Negada liberdade para a Geral Feminina de Ribeirão Preto

Luana que foi presa em Ribeirão Preto em São Paulo pela Operação Kleptos requereu no Superior Tribunal de Justiça o direito de prisão domiciliar alegando ter um filho menor de 12 anos, que o crime a que é acusada não é violento, e que ela tem residência fixa e emprego.

O TSJ negou alegando que a criança já tinha completado 12 anos e para ter o benefício tinha que ser 12 anos incompletos, e além disso afirmou que ela pode não ter praticado um crime violento, mas que é suspeita de tráfico de drogas e pertencer a uma organização do crime organizado armado, o Primeiro Comando da Capital com a função de Geral das Femininas.

Segundo a denúncia, além de suas atribuições na estrutura da facção, Luana e outros cinco integrantes da facção, seriam os responsáveis pela distribuição das drogas nas biqueiras da cidade.

Márcia a Madrinha do PCC

Márcia ficou conhecida como Madrinha do PCC e conquistou há menos de um mês seu direito de liberdade provisória, mas já voltou para trás das muralhas.

A Madrinha do PCC morava no bairro Buriti em Campo Grande no Mato Grosso do Sul, e foi presa pelo sequestro de um guincheiro, que, segundo ela alegou, era para pagar uma dívida de 7 mil Reais que ela tinha para com o Primeiro Comando da Capital.

Contudo, durante as investigações, verificou-se que ela era a responsável por organizar cada detalhe do crime contratar os demais envolvidos, acompanhar de perto a operação e intermediar as negociações. — midiamax

Eles só iam organizar uma célula do PCC no Paraguai

Foram condenados a prisão os integrantes do Primeiro Comando da Capital: Marcelo Ferruchi e Kevin de Alexander Oliveira (15 anos), e Matheus Ferreira Feitosa e Nelson Goncalves Junior (13 anos).

A Promotora de Justiça Maria Irene Álvarez alegou que os quatro faziam parte de uma associação criminosa internacional e chegaram ao Paraguai para estruturar uma célula da facção PCC.

Eles foram presos em uma operação da polícia novembro de 2017 na cidade de Pedro Juan Caballero, após informações de inteligência da Polícia Federal do Brasil que compartilhou informações sensíveis com seus pares paraguaios através do Comando Tripartido.

Foram apreendidos na ocasião armas de fogo e veículos que agora passam a pertencer ao governo. O relatório balístico informou que as armas de fogo foram utilizadas em homicídios e assaltos, ocorridos em 2017 no departamento de Amambay. — Fiscalía General de la República del Paraguay

Marcos Roberto de Almeida no xadrez do PCC

Tuta é um dos vulgos de Marcos Roberto de Almeida, que ganhou a confiança de Marcola, o Marcos Willians Herbas Camacho, quando estiveram juntos na P2 de Presidente Venceslau.

Hoje Tuta seria o principal líder do Primeiro Comando da Capital fora das trancas, e responsável pela arrecadação da facção do mundo do crime na região da Grande São Paulo e Baixada Santista.

Depois da morte de Gegê do Mangue e a prisão de Fuminho, Tuta também teria assumido a coordenação internacional da facção, podendo estar hoje, tanto no Brasil quanto na Bolívia ou até mesmo na África.

O eixo africano que é cada vez mais importante pois pode permitir ao Primeiro Comando da Capital entregar na Europa diretamente para para os atacadistas, e evitando os portos da Bélgica, Holanda e Itália poderia baixar o custo em 40% do valor da mercadoria que é cobrado pelos cartéis que dominam por lá o fluxo.

Foi ele o integrante do PCC com imunidade diplomática como adido da embaixada de Moçambique em Belo Horizonte, e que deveria fomentar os negócios entre os dois países — só não se sabe exatamente que tipo de “negócios” seriam esses.

