A morte do CV seria vingança pelo ataque ao PCC?

A morte chegou de surpresa na madrugada para levar o integrante do Comando Vermelho.

Em sua casa na Vila Horizonte em Tangará da Serra em Mato Grosso, dormia com a mulher quando foi surpreendido por dois homens com capacete invadindo sua casa.

Foi ao encontro dos invasores que estavam na sala, mas eles começaram a atirar. Sua mulher entrou em um quarto com sua a mãe e as crianças, enquanto ele se trancou no seu quarto, mas os homens arrebentaram a porta e mataram-no. — Minuto MT

Acredita-se que os assassinos eram do Primeiro Comando da Capital e o ataque pode ser represália a tentativa dos CVs da cidade de matar um PCC há alguns dias:

Na ocasião, o integrante da facção PCC foi encontrado amarrado na MT-358, zona rural de Tangará da Serra, e mesmo tento levado três tiros na cabeça e recebido pauladas por todo o corpo, sobreviveu e disse que tomou um ‘salve’ dos crias do Comando Vermelho. — Mario Andreazza para o Repórter MT

Comunidade dominada pelo CV teme ataque de PCCs e seus aliados

A morte de Cláudio, Gabriel e Thiago no bairro Teixeirão em Porto Velho em Rondônia está levando pânico a comunidade dos predinhos do Residencial Orgulho do Madeira que fica a 5 quilómetros, mas que é ninho do Comando Vermelho.

Rondônia é um estado estratégico como porta de entrada para as drogas vindas da Bolívia e do Peru, e é disputado palmo à palmo pelo Primeiro Comando da Capital e seus aliados locais Bonde dos 13 e Primeiro Comando Panda, contra o Comando Vermelho e que sobrou da Família do Norte. — NewsRondônia

O cadastro do PCC em Deodápolis troca tiros e morre

O irmão Das Trevas dominava a pequena Deodápolis em Mato Grosso do Sul.

Ele não só mantinha suas biqueiras como entregava mercadoria para quem não tinha como investir, ele também que cuidava do cadastro e da sintonia do Primeiro Comando da Capital na quebrada.

A Operação Narco Brasil foi para cima dele, só que Das Trevas recebeu os policiais com seu 38, mas levou a pior. A polícia encontrou com ele 81 papelotes de crack e 30 gramas de cocaína. — Renata Portela para o MidiaMax

Carro com escolta é parado e carregava 400 quilos de maconha

Bagunçado demais chama a atenção, mas certinho de mais também chama.

Os policiais desconfiaram de três carros que seguiam untos pela Rodovia Regis Bittencourt. Talvez fossem famílias felizes indo passear, mas talvez fossem criminosos que iam fazer algum serviço.

Pararam os três carros em Barra do Turvo e começaram a tirar drogas de dentro deles, de trás do banco, do bagageiro, sob o piso e no forro, não parava mais de achar tabletes de maconha, foram 400 quilos no total.

Conversa vai, conversa vem, o casal do carro com as drogas confirmou que os outros estavam envolvidos e todos foram presos e os carros foram recolhidos. — Alisson Henrique para o Brasil 123

Integrante do Primeiro Comando da Capital troca de camisa e morre

Alanzinho corria com o Primeiro Comando da Capital em Manaus no Amazonas, mas aí, por seus motivos, trocou de camisa e entrou para o Comando Vermelho. Descoberto, deu linha na pipa e caiu para o interior.

Não aguentou ficar longe da capital e voltou para o Jorge Teixeira na Zona Leste. Adivinha quem estava esperando ver ele de volta? Uma moto com dois cabras que deram a ele um salve de oito tiros.

Virou manchete no Portal do Zacarias: o soldado do tráfico Alan Pinto da Silva, 22, vulgo “Alanzinho”, ser executado com oito tiros na Rua dos Lírios.

PCC que participou de mega assalto é libertado

Wagner é acusado de ser integrante do Primeiro Comando da Capital, mais do que isso, a polícia afirma que ele é um dos que participaram do mega assalto do Banco do Brasil de novembro de 2018 que limparam 100 milhões de Reais dos cofres.

Vinte e sete criminosos do “Zé Lessa”, José Francisco Lumes, tomaram de assalto a cidade de Bacabal no Maranhão com bombas e fuzis, deixaram para trás além dos cofres vazios, carros queimados e um morador morto.

A Justiça mandou soltar Wagner, possivelmente por ter vencido o prazo da prisão provisória. — Portal do Guanaré

A facção PCC e as eleições 2022

Em ano de eleição, eu coloco minhas barbas de molho e quem tiver que se preparar se prepara, porque a eleição de 2022 começou mais cedo.

Há dez anos acompanho as notícias sobre a facção e não muda: em ano de eleição sempre os candidatos ligados aos apresentadores de televisão, entre outros, querem arrancar votos sambando no nome do Primeiro Comando da Capital.

