dentro do bagulho.
Imagina só! Você viajando com o corpo de seus manos!
Teve outro caso em 2011, mano, que um submarino cheio de drogas afundou no Caribe, perto da costa da Colômbia. Só um dos quatro manos que tavam lá dentro sobreviveu, foi resgatado por uns pescadores locais.
E não é só isso não, tem outras histórias de acidentes e mortes ligados aos submarinos do tráfico em todo canto desse mundão.
Mesmo com as mortes na caminhada, o fluxo continua
Mano, a Organização das Nações Unidas ONUDC soltou um relatório que está deixando a polícia de toda Europa arrepiada. E não é à toa.
Olha só, em março, lá na Normandia, surgiram do mar 2,3 toneladas de cocaína em bolsas brasileiras, algumas até presas em colete salva-vidas brasileiros, usados normalmente em barquinhos ou veleiros.
E tem mais, um narco-submarino abandonado foi encontrado na costa da Espanha, carregando cocaína do Brasil!
Lá dentro, só tinha roupas, mantas e comida, tudo de fabricação brasileira.
E sabe o que isso confirma? O papel cada vez maior do nosso país no tráfico internacional de cocaína.
A gente precisa ficar ligado, porque o bagulho está ficando cada vez mais louco. Os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital tão rodando o mundo, mano!
A História dos submarinos do tráfico
Olha só, irmão, se você quer saber tudo sobre esse assunto, eu te recomendo dar uma olhada no artigo da companheira Irene Hernández Velasco.
Ela manda muito bem, e consegue explicar tudo com mais clareza do que eu poderia fazer.
A gente só ouviu falar desses submarinos usados pelo tráfico de drogas na década de 90.
Fala sério! O que você estava fazendo naquele tempo? Lembra aí! Comenta aqui!
O que você fazia enquanto já tinha mano traficando debaixo d’água.
Os colombianos pularam na frente
Lá em 97, a Colômbia pegou um submarininho, no Equador na fronteira da Colômbia caiu outro.
Foram os primeiros apreendido dos traficantes tramsportando cocaína pros EUA e tinham capacidade pra transportar umas duas toneladas de pó. Esse do Equador foi o primeiro a ser pego em águas internacionais.
Nos anos seguintes, as autoridades de vários países, tipo a Colômbia, Estados Unidos, México e Espanha, relataram que pegaram vários submarinos do tráfico de drogas em rotas marítimas diferentes.
Essas paradas eram cada vez mais feitas com uma tecnologia mais sofisticada, capaz de levar muito pó por distâncias cada vez maior.
De lá pra cá, essa prática de usar submarinos virou moda entre as organizações criminosas que querem traficar drogas internacionalmente, sempre procurando formas cada vez mais modernas e difíceis de serem detectadas.
Esse novo equipamento é mais moderno, mas continua matando nossos irmãos
Mano, as informações sobre a tecnologia dos submarinos do tráfico de drogas são muito limitadas, já que essas embarcações são construídas em segredo.
Mas sabe-se que esses submarinos agora são equipados com tecnologia sofisticada pra serem eficientes e seguros.
Os narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital usados pra traficar geralmente são feitos com materiais leves e resistentes, como fibra de vidro e kevlar, pra ficarem mais leves e difíceis de serem detectados pelos radares das autoridades.
Além disso, essas organizações criminosas utilizam tecnologia de comunicação via satélite e sistemas de navegação por GPS para monitorar a localização dos submarinos e garantir que eles cheguem ao destino final sem serem detectados pelas autoridades.
Eles também têm motores silenciosos e sistemas de filtragem de ar pra garantir que a tripulação possa respirar debaixo d’água por bastante tempo.
Só que tô ligado que para colocar mais carga, muitas vezes a chefia tira espaço do ar interno e daí os respiradores não tem nem o que limpar.
Esses submarinos são foda, alguns baixam até 30 metros no oceâno e navegam mais de 5.000 quilômetros.
De três a cinco moleques bem treinados conseguem transportar várias toneladas de drogas por viagem.
