Celular Denuncia Tribunal do Crime da facção PCC no Paraguai

Celular denuncia Tribunal do Crime da facção PCC após a descoberta de filmagem crucial em aparelho de integrante, esclarecendo um assassinato ocorrido há mais de um ano no Paraguai e cujo corpo foi encontrado na Argentina.

Celular denuncia Tribunal do Crime. Descubra como a filmagem de um aparelho celular levou à captura de um Pé Quebrado (Disciplina do PCC) graças à cooperação das polícias da Argentina e do Paraguai.

Celular denuncia Tribunal do Crime: mas qual foi o crime cometido:

O celular de Emanuel Eduardo, membro do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), foi apreendido pela polícia Argentina quando ele foi flagrado em 15 de fevereiro de 2023, durante uma operação policial na Rota Nacional 14, em San José, província de Misiones, Argentina.

No entanto, a prisão ocorreu porque ele apresentou um documento falso em nome de Julio Ariel Rodríguez, além disso, a polícia encontrou uma pistola calibre 9mm da marca Glock com 16 projéteis em sua posse.

Tato ou Liba, como ele é conhecido no mundo do crime, manteve em seu aparelho celular a única evidência que poderia ligar ele a um assassinato no Paraguai há mais de um ano: a gravação mostrava o momento em que ele executava Ever com 30 facadas.

Ever Alfredo, um cabeleireiro que residia no bairro Fortín Toledo em Ciudad del Este, no Paraguai, já havia sido preso com dois quilos de cloridrato de cocaína em 2011. Ele mencionou que iria cortar o cabelo de um cliente e saiu de casa em um veículo branco no dia 24 de janeiro de 2021.

Dias depois, o corpo de Ever Alfredo foi encontrado a 30 quilômetros de distância, boiando no Rio Paraná, do outro lado da fronteira, no bairro Santa Rosa, em Puerto Iguazú, na Argentina.

O celular denuncia Tribunal do crime, e é a prova de sua ligação com o brutal assassinato de Ever. Se não fosse pela filmagem encontrada em seu telefone e pela cooperação entre as autoridades argentinas e paraguaias, Tato, membro do Primeiro Comando da Capital, certamente continuaria impune.

Agora, as autoridades argentinas cooperaram com seus homólogos paraguaios, trocando informações relacionadas ao caso. O promotor Luis Trinidad acusou Tato e exigiu sua extradição. Enquanto isso, a Justiça argentina abriu uma investigação contra ele pelo suposto ato punível de uso de documento adulterado ou falso.

No entanto, ainda resta a pergunta sem resposta: Será que Ever Alfredo foi morto pelo integrante do Primeiro Comando da Capital devido à sua ligação ou negócios com uma organização criminosa rival, por dívida de drogas ou algum tipo de traição?

texto base: El supuesto miembro del grupo criminal Primer Comando Capital. Éste se encuentra implicado en el brutal asesinato.

PCC em Rosario: a expansão da facção paulista na Argentina

O PCC em Rosario tem ampliado sua influência na região, aproveitando-se das mudanças nas rotas do narcotráfico causadas pela pandemia. Entenda os detalhes dessa expansão e seus impactos.

PCC em Rosario: no programa Pan & Circo da Cadena Máxima 106.7, explora e análisaa crescente presença da facção criminosa Primeiro Comando da Capital na Argentina e suas implicações no narcotráfico sul-americano.

PCC em Rosario é uma realidade, mas e daí?

Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), a notória organização criminosa brasileira, amplia sua influência em Rosario, Argentina. A pandemia mudou algumas rotas do narcotráfico, resultando em uma crescente presença na região.

Durante a pandemia, a produção de drogas em países como Peru e Bolívia foi direcionada para a Hidrovia Paraná (rio Paraná – Paraguai), uma rota fluvial de 3.400 km praticamente sem controle, como uma alternativa para evitar a travessia da América do Sul até o Porto de Santos.

Paraguai tem enfrentado graves problemas de corrupção, e os portos de Assunção são dominados pelo PCC, que opera a partir das prisões. Estas facções criminosas são conhecidas como “hermandades criminales” e exigem um rito de iniciação para ingressar.

A sofisticação logística do PCC lhes permite controlar o tráfico de drogas em países como Bolívia, Peru, Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. A presença de células do PCC foi detectada em várias prisões argentinas, como as de Resistencia (Chaco), Misiones e Santa Fe.

Em resumo, a expansão do PCC em Rosario é um resultado direto das mudanças nas rotas do narcotráfico devido à pandemia. A facção criminosa aproveitou a oportunidade para estabelecer uma presença significativa na região e expandir suas operações na América do Sul.

Crime organizado, uma nova realidade para a Argentina

O jornalista Germán de los Santos que investigou este fenômeno, compartilhou suas descobertas em uma entrevista no programa Pan & Circo da Cadena Máxima 106.7.

O crime organizado na Argentina é um fenômeno relativamente novo e tem se expandido principalmente em Rosário. Los Monos, um grupo importante de narcotraficantes, cresceram dentro do sistema prisional. De Germán explica que as prisões se tornaram uma espécie de “home office” para esses criminosos, que continuam gerenciando suas atividades ilegais a partir de lá.

O Estado sempre apoiou o slogan de que a prisão e penas mais duras seriam o fim dos problemas, mas essa nova realidade marca o início de outros, ainda mais delicados, que impactam diretamente nas ruas.

site archyde.com

O PCC em Rosário, ou a presença da facção PCC na Argentina, mostra como os grupos criminosos se adaptaram às circunstâncias atuais. Los Monos, por exemplo, dominam Rosário por meio de um sistema de franquias. Cobram de outros para não matá-los, como um esquema de proteção. Isso levou a que muitos negócios tenham que pagar quantias exorbitantes para garantir sua segurança.

Germán conta que Los Monos possuem um método peculiar de cobrança de “proteção” para empresas em diferentes áreas, variando de 50.000 a 300.000 pesos por semana (1.150 Reais à 6.850 Reais), dependendo do setor e da localização. O impacto dessa prática na economia local é significativo.

Esse grupo criminosa converte o dinheiro obtido com extorsões em dólares através de casas de câmbio ilegais, onde aplicam uma taxa adicional de 5% devido ao risco envolvido, chamada de “dólar banana”. Posteriormente, investem esses dólares no setor imobiliário, o que tem resultado no atual boom da construção em Rosário.

Havendo um excesso de oferta de imóveis, com muitos prédios vazios e sem inquilinos, enquanto pessoas em busca de aluguel enfrentam dificuldades para encontrar moradia. Isso é um claro sintoma do impacto negativo que a ação de Los Monos e outros grupos criminosos têm na sociedade.

Ademais, é intrigante como a estratégia de investimento no setor imobiliário dificulta o rastreamento e apreensão de seus ativos ilícitos pelas autoridades. Isso demonstra a complexidade e sofisticação das operações de lavagem de dinheiro realizadas por esses grupos e como conseguem se infiltrar e corromper diferentes setores da economia e da sociedade.

A proteção estatal também é um problema. Ao longo da história, a polícia tentou formar seus próprios cartéis, mas agora, em vez de serem parceiros, acabaram sendo empregados desses narcotraficantes.

texto base: Un grupo brasileño muy importante que se llama Primer Comando Capital que, como hablábamos antes, funciona desde las cárceles.

