CV mata Tiktoker: uma jovem de 21 anos, foi assassinada após postar vídeos no TikTok com referências ao Primeiro Comando da Capital, o que atraiu a atenção do Comando Vermelho.
CV mata Tiktoker em Brasnorte após fazer sinal de três com os dedos; entretanto, suspeito é preso por tráfico de drogas em Barra do Bugres, a 400 quilômetros de distância.
Sempre me surpreende a podridão e a covardia dos integrantes da organização criminosa Comando Vermelho.
Uma prisão ocorrida ontem trouxe à minha memória um caso que eu preferia ter esquecido há muito tempo.
CV Mata Tiktoker: A Trágica História de Ellen
O Vídeo Controverso no TikTok
Ellen, uma jovem de 21 anos, postou um vídeo no TikTok fazendo o sinal de três com os dedos, interpretado como uma referência ao Primeiro Comando da Capital.
Em resposta, membros do Comando Vermelho (CV) de Brasnorte alertaram a garota a respeito das possíveis consequências de suas ações.
Ellen prontamente pediu desculpas e removeu o vídeo, mas dias depois postou outro vídeo fazendo o mesmo sinal.
Apesar de ter apagado a postagem rapidamente, um integrante do CV já havia visto e denunciado a jovem.
A tiktoker foi atraída até uma residência por um de seus futuros assassinos, com quem mantinha um relacionamento amoroso.
Ao chegar, Ellen foi levada em um veículo até a Estrada do Perobal, na zona rural de Brasnorte, onde foi executada com quatro tiros.
A garota só foi encontrada morta dias depois em uma área de mata, com as mãos amarradas e as marcas dos tiros.
Na época do crime, dois irmãos e a mãe foram presos como suspeitos do assassinato. Um quarto envolvido, conhecido apenas como Gean, ainda não foi localizado.
Ontem, um homem foi preso em Barra do Burgues, Mato Grosso, por tráfico de drogas, mas também estava sendo procurado pelo envolvimento na morte de Ellen.
Este caso, meu leitor, é um triste lembrete da violência que assola nosso país. Apesar da crueldade e brutalidade presentes, não podemos nos esquecer da importância de buscar justiça para as vítimas e seus entes queridos.
A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.
Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.
A guerra entre facções Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital resulta na morte de Kelly Cristina em São José do Rio Claro, MT. A vítima foi executada em frente à sua filha, e o caso envolve uma complexa teia de intrigas e ameaças.
Guerra entre facções do Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital: mulher executada em frente a sua filha de 5 anos.
Mais um covarde assassinato ocorreu recentemente na cidade de São José do Rio Claro, em Mato Grosso.
Esta morte envolve a guerra entre facções do Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).
Kelly Cristina foi executada com quatro disparos em frente à sua filha de apenas cinco anos de idade.
O cenário do crime ocorreu na tarde de uma quinta-feira, em uma residência simples da pequena cidade, onde a vítima vivia com seu marido, supostamente integrante da facção PCC 1533.
Kelly também tinha amizades dentro da organização criminosa paulista, mas não se sabe ao certo se ela mesma possuía alguma ligação direta com a facção.
No ano anterior, três membros do Comando Vermelho invadiram a casa de Kelly, acusando-a de ser integrante do PCC.
A situação se complicou quando se descobre que Kelly abrigou temporariamente um andarilho, que afirmou ser do PCC e jurado de morte pelo CV.
A teia de intrigas e a investigação do caso na guerra entre facções
Kelly havia oferecido sua casa como esconderijo para o andarilho desde o último sábado, mas ele partiu na quarta-feira, buscando outro local para se esconder.
Curiosamente, uma amiga de Kelly enviou uma mensagem poucas horas antes de sua morte, alegando ser ameaçada e cobrada em R$100.
Segundo a filha de Kelly, que presenciou a execução de sua mãe, os membros do CV perguntaram pelo andarilho antes de cometer o crime.
Este último, por sua vez, afirmou que o Comando Vermelho já havia tentado matá-lo em outras três ocasiões.
A tragédia se desenrolou quando dois homens chegaram de motocicleta à residência de Kelly e efetuaram quatro disparos na região das costas da vítima, que foi encontrada caída entre os cômodos do banheiro e da cozinha.
A pequena criança testemunhou toda a cena.
A captura dos suspeitos e a busca pela verdade na guerra entre facções
Dois suspeitos foram presos em flagrante pelo crime.
Entretanto, ainda restam muitas perguntas a serem respondidas, e a verdade por trás desta complexa trama permanece nebulosa.
Esperamos que se possa trazer justiça à memória de Kelly Cristina, com a exemplar punição destes atos covardes dos integrantes do Comando Vermelho.
A guerra entre os grupos criminosos tem que chegar ao fim, para que haja paz e segurança às comunidades afetadas por essa violência.
A situação das facções criminosas na Região Norte do Brasil, explorando as alianças e rivalidades entre elas, e considerando as possíveis estratégias e táticas para lidar com essa conjuntura. A análise abrange a ascensão e queda de organizações como Família do Norte, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital.
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Análise do Comunicado: a gente aprende muito com a experiência de cada um! Conto com vocês pra compartilhar o que sabem e o que pensam sobre isso nos nossos grupos ou me mandando uma mensagem privada. Valeu!
A Região Norte presencia reviravoltas surpreendentes no conflito, tornando-se difícil acompanhar os eventos, mas, afinal, o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) conseguirá ameaçar a presença do Comando Vermelho (CV) na Região Norte?
A poderosa Família do Norte estabeleceu uma aliança com o Comando Vermelho, proveniente do Rio de Janeiro.
A facção criminosa carioca, renomada por sua habilidade em guerrilha urbana, demonstrou também ser mestre no controle territorial e nos negócios obscuros do submundo do crime organizado.
Além disso, esse grupo possui vasto conhecimento do mercado internacional, o que lhes conferiu uma vantagem estratégica inestimável aos associados do FDN.
Esta aliança formidável entre as duas facções gerou um impacto significativo na dinâmica do crime na região, tornando-se uma força a ser reconhecida e temida por outros grupos criminosos.
Mas, utilizaram-se de inteligência e terror, investindo em jovens da região e enviando reforços do Nordeste e Sudeste, surpreendentemente, o Primeiro Comando da Capital ameaçou a hegemonia da aliança FDN e CV.
A ação de guerrilha da facção PCC deu resultado depois de muito sangue derramado pelas ruas de Manaus e por todo interior do Amazonas.
Táticas que tradicionalmente são usadas pelo Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho não terão resultado naquela região com tantos grupos criminosos espalhados por uma área tão extensa, no o mapeamento, ações surpresa, emboscadas e intimidação podem dar resultado.
Desestabilização gera mudança de poder
A desestabilização da FDN foi resultado de várias ações coordenadas pelas autoridades públicas, como investigações, operações policiais e transferências de lideranças.
Ao isolar as lideranças da FDN, o poder público conseguiu minar a capacidade de comando e articulação do grupo criminoso, e essas divisões internas contribuíram para o seu enfraquecimento.
Sem uma liderança unificada e com disputas internas pelo poder, a organização criminosa ficou mais vulnerável a ações do poder público e ao avanço de outras facções.
O Primeiro Comando da Capital, por sua vez, soube aproveitar a oportunidade para expandir seu território e consolidar-se como a maior facção criminosa do Brasil.
Com uma estrutura organizacional mais sólida e uma liderança mais coesa, o PCC foi capaz de preencher o vácuo deixado pela FDN e estabelecer-se na região amazônica.
A derrocada do Primeiro Comando da Capital
O poder público auxiliou a vitória do PCC ao isolar líderes da FDN, causando divisões internas. Grupos como o Cartel do Norte surgiram e se aliaram ao PCC contra a FDN e o CV.
Entretanto, algo ocorreu. Hoje, grupos nativos e do CV dizimam o que restou da facção paulista na região.
Aqui no site, acompanhei vários jovens isolados reclamando do isolamento e sendo mortos ou fugindo com suas famílias.
Análise do Comunicado: O desafio atual do Primeiro Comando da Capital
O documento da Sintonia Fina do PCC afirma que não tolerará mais ataques. Mas como transformar essa ameaça em prática?
Mas em vez de enfrentar dois grandes grupos organizados e hierárquicos como no passado, a facção de São Paulo agora lida com vários grupos fragmentados, enraizados na comunidade local e unidos somente por interesses compartilhados com o Comando Vermelho.
A abordagem de guerrilha e a promoção da divisão não serão tão eficazes quanto antes.
Tentativas anteriores de estabelecer pontos de apoio em áreas estratégicas, como a realizada em Manaus há alguns anos, não tiveram sucesso, mesmo com o suporte do aliado daquele tempo, o Cartel do Norte.
Para ter alguma chance de vitória, o PCC precisará reconstruir pontes com antigos aliados ou conquistar novos.
Por alguma razão, o CV manteve uma aliança com a FDN, enquanto o PCC não conseguiu manter ao seu lado grupos tradicionais.
Todos os lados nessa guerra buscam vitórias através do desgaste e exaustão do oponente, com ataques persistentes e prolongados, sem grandes ações de retomada de áreas.
