A tese do professor do Seminário Arquidiocesano da Paraíba.

A verdade nunca foi fácil de ser encontrada, mas ultimamente tenho me surpreendido com os absurdos que tenho visto.

O site acadêmico coopex.fiponline.edu.br o professor Antônio Carlos Costa Moreira da Silva hospeda sua tese de doutorado onde ele declara ainda no rodapé da primeira página ser da disciplina de Sociologia no Curso Intensivo de Doutorado da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA): http://coopex.fiponline.edu.br/pdf/cliente=3-2447d6ff133a5038079b6b36cd39e1b4.pdf

Se bem que não consegui encontrar o nome do doutorando na listagem de aprovados:
http://www.derecho.uba.ar/academica/posgrados/doc_tesis_aprobadas_tabla.php

Tão pouco encontrei a disciplina de Sociologia dentro da grade da UPA: http://www.derecho.uba.ar/academica/posgrados/doc_areas.php

Antônio Carlos Costa Moreira da Silva tem segundo o site acadêmico escavador um currículo invejável: http://www.escavador.com/sobre/7013880/antonio-carlos-costa-moreira-da-silva

E aí é que vem o problema…

Ao ler o trabalho publicado fiquei impressionado com o uso de algumas expressões como: “… Estado Paralelo pra prover…”. Quanto ao uso da língua pátria e da pontuação deixo a análise para os demais leitores.

Em determinado ponto o mestre utiliza o termo: “hanseniáticos morais”. Apesar da construção ser plausível é no mínimo estranho visto que não ajuda no esclarecimento ou na ilustração do trecho no qual está inserido:

“Há um comportamento novo no ar. Não há tempo; não há sentimentos, luto, lágrimas, emoções. Tornamo-nos “hanseniáticos morais”, frente à insensibilidade do espírito humano neste século XXI. É a chamada Pós-modernidade, definida como a tentativa infrutífera de estabelecer dogmas de certeza sobre a condição humana. É a afirmação da incerteza.”

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Tentei ver qual a imagem que o autor tentou dar ao adjetivar esse sujeito. Hanseniano é a pessoa que sofre de hanseníase, e por muito tempo essas pessoas sofreram injustamente um grande preconceito. Será então que nos tornamos pessoas que estão sofrendo de preconceito indevido? Não, acho que não.

Talvez então fosse um outro significado. Por muito tempo se acreditou que partes das pessoas que sofriam com essa doença caiam podres de seus corpos. Aí, se ignorarmos o fato que estamos reforçando um preconceito, podemos ver uma certa lógica, afinal estaríamos nos tornando pessoas moralmente podres perdendo paulatinamente parte de nossa consistência ética. Tá. No entanto mesmo assim esse trecho destoa com as demais orações do mesmo parágrafo.

Nesse mesmo parágrafo fiquei intrigado se um ponto e vírgula utilizado após a palavra “tempo” onde talvez fosse uma vírgula, mas sou ruim de pontuação então deixo para os especialistas.

Ainda nesse mesmo parágrafo há uma definição de “pós-modernidade” colocada como absoluta verdade absoluta mas que mal arranha as mais toscas definições sociológicas ou filosóficas do conceito: Pós-modernidade seria “como a tentativa infrutífera de estabelecer dogmas de certeza sobre a condição humana”.

Esse trecho lá está para explicar a linha anterior que afirma “à insensibilidade do espírito humano neste século XXI.” Ora, o mundo pós-moderno ou “mundo líquido” é caracterizado justamente por uma busca informe mas em sentido da justiça social, étnica, sectária, ecológica…

Talvez um dos contrapontos principais entre a Modernidade que o separa da Pós-modernidade talvez seja a falta de certezas, mas essas se dão pela busca da verdade que pode estar em qualquer nuance de uma matiz, ao contrário do pensamento dogmático.

Bem, esse não é um estudo profundo da dissertação “O CRIME ORGANIZADO NO BRASIL : UM CASO DE OMISSÃO DO ESTADO, SUBSTITUÍDO PELO ESTADO PARALELO”, mas apenas uma leitura crítica de dois parágrafos.