PCC no Uruguai: Entraves da Facção Paulista em Território Platino

Por que razão o PCC no Uruguai não conseguiu o domínio do mundo do crime? As tensões geopolíticas no Uruguai e Paraguai e seu reflexo no narconegócio.

PCC no Uruguai: adentre o intrigante universo do crime organizado sul-americano, e descubra como essa facção se estabeleceu no país. Leia e surpreenda-se!

Geopolítica do Mercosul e o PCC no Uruguai

Apresento o interessante estudo de Nicolás Centurión, que narra os eventos recentes em terras sul-americanas são de grande interesse e relevância para todos nós que estudamos o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

Segundo ele, as organizações do narcotráfico brasileiras e argentinas têm se fortalecido em decorrência do maior controle na Tríplice Fronteira, deslocando suas operações para o sul, tornando evidente a presença não só do PCC no Uruguai, mas também de outras organizações nesta área fronteiriça.

A organização criminosa Primeiro Comando da Capital é um fenômeno exclusivo dos presídios brasileiros. O “PCC no Uruguai” não prosperou, mesmo tendo havido uma tentativa de infiltração. A razão para isso não se deve a questões de segurança e inteligência, mas sim à desorganização dos detentos uruguaios.

Por outro lado, o PCC 1533 encontrou sucesso em sua expansão no Paraguai. Aparentemente, a cultura prisional guarani era mais parecida com a brasileira, o que pode ser explicado pela presença de criminosos brasileiros por um período maior e em maior número, ou até mesmo por outras razões culturais. O resultado é que, hoje, a facção paulista domina vários presídios próximos à Tríplice Fronteira.

A importante rota do narcotráfico: a hidrovia Paraná-Paraguai

As conexões entre as organizações criminosas começam a se entrelaçar quando descobrimos que o PCC possui ligações com Sebastián Marset, um uruguaio que se tornou traficante e é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci em terras colombianas. Além disso, o PCC tem ligações com a máfia calabresa através da ‘Ndrangheta, sendo a porta de entrada da cocaína na Europa.

Essa complexa rede de criminosos envolve também o grupo brasileiro “Os Manos”, que domina a fronteira nordeste do Uruguai com o Brasil e pretende avançar para o interior do país. A hidrovia Paraná-Paraguai, que liga o Brasil ao Uruguai, é uma rota importante para o tráfico de drogas e, entre 2021 e 2022, cerca de 46 toneladas de drogas saíram dessa região.

Este cenário é um verdadeiro desafio para os investigadores e as autoridades locais, que enfrentam corrupção policial, forças de segurança mal equipadas e uma série de outras dificuldades no combate ao crime, e ao analisar o último relatório da Senaclaft, pude observar uma piora significativa na situação do país em relação a esses problemas.

O Uruguai é, infelizmente, um país de trânsito para o tráfico de pessoas, com ênfase na exploração sexual comercial e trabalho forçado de mulheres e meninas. Além disso, apresenta condições favoráveis para o narcotráfico, como fronteiras secas com o Brasil, conexões com a hidrovia Paraná-Paraguai e um porto controlado por uma multinacional belga. A ausência de radar aéreo em metade do território e a corrupção policial dificultam ainda mais o combate a esses crimes.

Grupos criminosos locais e o tráfico transnacional

A fronteira nordeste com o Brasil está sob o domínio do grupo criminoso brasileiro “Os Manos”, que busca expandir sua influência no Uruguai. A hidrovia Paraná-Paraguai, ligando o Brasil ao Uruguai, é uma rota importante para o tráfico de drogas para a Europa e África, com cerca de 46 toneladas de drogas saindo dessa rota entre 2021 e 2022.

Na Argentina, a área conhecida como Gran Rosario, que abrange a cidade de Rosario e arredores, é dominada por uma perigosa e violenta organização criminosa chamada “Los Monos”. Este grupo tem envolvimento em atividades ilícitas, como tráfico de drogas e extorsão.

Por outro lado, o Banco Provincial é uma instituição financeira que foi privatizada na década de 1990, o que significa que passou do controle público para o controle de entidades privadas. Há relatos de que este banco tem ligações com a lavagem de dinheiro do Cartel de Juarez, uma notória organização criminosa mexicana especializada em tráfico de drogas e outros crimes.

Além disso, o Banco Provincial também está relacionado ao colapso do Banco Comercial uruguaio durante a crise financeira de 2002, que afetou a economia da região. Este evento ocorreu quando o Banco Comercial, uma importante instituição financeira no Uruguai, faliu devido a diversos fatores, como má gestão, corrupção e instabilidade econômica generalizada.

a Geopolítica e a política local

No contexto político e midiático, o uso do nome da facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital tem sido uma estratégia para tentar vincular políticos à organização criminosa, gerando desconfiança e descredibilidade. Esse tipo de tática é semelhante à situação na Argentina, onde a gangue “Los Monos” e as atividades ilícitas do Banco Provincial são usadas como instrumentos de manipulação política e midiática.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o país busca garantir sua influência no Paraguai, independentemente de quem vença as eleições de 30 de abril. A estratégia americana inclui acusações de corrupção contra figuras políticas e apoio a empresas em disputa com grupos poderosos. Há também preocupação com a crescente influência chinesa na região, incluindo negociações com Argentina, Brasil e um possível acordo comercial entre Uruguai e China.

Neste cenário, o uso do nome PCC e a associação a políticos é uma ferramenta para desestabilizar e enfraquecer oponentes políticos, enquanto os Estados Unidos buscam garantir sua posição na região e enfrentar a crescente presença chinesa. Essa tática, assim como a situação na Argentina, destaca a complexidade das relações políticas e a manipulação midiática na América Latina.

Uruguai está imerso em uma complexa situação geopolítica envolvendo bandos criminosos, megaprojetos, eleições no Paraguai e a possível instalação de uma base militar americana na Tríplice Fronteira. Apesar desses desafios, o governo uruguaio concentra-se em combater o tráfico de drogas em pequena escala, enquanto grandes quantidades de drogas chegam à Europa por meio de contêineres com bandeira uruguaia.

texto base: El criminal Primer Comando Capital, en Uruguay hubo un intento de importar dicha organización pero fue estéril, no por razones de seguridad e inteligencia, sino por la lumpenización de los reos uruguayos y su falta de organización.

Enconada e o PCC: A Face Oculta de um Pacato Bairro Boliviano

Em uma viagem à Bolívia, o autor se depara com uma estrada vicinal em Enconada e uma operação policial envolvendo o Primeiro Comando da Capital. Aparentemente pacata, a localidade esconde segredos sinistros e serve como ponto estratégico para atividades criminosas.

Enconada, uma tranquila localidade boliviana, esconde segredos sinistros e eventos inesperados. Em uma viagem pela RN 4, o autor se depara com uma operação policial envolvendo o Primeiro Comando da Capital, o que o leva a refletir sobre a complexa realidade dessa região aparentemente pacata.

Em Enconada, um desvio e o Encontro com o Perigo

Na manhã de quarta-feira, 19 de abril de 2023, o clima estava abafado, com altas temperaturas e umidade, enquanto nuvens carregadas indicavam a iminência de chuva. Eu estava ao volante na RN 4, rumo a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, com grande expectativa para realizar negócios na cidade. Conhecida por seu vigor e oportunidades, é o principal núcleo econômico do país. No entanto, a pouca distância da cidade, acabei me desviando da rota planejada.