O temor dos cartéis internacionais é que a organização paulista tente chegar ao oceano Pacífico e utilizar os portos do Equador para expandir seus negócios para a Ásia — hoje o PCC abastece parte desse mercado através de suas parcerias na África.

Outra alternativa que também está sendo estudada pela facção para chegar aos mercados asiáticos é a conquistar uma saída para o oceano Pacífico integrando os portos do Equador a Rota do Solimões.

Com o isolamento das lideranças mais antigas nas Penitenciárias Federais, o poder dele e dos líderes na liberdade parece estar cada vez maior, podendo, cada um deles, tentar um voo independente a qualquer momento. — Jornal O Vale

O envolvimento da Localiza Rent a Car com o crime organizado

Em tempos de Bolsonaro tudo pode se esperar. Tem empresário de escola de inglês que assessora na área de Saúde Pública e tem empresa de aluguel de veículos que cede carro para ações do crime organizado.

A suspeita que a Localiza está envolvida com a quadrilha formada por policiais foi exposta pelo jornalista do UOL Josmar Jozino, que afirma que os agentes utilizaram por mais de um ano um Volkswagen Gol da empresa para cometer crimes.

O caso ficou famoso depois que os investigadores do DEIC, Carlos Henrique dos Santos e José Luís Alves, sequestraram uma liderança do com o Gol locado irregularmente em 2018 no Rio de Janeiro.

Bruno Fernando de Lima Flor, conhecido como PCC Armani, ficou no cativeiro dentro do DEIC até ser resgatado com o pagamento de um resgate.

Quando a casa caiu para os policiais, deu queixa do veículo como qualquer bandidinho começo de carreira faria.

Caberia investigar se foram os funcionários ou os empresários que estavam em conluio com os criminosos. Mas haverá investigação? Será? — Josmar Jozino para o UOL

O que aconteceu com o Bonde dos Cachorros de Pernambuco?

Estava lembrando de um pessoal do passado…

Alguém sabe se o que deu no Bonde dos Cachorros de Pernambuco? Eram aliados do Primeiro Comando da Capital? Nunca mais ouvi falar .

Há três anos os irmãos do BD estavam agitando os presídios e cadeias, fazendo um movimento forte — pelo que me lembre, até na rua com queima de ônibus e tal, mas o forte mesmo eram os assaltos e tráfico.

“A companhia aqui é independente. Aqui ninguém é mandado por ninguém, não. Se mexer com um de nós, o brinquedo é esse aqui, tô mandando um alô. Tão ameaçando as famílias dos parceiros aí. A gente não tá a fim de guerra não, parceiro. A gente tá a fim de paz. Agora, se quiser guerra, vai ter. Vermelho aqui é só sangue. Aqui quem manda nos bagulho é só nós”

Depois desse grito de guerra, não ouvi mais falar deles. — Mario Hugo Monken para o informeagora

A carta que derrubou um esquema internacional da facção PCC

Uma folha de papel pode pesar muito: pode ser uma sentença de morte ou uma ordem para auxiliar uma família.

Em fevereiro de 1998, por menos de 1 Real foi enviada de uma agencia do Correio de Campo Grande uma carta com informações de como funcionava o esquema montado pelo Primeiro Comando da Capital no Mato Grosso do Sul.

A denúncia incluía nomes e telefones de integrantes em Ponta Porã, Amambai, Coronel Sapucaia e Antônio João. A carta caiu como uma bomba no colo da Polícia Federal que nunca mais foi a a mesma depois que recebeu aquelas informações.

A teia envolveu nomes de 33 pessoas e empresas, entre elas o “Cabeça Branca”, como é conhecido Luiz Carlos Rocha, um líder articulador de negócios internacionais.

A investigação se ampliou para12 municípios do Brasil e do Paraguai, desbaratando o complexo mecanismo de lavagem internacional de dinheiro montado por Fernandinho Beira-Mar do Comando Vermelho.