Coloquei aqui alguns links de sites confiáveis. No trabalho apontado existem alguns links, que não levam a lugar nenhum, mas o que me pareceu mais absurdo foi onde ao citar “Sternick” (quem sabe seja o cirurgião plástico fazendo uma consideração sociológica) apresenta o link de um medidor de velocidade da web: http://www.rjnet.com.br/ !!!

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A mulher como foco, ou melhor, a sociedade como foco.

Publiquei nesse blog mais de quinhentos textos, todos foram de minha autoria, no entanto hoje José Eduardo Bruno me enviou via Facebook um texto que realmente tinha que ser republicado na íntegra, se uma linha fosse alterada seria um crime contra a autora e sua obra…

Escola Naval  1º grupo feminino de aspirantes da Ilha de Villegagnon RJ.

`Uma Foto e Vários Sentimentos´

De todas as transformações que o nosso país enfrenta, não tenho dúvida que a pior delas é inversão de valores.

Não estou falando dos atores, mas da plateia.

Quem determina o sucesso de um espetáculo é o público. Por melhor que sejam os atores e o enredo, se o público não aplaudir, a turnê acaba.

Nós somos a sociedade, nós somos a plateia, nós dizemos qual o espetáculo deve acabar e qual precisa continuar.

Se nós estamos aplaudindo coisas erradas, se damos ibope a pessoas erradas, de que estamos reclamando afinal?

Somos nós que continuamos consumindo notícias de bandidos presos e condenados.

Somos nós que consumimos notícias de arruaceiros que ganham mesada para depredar o nosso patrimônio.

Somos nós que damos trela para beijaços, toplessaços, marcha de vadiaças, dos maconheiraços, dos super-heróis que batem ponto em “manifestações” (e que gostam de cozinhar-se dentro de uma fantasia num sol de 45 graus), e todos os tipos de histéricos performáticos que querem seus 15 minutos de fama.

Quando fazemos isso, estamos dando-lhes valores que não têm. Estamos dando-lhes atenção. Estamos dedicando-lhes o nosso precioso tempo.

Passou da hora de dar um basta nisso!

Por que os nossos jornais estão recheados de funkeiros ao invés de medalhistas olímpicos do conhecimento?

Por que vende-se mais jornal com notícia de um funkeiro que largou a escola por já estar milionário, do que de um aluno brilhante que supera até seus professores?

Por que sabemos os nomes dos BBBs e não sabemos os nomes dos nossos cientistas que palestraram no TED?

Por que muitos não sabem nem o que é o TED? Ou Campus Party?
Por que um evento histórico para o Brasil como o ingresso da primeira turma feminina da Escola Naval não é noticiado?

Por que um monte de alienadas com peitos de fora, merecem mais as manchetes do que as brilhantes alunas, que conquistaram as primeiras 12 vagas, da mais antiga instituição de ensino superior do Brasil?

Por que nós continuamos aplaudindo a barbárie, se ainda temos valores?
O país não mudará se nós não mudarmos o foco!

Os políticos não mudarão se nós não refletirmos a sociedade que queremos!

Já passou da hora de nos posicionarmos!

Ostracismo a quem não merece a nossa atenção e aplausos para quem faz por merecer.

Merecer! Precisamos devolver essa palavra para o nosso dicionário cotidiano.

Meu coração ao olhar essa foto hoje, se divide em vários sentimentos distintos.

Muito orgulho de ser mulher e me ver representada por essas guerreiras.

Elas não estão fazendo arruaça pleiteando igualdade. Elas conquistaram a igualdade estudando e ralando muito.

Elas tiveram que carregar na mão as suas malas pesadas no dia que entraram na Escola Naval. Não puderam puxar na rodinha não! Tiveram que carregar na mão igual aos aspirantes masculinos.

Elas foram e fizeram.

Mas ao contrário das feministas de toddynho, não estarão nas manchetes dos jornais de hoje. E isso me evoca outros sentimentos.

Sentimentos de revolta, de vergonha, e de constrangimento frente a essas mulheres, que não serão chamadas de heroínas por
apresentadores de televisão. Mas estão dispostas morrer como heroínas por nosso país.
Parabéns Primeira Turma Feminina da Escola Naval de 2014.

Vocês são a dúzia que vale muito mais que milhares…! “

Carla Andrade

A transferência do líder do PCC para o RDD.