Uma guerra de informação e desinformação
Eu diria que o Primeiro Comando da Capital só conseguirá competir na região através de um sólido trabalho de inteligência e contrainteligência, com foco em cooptar líderes-chave para causar divisões ou fazer com que grupos mudem de lado.
Empregar ataques diretos para dominar áreas e rotas em uma região tão vasta e repleta de locais de difícil acesso tornaria essas ações muito caras e ineficazes, além de provocar o descontentamento da população local, que provavelmente possui parentes envolvidos nos grupos inimigos do PCC.
Disseminar informações e desinformações aos grupos isolados por meio de agentes infiltrados pode incentivar essa divisão e facilitar acordos com líderes dispostos a cooperar, além de levar o adversário a realizar ações que resultem em baixas.
Aguardo vossos comentários e opiniões sobre esta análise do comunicado, enriquecendo o debate e expandindo nosso conhecimento.
Comunicado Geral do PCC a respeito de conflitos com outras gangues e milícias, como o Comando Vermelho CV, que têm atacado familiares e pessoas inocentes. O Primeiro Comando da Capital expressa indignação, condena essas ações violentas e sinaliza que irá reagir para proteger sua família e membros.
Ataque dos inimigos na Região Amazônica
Primeiramente, um abraço a todos os irmãos (as) e companheiros (as).
Vamos abordar uma questão que vem acontecendo há algum tempo e, nos últimos dias, vem ocorrendo com frequência.
Vamos direto ao ponto:
Uma milícia chamada Comando Vermelho e algumas gangues que agem igual a eles, que não têm autonomia e controle sobre seus integrantes, vêm tirando a vida de familiares nossos e também de pessoas inocentes que não têm nada a ver com a nossa guerra, com o objetivo de intimidar nossos irmãos (as) e companheiros (as) dentro dos estados, como Amazonas, entre outros.
Um recado importante
Pois bem, vamos mandar aqui um recado para vocês que compactuam com esses tipos de atitudes covardes contra pessoas inocentes.
Nós, do Primeiro Comando da Capital, fomos criados em cima de opressões por parte do governo e, até hoje, estamos firmes e fortes na luta, lutando sem parar.
Com vocês não será diferente
As atitudes desses covardes estão gerando ódio e revolta. Portanto, com toda nossa indignação perante todos os fatos que vêm sendo apurados, daremos um recado para essa milícia do CV e outras gangues que compactuam com as atitudes deles:
Aquele que vier mexer com nossa família, iremos usar de todos os recursos que temos e vamos cobrar de igual.
Não é nosso objetivo, muito menos o que queremos, mas não vamos aceitar que a vida de nossos familiares e pessoas inocentes sejam tiradas por esses animais sem cérebros.
Então, aqui está toda nossa indignação, deixando claro que não iremos mais aceitar tais fatos apurados e narrados neste comunicado.
Deixamos um abraço a todos os irmãos (as), companheiros (as) e a todo o crime do Brasil que corre com o certo, sem exceção.
Assinado: Apoio S.F, Primeiro Comando da Capital – Estados e Países.
Os Crias é uma gangue brasileira emergente que surgiu da Família do Norte (FDN) e esteve envolvida em disputas violentas pelo controle do narcotráfico na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, enfrentando o Comando Vermelho e grupos colombianos como os Caqueteños.
Origem e ascensão de “Os Crias” no cenário do crime organizado
“Os Crias”, grupo criminoso brasileiro, originou-se da Família do Norte (FDN), que já foi uma das três maiores organizações criminosas do Brasil e controlava vastas regiões do país.
A facção FDN destacou-se principalmente na década de 2000, fortalecendo-se no comércio de drogas e armas na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.
Recentemente, “Os Crias” superaram seus antigos parceiros na Tríplice Fronteira, consolidando sua participação sobre o lucrativo comércio ilegal na área.
Entretanto, enfrentam dificuldades contra um poderoso inimigo, o Comando Vermelho, uma das mais antigas e poderosas facções criminosas do Brasil, além das organizações colombianas, incluindo Los Caqueteños, que também estão envolvidos no tráfico de drogas e atividades ilícitas na região.
A possível aliança entre “Os Crias” e o Primeiro Comando da Capital (PCC)
O Primeiro Comando da Capital não é considerado um dos principais atores criminosos na Tríplice Fronteira. Contudo, a facção paulista PCC tem presença na cidade de Letícia, localizada na fronteira entre Brasil e Colômbia, e parece ter interesse em estabelecer alianças com “Os Crias” para expandir suas atividades criminosas e fortalecer sua presença na região.
A potencial aliança entre o PCC e “Os Crias” poderia levar uma mudança do equilíbrio de forças e um aumento na violência e na disputa pelo controle do tráfico de drogas e armas na Tríplice Fronteira.
A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.
Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.
Aumento da violência na Colômbia e na fronteira do Peru devido à presença de gangues brasileiras
Uma onda de assassinatos na área da tríplice fronteira Colômbia-Brasil-Peru levantou preocupações sobre o poder crescente de grupos brasileiros e a violência que podem cometer para controlar este importante corredor do narcotráfico.
Duas pessoas foram mortas e outras duas ficaram feridas entre 24 e 26 de março em Letícia, capital do departamento do Amazonas, na Colômbia, segundo o jornal local La Silla Vacía. Um cidadão colombiano também foi morto em Tabatinga, cidade do lado brasileiro da fronteira com Letícia.
Os autores dos ataques permanecem desconhecidos, mas as autoridades acreditam que eles estejam ligados a grupos brasileiros de Tabatinga que conseguiram se estabelecer na Colômbia, informou o jornal.
A crescente violência na tríplice fronteira e o papel de “Os Crias”
O aumento da violência em Letícia e na tríplice fronteira é resultado de uma combinação explosiva. Grupos brasileiros estão fortalecendo suas posições no narcotráfico local, e a Colômbia está sentindo as consequências.
As investigações de campo da InSight Crime revelaram que a recente violência em Letícia é fruto de uma disputa entre o Comando Vermelho (CV), a organização criminosa mais antiga do Brasil, e “Os Crias”, uma emergente gangue brasileira.
“Os Crias” surgiram da Família do Norte (FDN), terceira maior organização criminosa do Brasil, e lutaram com ela pelo controle de Tabatinga em 2021. Antes de 2020, a FDN controlava a região.
“Os Crias” venceram a FDN, mas seu domínio foi rapidamente contestado pelo Comando Vermelho, que se aliou a grupos colombianos, incluindo os Caqueteños, para travar uma nova guerra em 2022. “Os Crias” foram derrotados, e o Comando Vermelho assumiu o controle da cidade, mas seus membros continuam sendo mortos em ambos os lados da fronteira.
O ressurgimento dos Caqueteños e a complexidade do cenário criminal
Embora os Caqueteños fossem considerados inativos, o grupo parece estar operando novamente por meio de grupos dissidentes, disseram fontes ao InSight Crime.
A Tropa Castelar, uma facção criminosa formada por ex-integrantes do Comando Vermelho, surge em Mato Grosso, aliando-se ao Primeiro Comando da Capital. Com o enfraquecimento do CV, a Tropa Castelar busca ganhar espaço no cenário criminal.
Tropa Castelar: como ficará a Cidade Tranquila do Passado
Sorriso, uma cidade situada nas vastidões do estado de Mato Grosso, é célebre por sua fértil produção agrícola e pela amabilidade que emana de sua população.
Com aproximadamente 100 mil almas, Sorriso ostenta o título de capital nacional do agronegócio e se orgulha de sua pujante economia.
Entretanto, as sombras da inquietação pairam sobre a cidade, pois sua paz é agora ameaçada pelo surgimento da Tropa Castelar, uma facção criminosa composta por ex-integrantes do temível Comando Vermelho.
A Tropa Castelar e a Guerra pelo Poder
A Tropa Castelar, oriunda do momento em que alguns membros do Comando Vermelho decidiram renegar sua lealdade e formar um grupo independente, selou um pacto com o Primeiro Comando da Capital, o poderoso antagonista dos CVs.
Inicialmente, a Tropa Castelar carecia de recursos monetários, armas e efetivo, o que parecia conduzi-los ao infortúnio.
Todavia, o PCC enxergou uma oportunidade de fragilizar o Comando Vermelho e optou por unir-se à Tropa Castelar, fortalecendo-os e engendrando uma ameaça inédita para Sorriso.
O jornalista, Juvenilson, lançava mão de sua posição e das viagens frequentes à capital em um carro de imprensa para convencer seus comparsas de que seria “improvável ser interceptado por viaturas policiais”.
Operação Recovery: Tentativa de Restaurar a Ordem
Perante o caos, a Polícia Civil desencadeou a “Operação Recovery”, com o propósito de capturar membros do Comando Vermelho responsáveis pelo tráfico de drogas e homicídios em Sorriso.
No total, 34 pessoas foram presas e R$ 1 milhão em bens da facção foram confiscados. Com o CV debilitado, a Tropa Castelar, agora respaldada pela facção PCC, busca se impor na cidade.
Tropa Castelar: O Caso de Elvis e sua Garota
A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.
Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.
