Os intermediários entre a facção PCC e as máfias européias

Cai um dos esquemas de lavagem de dinheiro das organizações criminosas PCC e a ‘Ndrangheta.

Bacetto, como é conhecido o mafioso Sebastiano Giorgi da ‘Ndrangheta de San Luca, gerenciava a sucursal norte-europeia do tráfico de droga da América Latina para a Europa a partir de seu restaurante a beira de um lago em Überlingen na Alemanha.

Ele é quem forjava o cartel de compradores e distribuidores de cocaína unindo as diversas famílias que formam a ‘Ndrangheta e grupos europeus como: os albaneses e romenos.

Ele também aproximou a ‘Ndrangheta aos cartéis colombiano e mexicano, aos corretores no Paraguai e no Uruguai e amarrou os negócios com o apoio do Primeiro Comando da Capital no Brasil.

Giorgi não negociava diretamente com os integrantes do PCC, Maluferru, como é conhecido o corretor Giuseppe Romeo é quem buscou um intermediador. Conta-se que quando Maleferru chegou ao Brasil veio disfarçado de padre missionário com hábito, chapéu e Bíblia de baixo do braço, mas o acerto acabou sendo fechado no Ristorante It’s Time da Cesare em Rivalta de Torino na Itália com Nicola Assisi e seu filho Patrick. — Cecilia Anesi, Margherita Bettoni e Giulio Rubino para o IRPI Media

A máfia italiana também atua triangulando a lavagem do dinheiro da organização criminal Primeiro Comando da Capital na região da Tríplice Aliança:

O dinheiro das drogas, cigarros e armas vendidas no Brasil voltam ao Paraguai utilizando os mesmos transportadores que levaram as mercadorias.

Em solo paraguaio, os reais são entregues em dinheiro às casas de câmbio, que os repassam aos importadores e comerciantes de mercadorias da China.

Estes repassam os recursos aos bancos paraguaios, argumentando que receberam aqueles reais do Paraguai.

Revela documento de inteligência americana citada em artigo: „Erstes Kommando der Hauptstadt“ und italienische ‚Ndrangheta in Paraguay

leia também: Neoliberalismo e a facção PCC 1533 feitos um para o outro

Autor: Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: