Rapaz conta que assaltava ônibus para sustentar o vício.

Fernando é uma daquelas pessoas que ficarão afastadas do convívio da sociedade ituana ainda por algum tempo. A maioria das pessoas não o conhecem, mas ele é prá lá de conhecido dos motoristas e cobradores de ônibus da Viação Itu / Viação Avante. E garanto, eles não estão sentindo falta do jovem que declarou:

Realmente cantei alguns ônibus lá no Jardim Aeroporto. Todo o dinheiro que roubei nos ônibus comprei em droga, pois sou viciado em crack. O que me recordo é que foram mais de dez roubos, sendo que, o máximo de dinheiro que consegui roubar numa vez só, foram setenta reais. Roubei um ônibus perto do posto de saúde; no Parque América; perto da imobiliária, roubei também um ônibus na Praça Quatorze Bis; perto da Escola Sylvia Bauer devo ter roubado dois ou três ônibus… Já fiquei preso um ano por roubar ônibus, mas consegui sair da cadeia. Eu roubava com uma faca de cabo preto. Algumas vezes roubei com o Alex; ele está agora com a perna quebrada devido a um acidente de trabalho na cidade de Cabreúva, numa serralheria. Todas as vezes que roubei, ou estava sozinho ou em companhia do Alex. Eu guardava a faca que usava nos roubos no meio do mato, prá cima de minha casa, perto do campinho.
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Dentro de alguns meses, no dia 04 de novembro de 2011, ele participará de uma audiência no Fórum de Itu, onde é acusado de assaltar usando uma garrucha um ônibus na Av. Coronel Lauro Rogério de Araújo. Fernando confessou na delegacia vários roubos, mas não disse que este especificamente; também alega que usava faca e a vítima disse que os assaltantes portavam uma garrucha; e além disso apresentou como cúmplice o tal de Alex, que encontrado pela polícia negou tudo e não foi reconhecido pelas vítimas.

Dr. Ricardo Luis de Campos Mendes será o advogado encarregado de defender Fernando. Se por um lado terá a seu favor todas as incoerências entre o fato e a confissão apresentada na delegacia, por outro lado terá que lidar com os péssimos antecedentes apresentados por seu cliente e o reconhecimento da vítima. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Mulher é procurada por assassinato na V. Martins.

Algumas pessoas têm a chance de fazer o mundo melhor, outras têm a força de vontade ou a perícia para isso, mas poucas vezes vemos todos esses predicados em um único indivíduo, e Elizabete Alves, a Betinha, não esperava encontrar tal pessoa em 2006.

Na manhã de 12 de dezembro de 1995, ela também não pensou em participar do assassinato, mas a noite Peninha já estava morto quando ela estava viajando no cano da bicicleta de Renato Martins Leite, o Xuxa, e foram abordados pela viatura do 4º DP.

O GCM Hélio contou que estava justamente buscando encontrar os dois: Xuxa e Betinha. Ele era suspeito do assassinato de Roberto Dias, o Peninha, e ela pelo envolvimento em diversos assaltos na Região da Cidade Nova.
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Foram levados para a Delegacia: o rapaz foi solto mas ela continuou presa.

A garota não se conformou, afinal, Renato é quem puxou o gatilho contra o Peninha e não ela. Na verdade ela ficou presa em cumprimento a um mandado de prisão por outro crime, mas sentindo-se injustiçada Betinha contou tudo e com detalhes.

Seu depoimento foi coerente com todos os que tiveram de alguma forma de contato com a vítima e com os assassinos naquele dia, mas mesmo assim, menos de um ano depois ela saía do Presídio de Votorantim e não mais seria encontrada pela Justiça.

Em 11 de agosto de 1997 as coisas ficaram mais fáceis para ela, o juiz Dr. Antonio Tadeu Ottoni suspendeu o processo até o comparecimento da ré a Justiça. O tempo passava e tudo indicava que este crime confesso ficaria impune, até que em 2006…

O caso vai para as mãos do promotor de justiça Dr. Luiz Carlos Ormeleze, que inconformado com tal impunidade, consegue da juíza Drª. Andrea Ribeiro Borges um mandado de prisão contra Betinha e o fim da suspensão do processo.