Mas, ó, pra construir essas embarcações é preciso gastar uma grana preta, porque eles usam tecnologia sofisticada e materiais de alta qualidade, além de exigir mão de obra especializada e treinada.
quando você chega eu já fui
E aí, irmãos, para terminar vou te falar sobre as rotas dos narco-submarinos do Primeiro Comando da Capital.
Como todas as rotas usadas pelo tráfico de drogas, tem que variar e mudar bastante e constantemente, se não cai.
Quando a autoridade descobre onde a gente vai chegar, nós já não vamos mais, já fomos, ficam no vácuo caçando ar.
Macaco velho não trepa sempre no mesmo galho.
Algumas rotas são bastante conhecidas até das autoridades, porque aí não tem jeito não, mas vai da sorte.
Uma dessas é a que parte das costas da Colômbia, Equador ou Peru e segue em direção à América Central, com destino aos Estados Unidos ou México.
Essa rota, os submarinos são usados para transportar grandes quantidades de cocaína, que é produzida nas regiões andinas da América do Sul e traficada para o mercado norte-americano, mas aí é coisa dos carteis lá de cima.
Ó prá terminar, vou soltar um versinho aí:
Os manos tão no controle, mas é fato Que os militares tão fracos, não fazem nada Tem submarino saindo do Amazonas Eles sabem, mas não conseguem controlar É a vergonha do país, a situação é triste As autoridades falham, e a população que assiste O tráfico de drogas ganha força e se expande E as autoridades nada fazem, só ficam de bobeira É difícil entender, a situação é crítica Enquanto os mano nadam de braçada Os militares ficam no leite condeçado e no viagra
Escrevo-lhe hoje para expressar minha preocupação com a situação dos imigrantes venezuelanos.
Estes imigrantes refletem, ao meu ver, a mesma realidade de todos os que vivem na periferia de nossa sociedade: das metrópoles às pequenas comunidades.
Assusta-me, no entanto, que alguns estranhem a facilidade como que o Primeiro Comando da Capital tenha tanta facilidade em cooptá-los.
Como você sabe, as desigualdades sociais e econômicas são as principais causas dessa marginalização e criminalidade.
Primeiro Comando da Capital e a Venezuela: os outros são o problema
Todos olhamos para a Venezuela negando a triste realidade das periferias sociais de nossos próprios países.
Afinal, a Venezuela é um país em tese governado por um governo de esquerda, só que…
A organização criminosa Primeiro Comando da Capital nasceu e cresceu em uma nação capitalista líder em desigualdade social: o Brasil.
No entanto, preferimos olhar para além de nossas fronteiras, por isso, reproduzo após minha carta a você o artigo do site Insight Crime.
Desta forma, podemos olhar para além do horizonte, para além de nossas fronteiras e de nossas próprias culpas.
Se olhássemos para os migrantes da região norte e nordeste do Brasil, ou das cidades do interior para as capitais, veríamos o mesmo…
… mas olhemos a Venezuela!
Primeiro Comando da Capital e a Venezuela: como reflexo da crise social
O brasileiro Primeiro Comando da Capital, ao lado de outros grupos criminosos como seu aliado venezuelano Tren de Aragua lucram com esta triste crise social.
Para resolver essa situação, seria necessário que o Estado interviesse garantindo a igualdade de oportunidades e renda para todos os cidadãos, independentemente de sua origem social ou econômica.
No entanto, vejo em minha cidade a revolta de amigos e parentes com o governo federal e a CNBB por estarem falando sobre a fome e as desigualdades sociais.
Negamos a realidade mesmo quando salta as muralhas dos presídios para dominar comunidades inteiras: das metrópoles às pequenas comunidades.
Só eliminaremos a criminalidade decorrente da desigualdade econômica e social enfrentando a realidade que preferimos negar.
Bem, anexo ao final desta, o artigo sobre a situação na Venezuela, afinal, o problema é lá e não aqui.
Com um sincero, forte e leal abraço de seu amigo de longa data, lhe desejo paz, justiça, liberdade, igualdade e união.
