O Primeiro Comando da Capital ajudou na eleição de Jair Bolsonaro

Há dez anos acompanho as notícias sobre a facção e não muda: o Primeiro Comando da Capital, se não define o resultado das eleições é peça fundamental no resultado das urnas.

O uso da facção como argumento político fica claro quando analisamos as buscas feitas nos últimos 10 anos pelo termo “Primeiro Comando da Capital” no Google Tends.

O PCC garante votos e poucos sabem tão bem disso quanto os bolsonaristas, que surfar na onda que começou a quebrar em maio de 2006 com os ataques da facção que aterrorizaram e paralisaram São Paulo.

Polícia, políticos ligados ao Bolsonaro e a programas policiais na TV potencializaram essa sensação de insegurança e capitalizaram o resultado, terminando com a eleição do presidente Jair Bolsonaro. — Ricard Wagner Rizzi

Joe Thomas desenvolve a trama do livro “Brazilian Psycho” partindo da ascensão dos governos de esquerda no Brasil até sua derrocada e a chegada ao poder do governo de estrema direita de Jair Bolsonaro.

Joe, descreve nossa história através da ótica de um estrangeiro que foi pego de surpresa nesse turbilhão:

Um fim de semana que não vou esquecer tão depressa. Na tarde de sexta-feira, houve relatos de problemas em toda a cidade, boatos e fofocas compartilhados pela equipe da escola internacional onde eu trabalhava. 

Os professores expatriados especularam que era terrorismo ou algum tipo de insurreição; os brasileiros estavam simplesmente preocupados. Saímos mais cedo e a volta para casa foi assustadoramente silenciosa e vendo a fumaça dos ônibus queimados. 

Passei sábado e domingo atrás dos portões do meu condomínio, jogando tênis e bebendo cerveja com homens de meia-idade que viveram a vida inteira em São Paulo — e que não iam deixar uma coisinha como essa atrapalhar o fim de semana… tripfiction.com

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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