Tio Zenão tentou me ensinar autocontrole e firmeza.

Segundo ele, antes de chegar a qualquer conclusão eu deveria ver o fato de maneira imparcial, pois as emoções deturpariam meu julgamento, aceitando que todas as pessoas são iguais e devem ser assim tratadas, e que não permitisse sob nenhum pretexto outra atitude se não essa. Isso foi fácil de entender e concordar, principalmente se sou eu que pleiteio o direito a igualdade.

Todos concordamos que as todas as pessoas são iguais!!!
Sério? Será mesmo?

A decisão da transferência da Penitenciaria II de Presidente Venceslau de Francisco Tiago Augusto Bobo, conhecido no PCC como Cérebro, para um presídio que esteja sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) foi tomada após ele planejar via celular uma espetacular fuga que contava inclusive carros blindados ─ não era novidade que ele fazia uso de celulares de dentro do presídio, aliás, não só ele como parte da massa carcerária.

O fato desse líder do Primeiro Comando da Capital estar sofrendo uma punição acima do que a pena que lhe foi imposta pela Justiça com base em nossa legislação no entanto não parece que estar incomodando a ninguém.

Todos concordamos que as todas as pessoas são iguais!!!
Sério? Será mesmo?

O que está ocorrendo em nosso país e está ilustrado nesse caso é preocupante, pois deixa claro que a situação de insegurança está nos fazendo pensar e agir dentro dos padrões mais primitivos, onde lutamos por nossa sobrevivência independente do direito alheio.

O Estado a guisa de garantir a liberdade de livre expressão de pensamento permitiu que parte de nossa sociedade tenha sido criada e influenciada pela ideologia dos guetos que claramente aponta como solução para os jovens a vida marginal quando idealiza a vida bandida.

Assim sendo, a sociedade através de seu governo eleito apóia e por vezes incentiva as manifestações culturais que endeusam a criminalidade, e depois a sociedade através de seu governo eleito apóia e por vezes incentiva a repressão acima das leis que a sociedade através de seu governo eleito apoiou e por vezes incentivou a aprovação no Legislativo.

Gamil Föppel El Hireche de certo não conheceu Zenão pessoalmente, mas concordou com ele, e uma frase dele se encaixaria perfeitamente nesse caso do Cérebro: “As pessoas têm medo: medo dos crimes que verdadeiramente ocorrem, medo dos fatos que jamais ocorreram. Este medo, … , é visceralmente ligado ao apelo feito pela mídia em relação à violência.

Zenão de Cítio tentou me ensinar autocontrole e firmeza, mas convenhamos, é melhor torcer para que Cérebro seja transferido e todos os ladrões sejam mortos em conflito com a polícia, afinal isso é muito mais fácil do que tentar proibir a cultura do gueto ou mudar nosso cabedal de leis.

“O RDD foi criado com o intuito de versar sobre as organizações criminosas nas prisões, uma vez que estas não foram abordadas mediante instrumentos que de fato coibissem sua existência, mas, todavia, por ferramentas que intensificaram a violência estatal, agravando a indeterminação entre segurança e disciplina que as políticas penitenciárias têm sido detentoras. Por conseguinte, não conquistou-se, de fato, o declínio das organizações criminosas mediante o instituto referido, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), por exemplo. Tem-se atingido, todavia, a sua expansão, bem como a concretização da tese de que a violência institucional é um instrumento relevante no que se refere à gênese e fortalecimento destas facções criminosas.” Danler Garcia Silva

O soldado da banda do 4º Regimento de Artilharia.

“Bobagem” – podem os senhores me dizer, e talvez o seja, mas já se foram setenta e oito anos e eu ainda me lembro da história quando passo de ônibus pela rua dos Andradas.

Tudo aconteceu no corredor de uma casa que ficava ali atrás de onde hoje está instalada a sede do Partido Democratas aqui em Itu. Eduardo e Angelina, ele com vinte e quatro anos era um garboso soldado do exército brasileiro e ela com dezessete anos era uma garota que morava e trabalhava em uma residência familiar ali perto.

Quando vejo o painel com a foto do vereador Luiz Costa naquela fachada imagino quantas coisas duvidosas aquelas paredes já não devem ter visto. Por traz da estampa do edil tão cheio de certezas, quantas dúvidas, angustias, pessoas magoadas, ou maculadas?