Imigrantes venezuelanos: presa fácil para o crime organizado
Um novo relatório destaca como grupos do crime organizado estão atacando imigrantes venezuelanos.
Esta que é a maior crise de deslocamento da região está se transformando em uma lucrativa oportunidade de negócios para as organizações criminosas.
Mais de 7 milhões de venezuelanos foram deslocados de seu país após uma crise econômica de longo prazo que foi agravada pela pandemia do COVID-19.
Agora, de acordo com um relatório da Plataforma de Coordenação Interagências para Refugiados e Migrantes na Venezuela, esses migrantes estão sendo explorados em pelo menos sete países da América Latina e Caribe: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Aruba e Curaçao.
Aqui, o InSight Crime analisa as conclusões do relatório e analisa os múltiplos perigos que os grupos do crime organizado representam para os imigrantes venezuelanos.
Imigrantes como vítimas do crime organizado
A saída de migrantes venezuelanos oferece aos grupos criminosos oportunidades constantes.
Segundo o relatório, os migrantes são frequentemente recrutados por grupos criminosos e colocados para trabalhar nos escalões mais baixos da organização.
São esses eles que realizam tarefas como a venda de contrabando, sempre nas posições de baixo nível e com maiores riscos.
Além de tudo, os migrantes em interação com outros criminosos ficam vulneráveis a serem vítimas do tráfico humano.
Apesar de um suprimento abundante de vítimas, grupos criminosos começaram a recrutar migrantes de abrigos humanitários que abrigam populações em trânsito, segundo o relatório.
Uma vez recrutados, os migrantes são forçados a trabalhar em toda a cadeia de abastecimento do narcotráfico.
Os migrantes foram forçados a trabalhar colhendo folha de coca e transportando drogas entre os países de barco ou como mensageiros humanos.
Nas cidades, os migrantes são obrigados a vender drogas para poderem sobreviver e pagar os agenciadores a que estão submetidos.
As redes de contrabando humano na América Latina lucraram e se expandiram com a alta demanda por seus serviços na Venezuela.
Esses grupos oferecem “pacotes” que incluem viagens da Venezuela para o Chile ou Argentina e depois para a Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.
Os pacotes também incluem hospedagem, transporte e contrabando por rotas perigosas que cruzam as fronteiras nacionais.
algo como os pacotes pagos por brasileiros para entrarem nos EUA, Japão e Europa e que, por vezes, acabam em morte e escravidão sexual
Imigrantes como vítimas do tráfico humano
Essas zonas também são áreas ativas para redes de tráfico humano, que sequestram migrantes.
Imigrantes venezuelanos foram considerados vítimas de tráfico humano em pelo menos 11 outros países, tanto na América Latina quanto em outros lugares.
Como migrantes não autorizados, as vítimas são incapazes de relatar sua situação ou buscar ajuda, aumentando ainda mais sua precariedade.
A maioria das vítimas do tráfico humano para fins de exploração sexual são mulheres e meninas.
Elas são recrutadas predominantemente por meio de redes sociais e falsas ofertas de emprego para trabalhar em residências particulares, restaurantes ou como cabeleireiros.
Assim que as mulheres chegam ao país de destino, os criminosos pegam seus documentos e as obrigam a prestar serviços sexuais para “pagar” pelo transporte e acomodação.
Algumas vítimas são entregues a grupos como o Tren de Aragua, que as exploram ainda mais.
Os migrantes também são vítimas da exploração do trabalho na indústria agrícola, em trabalhos como colheita, construção e trabalho doméstico em países como Brasil, Aruba e Curaçao.
Imigrantes: quem lucra com a miséria?
Muitos tipos de grupos criminosos lucram com a exploração de migrantes, desde redes transnacionais até clãs locais, segundo o relatório.
Além destes, organizações criminosas como o Tren de Aragua da Venezuela e o Primeiro Comando da Capital do Brasil.
O relatório revela também a presença de clãs familiares e gangues criminosas menores, algumas de origem venezuelana, e outras da Bolívia, Argentina, Chile e Colômbia.