Na verdade, a razão pela qual decidi me desviar do meu caminho e seguir pela estrada secundária em Enconada era um pouco mais pessoal. Havia algo que eu precisava resolver naquela área, algo importante, mas que eu preferia manter em segredo. A paisagem convidativa e a oportunidade de explorar um local menos conhecido foram, sem dúvida, atrativos adicionais, mas não eram a motivação principal por trás dessa decisão.

Enquanto avançava pela estrada, não pude deixar de refletir sobre o que me esperava e como eu lidaria com a situação à frente. Eu sabia que seria uma jornada emocionalmente desafiadora, mas estava determinado a enfrentá-la e, quem sabe, encontrar respostas e fechar um capítulo importante da minha vida.

Por um momento, a beleza da paisagem ao meu redor se tornou um pano de fundo para as emoções e os pensamentos que fervilhavam em minha mente. Eu estava ansioso para resolver o assunto e, ao mesmo tempo, aproveitar a oportunidade para explorar e aprender mais sobre essa região fascinante e menos conhecida.

Seguindo por essa estrada, meu coração acelerou quando avistei homens fortemente armados marchando na direção oposta. Suspeitei imediatamente que fossem um pelotão da Fuerza Especial de Lucha Contra el Narcotráfico (Felcn). Eu mal conseguia respirar enquanto parei o carro e, com cuidado, engatei a ré. Agradeci a Deus por não terem notado minha presença, e rapidamente voltei para a RN 4.

O Cerco Policial e a Ligação com o Primeiro Comando da Capital

Mais tarde, descobri que aqueles policiais haviam prendido um homem e uma mulher, ambos brasileiros, que, juntamente com outros dois homens que fugiram para a mata, tinham vínculos com o Primeiro Comando da Capital.

Havia duas versões sobre o ocorrido. Segundo uma delas, fornecida pela polícia, eles tentaram assaltar uma propriedade no bairro, mas foram recebidos a tiros. Outra versão, também da polícia, afirmava que eles invadiram uma propriedade que estava vazia no momento, e os vizinhos, ao avistarem pessoas armadas entrando no local, acionaram a polícia.

A conexão do grupo com a organização criminosa foi revelada quando a polícia examinou o celular do homem detido. A operação daquele dia foi uma resposta ao incidente em que uma guarnição da polícia foi recebida a tiros naquela mesma estrada na noite anterior.

Com o coração ainda palpitando, continuei minha viagem. Mas decidi que seria melhor não parar em Santa Cruz de La Sierra, ainda mais porque, no meio de toda aquela confusão, acabei perdendo meu celular na estrada. No entanto, talvez tenha sido melhor assim.

Enconada: Um Ponto Estratégico para Atividades Criminosas

Enquanto prosseguia pela RN 4, não conseguia deixar de pensar nas razões pelas quais aqueles integrantes do Primeiro Comando da Capital estariam em Enconada, um local tão pacato e sem ocorrências policiais. mas o lugar é estratégico, e apesar de sua aparente calmaria, está muito próximo de Santa Cruz de La Sierra.

Refleti sobre as vantagens em estarem por lá. A falta de atenção das autoridades tornava Enconada um local ideal para dar guarida a fugitivos, viajantes como eu, ou até mesmo para esconder armas, drogas e outros objetos ilícitos. A paisagem tranquila, com a capelinha branca de dois palmos de altura na beira da estrada, parecia nem parecia poder esconder um segredo sinistro.

Alguém escondido na mata poderia seguir tanto para a capital La Paz quanto para a fronteira com o Brasil pela RN4, que ficava a um paço de distâcia. Enconada parecia estar quase no meio do caminho, facilitando o transporte e a distribuição de produtos ilícitos entre diferentes regiões ou países.

Além disso, a proximidade com Santa Cruz de La Sierra permitia aos criminosos lavar dinheiro em atividades econômicas legítimas na região. Não era por acaso que líderes do Primeiro Comando da Capital, como Fuminho, escolheram aquela cidade para viver e estabelecer seus negócios. A mistura de calmaria e oportunidades tornava Enconada um lugar atraente e ainda pouco explorado para o submundo.

Absorto em meus pensamentos, continuei pela RN 4, observando cada aspecto da estrada e ponderando sobre a complicada realidade que acabara de presenciar.

Jamais imaginei que houvesse a possibilidade de envolvimento de políticos e autoridades locais com o crime organizado ali, mas não consegui evitar a lembrança de um evento ocorrido em 2015. Naquela época, o Brasil solicitou e a Suprema Corte da Bolívia ordenou a prisão do líder do Primeiro Comando da Capital, Pedro Montenegro. No entanto, um juiz responsável pelo Juizado Misto, Infância e Adolescência da cidade de Cotoca, onde Enconada está localizada, anulou essa decisão do TSJ.

Claro que isso é só uma curiosidade, nem sei a razão de citar esse fato. Ah! Antes que esqueça, o homem e a mulher presos já foram soltos. O exame de resquício de pólvora na pele provou que os dois não dispararam nenhum tiro, ao contrário do que a polícia alegou.

artigo base para o texto: Un hombre y una mujer serán puestos ante un juez cautelar este jueves. Se investiga si hay conexión entre estas personas y el Primer Comando Capital (PCC)

Eleição no Paraguai: a facção PCC e a expansão da Família 1533

Nesta emocionante história, acompanhe a inspetora Rogéria Mota em sua missão no Paraguai para combater o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao explorar as conexões entre as eleições no Paraguai e a crescente influência do PCC, Rogéria Mota e seus aliados enfrentam desafios para desvendar a realidade do crime organizado.

A eleição no Paraguai e a luta contra o crime organizado! Acompanhe a inspetora Rogéria Mota em uma jornada de cooperação internacional para combater o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533).

A crescente influência na eleição no Paraguai do Primeiro Comando da Capital

O que intrigava a investigadora do GAECO de São Paulo, Rogéria Mota, era a aparente onipresença do Primeiro Comando da Capital no Paraguai, apesar das crescentes apreensões.

Se antes sua presença e influência ´na eleição no Paraguai em especial na cidade de Pedro Juan Caballero, eram ostensivas, agora havia notícias da organização criminosa em todos os cantos da nação guarani.

A facção criminosa deixou de ser uma gangue de ladrões e, após investir em empresas legais para lavar dinheiro e financiar políticos e entidades sociais, passou a ser um player importante no xadrez social, influenciando as diretrizes políticas das corporações policiais e judiciais, que em tese deveriam coibir e ameaçar sua existência.

O Primeiro Comando da Capital hoje é como um polvo, cujos tentáculos se estendem por todos os aspectos da sociedade paraguaia, se não de toda sociedade sul-americana.

Cooperação Internacional e Ação no Paraguai

Em uma ação de cooperação internacional de combate ao crime organizado, Rogéria Motta, ao encerrar a investigação do “Estranho Caso dos Dois Reais de Pau de Ferros”, seguiu direto para o Paraguai a convite da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad).

Com sua vasta experiência e talento investigativo, a inspetora Rogéria Mota unia forças com os agentes paraguaios para desvendar os segredos e desmantelar as operações da facção paulista PCC 1533 no país vizinho.

Funcionária da Polícia Civil de São Paulo, Rogéria Mota há anos atua no GAECO do Ministério Público de São Paulo em investigações comandadas pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

A Emoção da Investigação

A força conjunta, a expertise de Rogéria Mota e a determinação dos parceiros da Senad a enchiam de esperança, mesmo porque, ela acreditava que pelo menos parte dos planos para o assassinato de Gakiya estavam escondidos na província de Assunção no Paraguai.

