Observando o fluxo: os manos das universidades olham o PCC

Observando o fluxo, colamos na fita do Primeiro Comando da Capital. Vamos trocar ideia sobre violência, crime e políticas públicas, irmão.

Estudando o fluxo do PCC

Observando o fluxo, cola nessa fita que traz o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), e bora trocar ideia sobre violência, crime e políticas públicas? Pode ser aqui nos comentários do site, no grupo de WhatsApp, ou até no meu MP, quem sabe. Vamo nessa!

A violência é uma instituição tão natural como a própria vida humana. Decorre do nosso instinto de sobrevivência, sendo o grande motivo para o homem ter dominado a natureza. Mas essa afirmação não pretende trazer glamour à violência.

Talvez no último estágio da existência humana, a evolução definitiva seja exatamente vencer o instinto natural que nos propala a nos destruirmos mutuamente.

Conexão Teresina: uma crônica sobre a atuação do PCC no Piauí

Observando o Fluxo: Análise da Facção PCC segundo o mano Dyna

Observando do fluxo, irmão, vou te falar dessa fita: Primeiro Comando da Capital, facção que mexe com a mente. Tamo aí nessa análise, baseada no trampo do pesquisador Eduardo Armando Medina Dyna, que se liga nos “Dois lados da moeda”.

Dyna busca sacar os bagulhos do PCC na segurança pública e na sociedade, sem demonizar como a mídia e a polícia fazem. O cara vê pesquisas e autores que colam nesse assunto, fala de violência, crime, Estado e políticas públicas.

Os manos das universidades, tipo o Núcleo de Estudos da Violência da USP, tão ligadões no PCC. O autor não se deixa levar por ideias pré-concebidas, chama a fita de “Organização”, “Comando”, “Facção”, “Irmandade”, “Grupo” ou “Partido”, de acordo com a parada.

Mano Dyna aborda a fita da desigualdade social e do crime organizado no Brasil, desde os anos 70. Ele cita o pesquisador Michel Misse, que enxerga conexão entre crime, pobreza e violência, e destaca como os crimes dos ricos e dos pobres são tratados de forma diferente, mostrando que tem a ver com a parada do preconceito de classe.

Mas, irmão, eu só tô te dando um resumo do que Dyna e os outros manos estudam. Pra sacar tudo, tem que colar nos estudos deles, vendo a complexidade da parada.

As Faces da Mesma Moeda: uma análise sobre as dimensões do Primeiro Comando da Capital (PCC) — Universdidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus de Marília

Desigualdade social e crime organizado no Brasil

Vou continuar falando das fitas da violência e do crime, tipo o trampo do autor Feltran e outros pesquisadores.

Gabriel de Santis Feltran vê a relação entre o mundo legal e ilegal, como a violência nas quebradas e o crime são moldados pelo Estado e pela polícia. Ele examina os termos “bandido” e “criminoso” nas periferias de São Paulo, vendo que o “mundo do crime” é uma nova realidade, com práticas ilícitas normalizadas.

O crime é visto como construção social e problema das relações do Estado com a sociedade, influenciado pelas políticas de segurança pública. Tem vários autores que estudam a história das políticas de segurança pública em São Paulo, tipo Salla e Silvestre.

Fernando Salla examina a passagem do tempo autoritário pro democrático, percebendo que ainda rola uma herança da repressão militar no governo e no pensamento da galera. Ele liga a violência policial, a criação do PCC e os rolês de 2006 às políticas adotadas pelo Estado de São Paulo.

Giane Silvestre dá uma geral no papel das polícias civil e militar na batalha contra o crime, mostrando a polícia militar ganhando força e a civil perdendo espaço. Ela diz que isso acontece por causa da relação entre a grana, política e o poder das armas nas instituições. A corrupção na polícia civil atrapalhava, enquanto a pegada militar da polícia militar impedia esses problemas.

Observando o fluxo: o PCC e a política

Salla e Silvestre dão a fita que as políticas do governo do estado, nas mãos do secretário de segurança pública e de administração penitenciária, deram mó poder pras polícias no corre contra inimigo estigmatizado, tipo Misse falou.

Essa conversa errada fez nascer uns papos sinistros que zoaram a sociedade paulista e criaram um mito em volta do Primeiro Comando da Capital. Esse mito alimenta as conexões no “mundo do crime”, como Feltran falou.

Pra entender o PCC, sua história, líderes e metas, vários corres foram feitos. Josmar Jozino, jornalista que tá na área policial desde os anos 80, traz uma visão firmeza da história do PCC no seu livro. Com entrevistas e histórias, ele mostra as fitas, ideias, alianças e contras do grupo, e a violência no rolê dentro e fora dos presídios.

Mano, a socióloga Camila Caldeira Nunes Dias chega junto nas pesquisas sobre o PCC. Ela tá na área com trabalho de campo e teoria, analisando a história do Comando e as paradas em que eles atuam, até fora dos xadrez.

Na sua fita mais pesada, Dias manda a ideia de que o PCC virou um monopólio da violência, dominando os becos e promovendo um processo doido de paz. Essa teoria vai ser testada na pesquisa e traz um novo olhar pra entender a organização. A mina também investiga os novos códigos morais criados pela facção, que lança suas próprias leis e fortalece a expansão.

Observando o fluxo: o PCC vai à guerra

Que dá o papo reto da consolidação e expansão do PCC tão são Bruno Paes Manso, Camila Dias e Gabriel Feltran, que mandam a real sobre a transformação do Primeiro Comando da Capital numa parada internacional, firmando nos países da América do Sul e quase todas as quebradas do Brasil. Essa expansão fez a guerra entre facções rolar entre 2016 e 2018 nas áreas Norte e Nordeste, levando o PCC pra cena mundial.

Marcos Alan Ferreira e Rodrigo Framento tão ligados na treta de poder entre o PCC e outras fitas do Norte e Nordeste, mostrando uma nova quebrada das paradas no Brasil e no corre das drogas. Allan de Abreu tá na “rota caipira” do tráfico, e outros textos mandam a real sobre as rotas do bagulho ilegal, onde as disputas, com o PCC na liderança, envolvem grana, esquema e infra, levando pra outro nível e trazendo desafio pra segurança.

A mina Karina Biondi, antropóloga, fez um trabalho firmeza sobre as relações internas dos manos da facção e onde eles mandam. Nas entrevistas com os presos, ela descolou uns dilemas novos que a organização enfrenta, tipo conduta, respeito e os princípios que guiam a disciplina da galera. A proibição do crack nas quebradas e cadeias, o respeito com as famílias que visitam os manos e a divisão do corre na lógica do comando são alguns dos pilares da política do PCC.

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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