O sargento e o cabo da PM: um trágico caso de corrupção e crime organizado no Brasil. Conheça a história e reflita sobre as injustiças em nossa sociedade.
Recentemente, a possibilidade de retorno do delegado federal Elvis Secco ao país gerou intenso debate. Após receber ameaças da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), Secco foi designado como adido brasileiro no México, onde conta com carro blindado e seguranças. Este fato veio à tona poucos dias após a morte de um funcionário de uma empresa terceirizada no Aeroporto de Guarulhos por integrantes da facção.
No contraponto de hoje, temos o caso do sargento e o cabo da PM, envolvendo a morte do cabo Almeida Júnior, sob o suposto mando do sargento Farani, que teria envolvimentos com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital.
Em 5 de fevereiro de 2020, o cabo foi morto em frente a um restaurante japonês em Itaquera, zona leste paulista, onde fazia bico, supostamente pelo sargento que fazia bico para a facção PCC.
A notícia do dia é que o sargento foi expulso da Polícia Militar, apesar de ainda não ter sido condenado por seus supostos crimes, e terá agora que viver com os 750 mil reais que, comprovadamente, conquistou nos anos em que foi policial militar.
Ah! Em 12 de agosto de 2022, o sargento Farani foi absolvido da morte do Cabo Almeida Júnior pelo 1º Tribunal do Júri da Capital.
O sargento e o cabo da PM: O Dossiê
O cabo Wanderley, que se recusou a se corromper, enfrentou o problema diariamente e pagou com a própria vida por ameaçar denunciar o sargento. Se tivesse cedido à corrupção, talvez estivesse vivo e com dinheiro. No entanto, morreu sem proteção e, como não foi em horário de serviço, sua família sequer receberá o amparo pleno.
O cabo Wanderley Oliveira de Almeida Júnior foi brutalmente assassinado em 5 de fevereiro de 2020. O sargento Farani, foi acusado de ser o mandante do crime. De acordo com a investigação, o cabo Wanderley havia elaborado um dossiê contra o sargento, denunciando seu envolvimento com traficantes ligados à facção PCC.
Um dos aspectos mais chocantes desta história é a suspeita de que o sargento Farani recebia R$ 200 mil mensais como propina do Primeiro Comando da Capital. Além disso, ele também era suspeito de ser um dos principais matadores de aluguel da facção, cobrando até R$ 100 mil por serviço.
Em relação à propina, ainda responde a outro processo, no qual houve quebra de seu sigilo bancário. As investigações revelaram que, entre janeiro de 2019 e março de 2020, o sargento movimentou cerca de R$ 749.100,00, valor muito superior aos rendimentos legais de seu cargo público.
O sargento atuando na guerra entre facções
Outros elementos complementares deste caso incluem a participação do sargento na guerra fraticida da facção PCC em 2018 e no assassinato de Cláudio Roberto Ferreira, conhecido como Galo Cego. Por conta das acusações, Farani teve sua prisão preventiva decretada em julho de 2020, ficando recolhido no Presídio Romão Gomes, em São Paulo, até sua absolvição.
A morte do cabo Wanderley e o suposto envolvimento do sargento Farani com o Primeiro Comando da Capital expõem a complexidade dos desafios enfrentados pelas autoridades no combate ao crime organizado em São Paulo. Este caso levanta questionamentos sobre a integridade das forças de segurança e a influência do crime organizado nas instituições.
Espero que este relato tenha sido esclarecedor e contribua para uma melhor compreensão da situação atual do combate ao crime organizado no país.
texto base: Sargento acusado de receber R$ 200 mil mensais do PCC é expulso da PM em SP