Angelina foi uma delas, Eduardo outra, e todos os parentes e amigos dos dois sofreram anos, levaram as cicatrizes conseguidas naqueles dias por décadas, e aquelas paredes viram tudo isso.

Ali havia uma pensão onde o soldado estava residindo com alguns colegas do quartel de Itu, e todos sabiam que ele estava namorando Angelina. O que não sabiam é que eles já estavam se aproveitando do escurinho da noite para naquele corredor ficarem juntos.

“Bobagem” – podem os senhores me dizer, e talvez o seja, mas em 1934 as coisas não eram simples assim e eu ainda me lembro quando passo de ônibus por aquela rua.

Os dois não sabiam, mas Eduardo estava com sífilis e Angelina depois de três noites seguidas de amor começou a sentir os sintomas da doença – a “casa caiu” para ambos.

Angelina gostava de Eduardo, mas teve que contar a sua patroa, que contou ao seu marido que falou para um visinho…

“… ela foi vista por minha esposa a se queixar e chorar alegando que sentia fortes dores ao urinar, e pediu então seu pagamento, dizendo que ia se tratar…”

Ela recebeu o dinheiro que precisava, mas também perdeu o emprego, a moradia e a honra, pois naquela época nenhuma pessoa direita receberia em seu lar uma mulher de “reputação duvidosa”. Seus próprios pais no início não a aceitaram de volta ao lar, e ela passou alguns dias na casa de Sebastião de Paula, morador do Becão que aceitou socorrê-la.

Apesar de todo o transtorno pelo qual passou, ela ainda teve que comparecer à delegacia de polícia e passar por exame de corpo de delito nas mãos do Dr. Benjamin Simon e do farmacêutico Eduardo Teixeira – ela que nunca teve a intenção de acusar Eduardo acabou levando-o sem querer ao Tribunal do Júri.

Aquilo que seria “bobagem”, pelo que os senhores dizem, na realidade acabou com a vida desta jovem – não a doença, não o caso amoroso, mas o preconceito da sociedade.

Seu pai de Angelina fez de tudo para que o escândalo morresse, e mesmo tendo condições econômicas de processar Eduardo, preferiu não o fazer para livrar o nome de sua família da vergonha pública.

Mas alguns gostam de fazer com que a lei seja cumprida, mesmo quando ela só serve para prejudicar aqueles que em tese deveriam ajudara a proteger.

Este ano assim como em 1934, 24 de maio, dia em que os dois ficaram intimamente juntos pela primeira vez cairá em uma quinta-feira. E assim como em 1934, hoje existem leis absurdas e pessoas dispostas a fazê-las cumprir, mesmo prejudicando aquelas pessoas que só na teoria estariam sendo protegidas por elas, enquanto outros cidadãos que de fato deveriam ser caçados pela legislação estão acima disso.

Passaram-se setenta e oito anos, mas ainda penso nisso quando sigo pela rua dos Andradas próximo de onde está a sede do Partido Democratas do vereador Luiz Costa, mas tudo bem, podem me dizer os senhores, foi apenas uma “bobagem”.

O Jornal Notícias Populares de Itu e a Guarda Municipal.

Millor Fernandes disse certa vez: “Brasil, condenado à esperança.” E eu lhe pergunto: “Será que os ituanos têm direito ao menos ter esperanças?

Ao fim da era dos bandeirantes a cidade de Itu era um recanto tido como provinciano, onde as pessoas de fora eram vistas com reservas e recebidas de maneira fria, e por onde dois grupos lutavam pelo controle da cidade, não pelo desenvolvimento da comunidade e sim pelo aumento do poder de cada facção.

Após o inchamento urbano a partir da década de setenta, muitos bairros se formaram graças aos migrantes, aparecendo novas lideranças que levaram ao declínio a cultura isolacionista, e esta mesclagem trouxe mudanças em todos os níveis sociais, setores econômicos e regiões da cidade.