Em um infortúnio recente, repleto de violência e desespero, um veículo Chevrolet Vectra empreendeu uma perseguição sombria à motocicleta pilotada por um homem chamado Elvis, que levava consigo uma garota na garupa.
Ao longo do sinistro embate, o condutor do automóvel, movido por uma inescrutável determinação, arremessou o veículo em direção à motocicleta, resultando na queda trágica do casal ao chão, sob o olhar indiferente da noite.
Elvis, suspeito de fazer parte da infame organização criminosa Comando Vermelho, fora escolhido como alvo pelos ocupantes do Vectra, membros da enigmática e temida Tropa Castelar.
De forma inesperada, o motorista do Vectra perdeu o controle de seu veículo, colidindo com um poste e provocando danos à estrutura, como se as próprias forças das trevas conspirassem contra ele.
Com um ar sombrio e impiedoso, ele e seu cúmplice desceram do automóvel e, em um ato de fria brutalidade, executaram Elvis com uma série de disparos que ecoaram pela eternidade.
A garota, porém, foi poupada pelos criminosos, como se o destino houvesse intervindo em seu favor.
Ela foi socorrida pelos Bombeiros e até o presente momento, os perpetradores desse hediondo ato permanecem ocultos nas sombras, aguardando o desfecho de seu nefasto enredo.
Gilmar, PCC na veia, fez justiça com as próprias mãos em Querência, matou o líder daquela quebrada do Comando Vermelho.
Mas Alysson e Gabriel, do CV, na vingança tentaram contra-atacar e foram atrás de Gilmar, só acertaram raspão.
No dia seguinte, Gilmar foi atrás dos dois que tentaram mandá-lo para o inferno e, matou os dois em Porto Alegre do Norte.
A polícia desconfiou que o tiro de raspão era a razão da vingança. Gilmar negou no começo contando uma história cabulosa:
O irmão de um homem que trabalhava com ele em uma fazenda, e que foi morto por uma agente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e agora ele estava sendo ameaçado.
Não colou não e a polícia logo desconfiou que era conversa. Aí, sabe como é, Gilmar abriu o bico e deu todo o papo reto, que foi ele mesmo: PCC mata dois CVs que foram vingar a morte de outro integrante do Comando Vermelho, e fim.
O que pretente a facção PCC para a região do Chaco?
Eis que surge diante de nós uma sombria e sinistra realidade: o Primeiro Comando da Capital, a temida organização criminosa brasileira PCC 1533.
O assustador ataque ao líder PCC Ryguasu em plena capital da República do Paraguai na América do Sul expôs os terríveis planos dos criminosos brasileiros.
Agora, o bando busca expandir suas atividades para a região do Chaco, uma área estratégica para o tráfico de drogas e armas na América do Sul.
Pelo menos é essa a terrível previsão do chefe do Departamento de Investigação de Homicidios da Policia Nacional, Sergio Insfrán.
O Chaco é uma região selvagem, de vastas áreas rurais e de difícil acesso, que oferece a oportunidade perfeita para que organizações criminosas como o PCC se escondam, transportem suas mercadorias ilícitas sem serem detectadas, e façam ataques surpresa aos inimigos onde quer que eles estejam.
Mas por que o grupo criminoso brasileiro estaria interessado nessa empreitada arriscada?
O terrível plano da facção PCC para a região do Chaco
Talvez a resposta esteja na geografia da região, ou em seu potencial como corredor para o tráfico de drogas e outras mercadorias ilícitas.
Ou talvez seja uma questão a guerra entre facções, principalmente com o Comando Vermelho, que também busca controle sobre o tráfico na região.
Mas também, busca se ocultar para fazer ataques de rapina contra os inimigos nativos: clã Clã Insfrán, Clã Rotela, Clã Acevedo, Clã Colón e Clã Orellana.
Seja qual for a verdadeira motivação por trás dos planos do PCC para o Chaco, uma coisa é certa: a atividade criminosa é um mundo complexo e imprevisível, influenciado por fatores que vão desde a política e a economia até as dinâmicas internas das próprias organizações criminosas.
O que nos espera nessa região selvagem e perigosa, só o tempo dirá…
Essa mensagem recebida das trancas de Pernambuco é um grito de socorro que não pode ser ignorado por nenhum de nós.
Após o áudio e a sua transcrição, apresento minha leitura, que de certo não é a mesma que a tua, é muito mais sombria.
PCC de Pernambuco pede ajuda em tranca da oposição
Um forte abraço aí, uma boa noite aí prá nóis.
Quem tá na voz aqui é …
Veja só, que a gente numa situação difícil, que aqui está descabelado, sem aparelho para fazer a conexão, tamo fora da sintonía por isso aí.
Por que altas coisas que está escrita no Estatuto e não está acontecendo não, você entendeu?
É porque irmão, veja só, é por que o que está escrito no Estatuto não está acontecendo em nada, por isso estou fora de sintonía.
Porque tem altos irmãos aí que tem condições, mas só se lembram da barriga deles, entendeu irmão?
Estou dizendo a você, aqui tem o Comando Vermelho, a CLS, tudo inimigos nossos, entendeu?
Tem o Comando Litoral Sul e tem FDN também misturado aqui. Aqui é cheio de lixo mesmo.
Aqui na cadeia que estou, não está favorável não! É pouca quantidade dos irmãos nossos, é mais Comando Vermelho, entendeu?
É mais tumulto, não é qualidade não, é mais tumulto.
Então o que está acontecendo, o que está escrito no estatuto tá acontecendo não, é isso aí, tô descabelado irmão.
Muita guerra eu tive em … através da facção, faz … anos que sou da facção, eu era Geral do Sistema, eu fechei como Geral do Sistema e Geral de Estados e Países, eu fechei nessas duas responsas aí.
Pronto irmão, você faz a anotação aí, pedindo uma ajuda irmão, porque altas cadeias de Pernambuco aqui a gente está sendo oprimidos.
Porque tem muito lixo e os irmão do PCC tem pouco aqui. Em todas as cadeias de Pernambuco está tá expandindo o lixo.
Eu queria que você fizesse um relatório aí dizendo o que está acontecendo nas cadeias de pernambuco, entendeu?
É isso aí que estou dizendo a você, um forte abraço aí uma boa noite para nós aí tamo junto aí viu irmão…
As trancas de Pernambuco e o Brasil
Não passa uma semana sem que eu receba o pedido de ajuda de um irmão ou companheiro que ficou perdido na estrada.
No entanto, estes gritos de socorro hoje chegam com mais constância e lugares de onde antes jamais viriam.
Conheço esses gritos, são os mesmos que eu ouvia quando PCCs eram dizimados no Amazonas, no Acre e em alguns estados do Nordeste.
Primeiro, buscavam sintonía, depois pediam socorro enquanto eram caçados por inimigos, e por fim o silêncio: um a um eram mortos e os que sobreviveram fugiam.
A mensagem da tranca de Pernambuco alerta para o que está acontecendo e sabemos onde essa estrada termina.
Um integrante do PCC cercado por inimigos, há dez anos, mexeria com todos, mas hoje não mais.
O sonho de uma família unida contra a opressão carcerária evoluiu pouco a pouco para se transformar em uma empresa rentável.
Duzentos milhões seriam gastos para resgatar Marcola enquanto irmãos e companheiros são ilhados, esquartejados e decapitados em uma guerra sem esperança.
Tranca de Pernambuco: é o princípio do fim da Família 1533?
Parece que algo aconteceu com o Primeiro Comando da Capital, pois não mais é como foi no passado.
Aparentemente, companheiros, irmãos e lideranças estabelecidas agora só pensam em seus próprios interesses.
Integrantes são abandonados nas regiões mais afastadas e que não dão lucro à facção, resultando em casos de morte por todos os cantos.
O que é mais impressionante é que o grito do irmão de Pernambuco reflete as mensagens que recebo quase diariamente.
Parece que o dinheiro e o poder afastaram os integrantes da Família 1533. Mas agora me pergunto:
O Primeiro Comando da Capital sobreviverá sem sua abrangência nacional?
Esse pode ser o início do fim da Família 1533 e o nascimento de uma empresa?
E o mais importante, qual será o destino dos crias abandonados nas trancas e nas regiões distantes?
Esta é uma situação bastante preocupante, e exige nossa atenção imediata.
É necessário investigar mais a fundo para entender o que está por trás dessas mensagens.
Alguns se preocuparão em como ajudar aos irmãos encurralados.
Outros se preocuparão com o fim da hegemonia das facções criminosas Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho e o caos e o banho de sangue que virá a seguir: dentro e fora do Sistema Carcerário.
Destino traçado. Triste Fim.
Mas, apesar de todos os nossos esforços, não podemos escapar da sombra iminente que paira sobre nossas cabeças.
Lembrando-nos constantemente de um passado com planos e esperanças, mas agora temos apenas certeza da morte.
Sonháva-mos acordados e hoje temos pesadelo com aqueles que foram nossos irmãos mas nos abandonaram no meio dos inimigos.
Pior que a incerteza do futuro é viver um presente sem esperança.
Talvez, em algum lugar escuro e profundo, haja uma resposta para nossas preocupações, mas por enquanto, só nos resta esperar, tremendo de medo diante da escuridão, mas ainda assim, esperando pela luz que um dia virá iluminar nosso caminho para a segurança e felicidade que tanto almejamos.