A emoção da investigação consumia Rogéria Mota, que mergulhava no submundo do Paraguai, desvendando os segredos por trás das conexões do PCC e do tráfico de drogas que chegariam a influenciar na eleição no Paraguai.

A inspetora testemunhava as vidas quebradas, os sonhos despedaçados e as esperanças desaparecidas, enquanto pessoas comuns eram atraídas para o negócio sujo do narcotráfico.

Camponeses, populações indígenas e moradores das periferias eram lançados aos tubarões e consumidos pelo engodo do dinheiro fácil.

Rogéria Mota enfrentava a dor e o sofrimento das vítimas e de seus entes queridos com um olhar calmo e compreensivo, mas sua determinação em desmantelar a organização criminosa PCC.

O Crescimento do PCC e o Desafio da Sociedade Paraguaia

Apesar de todos os esforços das autoridades sul-americanas, incluindo os de Rogéria Mota, o poder econômico, social e político do Primeiro Comando da Capital continuava a crescer.

A história se desenrolava como uma sinfonia sombria, trazendo mais emoção, tensão e complexidade a cada nota.

A inspetora Rogéria Mota enfrentou o que mais temia: o verdadeiro desafio era a própria sociedade paraguaia.

Enquanto mergulhava na escuridão do crime organizado, buscando aplicar a lei com rigor e proteger os mais vulneráveis, a sociedade se fechava cada vez mais para ela.

Com habilidade e perspicácia, Rogéria descobriu as motivações por trás do PCC e seus planos sinistros. A luta contra o crime e a corrupção se intensificou, mas a inspetora estava sozinha.

A solidariedade e coragem dos paraguaios ajudavam-na a enfrentar o mal, mas eles entendiam melhor do que ela a dinâmica da sociedade guarani.

Riscos e consequências e as razões históricas

Por mais que seus colegas paraguaios demonstrassem boa vontade, todos tinham famílias e contas a pagar, além de uma vida a viver.

Rogéria conheceu agentes públicos e privados que trabalhavam para organizações criminosas, muitos motivados pela proximidade com esses criminosos no dia a dia.

Para Rogéria, era fácil agir e voltar para sua cidade e sua vida, no entanto, convencer funcionários a colaborar significava colocar em risco suas vidas e as de seus filhos.

A sombra dessas forças ocultas pairava sobre a aparente boa vontade de seus colegas paraguaios.

A parceria entre o PCC e outros grupos criminosos no Paraguai tem raízes históricas, iniciadas após a Guerra do Paraguai, também conhecida como “Guerra de la Triple Alianza” ou “Guerra contra la Triple Alianza”. Rogéria Mota sabia que não mudaria a cultura política e social do Paraguai sozinha.

Relatório da Inspetora Rogéria Mota para o GAECO Aponta Problemas Estruturais

Rogéria enviou um relatório à sua chefia em São Paulo, detalhando suas investigações e levantando questões sobre a confiabilidade das forças policiais paraguaias. O documento também apontava problemas estruturais que precisavam ser enfrentados para combater o crime organizado no país:

  1. A eleição no Paraguai é diferente da que ocorre no Brasil. Lá os candidatos ficam mais vulneráveis à influência do poder econômico de lobbies legais e ilegais. Um especialista afirmou: “Isso efetivamente levou a financiamento ilegal, financiamento disfarçado e, a realidade nos mostra que muito desse financiamento vem do dinheiro das drogas”;
  2. O narcotráfico cresce e se complexifica devido aos espaços dentro do Estado e daqueles que administram a esfera pública; e
  3. O narcotráfico se expande como opção de sobrevivência e alternativa de trabalho para pessoas à margem da sociedade, como setores camponeses e populações indígenas.

Não é só que o narcotráfico esteja apenas ganhando mais mercados, mas está atingindo uma parcela maior da população paraguaia: a pobreza, os programas fracassados ​​de substituição de cultivos, a escassa presença do estado e a corrupção policial contribuíram para a continuação da produção de maconha em Amambay, e a Família 1533, como se intitulam os integrantes da facção paulista, não para de crescer.

texto base para essa história: El Primer Comando de la Capital y el Comando Vermelho son los compradores mayoristas de la marihuana y podrían estar ascendiendo en la cadena de suministro para controlar la producción de la droga.

Amambay: a facção PCC e a disputa pela produção de maconha

A produção de maconha em Amambay enfrenta diversos desafios, como pobreza, corrupção policial e programas malsucedidos de substituição de cultivos. Essa situação afeta a população rural e indígena, que vê na agricultura de maconha uma das poucas oportunidades de renda. As autoridades enfrentam dificuldades para combater o problema devido à presença limitada do Estado e à infiltração do Primeiro Comando da Capital.

Amambay: para policiais e traficantes é simplesmente mais fácil oprimir, abusar e até matar indígenas — afirma fazendeiro da região.

A crescente violência e o poder das facções

Isolamento e falta de segurança em Amambay

Em Amambay, a escassa presença de forças de segurança e a falta de vigilância na fronteira permitiram que grupos criminosos brasileiros, como o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e o Comando Vermelho (CV), se estabelecessem na região. Esses grupos agora controlam a produção de maconha, pagando generosamente aos agricultores locais.

O domínio do PCC na produção de maconha

A facção PCC distribui 60% da maconha produzida em solo paraguaio, numa área entre 7 e 20 mil hectares, com uma produção que varia entre 15 e 30 mil toneladas por ano, envolvendo milhares de trabalhadores rurais, de pequenos agricultores familiares até grandes fazendeiros.

A facilidade no transporte de drogas

A facção PCC atravessa facilmente a extensa fronteira de 800 quilómetros de fronteira do Brasil com o Paraguai, utilizando a mão de obra de empreendedores individuais ou coletivos autônomos, que utilizam-se de mochileiros até caminhões e aviões.

Nessa região estratégica, entre 2014 e 2021, foram apreendidas 48,42 toneladas de maconha, mas estima-se que pelo menos 90 mil toneladas tenham escapado da fiscalização.

Operações aéreas e prisão de integrantes

Parte do transporte é feita por pilotos autônomos, como no caso da célula de Paulo Vicente que realizava cerca de 20 voos mensais, lucrando aproximadamente 18,3 milhões de Reais.

A operação envolvia além do piloto Paulo Vicente, o operador logístico Carlos Antônio, e Javier Alexis e Rafael. Todos acabaram presos com meia tonelada de cocaína em uma pista clandestina, 20 km ao sul de Bella Vista Norte, em Amambay, e a 2 km da fronteira com Mato Grosso do Sul.

Atuação aberta e controle da produção

Grupos criminosos brasileiros, como a facção PCC, atuam na organização do processo, assim, a logística e a produção, são ambas terceirizadas. O Primeiro Comando da Capital aparentemente não optou por ter plantações próprias. Se o PCC decidisse experimentar sua própria produção de maconha.

Disputa intensa pelo controle das rotas de tráfico

Conflito entre PCC e Clã Rotela

Amambay é palco de uma disputa mortal entre o Primeiro Comando da Capital e o Clã Rotela pelo controle da rota de tráfico. Essa disputa alimenta a Rota Caipira, deixando um rastro de vítimas fatais. No ano passado, a violência continuou com assassinatos de alto escalão e entre gangues.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

onexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

Envolvimento de outras gangues e clãs familiares

Além do PCC e do Clã Rotela, gangues menores e clãs familiares, como o Clã Insfrán, também contribuem para a violência em Amambay e outras áreas do Paraguai. O Clã Insfrán foi ligado ao assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci em maio de 2022.