No editorial do Jornal Notícias Populares de Itu, Reginaldo Carlota descreve a triste situação da Guarda Municipal de Itu, que segundo ele utiliza coletes balísticos vencidos, os baixos salários, velhos revólveres trinta e oito, viaturas sem condições (cita inclusive um uninho como sendo um desses veículos – como se alguém pudesse chamar um Uno de viatura):

“… diziam que o governo anterior havia dado um tiro no peito da corporação, deixando ela as portas da morte. Se isso é verdade, então pode se dizer que o governo atual, então deu um tiro na cabeça da corporação, um tiro de misericórdia que a liquidou de vez.”

Apesar das ferrenhas críticas aos prefeitos no que concerne a Guarda Civil Municipal de Itu, Carlota não poupou elogios ao inspetor GCM Rovaldo Martins Leite, que segundo ele é o “mandachuva da GCM, … [que] agora é idolatrado pelos novatos, … o cara que estava afastado há tempos e esquecido da mídia, tornou-se o guarda mais popular da cidade outra vez. E o nome da GCM foi lá em cima. Aparentemente muito mais que a PM, inclusive.”

O jornalista faz algumas ligações sutis com o editorial em outros pontos daquela edição, alguns dirigidos a pessoas específicas e sobre assuntos específicos, outros de maneira mais despudorada, como é a questão dos salários, pois destaca o valor pago por Cabreúva e mesmo não fazendo a comparação entre as duas corporações deixa claro que há uma diferença significativa.

Reginaldo Carlota tem um profundo conhecimento do que ocorre nos bastidores da segurança pública da cidade de Itu, e aquela edição prova isso, mas aqui só colocamos estes dados como forma de ilustrar a evolução social que está ocorrendo em nossa cidade: tanto o repórter quanto o GCM Rovaldo são fruto da migração e da expansão demográfica de Itu.

Algo como esta reportagem ou até mesmo o nicho de mercado no qual atua o jornal não existiam há trinta anos; e o inspetor da guarda civil é fruto da migração, e ambos são fontes de pressão para os tradicionais grupos políticos da cidade, ora se aliando de um lado ou de outro, para garantir suas conquistas e seu espaço.

Nos últimos anos ambos conseguiram mudar os rumos das áreas onde atuam: Reginaldo Carlota revolucionou a maneira como a sociedade local se permite ver, sem pudor de mostrar seu lado mais negro; e o inspetor da guarda civil travou uma árdua luta para a recuperação da corporação e por melhorias para sua equipe, abandonando antigas lideranças e negociando com as novas forças que atuavam na cidade e dentro da corporação (o resultado a se ver pela reportagem do jornalista não foi o esperado).

Como em tudo na vida, a verdade não pode ser vista em preto e branco, e por ironia do destino as letras dos jornais são sempre negras sob um fundo branco. Talvez seja uma forma de nos alertar para ficarmos atentos que nem tudo que lá escrito é exatamente o que parece ser…

Se por um lado a luta do GCM Rovaldo não pôde retirar a Guarda Municipal do fundo do poço no qual a reportagem alega que ela estava e não tendo conseguido dar as promoções que estão atrasadas há anos, por outro lado estruturou e profissionalizou as relações dentro da corporação, além de conseguir modernizar o aparelho e a forma de atuação da equipe.

As oligarquias tradicionais que por tanto tempo dominaram a cidade e a corporação foram postas em xeque nesta luta que foi travada pelo inspetor Rovaldo para conseguir efetivar as mudanças, conseguindo apoio de novas lideranças, que estavam livres das tradições e obrigações geradas pelo peso do sobrenome ou antigas dívidas morais.

O que aparentemente o tempo não conseguiu mudar foi a sina da provinciana cidade de Itu, pois os grupos que lutam pelo controle da cidade, não buscam conseguir o desenvolvimento da comunidade e sim o aumento do poder da facção que representa, como sempre foi na história do município.

Então volto a perguntar ao sábio Millor Fernandes: “Será que os ituanos têm direito ao menos ter esperanças?

Tentativa de sequestro do Datena do Brasil Urgente.

Fiquem tranqüilos poderosos que têm medo do PCC: ninguém irá tocar em vocês.

Não que vocês não merecessem passar uma noite no Circo dos Horrores que é a vida que vocês com sua hipocrisia criaram. Não Sr. José Luiz Datena, apresentador do programa “Brasil Urgente” da rede da TV Bandeirantes, o senhor mereceria sim sentir na pele o que é ser um moleque sem esperança e sem futuro, mas não passará por isso levado pelas mãos da facção que o senhor está acusando em alto e bom som.