É isso aí que estou dizendo a você, um forte abraço aí uma boa noite para nós aí tamo junto aí viu irmão.
Parece que os fundamentos do PCC estão desaparecendo aos poucos. poder… é verdade que o PCC é poder, dinheiro, mas para um determinado fim, esse de ajudar os presos, ou até mesmo ajudar o povo na rua. Acho que os fundamentos do PCC estão sendo perdidos e que os mais velhos devem incutir esses valores nos jovens e recém-chegados. Você deve saber que em todo o mundo o PCC é visto como um movimento revolucionário e não como uma organização criminosa, mas isso pode mudar com o tempo se os líderes não tomarem decisões sobre esta situação. que porque haveria muito mais pessoas para ajudá-los, é esse movimento revolucionário que o fez ser ouvido por grandes líderes políticos, e os tornou tão fortes, ouvidos e acima de tudo respeitados pelos outros.
São Paulo fechará 2022 com o mais baixo índice de homicídio do Brasil, aproximadamente 5,2 para cada 100.000 habitantes.
Segundo levantamento do site Insight Crime, São Paulo, se fosse um país, seria tão seguro quanto o Chile e a Argentina com índices: 4,6.
A exceção do Suriname que não possui grupos de crimes organizados expressivos, todas as outras nações sofreram com a guerra entre organizações criminosas.
Em pouco menos de um mês de governo Tarcísio de Freitas as milícias tentam o domino áreas pacificadas pelo Primeiro Comando da Capital.
A tendência para 2023 será o ressurgimento da guerra entre facções criminosas com o aumento da taxa de homicídios que será justificada como combate ao crime.
A taxa de homicídios no Brasil em 2022 é impulsionada pela guerra entre facções criminosas
Brasil: 18,8 por 100.000* (Pop. 214.326.223)
Nos primeiros nove meses de 2022, o Brasil teve uma leve queda de 3% nos homicídios em relação a 2021, com 30.187 homicídios.
A expectativa era terminar 2022 com 40.000 homicídios, marcando uma ligeira queda geral em relação aos 41.069 registrados em 2021 pelo mesmo índice.
Guerra entre facções criminosas como causa
A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.
Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.
O nordeste do Brasil, que há muito é um epicentro da violência da guerra entre grupos criminosos que buscam controlar as rotas do narcotráfico para a Europa, registrou uma queda de 5% nos homicídios.
A Bahia, o maior estado da região, liderou o ranking, mas também teve uma queda geral de 11%, talvez devido aos investimentos em segurança pública.
O Amapá, um pequeno estado do norte, teve uma queda de 34% nos homicídios, provavelmente devido a uma queda natural na violência após um 2021 particularmente sangrento, quando grandes facções criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) lutaram pelo controle do tráfico de drogas contra vários grupos criminosos locais.
Rondônia, estado que faz fronteira com a Bolívia, registrou um aumento de 29% nos homicídios, o maior do país por estar no centro da disputa entre o PCC e seu arquirrival cariocas, o Comando Vermelho (Comando Vermelho – CV), pelo controle da rota hiper lucrativa da cocaína Bolívia-Brasil.
Embora as facções do tráfico de drogas possam ter impulsionado grande parte da violência, a polícia do Brasil, notoriamente ágil no gatilho, também contribuiu.
Enquanto no primeiro semestre de 2022 as mortes causadas pela polícia caíram, milhares de brasileiros continuam sendo mortos pelas forças de segurança.
Em 2021, 84% desses assassinatos cometidos por policiais foram direcionados a negros.
Países da América Latina e do Caribe continuaram a registrar altas taxas de homicídios em 2022.
À medida que a produção de cocaína atingiu novos patamares, a fragmentação das gangues continuou e o fluxo de armas na região se agravou.
A situação no Equador foi absolutamente catastrófica.
Quantidades históricas de cocaína entrando no país alimentaram a violência, com assassinatos disparando à medida que os grupos criminosos atacavam funcionários judiciais e matavam policiais em taxas recordes.
Essa cocaína veio em grande parte da Colômbia, onde o recém-empossado presidente Gustavo Petro prometeu se afastar da guerra contra as drogas em favor dos esforços para alcançar uma “Paz Total” com os grupos rebeldes e criminosos do país.
A mudança da estratégia de combate aos grupos criminosos implementada pelo novo governo colombiano, até agora, porém, os níveis de violência permaneceram estagnados.
Em El Salvador, uma repressão decisiva às organizações criminosas reduziu enormemente a taxa de homicídios, embora à custa de supostos abusos sistemáticos dos direitos humanos.
No Haiti, uma quase total falta de capacidade política permitiu que a violência aumentasse, enquanto os bandos criminais paralisavam a capital do país, Port-au-Prince.
O Caribe se tornou o foco de assassinatos da região
A taxa de homicídios da Jamaica aumentou ainda mais, ainda assim o tráfico de armas continuou, mesmo os criminosos já estando fortemente armados.
As Ilhas Turks e Caicos provaram ser o país mais mortal da região per capita, pois os assassinatos mais que dobraram.
Em 2022 o InSight Crime incluiu nações e territórios menores do Caribe, muitos dos quais tiveram um aumento acentuado nos assassinatos.
Embora cientes de suas populações comparativamente pequenas e números de homicídios, nós os incluímos no ranking abaixo para mostrar como os padrões de violência estão afetando toda a região.
Ilhas Turks e Caicos: 77,6 por 100.000 (Pop. 45.114)
Embora 35 assassinatos possam parecer pouco motivo de preocupação, representam um salto de 150% em relação aos 14 assassinatos ocorridos em 2021 em um país com uma população total de pouco mais de 45.000 habitantes.
Muitos dos homicídios se concentraram no último terço do ano, com 21 homicídios ocorridos entre 3 de setembro e 8 de novembro, culminando com um triplo homicídio em 1º de novembro. ilha mais populosa.
Guerra entre facções Criminosas como causa
Embora os motivos para o aumento da violência permaneçam incertos, o chefe de estado nomeado pelo Reino Unido, Nigel Dakin, disse em um post no Instagram que os grupos criminosos jamaicanos estão “tentando remover toda a competição criminosa no território” usando “níveis sem precedentes de violência direcionada”.
Ele culpou a proximidade das ilhas com vizinhos instáveis “inundados de armas e drogas… onde os criminosos aparentemente conseguem se mover facilmente por toda a região”.
Pela primeira vez em três anos, a ilha caribenha não liderou as tabelas regionais de taxas de homicídios.
Infelizmente, isso tem menos a ver com o sucesso em erradicar a própria violência na Jamaica e mais a ver com taxas terrivelmente altas testemunhadas em outras partes do Caribe.
A Força Policial da Jamaica (JCF) registrou 1.498 assassinatos em 2022, 24 mortos a mais que no ano anterior.
Esse resultado coloca a taxa de homicídios da Jamaica em quase 53 mortos por 100.000, uma alta não vista desde 2017.
Vários fatores influenciam a violência implacável da Jamaica e a aparente incapacidade do governo de detê-la.
O tráfico de armas é desenfreado no país insular, com armas pequenas dos EUA inundando o mercado.
Em fevereiro, o primeiro-ministro Andrew Holness reciclou uma estratégia familiar de reprimir o porte ilegal de armas.
À medida que 2022 chegava ao fim, as ações do governo não reduziram os assassinatos na Jamaica.
Juntamente com as consequências crescentes para os proprietários de armas ilegais, o governo recorreu a outra abordagem testada e comprovada e geralmente nada assombrosa: decretar repetidamente estados de emergência em grande parte da ilha.
Aparentemente sem respostas, a Jamaica recorreu publicamente às Nações Unidas em busca de assistência para reduzir o tráfico de armas no país.
De forma desencorajadora, as apreensões recordes de armas e munições parecem ter feito pouco para virar a maré.
Santa Lúcia: 42,3 por 100.000 (Pop. 179.651)
Um total de 76 assassinatos pode não parecer muito.
Mas para Santa Lúcia, com uma população de pouco menos de 180.000 pessoas, isso o coloca perto do topo do ranking regional.
Em 2021, Santa Lúcia registrou 74 assassinatos, um recorde para a época.
O aumento em 2022 para 76 assassinatos significa que o país quebrou seu recorde de homicídios pelo segundo ano consecutivo e levou a pedidos do Partido Unido dos Trabalhadores para que o primeiro-ministro Philip J. Pierre renunciasse ao cargo de ministro da Segurança Nacional.
Guerra entre facções Criminosas como causa
Ao se tornar um centro de trânsito para a cocaína sul-americana para os EUA e Europa, as gangues locais passaram a disputar a hegemonia criminosa.
Isso foi agravado por um influxo de armas americanas: um homem da Pensilvânia preso em março passado por traficar quase 40 armas para Santa Lúcia.
Funcionários eleitos condenaram a “anarquia em nosso país” e prometeram “penalidades draconianas”, mas poucos detalhes foram divulgados.
Venezuela: 40,4 por 100.000 (Pop. 28.199.867)
As mortes violentas na Venezuela permaneceram relativamente estáveis em 2022 após vários anos de declínio, com a taxa geral caindo apenas 0,5%.