Agora Betinha é foragida da Justiça… pelo menos até: 26 de dezembro de 2016.

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Curso de grafitagem e um caso ituano.

Data: 17/05/2006 23:51- De: guto
salve salve rapá tamo ai na atividade meu querido lazer pixaçao é pra quem é salve a todos do cada veis mais é tudo nosso firmeza total sacanas itu z/s só os vagabundos nato
Data: 11/05/2006 20:08:24 – De: d2
salve todos q pixa eu d2 salve p/ferraz zl de sampa direto de itu sp pxls eo arrenbenta aqui em itu salve;;;; bi…mesinho;;;; nike;;;;; ratho …rael;;;;; michellll;;;;; aqui e ton d2 e nois vamos ladrao

O centro histórico da cidade de Itu é alvo de pichações constantes e não existem limites para o espírito de destruição, vandalismo e falta de respeito para com o patrimônio de todos. A sociedade passou a ser conivente quando não é absolutamente avessa a aplicação da lei – alguns consideram isso natural.

O grafite tenta transformar os garranchos rupestres que servem de grafia e assinaturas para os autores das pichações para algo menos primitivo, utilizando cores e temas do HQ, e é isso que se propõe o “Projeto Agosto das Artes” da Prefeitura de Indaiatuba.
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Tempos atrás, aqui em Itu, um projeto similar aportou na cidade e contou com o apoio voluntário de um grupo de Guardas Civis Municipais que por isso enfrentaram muitas críticas de seus colegas de farda.

Encontrei um desses guardas no corredor do Fórum de Itu. Estava ele cabisbaixo e me contou o motivo pelo qual estava ali:

A viatura na qual estava recebeu um chamado via rádio, com a descrição de três jovens foram vistos pichando na Rua Sorocaba. Seguiram para lá e encontraram dois dos infratores ainda de posse da tinta e do rolo, e por ironia os garotos eram ex-alunos da turma de grafite que ele ajudou a monitorar.
Como o guarda que participou do curso era visinho de um dos garotos e conhecia a família, passou antes de ir para a delegacia para pegar os pais e levá-los para a Delpol. Algum tempo depois para sua surpresa passou a ser réu no processo, pois o advogado contratado pela família resolveu acusá-lo de ter agredido os garotos.

Não é pouco provável que existam policiais que agridam pichadores, mas este especificamente é um sonhador, um idealista, que acredita, ou pelo menos acreditava nas pessoas. Os pichadores foram absolvidos por que o proprietário do imóvel na hora errou a cor da tinta que tinha sido usada, dizendo que era verde enquanto a apreendida era azul. O guarda também não teve problemas, pois os reclamantes não mais compareceram as audiências, mas pelo menos serviu para este acordar.

Não existe curso que consiga transformar pedra em ovo e o texto que encabeça esta matéria foi escrito por pichadores reais, não aqueles idealizados em cursos teóricos, e é para ensiná-los a pichar melhor que a Prefeitura de Indaiatuba está investindo] (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Moacir Cova perde a paciência com Fernando.

Dr. Antonio Góes Filho, delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Itu olhava para aquele documento que o investigador de polícia Moacir Cova lhe estendia. Moacir cansou de ver impune Fernando Ademir Sório, um criminoso que se especializou em roubo de ônibus e que em menos de dois meses já tinha praticado de mais de dez ações.

Quando o Investipol ouviu do motorista da Viação Avante a descrição dos jovens que praticaram o delito e o “modus operandi” não teve dúvida que o autor do crime era Fernando e por isso queria que o delegado pedisse ao juiz a prisão preventiva para que fosse feito o reconhecimento e que fosse impedido novos crimes.