Não houve um plano engendrado por mentes brilhantes para seu seqüestro. Balela de circo, do seu circo, para seu público. Aqueles que crêem no senhor são os mesmos que acreditaram no Gugu. Ora, imagine meu amigo, o seu seqüestro tinha dia e hora para acontecer e usaria apenas uma moto Suzuki roubada com placas de Belém do Pará. Começa aí o absurdo. Nem para levar um papo reto com um desafeto se faz um planinho assim chinfrim.

Fere a lógica, fere o bom-senso, mas nada disso impedirá que sua audiência vá às alturas. Novamente sob um cadáver, mais um. E os mais fracos sempre são carne farta para ser entregue aos abutres – que não questionam! E o Primeiro Comando da Capital hoje é a matéria prima deste corpo que você quer distribuir.

Então vá, o faça. O PCC está mais estruturado hoje que em 2006 e não precisa e não quer manifesto. Tudo ao seu tempo e agora a organização está colhendo os frutos de suas conquistas. Conquistas, aliás, maiores que a do seu programa:

Qual é a audiência que seu programa tem 50%? Oras, em várias cidades do estado a facção domina 100% de um nicho de mercado muito mais rentável que o do seu programa – os entorpecentes. Os clientes estão em toda a parte, inclusive nas emissoras de televisão e nas festas requintadas da alta sociedade.

Millor Fernandes dizia que o homem é o único animal que ri, e é rindo que ele mostra o animal que é. E creio que aqueles que fizeram para o senhor essa denúncia estão agora rindo, rindo de como foste crédulo. E creio que o senhor quando divulgou essa denúncia sabia que não tinha cabimento, mas mesmo assim divulgou, pois isso lhe daria mais IBOPE, e riu por dentro daqueles ingênuos que acreditaram, riu, pois o homem é o único animal que ri.

A imprensa, inclusive o senhor, é peça fundamental em todos os setores da sociedade humana, já o ostracismo tem sido a chave do crescimento da facção, onde longe das câmeras todos os negócios são resolvidos e áreas dominadas, mas é necessário haver glamour. Os garotos das correrias gostam de mulheres, dinheiro e fama. Humildade é palavra chave na comunidade, mas na vida real o dinheiro e as mulheres vêm sozinhos, mas a fama, bem, aí é que o senhor entra.

Pelos próximos meses a fama está garantida graças a essa reportagem. Millor também dizia que o otimista é aquele que não sabe o que espera, e tenho que confidenciar por esta eu não esperava.

Qual a razão do GAECO se focar no PCC?

Naquele momento não pude, ou não quis, dizer que você estava errado, até tentei, tomei cuidado com as palavras para não concordar com você, mas agora volto aqui para lhe pedir desculpas. Eu não estava preparado para aceitar à hipocrisia e os métodos que são utilizados por eles para me fazer de otário, sempre! Sim, sou um otário e agora vim aqui admitir isso.

Não diga que também não é assim só para me sentir “menos pior”, pois sabemos que de fato é assim mesmo. Meus olhos se abriram para a realidade ao ler a entrevista do procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado que é coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), e a leitura do texto diz tudo aquilo que você previa.

Tempos atrás, você me disse que GAECO, acabaria em nada, e em um momento ou outro seu trajeto traçado, abandonando o combate ao crime organizado de colarinho branco que infestam os altos escalões de todos os três poderes, para sair caçar o PCC, o tráfico de drogas, a pornografia infantil, ou qualquer outra coisa que desse uma justificativa moral.

Dito e feito. Não se passou um ano e o redator do informativo MidiaNews.com.br relatou que o Dr. Jorge do Prado declarou que “não deixou de lado o enfrentamento da corrupção, (…) entretanto, o GAECO começou a focar suas ações no combate ao tráfico de drogas e ao cerco ao chamado ‘Novo Cangaço’ (…) que tem ligação como o PCC – Primeiro Comando da Capital.”