O número inclui homicídios comprovados, homicídios cometidos por policiais, mortes ainda sob investigação e desaparecimentos.
Se os desaparecimentos não forem incluídos no cálculo, a taxa geral cai para 35,3 mortos por 100.000 habitantes.
Houve um total de 10.737 mortes violentas em 2022 ou uma média de 29 por dia.
Cinco dos sete principais estados com as taxas mais altas estão localizados na zona centro-norte do país.
O crime organizado venezuelanos
Entre eles estão Aragua, lar da gangue local mais notória da Venezuela, Tren de Aragua, Miranda, onde gangues ultravioletas dedicadas a sequestros e extorsões tomaram conta de faixas de território, e Caracas.
Grande parte da violência está sendo conduzida não pelos maiores grupos do crime organizado, mas por pequenas gangues de rua predatórias.
A dolarização de fato do país criou grandes oportunidades para as gangues, pois indivíduos e empresas usam dólares americanos para transações em dinheiro, mas não podem depositá-los em contas bancárias nacionais, deixando-os na posse de grandes quantidades de dinheiro que os tornam alvos de roubos.
Das mais de 10.000 mortes violentas registradas no ano passado, aproximadamente 13% resultaram de intervenções policiais.
Entre a violência das gangues e da polícia
Essa alta taxa provavelmente está ligada à violência indiscriminada empregada em operações de segurança na Venezuela, onde a polícia se tornou conhecida por cometer execuções extrajudiciais, conforme documentado por agências internacionais de direitos humanos.
Três dos cinco estados com as maiores taxas de mortes resultantes de intervenções policiais, Aragua, Miranda e Guárico, tiveram operações de segurança em grande escala em 2022, acompanhadas por denúncias generalizadas de abusos de direitos humanos, incluindo execuções extrajudiciais.
Além disso, houve 1.370 denúncias de desaparecimentos em 2022.
Algumas áreas da Venezuela tornaram-se notórias por desaparecimentos ligados a atividades criminosas, sobretudo a região mineradora de Bolívar, onde gangues fortemente armadas, conhecidas como sindicatos, disputam o controle do comércio de ouro.
Esses grupos se tornaram notórios pelo desaparecimento de suas vítimas, como mostra a descoberta de várias valas comuns no final de 2022.
São Vicente e Granadinas: 40,3 por 100.000 (Pop. 104.332)
As razões para a alta taxa de homicídios em São Vicente e Granadinas em 2022 não são tão diferentes dos tradicionais focos de violência da região:
Muito disso está entrelaçado com o comércio de cocaína e outros derivados com retaliação.
primeiro-ministro Ralph Gonsalves
Em novembro, as forças de segurança destruíram 135 quilos de cocaína e 18 toneladas de maconha apreendidas nos últimos três anos.
Traficantes de Trinidad e Tobago, que enfrenta um grande problema de violência causada pelas drogas, estão por trás de algumas dessas importações de cocaína.
A maioria dos mortos são por armas de fogo
O governo trinitário-tobagenses está reunindo aliados regionais para impedir que as armas cheguem dos Estados Unidos.
Os EUA precisam fazer algo sobre … o fácil acesso a armas e a fácil exportação de armas. Eles têm os recursos para nos ajudar nisso.
primeiro-ministro Ralph Gonsalves
Poucos cidadãos e empresas acreditam que a polícia tenha condições de investigar e combater os criminosos e menos da metade dos crimes são denunciados.
Trinidad e Tobago: 39,4 por 100.000 (Pop. 1.525.663)
A taxa de homicídios de Trinidad e Tobago saltou mais de 22% em 2022 em relação a 2021.
Após um ano de derramamento de sangue em que os grupos criminosos da duas ilhas ganharam notoriedade em todo o mundo.
Dados do Serviço de Polícia de Trinidad e Tobago mostram que 502 assassinatos foram cometidos no país entre janeiro e outubro.
Policiais disseram ao InSight Crime que outros 47 homicídios foram cometidos em novembro e mais 52 em dezembro, elevando o total de 2022 para 601.
Este é o maior número de assassinatos no país, muito acima dos 550 registrados em 2008.
As várias razões para o aumento da violência
O assassinato de Anthony Boney, líder de um crupo criminoso muçulmano, quebrou o equilíbrio que havia no mundo do crime trinitário-tobagenses.
O resultado foi a fragmentação caótica das grandes organizações criminosas e grupos menores e muito mais violentos.
Essas facções estão lutando pelo controle das múltiplas economias criminosas do país, incluindo contrabando humano, extração de pedreiras e roubo organizado.
Cerca de 12 mil armas circulam no país
A falta de confiança na polícia é reconhecida por ela mesma, principalmente entre a população mais pobre.
Honduras: 35,8 por 100.000 (Pop. 10.278.345)
Honduras continua como o país mais mortal da América Central em 2022, com uma taxa de homicídios de 35,8 mortos por 100.000 pessoas.
Apesar do resultado, o país conseguiu reduzir os homicídios em 12,7% em relação a 2021, o menor número de homicídios desde 2006.
O presidente Xiomara Castro gerou polêmica perto do final do ano ao implementar uma repressão anti-gangues que prendeu 652 supostos membros de gangues e desmantelou 38 gangues.
Muitas das mortes violentas em Honduras são atribuídas a grupos criminosos conhecidos por tráfico de drogas e extorsão.
O setor de transporte de Honduras tem sido particularmente perseguido por extorsão e violência subsequente, com pelo menos 60 trabalhadores perdendo suas vidas em 2022.
Embora o estado de exceção tenha como alvo esses grupos criminosos, é muito cedo para dizer como a estratégia afetará os homicídios do país.
As Bahamas terminaram 2022 com 128 assassinatos, quando o comissário de polícia Clayton Fernander, que esperava terminar o ano com menos de 100 homicídios.
Guerra entre facções Criminosas como causa
O país continua como centro de tráfico de cocaína, e em março, o governo admitiu que há disputa pelo narcotráfico na ilha de New Providence.
Chegando em 2023, o governo do primeiro-ministro Philip Davis está enfrentando uma reação negativa.
A oposição baamesa critica a política pública pelo aumento dos crimes: tráfico de drogas, e assaltos e homicídios com o uso de armas de fogo.
O governo por sua vez afirma que são criminosos libertados sob fiança que voltaram a cometer crimes.
Colômbia: 26,1 por 100.000 (Pop. 51.516.562)
Os 13.442 homicídios registrados em 2022 pela Polícia Nacional da Colômbia deram ao país uma taxa de homicídios de 26,1 por 100.000 no ano, ligeiramente abaixo dos 26,8 por 100.000 em 2021.
Talvez não surpreendentemente, os homicídios foram maiores em regiões onde predominam os grupos armados, de acordo com um relatório da Universidad Externado de Colombia.
Os departamentos de Arauca, Putumayo, Cauca, Chocó, Guaviare e Valle del Cauca tiveram a maior concentração de homicídios.
Guerra entre facções Criminosas como causa
A maioria desses departamentos são corredores estratégicos do narcotráfico sobre os quais grupos criminosos lutam pelo controle e pelas receitas do crime.
Desde o início de 2022, o Exército de Libertação Nacional (Ejército de Liberación Nacional – ELN) e grupos mafiosos das ex-FARC travam uma sangrenta batalha pelo controle de Arauca, no sul do país, ao longo da fronteira com o Equador, Peru e Brasil.
Os assassinatos de líderes sociais continuaram inabaláveis em 2022.
Até dezembro do ano passado, 33 líderes sociais foram assassinados em Nariño, enquanto outros 25 foram mortos em Cauca.
O ELN e a ex-máfia das FARC estão presentes em ambos os departamentos, assim como as Autodefesas Gaitanistas da Colômbia (Autodefesas Gaitanistas de Colombia – AGC), também conhecidas como Urabeños ou Clã do Golfo (Clan del Golfo).
O presidente Gustavo Petro chegou ao poder com ambições de “Paz Total”.
Vários grandes grupos armados assinaram um cessar-fogo bilateral que deve vigorar nos primeiros seis meses de 2023, embora o ELN seja uma ausência notável.
Resta saber como a medida vai se desenrolar.
Equador: 25,9 por 100.000 (Pop. 17.797.737)
Pelo segundo ano consecutivo, o Equador teve uma das taxas de homicídios que mais cresceram na região.
Guerra entre facções Criminosas como causa
Em 2022, o país foi dilacerado por grupos criminosos que brigavam por quantidades impressionantes de cocaína vindas da Colômbia e registraram 4.603 assassinatos.
Isso representa um aumento de algo em torno de 82% e 86,3% em relação ao ano anterior, de acordo com a base de cálculos.
Os especialistas atribuem a culpa diretamente à violência associada ao narcotráfico. Isso é amplamente correto.
Choneros e Lobos na disputa
Duas organizações criminosas, Choneros e Lobos, reuniram em torno de si aliados para disputarem o mercado criminoso com extrema violência.
]O foco é dominar áreas de controle da infraestrutura do narcotráfico, incluindo o porto marítimo de Guayaquil, o epicentro da violência no país, e Esmeraldas, uma província que faz fronteira com a Colômbia e é um centro de trânsito de drogas.