O assalto que fez Moacir perder a paciência aconteceu logo depois da meia-noite do dia 03 de março de 2007, na Rua Cel. Lauro Rogério de Araújo, próximo ao centro de lazer do Jardim Aeroporto, quando dois rapazes brancos, um trajando camiseta verde e boné azul e o outro de camiseta e boné vermelhos, entraram no ônibus e o que estava com uma garrucha anunciou o roubo. Pegaram os vinte e sete reais que estava no coletivo e fugiram a pé.
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O delegado não achou que as desconfianças do Investipol fossem justificativas suficientes para pedir a prisão preventiva de Fernando e preferiu chamar a vítima para reconhecer autor do crime através das fotos do arquivo da polícia. O motorista retorna até a delegacia e perante a Drª. Márcia Pereira Cruz Pavoni Silva reconhece pela foto Fernando como autor do crime.

Doze dias se passam até Fernando ser ouvido na delegacia, onde confessa este e outros crimes, contando com detalhes e dando o nome de seu comparsa, o Alex.

Hoje Fernando está preso. Por outros crimes de roubo já foi condenado duas vezes pela juíza da 1ª Vara Crime de Itu, a Drª Andrea Ribeiro Borges, e uma vez pelo juiz da 2ª Vara Crime de Itu, Dr. Hélio Villaça Furukawa, num total de 15 anos e meio de prisão. Fora estas condenações ele ainda responde por seis processos por roubo.

Não era para menos que Moacir Cova já tinha perdido a paciência com o rapaz, mas se o processo é cabuloso, ele também é lento. Apesar do crime aqui narrado ter acontecido em 2007, ele ainda não foi julgado – a próxima audiência está marcada para 04 de novembro de 2011 no Fórum da Comarca de Itu. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Mestre dos meus dias!

Desvestido de qualquer título acadêmico, no entanto seu saber era inato.

Semeava os grãos do milho – três em cada cova aberta – no tempo certo. Aplicado aluno da natureza, fazia o plantio não antes de setembro, nunca depois de dezembro. Primavera!

Contemplando no céu o sol a pino, dizia, sem soberba: é meio dia!

O crescimento do arrozal nos brejos e nas baixadas era um encanto à vista.

As frágeis ramas verdes se alçavam risonhas, ostentando pencas douradas de grãos. Milagres desabrochados! E ele, olhando placidamente as hastes, murmurava embevecido: está cacheando!

Viera a estas plagas ainda menino! O juramento do imigrante tomado a sério. Lavrou a terra não apenas pela necessidade da sobrevivência, mas por amor e devotamento, ao senti-la generosa e acolhedora. Apostou no seu futuro, se fez professor da enxada, foi aprovado com mérito no vestibular da vida. Nas colheitas copiosas celebrava a formatura!

Do chão semeado vieram sucessivas safras, indispensáveis ao sustendo da prole de doze filhos.

Aos oitenta anos, tolhido pelo tempo, já não mais conseguia sulcar o solo. Da roça se despediu. Lágrimas furtivas molharam aquele rosto digno.

Um dia o filho caçula, o único dos meninos a chegar à universidade, se aproximou desse homem honrado e anunciou sua candidatura a um cargo eletivo na pequena comunidade. O ancião olhou dentro dos seus olhos e, sem pressa, com a serenidade dos justos e santos, proferiu a mais terrível sentença já prolatada por um magistrado:
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“Meu filho: nunca alguém de nossa família se meteu nessa aventura. Cuidado para não manchar o nome. É a minha única herança. Se quer mesmo, siga com a minha bênção. Mas não envergonhe ao seu pai”.

Hoje, esse homem é saudade!

Nesta manhã, diante do espelho, um homem de cabelos grisalhos descobriu ter penetrado na fase outonal da própria existência.

Recordou-se então da figura esquálida, alquebrada pelos anos de intenso labor sob o sol inclemente, ou açoitado pelas brumas das gélidas manhãs. Com dificuldade reteve o pranto.

E, réu confesso, pede absolvição aos mestres ante o atrevimento de arrojada afirmação.

Meu pai foi um sábio!

Lázaro Piunti (28/09/09)

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Ainda sem punição para mandante do crime.

