PCC 1533: Pacote Anticrime, Lei de Abuso de Autoridade, e Lei de Armas

Colocando em dúvida as conclusões de pesquisadores e seus argumentos contra as alterações na legislação propostas pelo governo federal

A facção PCC 1533 entre o Impuro e o Puro

De certo, Bolsonaro e Sérgio Moro estão certos, e o tempo há de provar.

Eu não tenho dúvidas que a “voz do povo é a voz de Deus”, e foi o povo quem elegeu nas urnas Jair Messias Bolsonaro e nas ruas e nos corações Sérgio Moro; portanto, eles representam a vontade de nosso povo e, consequentemente, a de Deus.

As mudanças legislativas propostas permitirão o efetivo combate aos criminosos pelas ilibadas forças policiais nas ruas assim que forem retiradas as amarras que ameaçam os agentes da lei com punições por supostos abuso de autoridade.

O aparelhamento de um sistema carcerário rigoroso e a investigação criminal e financeira são as outras duas bases desse tripé que levarão ao solo as organizações criminosas como a facção paulista Primeiro Comando da Capital.

De certo, José e os outros estão errados, e o tempo há de provar.

“E trará sobre eles a sua própria iniquidade; e os destruirá na sua própria malícia; o Senhor nosso Deus os destruirá.”

Salmos 94:23

Não venham José e Leonardo me dizer que são as condições sociais degradadas e o abandono das comunidades pelo Estado que levam os garotos ao crime, apontando que em São Paulo os homicídio se dão principalmente em regiões com alta concentração populacional, congestionamento domiciliar, menores oferta de emprego, leitos hospitalares e espaços e agências de promoção de lazer.

Não venham José e Leonardo me dizer que as ações policiais e prisionais propostas pelo governo não surtirão efeito pois o crime só recuará com a melhora da qualidade de vida da comunidade, a redução das desigualdades, o investimento no treinamento para a força de trabalho e a promoção do desenvolvimento social.

Não venham José e Leonardo me dizer que para diminuir a sensação de impunidade e a descrença nas forças policiais é preciso que elas sejam fortalecidas e aperfeiçoadas, e que os agentes que cometerem abusos precisam ser punidos.

Não venham José e Leonardo me dizer que ao mesmo tempo em que o Estado deve investir na qualificação do policiamento ostensivo e repressivo e no sistema prisional, deve também valorizar as pessoas que trabalham nessa difícil missão.

Não venham José e Leonardo me dizer que é necessário criar mais vagas dentro do sistema carcerário para que haja condições de segurança, saúde e dignidade.

“Não há qualquer ação voltada à capacitação e/ou ao incentivo aos funcionários, que seguem despreparados para a função e incapazes, muitas vezes, de se afastarem das práticas corruptas e dos jogos de poder que envolvem liderança e a direção da unidade – isso sem falar na redução cada vez maior do número de funcionários em relação ao número de presos.”

Camila Caldeira Nunes Dias

Não venha Sandra Cristiana Kleinschmitt me dizer que a criminalidade se fortalecerá sob o império do liberalismo econômico proposto por aquele que foi eleito pelo povo e reverbera a voz de Deus. Cristina chega a afirmar que:

“… o primeiro passo a ser dado é a mudança cultural na herança legada à maioria dos brasileiros do ‘crescer sempre mais’ […]. O desenvolvimento sustentável e solidário pode ser uma das formas de combater a incidência cada vez mais elevada de criminalidade violenta no país.”

Não me venha Fabrício Potim me dizer que a trilha seguida pelo eleito, facilitando a compra de armas automáticas (incluindo as 9mm que até então eram de uso exclusivo das forças armadas):

“Menos acesso a armas letais, por exemplo, é uma excelente idéia. Jovens se matam com mais facilidade porque achar uma arma de fogo é brincadeira de criança (literalmente, muitas vezes).” 

Não me venha Fabrício Potim me dizer que segurança pública “não é resultado direto da política de policiamento ostensivo, mas uma articulação de policiamento ostensivo junto com uma melhoria das condições básicas de vida nos bairros onde a violência era mais marcada.

Enfim, os pesquisadores José Orlando Ribeiro Rosário e Leonardo de Oliveira Freire em seu livro “Instrumentos de aprimoramento do acesso à Justiça” utilizam argumentos, apresentam referências e analisam dados que contradizem as propostas legislativas e ações de combate ao crime pelo governo do ungido.

Imagem com o Presidente Jair Bolsonaro, o ministro Sérgio Moro e uma mulher desesperada tendo ao fundo e a frente prisioneiros amotinados.

A facção PCC 1533 entre o Santo e o Profano

“Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios.”

Isaías 6:5

Um “cidadão de bem” deve ignorar argumentos e provas produzidas por pessoas que não foram ungidas pela vontade das urnas ou pelo coração do povo.

Deixe, o tempo há de provar quem está certo, mas nesse momento…

“Acho que elas são piores do que as facções. No caso da facção fica muito claro quem é o bandido e quem o mocinho, a milícia transita entre o Estado e o crime, o que é bem pior.”

desembargadora Ivana David

O Primeiro Comando da Capital se fortalece com as ações do governo Bolsonaro:

  • com o fortalecimento das milícias no Rio de Janeiro, o Comando Vermelho (CV) tem perdido espaço para a facção aliada do PCC, o Terceiro Comando Puro (TCP);
  • com o encarceramento em massa e a maior rigidez prisional, o recrutamento de novos membros para a facção e sua doutrinação cresce exponencialmente;
  • com o “cidadão de bem” comprando armas, as biqueiras vão poder novamente se rearmar – em vários estados as armas hoje só estão disponíveis para missões;
  • com Flávio Bolsonaro no apoio, não há que se preocupar com o Coaf pesquisando as movimentações financeiras da facção; e
  • com o aumento da letalidade e da violência policial incentivada pelos governantes, a comoção gerada pela morte de inocentes possibilitará a criação de regras mais rígidas para controlar o trabalho policial.

“E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro.”

Ezequiel 44:23

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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