Em Esmeraldas os assassinatos atingiram um novo recorde, com corpos sendo deixados pendurados em pontes e assassinatos em larga escala ocorreram em todo o país.
Grupos menores, mas altamente organizados, estão aparecendo agora, esculpindo brutalmente sua própria fatia do bolo do narcotráfico.
O tráfico de armas está aumentando constantemente, com armas semiautomáticas, revólveres e munições inundando o país, principalmente dos Estados Unidos e do Peru.
E a influência do crime organizado mexicano e colombiano apenas estimula ainda mais a violência.
Com uma ligeira queda nos homicídios em 2022, os homicídios no México ultrapassaram 30.000 pelo quinto ano consecutivo.
No ano passado, ocorreram menos 30.968 homicídios, ou 85 por dia, além de 947 feminicídios — valores são calculados separadamente.
Somando 31.915 assassinatos, 25,2 por 100.000 habitantes, uma ligeira queda em relação à taxa de 2021.
Quase 50% desses assassinatos se concentraram nos mesmos seis estados de 2021: Guanajuato, com 3.260, Baja California, Chihuahua, Jalisco, Michoacán, o estado do México.
Guerra entre facções criminosas como causa
Há muito tempo os estados fronteiriços de Baja California e Chihuahua convivem com a violência dos grupos do crime organizado que disputam o controle das rotas do narcotráfico para os Estados Unidos.
Já Jalisco está localizada ao norte de Michoacán e Colima, cujos portos – Lázaro Cárdenas e Manzanillo – são pontos de chegada de precursores químicos da Ásia necessários para a produção de drogas sintéticas.
Belize: 25 por 100.000 (Pop. 400.031)
Belize encerrou 2022 com 113 assassinatos, uma queda em relação aos 125 em 2021, para uma taxa de homicídios de 25 por 100.000 pessoas.
O comissário de polícia Chester Williams disse à mídia local que o país agora saiu da lista dos dez países mais assassinos do mundo.
No entanto, o governo americano alerta que muitos dos crimes violentos em Belize ocorreram no lado sul de Belize e estão “relacionados a gangues”.
Os crimes violentos, incluindo assaltos à mão armada, são “comuns mesmo durante o dia e em áreas turísticas”.
Porto Rico: 17,4 por 100.000 (Pop. 3.263.584)
O território dos EUA viu uma queda bem-vinda na violência em 2022, registrando 567 homicídios, ante 616 em 2021, segundo a mídia local.
A disponibilidade de armas de fogo continua sendo um problema para as autoridades de Porto Rico, com crimes relacionados a armas permanecendo muito mais altos do que nos estados dos EUA e em outros territórios.
Traficantes ilegais de armas trouxeram milhares de armas para o país, enquanto a Lei de Armas de Porto Rico de 2020 tornou a obtenção e o porte legal de uma arma de fogo muito mais fácil.
E o tráfico de cocaína, responsável por grande parte da violência no território, continuou em ritmo acelerado com apreensões maciças feitas regularmente em 2022.
Os 3.004 homicídios registrados na Guatemala em 2022 deram ao país uma taxa de homicídios de 17,3 por 100.000 habitantes.
Foi um aumento de 5,7% em relação aos 2.843 homicídios registrados no ano passado.
De acordo com a ONG de Direitos Humanos, Grupo de Apoio Mutuo – GAM, foram 3.609 assassinatos, houve um aumento de 7% nos homicídios entre janeiro e outubro de 2022.
As descobertas do GAM também revelaram um salto preocupante no número de vítimas de assassinato que apresentaram sinais de tortura, de 104 em todo o ano de 2021 para 164 nos primeiros 10 meses de 2022.
Guerra entre facções criminosas como causa
A atividade criminosa provavelmente está por trás desses aumentos.
Em outubro, pelo menos sete pessoas foram mortas a tiros na piscina de um hotel em El Semillero, na costa do Pacífico da Guatemala, e o crime estaria relacionado ao Barrio 18.
Também em outubro, cinco nicaraguenses foram encontrados mortos com as mãos amarradas nas suas costas no município de Atescatempa.
Barbados: 15,3 por 100.000 (Pop. 281.200)
Assim como em seus vizinhos caribenhos, a pronta disponibilidade de armas de fogo foi responsabilizada por um aumento acentuado nos assassinatos em Barbados em 2022.
Dos 43 homicídios registrados, mais de 75% foram cometidos com armas de fogo.
Isso apesar da polícia de Barbados alegar sucesso em uma campanha contínua de recuperação de armas, com 75 armas apreendidas até setembro de 2022.
Isso foi superior às 36 recuperadas em todo o ano de 2021.
Um aumento persistente nos assassinatos, apesar de mais armas serem coletadas, só pode significar uma coisa: muitas armas estão entrando em Barbados.
Em junho, três homens americanos foram condenados por enviar pelo menos 30 armas de fogo para Barbados por meio de serviços de correio.
Em setembro, o comissário de polícia de Barbados confirmou que o Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) dos EUA estava trabalhando com Barbados para conter o fluxo de armas.
Mas há uma confusão persistente sobre o cenário do crime organizado do país, apesar de seu tamanho modesto.
Em uma entrevista para a televisão em novembro, o membro do gabinete de prevenção ao crime, Corey Lane, afirmou que havia apenas duas gangues em Barbados e não 52, como afirmam algumas fontes não especificadas.
O Panamá conseguiu reverter sua tendência recente de aumentar gradualmente os assassinatos.
Os 501 homicídios registrados em 2022 representam uma queda de 8,9% no número de homicídios em relação aos 550 de 2021.
Antes de 2022, a taxa de homicídios do país vinha subindo lentamente, de 9,6 por 100.000 em 2018 para 12,8 por 100.000 em 2021.
Enquanto alguns países continuaram a adotar uma abordagem militarizada para combater o crime, a polícia do Panamá adotou uma estratégia diferente.
O diretor da polícia nacional do Panamá, John Dornheim, destacou a importância de a aplicação da lei incorporar soluções tecnológicas e contar com informações.
“Você não persegue o crime com músculos, persegue-o com inteligência”
John Dornheim
A decisão parece estar valendo a pena, com um quarto das acusações contra suspeitos de homicídio ocorrendo graças à vigilância por vídeo.
Ainda existem áreas problemáticas
Com cerca de 7% da população, a província costeira de Colón foi responsável por 21% dos assassinatos — taxa de homicídios próxima à de Honduras.
Assassinatos indiscriminados ligados ao crime organizado na província resultaram em homicídios em hospitais e escolas, disputas territoriais e aumento do desemprego também estão entre as causas das mortes que assolam a região.
Guerra entre facções criminosas como causa
Colón detém o ponto de entrada do Atlântico para o Canal do Panamá e é um ponto crucial para a logística do tráfico de cocaína.
O país quebrou novamente seu recorde anual de apreensão de drogas, em meio a notícias de que atuava como um importante centro de envio de cocaína para uma coalizão de grandes traficantes de drogas na Europa.
O principal traficante de drogas do Panamá, Jorge Rubén Camargo Clarke, chefe da federação de gangues de Bagdá, foi preso em fevereiro de 2022, mas os números não sugerem que tenha ocorrido uma luta sangrenta pelo controle do mercado entre os rivais.
Uruguai: 11,2 por 100.000 (Pop. 3.426.260)
Houve 383 homicídios registrados no Uruguai em 2022, um aumento de 25% nos homicídios de 2021, que reverte alcançada em 2021.
Os cálculos do InSight Crime mostram um aumento ligeiramente maior de 27,6%.
Guerra entre facções criminosas como causa
O presidente Luis Lacalle Pou colocou diretamente a culpa pelo aumento da violência nos confrontos de gangues relacionados ao tráfico de drogas.
As brigas entre grupos criminosos pelo controle do tráfico de drogas em Montevidéu, capital do país, parecem ter aumentado.
Em junho, a polícia uruguaia informou ter identificado até 45 clãs familiares criminosos em Montevidéu e, em novembro, tiroteios entre alguns desses clãs confinaram moradores de Villa Española e Peñarol em suas casas.
Uruguai na rota das drogas
Essas gangues também foram cruciais para o crescente perfil do Uruguai como nação de trânsito para o comércio de cocaína.
As conexões com o Brasil, Paraguai e Argentina têm visto uma maior quantidade de drogas fluindo pelo Uruguai, trazendo maiores índices de violência criminal.
Enquanto isso, o surgimento do Primeiro Cartel Uruguaio (Primer Cartel Uruguayo – PCU), liderado pelo misterioso narcotraficante Sebastián Marset, aumentou a pressão sobre as forças de segurança do país e levantou a tampa da corrupção generalizada nas fileiras políticas do país.
Paraguai: 8 por 100.000* (Pop. 6.703.799)
Foram 489 homicídios entre janeiro e novembro de 2022, o que levará a superar a taxa de 2021 de 7,4 para 100.000 habitantes.
Guerra entre facções criminosas como causa
O ano passado viu mais da mesma violência, já que assassinatos de alto escalão e assassinatos entre gangues pareciam encerrar o ano.