Acesso a armas e influência no tráfico internacional

A violência no Paraguai é intensificada pelo acesso a armas e munições, que acabam nas mãos de organizações criminosas. O crescente papel de Amambay na rota do drogoduto de cocaína para a Europa indica que o conflito entre as principais gangues do país provavelmente persistirá.

Na segunda parte deste artigo, apresento texto elaborado sobre a análise de Henry Shuldiner para o site InSight Crime: Paraguay Anti-Marijuana Operations Barely Dent Production in Amambay

Amambay: Impacto limitado das operações antimaconha no Paraguai

Erradicação de cultivo nas fronteiras

Amambay inicia a discussão sobre o combate à maconha no Paraguai. Autoridades erradicaram grandes quantidades de maconha na fronteira Brasil-Paraguai, porém enfrentam um suprimento aparentemente ilimitado.

Desde 26 de março, a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) e a Polícia Federal do Brasil apreenderam mais de mil toneladas de maconha e sementes em Amambay, segundo comunicado divulgado em 3 de abril. A maior parte é enviada ao Brasil, onde alcança até US$ 150 por quilo.

Operação Nova Aliança e produção de maconha

As apreensões fazem parte da “Operação Nova Aliança”, uma iniciativa bilateral entre forças paraguaias e brasileiras, focada principalmente em Amambay.

A operação concluiu sua 36ª edição, com as etapas anteriores erradicando centenas de toneladas de plantas de maconha cada. Só em 2022, autoridades erradicaram 1.821 hectares de plantações, com potencial para produzir 5.400 toneladas de maconha, conforme informou a SENAD.

Amambay e a produção de maconha no Paraguai

O Paraguai, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas de 2022 das Nações Unidas, continua sendo um dos maiores produtores de maconha das Américas, e Amambay, é um departamento rural e o centro de produção de maconha do país.

Carlos Peris, cientista político e especialista em tráfico de drogas da Universidade Católica de Assunção, afirma que quase 70% do departamento são terras agrícolas e há uma clara falta de presença do Estado.

Fronteiras porosas e tráfico de drogas

As fronteiras permeáveis de Amambay com o Brasil tornaram Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, um importante ponto de trânsito de drogas rumo ao leste.

Análise do InSight Crime: Desafios na erradicação da maconha

Pobreza e falta de oportunidades

A produção de maconha de Amambay enfrenta inabalável as operações de erradicação das autoridades paraguaias e brasileiras. Fatores como pobreza, programas malsucedidos de substituição de cultivos de outras culturas, presença inadequada do Estado e corrupção policial contribuem para essa situação.

Segundo Peris, a população rural e indígena enfrenta escassez de oportunidades além da agricultura de pequena escala. Dessa forma, poucos produtos podem ser vendidos com valor similar à maconha.

Além disso, os programas de substituição de cultivos falharam em dissuadir os agricultores a cultivar maconha. Um quilo de maconha pode render quase trinta vezes mais que um quilo de gergelim ou mandioca, culturas comuns no país.

Presença limitada de forças de segurança

Amambay, isolado por montanhas e distância, possui uma presença esparsa de forças de segurança. Essa falta de vigilância permitiu que grandes grupos criminosos brasileiros se estabelecessem na região. Grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) podem pagar generosamente aos agricultores pelos produtos cultivados.

Corrupção policial e impacto nos agricultores

A corrupção policial em Amambay prejudica a erradicação da maconha. Fazendeiros costumam pagar propinas às autoridades para proteger suas plantações. Segundo investigações do veículo paraguaio Hina, agricultores pagam quase 15% de seus lucros em subornos. Com propinas tão caras, alguns agricultores consideram o negócio menos lucrativo.

Mudanças na produção e impacto na população indígena

Diante disso, a população indígena, que possui áreas maiores de terra e aceita ganhar menos, começa a preencher o vazio deixado pelos agricultores. Peris afirma que, para policiais e traficantes, é mais fácil oprimir, abusar e até matar indígenas. Ele aponta a possibilidade de uma mudança maior na produção de maconha em Amambay, passando dos pequenos agricultores para a população indígena.

Fuga frustrada na Penitenciária de Pedro Juan Caballero

O impacto emocional causado pela descoberta de um plano de fuga frustrada do PCC na Penitenciária de Pedro Juan Caballero, com detalhes sobre a operação, a apreensão de objetos e a atmosfera de terror vivenciada pelos presos.

Fuga frustrada do PCC gera apreensão entre os detentos

Fuga frustrada termina com o que era para ser apenas mais um dia como tantos outros na Penitenciária Regional Pedro Juan Caballero.

No entanto, desde a noite anterior, podíamos sentira que a atmosfera estava mais carregada de medo e apreensão do que o normal.

Podíamos sentir o aumento da tensão entre os detentos, especialmente aqueles ligados ao Primeiro Comando da Capital.

O motivo?

Um plano de fuga frustrado pelos agentes penitenciários e pela Polícia Nacional, que pegou a todos eles de surpresa.

Operação surpreendente e apreensão de objetos proibidos

O coração acelerou quando a operação surpresa começou nos pavilhão “A”, onde estavam detidos presos brasileiros ligados ao PCC, e no Pavilhão “B”, chamado “Católico Baixo”.

Durante a busca, foram apreendidos diversos objetos proibidos, como armas brancas, bebidas alcoólicas, mudas de maconha e celulares.

A fuga frustrada após tanto planejamento gerou em todos medo e tensão, pois nós ou nossa família poderíamos sofrer retaliação dos prisioneiros ligados ao Primeiro Comando da Capital.

A hipótese de fuga com reféns e a sombria atmosfera de terror

Sem encontrar vestígios de túneis escavados pelos prisioneiros, fomos compelidos a considerar outras hipóteses para a fuga frustrada.

Uma dessas possibilidades assustadoras seria a tentativa de usar reféns como escudo para escapar da penitenciária, o que fez nosso pavor crescer ainda mais.

A atmosfera de terror se intensificou qual um vendaval sombrio quando soubemos que a esposa do chefe de segurança da penitenciária sofrera uma ameaça em sua própria morada.

Estranhos em uma motocicleta dispararam contra a residência, exacerbando o medo entre os detentos e funcionários, como se estivessem todos presos em um pesadelo sem fim.

Acreditava-se que os presos afeitos ao PCC estariam por trás da intimidação, suspeitando que os agentes penitenciários haviam delatado o plano de fuga frustrada, aumentando a sensação de terror em nosso cárcere.

A sombria ação das autoridades e o impacto emocional no cotidiano da penitenciária

A operação envolveu agentes da Investigação Criminal, do Grupo de Operações Especiais (GEO) e de outras unidades policiais, somados aos funcionários do Ministério Público.

Para as pobres almas aprisionadas, a fuga frustrada desencadeou um turbilhão de emoções sombrias.

O clima de tensão, medo e surpresa se instalou como uma névoa densa, enquanto a vigilância dos agentes penitenciários se intensificava, ecoando o pavor em seus corações.

A descoberta desse sinistro plano de fuga reforçou a pressão dos integrantes da facção sobre os outros presos e sobre a guarnição do presídio.