Nem os carros blindados do Rei da Fronteira Fahd Jamil impediram-no de ser envolvido por aquela carta. — Marta Ferreira para o MS News

Advogado se safa da punição por melar Tribunal do Júri

O advogado Dr. Ivan Hildebrand Romero conseguiu se livrar da punição por ter melado a seção do Tribunal do Júri — a OAB solicitou e conseguiu que o Tribunal de Justiça suspendesse a multa que havia sido imposta.

Para brecar o Julgamento de Adriano Lima, integrante do Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital do Mato Grosso do Sul, o advogado alegou que seu cliente foi prejudicado pois um jurado cochilou e ficaram com seus celulares nas redes sociais durante o julgamento.

Quem acabou com cara de tacho foi o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, que não soube administrar o plenário e tentou jogar nas costas do advogado uma multa de 11 mil e as custas de um novo julgamento.

Para quem não lembra do caso, o Alex ficou devendo dinheiro de droga para Adriano, ele carrega o tal para um mocó conhecido como “Barraco do Vô” na Favela B13 em Campo Grande. Durante os debates, descobriram que além de pegar fiado a droga e não pagar, o moleque ainda vendia para integrantes do Comando Vermelho. Foi esquartejado vivo e seus pedaços foram jogados em um duto de agua ao lado do Condomínio Terras do Golfe. — Geisy Garnes para o Campo Grande News

Bolsonaro arma um golpe contra a população carcerária

Mais um golpe contra a população carcerária e mais um assalto aos cofres do governo está sendo preparado por Jair Bolsonaro.

Em 2019 ele já havia tentado entregar o controle dos cárceres para a iniciativa privada, mas como o massacre de COMPAJ ainda estava na mente de todos o plano falhou, mas agora volta a tentar de novo.

Sob o argumento que é necessário pensar numa estrutura para conter o avanço das facções criminosas dentro dos presídios, como o Primeiro Comando da Capital que se aproveitam das suas condições subumanas para ganhar poder.

Mas o problema não está no controle público dos presídios e sim de uma política de encarceramento das populações periféricas que inunda os cárceres com mais de 800 mil brasileiros, boa parte sem julgamento. — Blog do Dantro Emerenciano

A socióloga Roberta Fernandes Santos afirma no entanto que a solução não é uma omissão ainda maior do Estado e sim sua presença mais efetiva:

O PCC faz o papel que o Estado deveria desempenhar nos presídios, de diálogo dos presos com a administração. O Estado tem que investir na garantia da assistência aos presos, pois é assim que o PCC ganha adesão.

Falhou a simulação de suicídio e integrantes do PCC vão a Júri

“Mão de Pedra” matou Edson dos Santos — o integrante do Comando Vermelho foi julgado, morto e seu corpo ficou caído na cela.

“Mão de Pedra” chama Paulo para pendurar o corpo, simulando um suicido, mas a farsa encenada pelo integrante do Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital não resistiu a investigação e foi desvendada.

O crime aconteceu em dezembro de 2019 e não foi a única morte na guerra entre as facções dentro do sistema prisional do Mato Grosso do Sul, mas depois desse episódio que a direção da Máxima de Campo Grande, o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho EPJFC, passou separar os CVs dos PCCs.

Agora foi marcada a data na qual “Mão de Pedra” enfrentará o Tribunal do Júri: 22 de julho. — Ana Paula Chuva para o Campo Grande News

Preso em Capivari integrante do PCC no bairro Porto Alegre

Um integrante do Primeiro Comando da Capital caiu no bairro Porto Alegre em Capivari da maneira mais comum: viatura passando por local conhecido pelo tráfico, aborda e localiza drogas.

A viatura era da Guarda Civil Municipal encontrou as drogas no telhado de uma casa próxima: 52 pinos de cocaína e cinco porções de crack.

Na residência do criminoso encontraram outros 44 pinos e uma porção a granel de cocaína, uma pedra bruta de crack, um celular, 601 pinos vazios além de uma folha de anotações do tráfico de drogas. — Prefeitura de Capivari

Acidente ou tentativa de resgate dos presos do PCC em Piracicaba?