Que é que se faz quando um lobo se mete num rebanho? Mata-se. E é assim que funciona em nossa sociedade. Antigamente um fugitivo enganava os perdigueiros que seguiam em seu encalço disfarçando suas pistas e criando falsos caminhos, e hoje isso nada mudou. Quem está no controle da máquina é quem determina quem ficará a frente de cada função…

Enquanto a ira da sociedade se voltar contra o PCC, as drogas e a pornografia, eles podem manter-se em paz, furtando o erário público e nos fazendo de otários. E eu, entre muitos outros continuaremos aplaudindo. Caí neste conto como inocente útil, confesso-me agora perante você, que teve a coragem de rir de mim quando eu não acreditei de você.

Caro amigo, você com sua perspicácia saberia me dizer se o promotor Dr. Jorge do Prado é assim como eu um inocente útil, ou será fará parte da trama? Ele foi escolhido por acreditar que o caminho que segue é o correto e aqueles que manipulam os cargos se aproveitaram deste ideal ou será que ele orquestrou esta mudança de modo a tomar o poder dentro da hierarquia do Ministério Público aproveitando-se dos interesses políticos e econômicos o apoiariam? Me esclareça caro amigo, confio agora em sua visão e sapiência.

3ª Cãominhada de Itu – evento ou plágio

Recebi um e-mail denunciando o uso indevido da marca não registrada “Cãominhada”, apropriando-se da autoria das versões anteriores. Quem assinaria seria “Sheila Ferreira” que de fato tem seu nome vinculado as outras edições (VEJA AQUI), e foi enviado por um endereço confiável bichos@bichossa.com.br. Somado a tudo isso temos a matéria do Itu.com.br que esclarece que de fato já houve a 3ª Cãominhada no dia 25 de setembro (VEJA AQUI) e temos o costume da atual administração de construir manchetes e não realidades. Quem não se lembra do recorde de arvores plantadas no mesmo dia (onde hoje fica o Novo Centro) e a pintura da Avenida Galileu Bicudo chamando aquilo de Ciclovia. Não ousando duvidar da triste acusação e passo então divulgar aqui neste blog, publico-a assim como a recebi. Por outro lado o evento promovido pela Secretaria do Turismo está amparado por uma Lei Municipal, o que significa que houve debate na Câmara Municipal e apreciação pública, e teria sido o local e o momento certo para se manifestar, mas… não vou entrar no mérito da questão, apenas publicar o que me chegou:
Carta de esclarecimento a secretaria de Turismo de Itu e a população
Nós, da Bichos S/A que realizamos todos os anos a Cãominha de Itu, declaramos através desta nosso repúdio ao oportunismo da Secretaria de Turismo pela realização do evento no dia 30/10/2011, intitulado 3ª Cãominhada de Itu.
Como é de conhecimento de todos, a Bichos S/A realiza desde 2009 os passeios caninos que tem caráter apartidário e objetiva conscientizar a população a respeito dos maus tratos e a posse responsável de cães. Hoje (21/10/11) fomos questionados se estaríamos realizando outra Cãominhada, já que a Secretaria de Turismo ao divulgar o evento como “3ª Cãominhada de Itu” se apresenta como realizadora das edições anteriores, feitas pelo Bichos S/A: inclusive ignorando a 3ª Cãominhada de Itu realizada no último dia 25 de setembro de 2011.

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Se este não é o objetivo da Prefeitura, fica aqui a pergunte: Se esta é a 3ª Cãominhada realizada pela Secretaria, quando aconteceram a 1ª e 2ª edições?
Enxergamos a atitude da Secretaria como um enorme desrespeito aos motivos pelos quais nos reunimos anualmente, e a entendemos como uma tentativa de se aproveitarem de nossos esforços em seu benefício próprio.
Ao se apossar das Cãominhadas anteriores, a Prefeitura passa a imagem de estar engajada em algo que na realidade não está. O comportamento da Secretaria de Turismo se agrava ao não das clareza ao evento, deixando dúvidas quanto a sua real intenção, afinal este evento aconteceu a pouco tempo, com o apoio da mesma secretaria e prefeitura, na forma de policiamento, ambulância, etc, mas hoje eles lançam o mesmo evento, afinal qual sua intenção? Auto-promoção? De quem? E porquê?
Nós da Bichos S/A somos a favor de qualquer evento que tenha como objetivo ajudar a causa animal, mas não podemos deixar de repudiar ações como essas, onde o poder público se apossa do trabalho de outras pessoas e o divulga como se fosse dele.
Esperamos que a Secretaria de Turismo realize seu evento, mas que não use as Cãominhadas anteriores como se fossem realização própria, e que esclareça o fato para a população.
Obrigado
Sheila Ferreira
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O advogado de Descalvado e a Guarda Municipal.