O que aqueles rapazes tinham aprendido, acima de tudo, durante os anos que se seguiram ao assassinato do advogado do Ituano Clube Dr. Humberto da Silva Monteiro é que o tiro feriu mais as suas famílias que a própria vítima.
Quando o promotor de justiça Luiz Carlos Ormeleze afirmou aos jurados que José Roberto Trabachini, o Zeca, ex-presidente da Torcida Jovem do Ituano, mentiu quando assumiu a autoria do mando do assassinato de Dr. Humberto, eles acharam que ainda tinham chance.
O promotor cumpriu a sua parte com o Zeca que confirmou perante o júri que recebeu dois mil reais do vice-prefeito Élio Aparecido de Oliviera (Oliveira Júnior) para atentar contra o advogado Dr. Humberto e o jornalista Josué Soares Dantas Filho – recebendo o benefício da delação premiada.

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O promotor não poupou palavras para acusar Oliveira Júnior pelo mando do crime, apesar das tentativas feitas pelos advogados do vice-prefeito para incriminar o jornalista Dantas Filho pelo assassinato de seu amigo, Dr. Humberto – mas palavras são palavras e se perdem ao vento.
Os jovens Thiago Martins Bandeira e Eduardo Aparecido Crepaldi,  os executores do crime intermediado por Luiz Antônio Roque (Tonhão) também tentaram o benefício acusando Oliveira Júnior, mas em vão. Ficaram presos e suas famílias destroçadas.
O mandante do crime continua impune, seja ele quem lá quem for.

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Polícia 24 horas na Praça da Matriz em Itu.

É improvável que alguém saiba se está agindo corretamente ou não. Errar é uma dádiva que Deus deu ao homem, e é graças às nossas falhas que ganhamos experiência.
Se todos erram e isso é bom, o erro é justificável e até positivo, e assim, independente do resultado de uma ação, a decisão de agir sempre será uma atitude positiva.
Mas e quando as cicatrizes são causadas em outras pessoas e não naquelas que tomaram a decisão? As marcas do erro sulcando o corpo de uma família que não a do autor da ação?

A partir de hoje a Guarda Civil Municipal de Itu estará deixando seus homens e mulheres, vinte e quatro horas por dia na Praça Padre Miguel – o centro turístico e cultural da cidade.

A imprensa local tem noticiado o que acontece por lá a noite nos finais de semana. Vandalismo, pichação, embriaguez, brigas até mesmo algumas mortes ocorreram naquele local.
Nas últimas semanas, a polícia militar e a guarda municipal foram alvo do desrespeito dos frequentadores daquele local. No início foram insultos isolados, e agora são atiradas garrafas e copos de cerveja nas viaturas e nos agentes.
O jornal Notícias Populares de Itu ao noticiar um desses distúrbios, colocou a foto de alguns garotos que se diziam parte do grupo que atacou às guarnições, e segundo o jornalista, insistiram para que suas fotos fossem publicadas.

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É nesse ambiente que dois guardas civis vão ficar sozinhos. O risco é inerente a função, no entanto a decisão de colocar os homens em um local como aquele é uma decisão crítica do comando da GCM de Itu.
Sidnei Oliveira nos lembra que “nosso empenho em evitar as cicatrizes chegou a um extremo que agora afeta o comportamento de toda uma geração”.
Se hoje a sociedade condena a violência policial contra o cidadão, as forças policiais evitam colocar em risco seus membros, visto que se houver necessidade de reação por parte dos agentes, as conseqüências podem ser desastrosas.

Aqueles homens lá postados com absoluta certeza não trarão mais paz e segurança para aquele local, por outro lado as autoridades têm que sinalizar que não perderam o controle de sua praça central, e daí a escolha da ação.

Oxalá queira que a decisão tenha sido acertada, e que aqueles trabalhadores e seus familiares não venham a guardar na pele as marcas deixadas por erros alheios, mesmo sabendo que toda ação se justifica, independente do resultado.
Este texto foi baseado em fatos reais e a base do texto foi inspirada (ou até mesmo plagiada) do artigo “Onde estão as cicatrizes da Geração Y ?” de Sidnei Oliveira publicado no site Café Brasil.