Ainda não foi esclarecido o acidente.

Segundo a repórter Cristiane Azanha do Jornal de Piracicaba conta que uma viatura da Polícia Civil estava transportando integrantes do Primeiro Comando da Capital quando “o motorista do Ford Fiesta bateu na viatura”.

Se for isso, os policiais devem ter ficado cabreiros achando que seria uma tentativa de resgate, mas pelo estado do Ford Fiesta, está mais parecendo que a viatura estava em alta velocidade e não parou em um cruzamento.

O que se sabe ao certo é que o Fiesta entrou dentro de uma loja e nenhum dos presos se feriu no acidente.

A Covid-19, o Primeiro Comando da Capital e a comunidade

O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que procuraria as lideranças do tráfico para conseguir que os agentes de saúde chegassem em pontos em que nem a polícia chegava.

O presidente Bolsonaro, que vive em seu mundo fora da realidade, ficou possesso, e o assunto acabou tão rápido como começou e as comunidades foram abandonadas para que se virassem.

As pesquisadoras Ana Carvalho, Thais Duarte, Natália Martino, Ludmila Ribeiro e Valéria Oliveira querem saber como os diversos atores sociais supriram a presença do governo no combate à pandemia e seus efeitos nefastos econômicos.

Também será analisado se houve participação do Primeiro Comando da Capital e qual foi seu grau de envolvimento, já que a facção regula o fluxo de pessoas, o comportamento social e o acesso dos serviços públicos em milhares de comunidades marginalizadas.

Se algum dia imaginamos que o Estado atuaria na proteção das populações que vivem em espaços marginalizados em uma emergência, o governo Bolsonaro provou que, ao contrário do que afirmava Max Weber, o Estado não tem e nunca teve a hegemonia do uso legítimo da capacidade de produzir governança.

Como o poder não admite vácuo, nesses territórios sem lei, e agora sem o serviço de Saúde, às organizações criminosas como a facção PCC ganharam espaço, e as pesquisadoras querem saber como aproveitaram essa oportunidade.

Se por um lado sabemos que em algumas regiões integrantes da facção proibiam a circulação de pessoas em respeito ao distanciamento social e organizavam o transporte para os centro de saúde, em outras promoviam festas, eventos, obrigavam o funcionamento do comércio e proibiam o acesso dos funcionários da saúde às comunidades.

O desafio a que se propõe as pesquisadoras não é simples, principalmente porque os meios de comunicação evitam mencionar a facção por medo de represália, tanto por parte do Estado quanto pelo dos integrantes da organização criminosa.

 

Para conhecer os objetivos, metodologia e cronologia da pesquisa baixe o PDF:

MP-SP tenta barrar anulação de sentença de clã envolvida com PCC

Bozidar Kapetanovic era um dos contatos do Primeiro Comando da Capital com a máfia sérvia do clã formado por ex-militares sérvios e comandado por Darko Šarić.

Até 2009 o grupo mandava embarcava as drogas para a Europa compradas por eles na Colômbia, Bolívia e no Paraguai através dos portos da Colômbia, Argentina e do Uruguai, mas o esquema foi descoberto e a liderança foi presa durante a Operação Brabo.

Em 2016, o Clã Šarić caiu novamente, mas utilizando vários outros portos, mas principalmente o de Santos, onde atuava em parceria com a facção PCC que se responsabilizava com o transporte da carga da origem até a boca do embarque.

Bozidar está preso desde então, mas seu advogado tenta anular sua condenação a 23 anos e 6 meses de prisão alegando que ele teve seu direito de defesa prejudicado pelo juiz não respeitou a ordem de apresentação dos recursos.

O Ministério Público tenta barrar a anulação alegando que só seria válida se Bozidar tivesse sido elencado como “réu colaborador”. — site do Dr. Aroldo Murá