Enquanto a maioria desses grupos simplesmente aproveita as rotas migratórias que passam por seu território, a pandemia do COVID-19 atuou como um catalisador para o crescimento de grupos criminosos associados ao contrabando de migrantes e ao tráfico de pessoas, incluindo o já mencionado Tren de Aragua, que tem expandido para outros países.
Imigrantes como vítimas da violência: uma estratégia comum
A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.
Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.
Os migrantes recrutados e explorados por grupos do crime organizado estão expostos a níveis angustiantes de violência, ameaças, desaparecimento forçado e homicídio.
Segundo o relatório, os migrantes venezuelanos são vítimas frequentes de desaparecimentos forçados, sendo as regiões fronteiriças pontos específicos de perigo.
Os traficantes de seres humanos muitas vezes levam as vítimas por rotas perigosas e frequentemente as abandonam.
Alguns desaparecimentos ocorrem em regiões onde grupos armados lutam pelo controle do território, outros em contextos de violência sexual.
O tráfico humano é uma das principais causas de desaparecimento de migrantes, seja como vítimas de exploração laboral em bares em Aruba e Curaçao, ou em áreas de mineração da Bolívia e do Brasil.
Migrantes recrutados por gangues criminosas também correm o risco de serem mortos em confrontos com outras gangues.
Cerca de 1.000 venezuelanos foram assassinados na Colômbia em 2022, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses da Colômbia.
Mortes violentas ligadas a disputas de tráfico de drogas também ocorreram no Brasil, de acordo com o relatório.
E migrantes cujo status os impede de usar o sistema bancário formal foram vítimas de ameaças, violência física ou sequestro por agiotas na Argentina, Bolívia, Brasil e Colômbia.
Guerra entre facções no Paraguai não tem prazo para acabar.
A Guerra entre facções foi manchete no site Ultima Hora, e a conclusão do editorialista ninguém ousa questionar.
Em letras garrafais, a manchete afirma que a guerra entre as facções não cessará tão cedo em terras guaranis.
À crescente importância do país no mercado internacional de drogas acirra a disputa territorial entre as organizações criminosas brasileiras Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e o Comando Vermelho, e os grupos criminosos paraguaios: Clã Insfrán e o Clã Rotela.
As organizações criminosas, cada vez mais poderosas, contam agora com armas pesadas, adquiridas clandestinamente do mercado negro das Forças Armadas.
A situação parece desesperadora para as autoridades paraguaias, que não tem conseguido acompanhar o rítimo de crecimento do crime organizado.
Seria necessário o fortalecimento de mecanismos multinacionais para desvendar e combater intrincada rede de corrupção e violência que acompanham essas poderosas organizações criminosas.
Restaurar a ordem nos paises do Cone Sul só será uma realidade se os governos de todos os países envolvidos abandonarem os discursos e ações populistas.
Dez meses após a criação do Plano “Z” para combater o crime organizado em Pando, Bolívia, grupos criminosos como o Primeiro Comando da Capital, Comando Vermelho e Los Choleros continuam atuando livremente na região. O plano tinha como objetivo localizar criminosos e controlar a fronteira com o Brasil. A deputada Ariana Gonzales, presidente da Brigada Parlamentar Pando, destacou a preocupação com o recrutamento de menores de idade pelos criminosos na época da criação do plano.
Na ocasião, a Brigada Parlamentar e o Comando da Polícia Departamental do Departamento de Pando apresentaram um plano para ação conjunta de combate aos grupos criminosos: o Plano “Z”
A ideia era localizar criminosos e controlar áreas de fronteira com o Brasil impedindo a presença de criminosos brasileiros em Cobija.
O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.
No entanto, quase um ano depois s grupos criminosos brasileiros Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho, e o grupo boliviano Los Choleros continuam atuando livremente em Pando.
O recrutamento de menores de idade por criminosos foi, na época, considerado uma das prioridades:
“É preocupante que menores de idade estejam envolvidos em atos criminosos, são bolivianos comandados por brasileiros que estão à frente das quadrilhas”.
Deputada Ariana Gonzales (MAS) presidente da Brigada Parlamentar Pando