E, se antes, caminhar pelos sombrios corredores da penitenciária de Pedro Juan Caballero já mexia com nossas emoções, agora, com a descoberta do plano de fuga frustrada, a sensação de medo e apreensão se tornou ainda mais intensa e palpável.

texto base: plan de fuga de miembros del Primer Comando Capital (PCC), hecho que no todavía no quedó descartado.

PCC na Bolívia: uma ameaça crescente a Segurança Nacional

O avanço do PCC na Bolívia ameaça a segurança nacional, mesmo após mortes de líderes e ações criminosas em ascensão. O governo conseguirá combater o narcotráfico e desmantelar suas estruturas ou sucumbirá sob elas?

Mortes de líderes e ações criminosas do PCC evidenciam a urgência de medidas efetivas por parte das autoridades

O PCC na Bolívia florece sob o manto noturno do um céu sombrio e lúgubre nas comunidades cocaleiras daquele país.

O site “Página Siete” esculpe, com palavras duras, um panorama nefasto e mórbido das mortes que assolam os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC 1533).

Em um editorial macabra, tece críticas severas à ineficácia das autoridades, em sua luta inglória contra as garras da organização criminosa brasileira.

A impotência das forças da lei ecoa no vazio, assim como o uivar do vento cortante nas noites solitárias nas encostas dos Andes.

A sombra do PCC na Bolívia se estende e consolida, surda ao implorar do “Página Siete” pelo seu fim.

O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.

coronel do Exército da Bolívia Jorge Santistevan

O Intrincado Labirinto do Narcotráfico e a Sombra do PCC

Recentes ocorrências na Bolívia confirmam o vigoroso narcotráfico no país e sua perigosa relação com o temido PCC, uma grave ameaça à segurança nacional.

Num caso emblemático, o sinistro Jorge Adalid Granier Ruiz, conhecido como “El Fantasma”, é capturado em terras brasileiras.

Transportador de drogas, ele é o fio que liga a teia boliviana ao temido PCC, como revela um relatório sombrio da DEA.

A Teia de Assassinatos e as Consequências para a Segurança Nacional

A mortalha de assassinatos se estende, trazendo consequências funestas.

Ruddy Edil Sandoval Suárez, um boliviano de 37 anos, é encontrado morto no Brasil, com marcas de execução e sinais de conexão com o narcotráfico e o PCC, como se um espectro da morte o houvesse visitado.

Enquanto isso, uma sinistra operação internacional desvela e aprisiona o líder de uma quadrilha nefasta que, em conluio com o PCC, movimentou a espantosa soma de mais de US$ 700 milhões em apenas dois anos.

Assim, na penumbra do labirinto do crime, a sombra do PCC se estende e ameaça engolir a Bolívia em seu abismo tenebroso e profundo.

As Macabras Estatísticas e o Clamor por Ação Governamental

Até outubro de 2022, os corpos de pelo menos oito líderes da facção paulista PCC jaziam abatidos a tiros na terra boliviana.

Esse cenário tenebroso revela a sombria presença do narcotráfico e do PCC no território boliviano, sobretudo na região leste.

A Falência das Ações e a Desesperada Necessidade de Solução

Com o aumento da violência e o avanço do crime organizado, é imperativo que o governo atue de maneira mais eficiente para combater essa onda crescente.

destruição de laboratórios vazios e a proclamação bombástica de resultados são ecos que se perdem na escuridão e não atacam o coração putrefato do problema.

É fascinante, e ao mesmo tempo aterrador, observar como os arquitetos do narcotráfico se expandem por domínios cada vez mais vastos, tecendo relações sinistras com a sociedade, os órgãos da lei e a classe política.

A proliferação do Primeiro Comando da Capital não se trata de um destino impelido pelas sombras do além, mas sim de uma escolha que, como um espectro, envolve a todos, mesmo que hesitem em admitir sua terrível cumplicidade.

texto base: el peligroso Primer Comando de la Capital (PCC), lo que representa un serio riesgo para la seguridad nacional

“Os Crias” da fronteira norte serão aliados da facção PCC 1533?

Os Crias é uma gangue brasileira emergente que surgiu da Família do Norte (FDN) e esteve envolvida em disputas violentas pelo controle do narcotráfico na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, enfrentando o Comando Vermelho e grupos colombianos como os Caqueteños.

Origem e ascensão de “Os Crias” no cenário do crime organizado

“Os Crias”, grupo criminoso brasileiro, originou-se da Família do Norte (FDN), que já foi uma das três maiores organizações criminosas do Brasil e controlava vastas regiões do país.

A facção FDN destacou-se principalmente na década de 2000, fortalecendo-se no comércio de drogas e armas na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

Recentemente, “Os Crias” superaram seus antigos parceiros na Tríplice Fronteira, consolidando sua participação sobre o lucrativo comércio ilegal na área.

Entretanto, enfrentam dificuldades contra um poderoso inimigo, o Comando Vermelho, uma das mais antigas e poderosas facções criminosas do Brasil, além das organizações colombianas, incluindo Los Caqueteños, que também estão envolvidos no tráfico de drogas e atividades ilícitas na região.

A possível aliança entre “Os Crias” e o Primeiro Comando da Capital (PCC)

O Primeiro Comando da Capital não é considerado um dos principais atores criminosos na Tríplice Fronteira. Contudo, a facção paulista PCC tem presença na cidade de Letícia, localizada na fronteira entre Brasil e Colômbia, e parece ter interesse em estabelecer alianças com “Os Crias” para expandir suas atividades criminosas e fortalecer sua presença na região.

A potencial aliança entre o PCC e “Os Crias” poderia levar uma mudança do equilíbrio de forças e um aumento na violência e na disputa pelo controle do tráfico de drogas e armas na Tríplice Fronteira.

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

Se prefeir, leia o texto a seguir no original de Juan Diego Cárdenas no site Insight Crime: Mafias brasileñas se toman el control de la Triple Frontera con Colombia y Perú

Aumento da violência na Colômbia e na fronteira do Peru devido à presença de gangues brasileiras

Uma onda de assassinatos na área da tríplice fronteira Colômbia-Brasil-Peru levantou preocupações sobre o poder crescente de grupos brasileiros e a violência que podem cometer para controlar este importante corredor do narcotráfico.

Duas pessoas foram mortas e outras duas ficaram feridas entre 24 e 26 de março em Letícia, capital do departamento do Amazonas, na Colômbia, segundo o jornal local La Silla Vacía. Um cidadão colombiano também foi morto em Tabatinga, cidade do lado brasileiro da fronteira com Letícia.

Os autores dos ataques permanecem desconhecidos, mas as autoridades acreditam que eles estejam ligados a grupos brasileiros de Tabatinga que conseguiram se estabelecer na Colômbia, informou o jornal.

A crescente violência na tríplice fronteira e o papel de “Os Crias”

O aumento da violência em Letícia e na tríplice fronteira é resultado de uma combinação explosiva. Grupos brasileiros estão fortalecendo suas posições no narcotráfico local, e a Colômbia está sentindo as consequências.

As investigações de campo da InSight Crime revelaram que a recente violência em Letícia é fruto de uma disputa entre o Comando Vermelho (CV), a organização criminosa mais antiga do Brasil, e “Os Crias”, uma emergente gangue brasileira.

“Os Crias” surgiram da Família do Norte (FDN), terceira maior organização criminosa do Brasil, e lutaram com ela pelo controle de Tabatinga em 2021. Antes de 2020, a FDN controlava a região.