Os antigos diziam que as palavras eram de prata e o silêncio era de ouro, mesmo naquele tempo em que as palavras voavam e o que se dizia aqui não se ouvia acolá…

O tempo passou, o mundo se globalizou, e cada um de nós ficou mais perto do outro. Cada palavra deve hoje ser pensada e repensada antes de ser jogada ao vento — elas podem ir ao longe.

Geraldo Belli Jr. é um quintoanista de direito da bela cidade de Descalvado que não tinha idéia que alguém longe dali leria com atenção suas palavras tão bem escritas: “A guarda metropolitana não é uma polícia ostensiva, assim como não possui poder de polícia,e, sonsequentemente, não exerce também funções de Polícia Administrativa.(Copiado de acordo com o original)

Recorro a Otoniel Morais que estava passando pelo mesmo recanto para esclarecer. Ele diz: “policiamento ostensivo (ostenta uniforme), vez que ela está no contexto de segurança pública. Essa interpretação pontual do §8º de forma isolada é errado. Texto sem contesto é pretexto. A forma certa de interpretar a constituição é a forma sistêmica, analisando toda a constituição e observar-se-á ueq está no contexto de policia. É legal usar dispositivos e estar nas ruas, pois as ruas é patrimônio do município.” Portanto Belli Jr.: se está fardado, está ofensivo, e isso sequer está em discussão. Hoje, ninguém mais questiona a farda dos guardas municipais, isso já ficou no passado, como há de ficar o tal poder de polícia.

Mas o futuro Dr. Belli Jr. ainda nos abrilhanta com a seguinte consideração: “Não agem contra a Carta Magna ao usarem viaturas caracterizadas, porque o simples fato de usarem tais veículos não significa que possuem ou exerçam qualquer poder de Polícia.(sic tb) E não há de ver que ele está certo. De fato não é o veículo que faz o monge, mas o cipoal de leis que revestem os atos de poderes. Mas fico contente por Belli Jr. achar que os guardas civis municipais podem “andar de viatura que nem polícia“.
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Não contente com as pérolas ditas até aquele momento, Geraldo Belli Júnior, futuro advogado da promissora cidade de Descalvado declara: “Eles estariam exercendo realmente esse poder se estivessem exigindo identificações dos cidadãos, estiverem fazendo revistas pessoais a bel prazer, etc.” Neste ponto cabe uma pequena correção: bel-prazer possuí hífen, aliás, todas as linha contêm erros de português, mas só estou chamando atenção para este pois existe um pequeno e simpático artigo a respeito. Mas não só existe erro na ortografia, mas no sentido literal da frase. Se considerarmos o que o digno estudante declara teremos que considerar como fonte do direito o ato, mesmo que ilícito. Se “estiverem fazendo revistas pessoais a bel prazer” … eles passam a deter o poder de polícia.

“Enquanto (os guardas) ficarem quietinhos no cantinho deles, mesmo que sejam espalhafatosos, eles estarão ajudando um pouco.”

Apesar de todos os absurdos anteriores, esta última frase merece um lugar de destaque em nossas mentes e nos nossos corações. Demonstram toda a maturidade do autor: Geraldo Belli Jr.

Existem em Itu, excelentes advogados criminalistas, com os quais muitas vezes acabamos trabalhando em posições não tão opostas. Nós, guardas  municipais temos que colocar os infratores atrás das grades e aos advogados cabem a obrigação de tentar tirá-los de lá. No cerne ambos trabalhamos em prol da aplicação da Justiça, com direito ao contraditório e formação de provas. Ambos precisamos atuar de maneira competente para o bem da sociedade como um todo.

Faço votos que o povo de Descalvado tenha um sistema de justiça adequado, apoiado por profissionais preparados para servir a lei e a justiça, trazendo assim tranqüilidade ao seu povo.

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