O PCC garante votos e poucos sabem tão bem disso quanto os bolsonaristas que já estão colocando suas garras de fora.

Semana passada foi o sargento Fahur defendendo o enforcamento em praça pública de PCCs e essa semana voltou para a prisão o deputado federal Daniel Silveira, aquele que quebrou a placa da Marielle Franco.

O bombado bolsonarista acabou caindo por chamar o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de “Xandão do PCC”. — Matheus Teixeira e Marcelo Rocha para a Folha de S. Paulo

O uso da facção como argumento político fica claro quando analisamos as buscas feitas nos últimos 10 anos. Em 2019, com as eleições nacional e estaduais, mesmo não havendo ataques da facção, o índice de busca ficou muito acima da média. — Google Trends

Polícia, políticos ligados ao Bolsonaro e a programas policiais na TV farão de tudo para aumentar sensação de insegurança, pois quanto maior for: mais seus candidatos terão chances de vitória. Foi assim em 2016 e em 2018. Rícard Wagner Rizzi

Em 1989, alguns homens sequestraram um empresário e o boato que estariam ligados ao Partido dos Trabalhadores, fizeram que Lula perdesse a eleição daquele ano e quando se provou que não tinha nada a ver, já era. — Rícard Wagner Rizzi

Parceria 'Ndrangheta e PCC garante hegemonia no tráfico

Através da organização criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital a família mafiosa italiana ‘Ndrangheta unificou a rota de distribuição de drogas do Cone Sul para a Europa.

“Os corretores da máfia são tão poderosos que lidam diretamente com o PCC. Traficando da Colômbia, da Bolívia e do Peru, passando pelo Paraguai como rota de trânsito.” — Zully Rolón, ministro da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai

A parceria entre as duas organizações criminosas possibilitou que a ‘Ndrangheta passasse a hegemonia do tráfico de drogas da América para a Europa com o dominando 80% do fluxo.

A droga saída da Bolívia, Peru e Colômbia, chega no Paraguai e é colocado em containers que seguem por via terrestre ou fluvial/marítima para portos na Argentina (Buenos Aires), Uruguai (Montevidéu) e Brasil (Santos e Paranaguá) e desses para os portos europeus. — Última Hora

Integrantes do PCC treinaram liderança do crime do Uruguai

Alberto Betito Suárez passou pela universidade do crime na penitenciária uruguaia de Libertad, onde aperfeiçoou suas técnicas de liderança e gerenciamento de organização criminosa com os integrantes do Primeiro Comando da Capital e com Zoran Mihailović Jakšić, chefe da organização criminosa sérvia América.

Após ele e seu meio-irmão Ricardo Cáceres, o Ricardito, matar as principais lideranças que lhe faziam oposição, dominou o bairro industrial e operário do Cerro Norte, atua diretamente em La Paloma, Casabó e no bairro de Tobogán, além de fornecer drogas para as maioria das biqueiras de Montevidéu.

A gangue dos irmãos é conhecida como “Los Ricarditos” e possuem algo entorno de 100 integrantes. Foram eles que levara ao Uruguai a “guerra entre facções” como acontece no Brasil, com: ataques aos pontos de drogas e a violenta eliminação dos adversários.

É possível que o Uruguai esteja chegando ao ponto de pacificação por hegemonia de um grupo criminoso como aconteceu em São Paulo com o PCC: em 2020 os homicídios caiu 15% em relação ao ano anterior. — Simon Lopez Ortega para o La Maana .uy

PCCs capturados no cariri cearense eram de São Paulo

Emerson e Raphael, integrantes do Primeiro Comando da Capital, deram pinote do semiaberto que cumpriam em Franco da Rocha em São Paulo para o Distrito de Pajeú em Araripe no Ceará, mas um deles acabou sendo localizado pela Civil e o outro caiu por estar por perto. — Revista Cariri

O Primeiro Comando da Capital ajudou na eleição de Jair Bolsonaro

Há dez anos acompanho as notícias sobre a facção e não muda: o Primeiro Comando da Capital, se não define o resultado das eleições é peça fundamental no resultado das urnas.

O uso da facção como argumento político fica claro quando analisamos as buscas feitas nos últimos 10 anos pelo termo “Primeiro Comando da Capital” no Google Tends.

O PCC garante votos e poucos sabem tão bem disso quanto os bolsonaristas, que surfar na onda que começou a quebrar em maio de 2006 com os ataques da facção que aterrorizaram e paralisaram São Paulo.

Polícia, políticos ligados ao Bolsonaro e a programas policiais na TV potencializaram essa sensação de insegurança e capitalizaram o resultado, terminando com a eleição do presidente Jair Bolsonaro. — Ricard Wagner Rizzi

Joe Thomas desenvolve a trama do livro “Brazilian Psycho” partindo da ascensão dos governos de esquerda no Brasil até sua derrocada e a chegada ao poder do governo de estrema direita de Jair Bolsonaro.

