A facção PCC e as eleições 2022

Em ano de eleição, eu coloco minhas barbas de molho e quem tiver que se preparar se prepara, porque a eleição de 2022 começou mais cedo.

Há dez anos acompanho as notícias sobre a facção e não muda: em ano de eleição sempre os candidatos ligados aos apresentadores de televisão, entre outros, querem arrancar votos sambando no nome do Primeiro Comando da Capital.

O PCC garante votos e poucos sabem tão bem disso quanto os bolsonaristas que já estão colocando suas garras de fora.

Semana passada foi o sargento Fahur defendendo o enforcamento em praça pública de PCCs e essa semana voltou para a prisão o deputado federal Daniel Silveira, aquele que quebrou a placa da Marielle Franco.

O bombado bolsonarista acabou caindo por chamar o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de “Xandão do PCC”. — Matheus Teixeira e Marcelo Rocha para a Folha de S. Paulo

O uso da facção como argumento político fica claro quando analisamos as buscas feitas nos últimos 10 anos. Em 2019, com as eleições nacional e estaduais, mesmo não havendo ataques da facção, o índice de busca ficou muito acima da média. — Google Trends

Polícia, políticos ligados ao Bolsonaro e a programas policiais na TV farão de tudo para aumentar sensação de insegurança, pois quanto maior for: mais seus candidatos terão chances de vitória. Foi assim em 2016 e em 2018. Rícard Wagner Rizzi

Em 1989, alguns homens sequestraram um empresário e o boato que estariam ligados ao Partido dos Trabalhadores, fizeram que Lula perdesse a eleição daquele ano e quando se provou que não tinha nada a ver, já era. — Rícard Wagner Rizzi

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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