Conflitos entre “Os Crias” e o Comando Vermelho

“Os Crias” venceram a FDN, mas seu domínio foi rapidamente contestado pelo Comando Vermelho, que se aliou a grupos colombianos, incluindo os Caqueteños, para travar uma nova guerra em 2022. “Os Crias” foram derrotados, e o Comando Vermelho assumiu o controle da cidade, mas seus membros continuam sendo mortos em ambos os lados da fronteira.

O ressurgimento dos Caqueteños e a complexidade do cenário criminal

Embora os Caqueteños fossem considerados inativos, o grupo parece estar operando novamente por meio de grupos dissidentes, disseram fontes ao InSight Crime.

A facção PCC e os políticos bolivianos — a Caixa de Pandora

A facção PCC e os políticos bolivianos são dois grupos mais próximos do que a sociedade gostaria de crer e a prova é o assassinato de Ruddy.

Você acredita que a facção PCC e os políticos bolivianos estão do mesmo lado?

Caro Francesco Guerra,

Gostaria de compartilhar com você um caso intrigante que, se devidamente investigado, teria muitos desdobramentos.

Trata-se da morte de um boliviano chamado Ruddy Edil Sandoval Suárez, encontrado em Corumbá, Mato Grosso do Sul, uma cidade próxima à fronteira da Bolívia.

O corpo de Ruddy foi encontrado dentro de um Toyota FJ Cruiser com placa da Bolívia. Ele estava com as mãos amarradas nas costas e com tiros na cabeça.

A perícia ainda não foi concluída; portanto, ele pode ter sido morto na Bolívia e seu corpo trazido para o Brasil ou não.

Deputado vincula a facção PCC e os políticos bolivianos

O mistério se aprofunda ainda mais quando descobrimos que Ruddy era acusado de ser narcotraficante e de ter ligações com políticos na Bolívia.

No entanto, ele sempre negou todas as acusações, embora tenha admitido que apoiava financeiramente tanto os grupos políticos Unidad Cívica Solidaridad (UCS) quanto o Creemos.

Curiosamente, pouco depois de Ruddy ser acusado pelo deputado do Creemos, Erwin Bazán, de ser narcotraficante ligado a políticos de outro partido, surgem fotos nas redes sociais de Ruddy com líderes da aliança de Bazán, o Creemos, e não com opositores.

Bazán agiu como centenas de políticos pelo mundo afora, buscando vincular seus inimigos às bruxas, ao comunismo ou ao Primeiro Comando da Capital.

Grupos políticos buscam criar um ambiente de terror com alguma finalidade específica, seja chegar ao poder ou se manter nele, e parece ser o caso de Bazán.

No entanto, o assassinato de Ruddy coloca-o praticamente dentro do Palácio do Legislativo da Bolívia, e sugere que a facção PCC e os políticos bolivianos poderiam ter ordenado sua morte.

Estranhos caminhos ligando estranhos atores

Uma complexa teia de interesses políticos e econômicos envolve os integrantes do cartel de drogas Primeiro Comando da Capital.

Com o lucro do tráfico, a facção paulista investiu em joias, clínicas, restaurantes, fazendas, entre outros, e seus membros passaram a caminhar com segurança pelas ruas de Santa Cruz.

A cidade se tornou o centro de poder do grupo e seus integrantes passaram a financiar candidatos de todas as legendas, como provou o caso Ruddy.

Mas isso ainda é apenas uma especulação, pois a investigação está apenas começando.

Pulando a fronteira

O ex-procurador Joadel Bravo afirma que as organizações criminosas brasileiras atuam na Bolívia e muitos de seus integrantes se refugiam lá quando têm problemas com a justiça brasileira ou com as próprias organizações criminosas.

O Primeiro Comando da Capital teria chegado ao país em 2007 com cerca de 100 integrantes, com o objetivo de estabelecer relações com narcotraficantes e produtores bolivianos.

Desde então, o negócio não parou de crescer e, atualmente, a facção PCC 1533 está aproveitando a localização estratégica de Santa Cruz, que serve como refúgio para os maiores cartéis da Colômbia, para expandir a venda de drogas na Europa, África e Ásia, intermediando parcerias entre esses grupos e organizações criminosas europeias.

Inicialmente, o Primeiro Comando da Capital usava rotas que atravessavam o Brasil por estradas, a chamada Rota Caipira, mas agora também inclui transporte aéreo e fluvial para chegar aos portos da Argentina e do Uruguai.

Com base nessas informações, fica claro que a morte de Ruddy é um mistério complexo que envolve não apenas questões do tráfico transnacional e de negociação entre cartéis de drogas, mas também questões políticas.

É mais complicado que parece

Será que realmente haverá empenho das autoridades para desvendar esse caso, ou os investigadores esbarrarão em alguns políticos intocáveis?

O ex-promotor de Justiça Jodael Bravo afirma que a Bolívia já é um narcoestado, se bem que até mininiza sua afirmação ao vincular a ligação entre tráficantes e políticos nos entes municipais.

Embora não gostemos, a Bolívia é um narcoestado pela proximidade de muitos políticos com o narcotráfico, neste último caso com políticos de nosso município.

Por outro lado, Jodael Bravo, alerta para que o judiciário também está comprometido, já que a escolha dos magistrados passa pelo crivo, justamente desses políticos que deveriam ser investigados.

Se tivesse que apostar, colocaria minhas fichas que alguém será entregue como bode expiatório para que a situação continue a aparentar normalidade.

Espero ter compartilhado informações úteis para saciar sua curiosidade. Por favor, mantenha-me informado sobre qualquer pensamento ou informação que possa ajudar na resolução deste mistério.

Sinceramente,

Rícard Wagner Rizzi

leia o texto base: Santa Cruz se ha convertido en un oasis o un refugio del Primer Comando de la Capital (PCC)

Uruguai no caminho do PCC é trampolim para alcançar o mundo

O Primeiro Comando da Capital está utilizando o Uruguai no caminho do PCC para o envio das drogas pelos seus portos para a Europa e África.

Mano, os caras da ONU tão falando que o cultivo de coca cresceu pra caramba, tipo 35% só de 2020 pra 2021, é um recorde desde 2016.

A demanda pela cocaína também tá subindo, e com essa produção enorme, a parada pode até chegar na África e na Ásia, saca?

Mas o Uruguai tá em uma situação sinistra, tipo, Primeiro Comando da Capital, tá voando com avião cheio de droga lá e deixando os pacotes lá em pista de pouso clandestina, nos departamentos de Artigas, Salto e Paysandu, mano.

Tem outra rota que vai do Peru e Bolívia até o Rio da Prata, aí os caras descem na costa atlântica na Argentina ou Uruguai, muitas vezes pelo Paraguai, e usam o Hidrovía Paraguai-Paraná pra levar a droga pelos barcos, junto com voos clandestinos, sacou?

E os portos de Montevidéu tão sendo usados pelos grupos criminosos pra transferir a droga pros navios, às vezes a cocaína é consolidada no Uruguai antes de ser embarcada pra fora, é o que a ONU falou.

Uma carta recebida do Uruguai de PERIODISMO OREJANO

Uma menina que estava fazendo o dever de casa na escola em um confronto ocorrido entre facções há um ano, creio eu, morreu sentada em uma cadeira com uma bala que atravessou a chapa e rachou seu crânio.

Morreu com o caderno escolar, pedimos que isso não volte a acontecer, mire no alvo, por favor não nos deixe morrer.

As balas estão voando na periferia nos confrontos e muitas das bocas do PCU não exigem a disciplina do PCC.