A disputa entre Primeiro Comando da Capital e o clã local Rotela monopolizaram as mortes na disputa pelo domínio territorial dos corredores de tráfico de drogas e armas, particularmente a província de Amambay, no Paraguai, na fronteira leste com o Brasil.
Gangues menores e clãs familiares também contribuem para os assassinatos nas áreas mais violentas do Paraguai.
O conhecido Clã Insfrán teria sido ligado ao assassinato em maio de 2022 do promotor paraguaio Marcelo Pecci.
A violência do país é ajudada em parte pelo fato de que armas e munições fornecidas aos militares acabam rotineiramente nas mãos de organizações criminosas.
O papel ascendente do Paraguai como um nó-chave no drogoduto de cocaína da Europa significa que o conflito entre as principais gangues do país provavelmente continuará a transbordar.
Foram 495 homicídios em 2022 contra 1.147 no ano anterior, mantendo uma tendência de baixa desde 2015, quando o índice era de 103 por 100.000 habitantes, o que fazia de El Salvador o país mais violento do Hemisfério Ocidental.
A queda nos assassinatos no ano passado ocorreu em meio a uma das repressões anti-gangues mais brutais já vistas na América Latina.
Um violento assassinato de gangues em março que custou 87 vidas respaldou a política de forte repressão aos grupos criminais do presidente Nayib Bukele.
O governo alavancou poderes de emergência para atacar as principais gangues de rua do país, a MS13 e a Barrio 18, prendendo cerca de 60.000 pessoas, ou quase 2% da população adulta no processo.
Os resultados foram surpreendentes, com assassinatos e extorsões caindo drasticamente. A repressão forçou as gangues a se esconderem, embora continuem bem armadas.
Suriname: 7,7 por 100.000 (Pop. 612.985)
O menor país sulamericano registrou 47 assassinatos entre janeiro e meados de dezembro de 2022 — taxa de 7,7 por 100.000 habitantes.
Este é um aumento acentuado em comparação com os 32 assassinatos registrados em 2021, mas inferior aos 54 registrados em 2020.
O aumento da taxa de homicídios pode ser em decorrência do papel do Suriname como país de trânsito para a cocaína.
O presidente Chandrika Persad Santochi disse ao InSight Crime em outubro de 2022 que o tráfico de drogas afetou seriamente o crime violento no Suriname.
Especialistas identificaram o tráfico de cocaína como a maior ameaça à segurança nacional do Suriname e responsável por alguns dos eventos mais violentos recentes.
Em julho de 2021, três corpos carbonizados foram encontrados no oeste de Paramaribo, capital do Suriname. Um dos supostos autores do crime declarou que foi morto em relação à apreensão de cerca de 1 tonelada de cocaína pelas autoridades.
Mas em comparação com seus vizinhos, principalmente no Caribe, o Suriname tem uma baixa taxa de homicídios.
Um dos fatores que possivelmente explicam a diferença entre o Suriname e países como Jamaica, Trinidad e Tobago e Santa Lúcia é que o Suriname não possui gangues urbanas sofisticadas.
Nicarágua: 6,7 por 100.000 (Pop. 6.850.540)
A total falta de dados confiáveis ou relatórios sobre homicídios na Nicarágua, mais uma vez, dificulta um levantamento de homicídios para o país.
Fontes oficiais colocam a contagem de homicídios no país em 460, mas esses números “não são confiáveis”.
A falta de transparência do país parece improvável que mude em breve.
Em novembro de 2022, o presidente Daniel Ortega conquistou um quarto mandato em uma eleição duramente criticada pela comunidade internacional.
O presidente dos EUA, Joe Biden, chamou de “eleição de pantomima”. Durante o governo de Ortega, 160 jornalistas foram forçados ao exílio.
Chile: 4,6 por 100.000 (Pop. 19.493.184)
Os homicídios cresceram mais de 32% no Chile em 2022 em relação a 2021, marcando o ano como um dos mais mortais do país.
Os números da polícia mostram que 960 assassinatos foram cometidos no ano passado, em comparação com 726 no ano anterior.
A região norte de Tarapacá viu novamente a criminalidade elevar as taxas de homicídio a novos patamares, enquanto o contrabando de migrantes controlado pela mega-gangue venezuelana Tren de Aragua emergiu como uma séria ameaça à segurança nacional.
O tráfico de drogas no país cresceu, o roubo de cobre se expandiu e as máfias madeireiras que controlam a extração ilegal de madeira se tornaram mais violentas.
Embora o aumento de assassinatos seja alarmante, as autoridades alertaram que o retorno às regulamentações e à vida pré-pandêmica favoreceu o aumento da criminalidade, que foi artificialmente baixo em 2020 e 2021.
Os aumentos registrados em 2022 são irregulares porque, à medida que a vida cotidiana foi retomada , o número de crimes ocorridos também normalizou para antes da pandemial.
coronel Gutiérrez, comandante da polícia militar do Chile
O Chile com 4,6 homicídios para 100.000 habitantes continua entre as nações menos violentas da América Latina.
A Argentina normalmente publica suas estatísticas anuais de crimes em abril do ano seguinte.
Em 2021, o Ministério da Segurança registrou 2.092 assassinatos, para uma taxa de homicídios de 4,6 por 100.000 habitantes, continuando sua tendência de queda nos assassinatos desde um ano particularmente violento em 2014.
Guerra entre facções criminosas como causa
Certos focos de violência, porém, são acessíveis, principalmente na província de Santa Fé.
Na Santa Fé, que abriga a cidade de Rosario, 406 pessoas mortas em 2022, o maior número desde 2015, elevando a taxa de homicídios da província para 11,31 por 100.000.
O ano sangrento de Rosario cativou as manchetes, dado o fato de que sua taxa de homicídios quadruplica a média nacional.
Uma rivalidade entre gangues locais de tráfico de drogas, os Monos e o Clã Alvarado, alimenta grande parte dos assassinatos da cidade.
A leste de Santa Fé, a província de Entre Ríos registrou seu terceiro ano consecutivo de redução de homicídios, com as autoridades elogiando uma postura dura contra o narcotráfico como a chave para o sucesso.
O tráfico de cocaína de fato tem aumentado na província, mas as autoridades locais intensificaram os esforços para combater os traficantes na esperança de evitar uma nova queda na violência.
Bolívia: N/A (Pop. 12.079.472)
As autoridades bolivianas não divulgaram estatísticas oficiais de homicídios nos últimos três anos, mas os interesses criminosos de grupos locais e regionais – particularmente em relação à expansão da capacidade de produção de cocaína da Bolívia – garantiram que a violência continuasse.
Guerra entre facções criminosas como causa
Em fevereiro do ano passado, o assassinato de dois traficantes de drogas brasileiros no departamento de Santa Cruz destacou a ameaça contínua do Primeiro Comando da Capital do Brasil (Primer Comando Capital – PCC) e rival, companheiro de gangue brasileira, o Comando Vermelho CV, para a Bolívia. Santa Cruz é um importante centro de tráfico de cocaína sendo contrabandeada para o Brasil ou Paraguai da Bolívia e do Peru.
Em julho do ano passado, o povoado de Porongo, na periferia de Santa Cruz de la Sierra, capital do departamento de Santa Cruz, foi palco de uma violência incomum contra policiais na Bolívia.
Três foram mortos a tiros depois de tentar prender um homem local. O suspeito do assassinato era genro de um narcotraficante local.
A violência das gangues causou a morte de 2.183 pessoas em 2022, um aumento de 35,2% em comparação com o ano passado.
Mas esses números quase não fazem sentido.
A catástrofe de segurança na ilha atingiu níveis sem precedentes que acredita-se que nenhum funcionário eleito em nível nacional permaneça lá.
Desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, evaporou-se qualquer influência política que pudesse conter as gangues do país.
A guerra de gangues que antes se opunha às duas maiores organizações criminosas do país, G9 e G-PEP, se dissolveu ainda mais em uma colcha de retalhos de guerras territoriais ao redor da capital, Porto Príncipe, que viu a maior parte dos assassinatos, incluindo execuções sumárias e adolescentes portando armas de nível militar.
Os sequestros mais que dobraram. A violência sexual e o estupro também são comuns.
Acho que é a primeira vez que vimos esse nível de ilegalidade, esse nível de violência de gangues em que a vida das pessoas não importa.
Cécile Accilien, professora de estudos haitianos na Kennesaw State University
Peru: N/A (Pop. 33.715.471)
O Peru não divulgou números oficiais de homicídios para 2022 e os números do Ministério da Saúde parecem não ter base na realidade histórica.
Segundo o Ministério da Saúde houve 1.307 assassinatos — uma taxa de homicídios de apenas 3,9 por 100.000 habitantes.
Em 2021, houve 2.166 mortes — uma taxa de 6,6 por 100.000, um aumento em relação a 2020, mas ainda menor do que em qualquer ano desde 2013.
Embora o governo tenha declarado vários estados de emergência com o objetivo de combater a criminalidade em Lima, mas os corpos continuaram se acumulando.
No início do ano, um legista disse à TV Perú que os assassinatos em partes da capital dobraram ou até quadruplicaram.
Guerra entre facções criminosas como causa
Em outros lugares, uma série de assassinatos resultantes de gangues que lutam pela mineração ilegal em La Libertad, uma região na costa oeste, levou as autoridades a impor estado de emergência.