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Retirem os policiais da praça.

Todos ituanos passam pela Praça da Matriz. Um símbolo arquitetônico único, não tanto por seus casarões do tempo dos barões do café, ou por sua igreja neoclássica, mas por sua arquitetura humana: o que há de melhor e de pior em nossa sociedade.

No entanto, com o cair da noite, restam apenas os garotos e os desocupados, que não se fazem de rogados, usando e abusando do lugar. São dezenas, ou melhor, centenas de jovens, que se divertem em um ambiênte livre de censura e controle.

Por lá, muitos não dispensam um baseado, distribuído sem dó de mão em mão. Mas mesmo a noite, existem olhos atentos as irregularidades e alguns cidadãos ao presenciar atitudes suspeitas, não se acanham em chamar a Polícia ou a Guarda.

Mas são dezenas de jovens, vários bêbados ou sob o efeito de drogas que não temem em confrontar os milicianos da força pública. O que se pode esperar deste quadro é muita coragem, profissionalismo e sangue frio dos agentes de segurança.
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A garotada agora se diverte em atirar nas viaturas policiais: copos de cerveja, garrafas e pedras. A coragem que não falta a esta garotada provem das bebidas e das drogas, mas afinal quem nunca acabou tomando um pouco a mais do que devia?

A praça Padre Miguel é do povo como o céu é do gavião, mas quem é de fato o povo senão aqueles que frequentam aquele logradoro? A legislação não tem força para coibi-los e o município não tem de fato interesse em fazê-lo.

Que podemos esperar então que possa fazer contra usuários de drogas, bêbados e desordeiros que se fazem presentes sob a proteção de toda aquela comunidade? Os únicos que não deviam estar naquele local são os agentes da segurança pública.

Hoje o preconceito não é mais contra negros, homossexuais, ou outras minorias. Existe contra aqueles que querem e tem por dever manter a ordem em nossa sociedade, e assim a cidade está pichada e seus cidadãos estão presos em seus lares.

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Praça da Matriz, imprensa e polícia.

O tempo é o Senhor da razão, hoje vemos a praça de guerra que se tornou a área central da cidade de Itu. Todos os periódicos de nossa região ressaltam as pichações e arruaças que ocorrem por lá. Mas o quanto estes mesmos veículos são a causa do problema?

Jornal Periscópio publicou em sua primeira página o que teria sido um covarde ato de agressão por parte de integrantes Guarda Municipal e da Polícia Militar a um cidadão. Incidente ocorrido na Praça Padre Miguel, na madrugada do dia 8 de junho de 2010.

Segundo declarou a família de Gilberto de Farias, o vendedor teria ido a uma festa por volta das 23 horas e quando retornava a sua residência optou por dormir naquela praça. Instado por um policial militar a deixar o local, se recusou a sair e pronto, confusão armada.

A GCMI e a PM abriram inquéritos para averiguar o ocorrido, mas o tempo fez o seu trabalho e provou de que lado a razão estava. As duas corporações continuaram sim atuando no centro, mas para não serem vítimas novamente da imprensa, suavizaram as ações.
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A imprensa deve sim fiscalizar os excessos, mas neste caso expecífico, a razão real de tal destaque foi proteger a sociedade ou vender mais jornais? Valeu a pena?

A polícia civil abriu inquérito para investigar o caso do possível espancamento e o Ministério Público acompanhou o processo interesse, mas ninguém foi punido, justamente por não ter havido excesso.

Apenas a sociedade saiu perdendo com esta manchete. O que ocorre hoje na Praça da Matriz e na Praça do Carmo são exemplos disso. Os agentes de segurança são destratados e viaturas por vezes são apedrejadas por pessoas que sabem estarem protegidos pela imprensa.

Tal a desfaçatez desses cidadãos que não só assumem publicamente sua atitude como pediram para o repórter Reginaldo Carlota que os fotografasse e publicasse. É assim… novos valores para uma nova sociedade, onde mais vale o meliante que um policial. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});