Quando vão aplicar o Estatutos e a Disciplina do Primeiro Comando da Capital aqui no Uruguai para seus aliados?

A expansão da facção PCC para a região do Chaco no Paraguai

Edgar Allan Poe descreve o avanço da facção PCC para a região do Chaco na República do Paraguai e analisa os planos da organização criminosa.

O que pretente a facção PCC para a região do Chaco?

Eis que surge diante de nós uma sombria e sinistra realidade: o Primeiro Comando da Capital, a temida organização criminosa brasileira PCC 1533.

O assustador ataque ao líder PCC Ryguasu em plena capital da República do Paraguai na América do Sul expôs os terríveis planos dos criminosos brasileiros.

Agora, o bando busca expandir suas atividades para a região do Chaco, uma área estratégica para o tráfico de drogas e armas na América do Sul.

Pelo menos é essa a terrível previsão do chefe do Departamento de Investigação de Homicidios da Policia Nacional, Sergio Insfrán.

O Chaco é uma região selvagem, de vastas áreas rurais e de difícil acesso, que oferece a oportunidade perfeita para que organizações criminosas como o PCC se escondam, transportem suas mercadorias ilícitas sem serem detectadas, e façam ataques surpresa aos inimigos onde quer que eles estejam.

Mas por que o grupo criminoso brasileiro estaria interessado nessa empreitada arriscada?

O terrível plano da facção PCC para a região do Chaco

Talvez a resposta esteja na geografia da região, ou em seu potencial como corredor para o tráfico de drogas e outras mercadorias ilícitas.

Ou talvez seja uma questão a guerra entre facções, principalmente com o Comando Vermelho, que também busca controle sobre o tráfico na região.

Mas também, busca se ocultar para fazer ataques de rapina contra os inimigos nativos: clã Clã Insfrán, Clã Rotela, Clã Acevedo, Clã Colón e Clã Orellana.

Seja qual for a verdadeira motivação por trás dos planos do PCC para o Chaco, uma coisa é certa: a atividade criminosa é um mundo complexo e imprevisível, influenciado por fatores que vão desde a política e a economia até as dinâmicas internas das próprias organizações criminosas.

O que nos espera nessa região selvagem e perigosa, só o tempo dirá…

Leia o texto base: Insfrán aseguró que tienen información de que manejan la hipótesis de que habría estado conformando una banda para actuar en el Chaco.

O problema da superprodução de coca na Bolívia para o PCC

Superprodução de coca na Bolívia: a dificuldade no transporte pode levar a uma guerra entre o PCC e organizações criminosas de três países.

A superprodução de coca na Bolívia devia ser uma boa notícia para a facção PCC 1533.

No entanto, os clãs familiares estão com dificuldades para transportar a superprodução de coca de Chapare e Cochabamba para fora do país.

Meu sobrinho, que costuma ir para aquela região próxima aos Andes, me visitou e lhe fiz quatro perguntas sobre essa situação.

É verdade que os cocaleiros estão sem transportes para sua produção?

Verdade. Estão sem aviões e caminhões para transportar toda a produção.

Não me lembro de uma quantidade tão grande de tijolos de pasta base e de prensados esperando para o embarque.

Está valendo tudo para conseguir escoar a produção: micro-ônibus, táxis, caminhões, carros e até qualquer um com uma mala na mão ou uma mochila nas costas!

O clima está ficando tenso entre as famílias produtoras chapareñas. Pode haver uma luta entre os produtores como existe no Brasil entre as facções criminosas? Você acredita que o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho entrarão na disputa pelo transporte?

Tá bastante complicado.

A disputa pelo transporte pode virar uma briga entre as famílias de produtores Cochabamba.

Tocha, que ainda está preso no Complexo Penal de Chonchocoro, fazia a ponte entre clãs de produtores e a facção PCC, e agora, por dentro das muralhas, pode fortalecer ainda mais os laços com pessoas que intermediam o tráfico para essas famílias de produtores.

Só que o Comando Vermelho também é forte em Chonchocoro, e as organizações criminosas colombianas e mexicanas também estão presentes na região.

Cedo ou tarde, os clãs cocaleiros ficarem no meio de uma guerra que não tem espaço para neutros — vão ter que escolher um lado.

E essa disputa pelo transporte e pelo armazenamento enquanto o produto espera o escoamento certamente vai deixar tudo ainda mais tenso.

Como as polícias do Brasil, Paraguai e Bolívia lidam com essa situação?

Pensa bem tio, a polícia dá um prejuízo de 2 bilhões de Reais somando drogas, veículos, imóveis, tudo. Parece muito?

Só da Bolívia saem uns 300 bilhões de Reais da venda de 55 mil toneladas de cocaína.

O que a polícia apreende não é nada, e agora, com essa dificuldade de transporte ficou ainda mais fácil.

Sempre haverá alguém caindo com alguns tijolos: a polícia apresenta esses vacilões para a imprensa, e o fluxo continua deixando todo mundo feliz.

Como o Primeiro Comando da Capital resolverá a questão do transporte?

A facção aposta muito na atitude e na iniciativa de cada um.

Tem as lideranças que oferecem a oportunidade, dão até o caminho, mas cada um tem que fazer seus corres para fazer acontecer.

Uns roubam aviões no Paraguai e na Argentina para pegar a carga, outros preferem levar por caminhão ou carro até o Rio Paraná no Paraguai.

De qualquer forma, sempre terá alguém dando um jeito de levar até os portos do litoral e de lá para o resto do mundo.

Se lembra que há uns quatro anos o problema foram as chuvas? As estradas estavam todas atoladas? Problemas sempre existirão. É a tal da seleção natural das espécies!

leia o artigo base de Javier Medrano R.: El narco se queda sin avionetas: una ruta cuya logística maneja el Primer Comando Capital (PCC) de Brasil

Ameaçou dizendo que era do PCC e tomou um pau dos vizinhos

No Paraguia, um homem ameaçou dizendo que era do PCC, os vizinhos não botaram fé e arrebentaram o cabra antes de entregar para a polícia.

Permita-me narrar uma curiosa história que me foi contada por Vinny, nosso conhecido do site Vinny.

Ele relatou que em São Mateu, na Zona Leste de São Paulo, a garotada se apresenta como membros da poderosa organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC 1533).

Os jovens se utilizam de tal artifício para impor medo, respeito e, assim, conquistar o afeto das garotas da escola.

No entanto, hoje recebo a notícia que um homem, conhecido como Ca’aguazu’i, no assentamento Sandrita em Ciudad del Este, portando uma espingarda e ameaçou dizendo que era do PCC.

Entretanto, os vizinhos não acreditaram em sua suposta afiliação ao poderoso grupo criminoso, e decidiram agir com violência, espancando-o antes de entregá-lo às autoridades locais, que o prenderam por porte de arma e drogas.

Não posso deixar de notar a semelhança entre esses dois casos.

Ainda que ocorridos em países e situações distintas, ambos parecem ilustrar a perigosa influência que organizações criminosas podem exercer sobre jovens desavisados e adultos desajustados.

No caso de Ca’aguazu’i, talvez quando ameaçou dizendo que era do PCC tenha desejava poder e respeito, mas é certo que sua conduta foi extremamente perigosa e está sofrendo as consequências.

leia a reportagem base no site Radio Concierto: Vecinos reducen a golpes a sujeto que se hacía pasar por miembro del PCC

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