Joe, descreve nossa história através da ótica de um estrangeiro que foi pego de surpresa nesse turbilhão:

Um fim de semana que não vou esquecer tão depressa. Na tarde de sexta-feira, houve relatos de problemas em toda a cidade, boatos e fofocas compartilhados pela equipe da escola internacional onde eu trabalhava. 

Os professores expatriados especularam que era terrorismo ou algum tipo de insurreição; os brasileiros estavam simplesmente preocupados. Saímos mais cedo e a volta para casa foi assustadoramente silenciosa e vendo a fumaça dos ônibus queimados. 

Passei sábado e domingo atrás dos portões do meu condomínio, jogando tênis e bebendo cerveja com homens de meia-idade que viveram a vida inteira em São Paulo — e que não iam deixar uma coisinha como essa atrapalhar o fim de semana… tripfiction.com

O Crime Organizado e o Fenômeno do Terrorismo no Brasil

A obra analisa de forma criteriosa o modus operandi do crime organizado no Brasil, em especial, da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, e faz um paralelo com o fenômeno do terrorismo.

O estudo perpassa a história do terrorismo, analisa os diversos conceitos desse fenômeno adotados em diferentes países do mundo, apresenta as dificuldades encontradas pelas Nações Unidas para chegar a um consenso único e global e, em relação ao Brasil, expõe a carência de normas que tipifiquem de forma clara e detalhada o fenômeno.

Nesse contexto, o autor apresenta a evolução do ordenamento jurídico brasileiro, sendo examinados os diversos Projetos de Leis que tramitaram no Congresso Nacional buscando regular a temática até a sanção da Lei Federal nº 13.260, de 16 de março de 2016, intitulada Lei de Combate ao Terrorismo.

Facção PCC: desafios e oportunidades no noroeste do Cone Sul

O Primeiro Comando da Capital tem passado por um período de desarticulação que pode estar dificultando seus planos para entrar com mais força na Colômbia.

Já estando em Putumayo e no Amazonas colombiano, principalmente em Leticia e Puerto Nariño, fazendo negócios com Exército de Libertação Nacional (ELN) e a Segunda Marquetália formada por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Com o enfraquecimento da Família do Norte (FDN) passa disputar com o Comando Vermelho (CV) a alianças com Gentil Duarte para permitir o uso a passagem por Guaviare e Vichada.

Se dominar o Amazonas colombiano terá acesso a corredores estratégicos que ligam as plantações maconha no Peru e na região de Cauca, aos laboratórios de produção e em Baixo Putumayo do cartel Jalisco Nueva Generación e do Segundo Marquetalia. — Karen Vanessa Quintero para o Diario Criterio

O temor dos cartéis internacionais é que a organização paulista tente chegar ao oceano Pacífico e utilizar os portos do Equador para expandir seus negócios para a Ásia — hoje o PCC abastece parte desse mercado através de suas parcerias na África.

Essa disputa já teria causado confrontos entre os grupos pelo controle das rotas do narcotráfico no Equador, especialmente nos portos de Guayaquil, em Guayas, e Puerto Bolívar, em El Oro e dentro dos presídios de Guayaquil, Latacunga e Cuenca. — primicias.ec

A prisão de líderes do PCC e a eficácia das câmeras nos uniformes

Hip-hop e Saraiva foram presos, mas no insano e violento Brasil de Bolsonaro não foi isso que chamou a atenção.

Marcelo Augusta Santana, o Hip-hop, estava no bairro Guilhermina, na Praia Grande, Baixada Santista, e Júlio Cesar Vieira da Silva, o Saraiva, estava no Morumbi em São Paulo quando foram presos durante a Operação Jiboia 2.

Ambos fazem parte do alto escalão do Primeiro Comando da Capital, ambos estiveram ligados a tráfico de drogas e organização criminosa, e o mandado de prisão saiu por integrarem o núcleo encarregado de matar autoridades policiais, carcerárias e judiciarias.

Mas como vivemos no insano e violento Brasil de Bolsonaro, o que chamou a atenção, foi que ambos não foram mortos durante a operação policial, como ressaltou o experiente repórter Josmar Jozino em seu artigo no UOL notícias.

A ROTA não mata há 28 dias, por sinal, desde que o governador de São Paulo, João Dória, conseguiu padronizar o uso das câmeras no uniforme.

Coincidência? Quantas vidas seriam poupadas se toda a polícia tivesse esse equipamento? Será que a garota Agatha e o músico Evaldo Rosa dos Santo que foi morto com 80 tiros de fuzil teriam sido mortos se os policiais estivessem sendo monitorados?