Quatro líderes de comunidades indígenas que se opunham à mineração ilegal e ao tráfico de drogas foram mortos em uma única semana de março.
Em meio à agitação social após a deposição do ex-presidente Pedro Castillo em dezembro, a Procuradoria-Geral de Ayacucho confirmou que havia aberto investigações de homicídio contra militares e chefes de polícia após a morte de manifestantes.
*As estimativas para esses países são projeções. Os dados do ano inteiro não estavam disponíveis para esses países no momento da publicação. As taxas de homicídio calculadas pelo InSight Crime são baseadas nos melhores dados de homicídio disponíveis e na população estimada do país para 2021, de acordo com o Banco Mundial. Quaisquer pontos de dados não calculados por este método foram atribuídos às suas fontes. Esta lista será atualizada à medida que mais dados estiverem disponíveis.
**Parker Asmann, Douwe den Held, Alex Papadovassilakis e Juan Diego Posada contribuíram para este artigo.
A paz entre ladrões só pode vir de dentro para fora
Aqueles criminosos conheciam e se fizeram ser respeitados nas comunidades em que estavam inseridos: nas carceragens, nas comunidades periféricas e no mundo do crime.
Assim, um modo específico de gestão do uso da violência nas interações entre a polícia e o crime é estabelecido. Não existe agressão física, tampouco troca de tiros ou enfrentamento, mas um conflito ‘contido’ inserido numa esfera de interação discursiva voltada ao alcance de acordos financeiros.
Indaiatuba SP: um exemplo prático da paz entre ladrões
Edgar Allan Poe ensinava que existia uma forma correta para se açoitar uma criança: devia ser da esquerda para a direita.
O escritor explica a razão:
Todas as pancadas devem ser na mesma direção para lançar para fora os erros, mas cada pancada na direção oposta, soca para dentro os erros.
Talvez ele tenha razão.
Apesar das surras impostas pela sociedade, o tráfico de drogas e o crime se mantêm fortes e robustos.
Passamos pelo Regime Militar e pela Redemocratização e, com lágrimas nos olhos, vejo que não há mais esperança para o problema: falhamos.
Açoitamos a criança em todos os sentidos, e não em uma única direção como Allan Poe orientou.
E em rebento crescido não haverá açoite que possa ser dado pelo sistema policial e jurídico que surta qualquer efeito, o mal feito está feito.
Só nos cabe abaixar a cabeça e apreciar a divisão dos despojos entre os criminosos que se organizaram e se fortaleceram sob nossos próprios açoites.
continua após o mapa…
Diálogo entre ladrões: assim fundiona a paz entre ladrões
Esse diálogo trocado sobre um conflito no Morada do Sol demonstra como a organização criminosa gere os conflitos de maneira natural e com profundo conhecimento:
Edson Rogério França, o “Irmão Cara de Bola”, “Torre” da organização criminosa em Indaiatuba conversa com Willian do bairro Morada do Sol.
Willian Neves dos Santos Vieira, o “Irmão Sinistro”, é soldado da facção criminosa e morador da rua Custódio Cândido Carneiro no bairro:
— O espaço que tem lá na rua 59 é bom, é meu e do Mateus, tá ligado irmão? O irmão Matheus, conhece o Matheus? — pergunta Sinistro.
— Não, não conheci. Você fala o do trailer?
— Não irmão, lá embaixo na 59, lá embaixo, no trailer é o Marcelo, é outro menino, inclusive ele pega mercadoria de ti. — explica Sinistro.
— Não, de mim não. — se defende Cara de Bola.
— O sol brilha para todos, tenho este espaço lá há mais de treze anos. Agora, um menino meu estava precisando de uma força e eu ajeitei um canto para ele fazer a caminhada, e o Cláudio agora está ameaçando matar a mulher dele. Pô, o Cláudio é prá cá, eu sou mais prá lá, pro fundão, sou lá do lado da rua 80 e da rua 78. Já o TG do CECAP é firmeza.
Tribunal do Crime do PCC – o mediador aceito
Eu não conheço o Cláudio, portanto eu não posso afirmar que ele tenha sido açoitado quando criança do lado certo ou errado.
O que sei é que ele também negocia as drogas do Primeiro Comando da Capital e, portanto, deve ter tido as mesmas aulas que os outros criminosos.
Cláudio teve que prestar contas de sua atitude. Ele já estava sem saber em análise por suas atitudes.
Outro dia ele foi mostrar uma pedra de crack para Keiti Luis Von Ah Toyama, o “Irmão Japa”, mas este não gostou, disse que era um pouco melada.
Cláudio explicou que é a mesma que não é a da boa, é da comercial, a mesma que vende em suas lojas:
— Se quer quer, se não quer não quer, é R $10,50 a grama, é pegar ou largar.
Seja como for, as crianças cresceram e aprenderam a brincar sozinhas, agora não adianta mais bater do lado certo e nem reclamar o leite derramado.
Cláudio foi julgado por quem obteve o direito de impor as regras naquele local aproveitando a omissão do Estado.
O banda criminal los Choleros disputa o estratégico eixo de tráfico de drogas do Departamento boliviano de Pando com o Primeiro Comando da Capital (PCC 1533) e facção carioca Comando Vermelho (CV).
Pando faz fronteira com o Acre, Rondônia, e Peru, além de dar acesso ao centro da Bolívia — controlar essa rota reduz o custo do tráfico devido ao menor risco de perda da liberdade, de investimentos e de vidas.
A capital Cobija se localiza ao lado dos núcleos urbanos brasileiros de Brasiléia e Epitaciolândia, e as organizações lutam também para tomar o controle do comércio local, como ilustra artigo do El Dia:
Essa ação coroou a tentativa do controle hegemônico do mercado ilegal paraguaio por parte da facção PCC 1533, mas acabou criando dificuldades além das previstas para o grupo paulista.
Inicialmente, o Primeiro Comando da Capital uniu-se a um grupo desmembrado da Família do Norte, denominada a Cartel do Norte (CDN), para eliminar os crias que resistiam da facção Comando Vermelho e do que sobrou da FDN.
E do outro lado da fronteira de Pando, na Bolívia, o grupo local Choleros tomasse coragem e fôlego para enfrentar de igual para igual e ao mesmo tempo os dois mais importantes grupos criminais do Cone Sul.
Na ocasião, a Brigada Parlamentar e o Comando da Polícia Departamental do Departamento de Pando apresentaram um plano para ação conjunta de combate aos grupos criminosos.
A ideia era localizar criminosos e controlar áreas de fronteira com o Brasil impedindo a presença de criminosos brasileiros em Cobija.
O recrutamento de menores de idade por criminosos já era conhecido e foi considerado uma das prioridades:
“É preocupante que menores de idade estejam envolvidos em atos criminosos, são bolivianos comandados por brasileiros que estão à frente das quadrilhas”.
Deputada Ariana Gonzales (MAS) presidente da Brigada Parlamentar Pando
No entanto, passado quase um ano, todos os problemas apontados parecem apenas que se agravaram.
O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.
Agora se sabe, a chacina do Boqueirão das Araras em Caucaia no Ceará no qual cinco homens foram mortos e duas mulheres ficaram feridas foi um ataque tomar o controle de pontos de drogas.
Domingos Costa Miranda, líder de uma facção, teria planejou e executou o ataque com outros cinco criminosos para assumir o controle do grupo criminoso após a prisão do antigo líder, dos quais os mortos seriam seus aliados fiéis.
Após a prisão, Miranda afirmou que os mortos seriam, na verdade, ex-integrantes da facção que ele lidera e mudaram de camisa, passando a ameaçar a vida de seus crias.
Miranda já estava sendo investigado por estar disputando as biqueiras de São Miguel I, São Miguel II e Beco do Fumaça, na periferia de Caucaia. — fonte: Luciano Cesário para O Povo
O grupo criminoso Primeiro Comando da Capital, assim como as bruxas e o comunismo, é utilizado para que grupos políticos, que estão no poder ou desejam chegar a ele, criem um ambiente de terror com alguma finalidade específica.
Aparentemente é o que voltou a acontecer agora na Bolívia, onde parte do governo do presidente Luis Arce deseja facilitar a ação no país da Drug Control Administration (DEA), apesar de há muito a facção PCC 1533 ter caído no esquecimento pela população boliviana.
Os números do Google Trends não deixam dúvidas de que o fantasma está sendo alimentado artificialmente para então poder ser combatido.
O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.
Quem se opõe a essa narrativa para justificar uma intervenção americana no país, que no geral não acaba bem, é o vice-ministro de Substâncias Controladas, Jaime Mamani Espíndola, que afirma que se fosse significativa a presença da facção paulista no país as autoridades não poderiam circular livremente como o fazem.
Quem apoia e alimenta essa narrativa e pede a presença do DEA, que no geral acaba trazendo dólares para o país e holofotes para políticos e agentes do Estado através de políticas de “intercâmbio”, é a oposição de direita que há poucos anos tentou tomar o país a força e a Comunidad Ciudadana (CC), uma coligação política de centro liderada pelo ex-presidente Carlos Mesa.
O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.