Supercartel: organização criminosa PCC, ‘Ndrangheta e os sérvios

Supercartel de drogas que controla um terço do mercado europeu tem como um de seus membro a organização criminosa Primeiro Comando da Capital.

Foto mostrando o porto de Durban na África do Sul e a ação do supercartel de drogas

O supercartel e o porto de Durban na África do Sul

Um supercartel de drogas é o responsável por abastecer um terço da cocaína que chega em solo europeu.

O mistério envolvendo este comércio ilegal de drogas e a atuação de organizações criminosas internacionais parece estar cada vez mais complexo.

O Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), foi identificado como parte de um supercartel que envolve traficantes do Brasil, Itália e Sérvia.

A polícia europeia tem feito esforços para desmantelar esse grupo, que tem sido responsável pela movimentação de grandes quantidades de drogas pelo mundo.

Recentemente, uma grande quantidade de cocaína foi apreendida no porto de Durban, na África do Sul.

Isso deve enviar um aviso severo a todos os traficantes de drogas que utilizam nossos portos de que a África do Sul continua a intensificar seus esforços para desmantelar e interromper o tráfico global de drogas.

tenente-general da South African Police Service, Tebello Mosikili

Essa droga estava destinada para a Europa, e suspeita-se que faça parte das operações desse supercartel.

Outras apreensões também foram feitas, incluindo uma carga interceptada vinda do porto de Santos, no Brasil, com destino ao porto de Rotterdam.

Em apenas duas apreensões o prejuízo do crime organizado foi de aproximadamente de 650 milhões de Reais.

Policiais e autoridades estão envolvidas com a supermáfia?

A comunidade internacional tem demonstrado preocupação com a atuação de policiais e autoridades portuárias no esquema de facilitação do tráfico de drogas.

Muitos desconfiam que esses agentes estejam envolvidos com os grupos criminosos, dificultando ainda mais as investigações.

Policiais já foram presos em interceptações de cocaína, particularmente relacionadas a Durban.

Sindicatos transnacionais do crime organizado visam oficiais de fronteira corruptos por lavagem de dinheiro e comércio ilícito.

porta-voz do Diretório para Investigação de Crimes Prioritários (DPCI) dos Serviços de Polícia da África do Sul ao DM168

Cercar é preciso, combater não é preciso

O gerente do porto de Durban, Mpumi Dweba-Kwetana, afirma que é necessário construir uma cerca monitorada em volta do porto para garantir a segurança e evitar a entrada de drogas.

No entanto, ele admite que não é possível saber o que está dentro dos contêineres transportados, o que levanta dúvidas sobre a eficácia de tal medida.

Ainda mais preocupante é a ligação entre o PCC e outras organizações criminosas internacionais, como a máfia italiana ‘Ndrangheta e a máfia sérvia.

Essa conexão pode explicar a presença de drogas do porto de Santos na Europa, por meio de Durban, e demonstra a amplitude do comércio ilegal de drogas.

Enquanto as autoridades fazem esforços para desmantelar essas organizações criminosas, o mistério em torno do supercartel e sua atuação continua a intrigar a comunidade internacional.

a intrincada rede de distribuição

Uma coisa é certa: com grandes quantidades de drogas sendo movimentadas pelo mundo, as autoridades não estavam preparadas para esta divisão de funções entre as máfias.

Parece que chegamos a uma intricada rede de tráfico de drogas que envolve diversas organizações criminosas ao redor do mundo.

Segundo as informações fornecidas pelo Daily Maverick, o Primeiro Comando da Capital, estaria negociando com grupos locais de produtores e distribuidores na Bolívia e Paraguai para adquirir drogas ilícitas.

Essa droga seria transportada até o Porto de Santos, um importante centro logístico do Brasil, de onde seria enviada para os portos africanos ou europeus, onde a máfia italiana ‘Ndrangheta estaria aguardando para recebê-la.

Essa organização criminosa, com fortes ligações na América Latina, seria responsável por internar a droga na Europa.

Chegando ao mercado europeu

Uma vez na Europa, a droga seria distribuída pela máfia sérvia, que tem forte presença no continente e é conhecida por sua capacidade de operar discretamente em várias partes do mundo.

Essa organização seria responsável por levar a droga até os consumidores finais, por meio de uma complexa rede de contatos e intermediários.

O esquema descrito envolve várias etapas e vários atores, e é difícil dizer até que ponto ele é real.

No entanto, se esse esquema realmente existe, podemos imaginar que ele seria extremamente difícil de ser desmontado, devido à grande quantidade de organizações criminosas envolvidas e à sofisticada estrutura de operações que elas teriam montado.

Seria necessária uma investigação profunda, com a participação de diversas agências policiais e de inteligência ao redor do mundo, para desmantelar essa rede de tráfico de drogas.

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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