A pivatização do porto de Santos e a facção paulista PCC 1533

Se a privatização do Porto de Santos é de interesse da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, qual a pressa do governo em agir?

imagem pivatização do porto de Santos portaria autoridade portuária com símbolo Yin Yang no fundo

Privatização do porto de Santos e o interesse dos grupos criminosos

A jornalista italiana Maria Zuppello chama a atenção para um possível interesse do Primeiro Comando da Capital na pivatização do porto de Santos.

“Primer Comando Capital y la ‘ndrangheta buscan una oportunidad para controlar toda la cadena logística” — leia reportagem completa no Infobae

É inegável que o porto de Santos é o principal escoadouro da organização criminosa paulista, no entanto é apenas um elo na cadeia portuária.

No Atlântico a facção paulista utiliza portos da Argentina e Uruguai, além de portos espalhados por toda a costa brasileira de norte a sul.

Roberto Bueno, especialista em gestão de segurança pública, explica que há fortes interesses políticos envolvendo os portos:

… o que leva a suspeitar do vastíssimo interesse de autoridades na região, cuja intervenção no modelo de operações mafiosas é central, servindo de muros de contenção às autoridades tanto quanto elaboradoras de rotas de fuga aos percalços de “outsiders” do esquema criminoso pactuado com segmentos delas.

Basta lembrar que uma das primeiras providências do presidente Jair Bolsonaro foi trocar o superintendente da Polícia Federal de Santos.

Bolsonnaro foi muito criticado a época pois a corporação vinha batendo recordes em apreensão de drogas.

Quando a presidente Dilma Rousseff apresentou uma apreensão recorde de drogas, o então deputado Jair Bolsonaro afirmou que aí estava a prova do aumento do tráfico de drogas, pois “todos sabem como funciona”.

Bolsonaro sugeria que os traficantes deixavam “cair” propositadamente parte da mercadoria para encobrir seus acordos as forças policiais.

Anos depois, já presidente, Jair Bolsonaro bateu um novo recorde de apreensão de drogas, e então? Isso seria prova do aumento do tráfico e o envolvimento das autoridades como ele mesmo afirmou poucos anos antes?

Após quatro anos de governo Bolsonaro, a jornalista Maria Zuppello lembra que o porto de Santos hoje é controlado pelo Primeiro Comando da Capital que…

… um exército de mais de 112 mil bandidos ferozes (…) que no tráfico de cocaína e maconha, faturam cerca de 600 milhões de dólares anuais.

Maria Zuppello

O especialista Antonio Nicasco afirma que a facção PCC nesse período fortaleceu as relações que já tinha com a organização mafiosa ‘Ndrangheta:

O poder do PCC cresceu muito nos últimos anos. Uma das novas rotas estudadas pela ‘Ndrangheta junto com o PCC é a do Equador ao Panamá pelo Oceano Pacífico. Do Panamá, os contêineres são desviados para o Atlântico.

Com a perda do controle do governo federal pelo grupo político que dominava o porto de Santos e a transferência de seus integrantes para o governo do Estado de São Paulo, a Polícia Federal deixa de ser um instrumento disponível.

É nesse contexto que a discussão da privatização do porto de Santos acontece com o governador Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Jair Bolsonaro, tentando agilizar a pivatização do porto de Santos:

“… está pronto, vai ser um espetáculo e vai criar muitos empregos.”

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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