Contrainteligência, a Facção PCC e a razão inadequada do termo

Embarque nessa jornada de análise da facção criminosa PCC 1533, à luz do termo “contrainteligência”. Explore conosco se a definição realmente se aplica a esse grupo e o que isso significa para a nossa compreensão do mundo do crime.

“Contrainteligência” – um termo intrigante, surge no cenário do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), como um reflexo obscuro da Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP). Mas, nesse jogo de sombras, quão bem esse termo se encaixa na realidade da organização criminosa?

Analise comigo as táticas de contrainteligência dessa facção criminosa. São métodos peculiares, experimentais, desenhados por e para criminosos. No entanto, essas táticas suscitam questões inquietantes: deveríamos realmente utilizar a definição do termo “contrainteligência” neste contexto?

Junte-se à discussão nos comentários, no nosso grupo de leitores, ou envie uma mensagem privada para mim. Vamos desvendar juntos essa trama enigmática.

Contrainteligência do PCC: Desvendando o jogo de sombras

Só mergulhando bem fundo no mundo do Primeiro Comando da Capital, a gente encontra traços do que normalmente chamamos de contrainteligência. A irmandade do crime parece ter estratégias que lembram um pouco os princípios da Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP).

Mas aí bate uma dúvida: podemos realmente chamar essas estratégias do PCC de contrainteligência? Pode ser que o jeito de agir do PCC seja mais na base da tentativa e erro, sem tanta qualidade, padrão ou regularidade. Mas será que, mesmo assim, dá pra colocar isso tudo no mesmo pacote e chamar de contrainteligência?

Essa questão surgiu quando eu estava ouvindo o podcast Razão Inadequada. Os podcasters dizem que, segundo o filósofo Platão, pra entender o mundo a gente precisa de definições bem claras. E isso vale até quando a gente tenta definir se a facção paulista PCC usa ou não a tal da “contrainteligência”.

No episódio chamado “Filosofia Plutônica”, os apresentadores falam sobre como é importante dar o nome certo para as coisas, mas também que a gente tem que entender que nem sempre as coisas são tão certinhas e definidas. Por isso, não vou dar uma resposta definitiva aqui, só mostrar os fatos.

Então, quando a gente chama as estratégias do PCC de “contrainteligência”, estamos vendo a realidade como ela é ou só vendo a realidade como queremos que ela seja? Se quiser, você pode ir ouvir o podcast e entender mais sobre os desafios que os astrônomos tiveram ao reclassificar Plutão, ou fica aqui comigo e vamos juntos tentar entender melhor essas atividades do PCC que a gente chama de contrainteligência.

Contrainteligência e Lavagem de Dinheiro

Quando comecei a escrever este texto, percebi que os Rafaeis, os podcaster do Razão Inadequada, tinham razão ao falar sobre a importância de explicar bem as palavras. Quando falei no nosso grupo de WhatsApp dos leitores do site que o próximo artigo seria sobre contrainteligência, a conversa foi só sobre lavagem de dinheiro!

Uma coisa não pode ao mesmo tempo ser ou não ser, ou ela é, ou ela não é. Segundo Parmênides, filósofo pré socrático, ou o ser é absolutamente ou não é e nunca pode ser, todo o resto é ilusão.

um dos Rafaeis

Contrainteligência e lavagem de dinheiro são coisas diferentes, embora uma organização possa usar uma, outra ou as duas nas suas atividades. Cada uma tem seus próprios objetivos e maneiras de agir.

Lavagem de dinheiro é uma prática ilegal que serve pra fazer dinheiro que veio do crime parecer que veio de lugares legais. É uma técnica usada por grupos criminosos para esconder a origem do dinheiro ilegal e transformando-o em dinheiro limpo dentro do sistema financeiro, propriedades, negócios ou mercadorias legais. Tipo assim, aquele helicópitero que não era do André do Rap e teve que ser devolvido pela Justiça.

Protegendo as informações

Por outro lado, Contrainteligência é quando uma organização faz de tudo pra proteger suas informações contra a polícia ou grupos inimigos. Isso inclui descobrir e neutralizar ameaças, impedir a ação de caguetas e traidores e evitar a infiltração de inimigos ou policiais. Na prática, as atividades de contrainteligência podem ser desde proteger os locais físicos até cuidar da segurança na internet e analisar possíveis ameaças.

Integrantes da facção ou moradores da comunidade que colaboram com policiais ou com os inimigos recebem vários nomes dentro da organização: X9, cagueta, araque e boca aberta.

Portanto, enquanto a contrainteligência se preocupa em proteger informações e evitar bisbilhotagem, a lavagem de dinheiro se preocupa em esconder de onde veio o dinheiro ilegal. A contrainteligência pode ser usada pra dificultar a descoberta das atividades de lavagem de dinheiro pela polícia.

Essas táticas de contrainteligência podem ser desde trocar o celular regularmente, usar VPN, a Dark Web ou Deep Web, passar o aparelho celular para terceiros fora do crime, até criar empresas fantasmas ligadas a pessoas que não têm nada a ver com o crime, sem que elas saibam, deixando pistas falsas para a polícia. Além disso, pode incluir o recrutamento de informantes dentro da própria polícia e da Justiça.

Contrainteligência e Contraespionagem

Então, poderíamos realmente dizer que o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital emprega contrainteligência? Se, como mencionamos, isso difere da lavagem de dinheiro, mas pode funcionar como um escudo para essa prática criminosa, incluindo a tentativa de detectar agentes infiltrados e informantes da polícia, poderíamos igualar isso à contraespionagem?

Parece que sim! Desde uma boca de fumo até um mega esquema de tráfico transnacional ou um pequeno grupo de criminosos de rua, até megaoperações criminosas para resgate de presos ou assalto a transportadoras de valores, os integrantes tem a preocupação de criar mecanismos de contraespionagem.

Eles tentam descobrir e eliminar quem está infiltrado ou dando informações para a polícia ou para outros grupos criminosos. E olha só, eles levam isso tão a sério que até colocaram uma punição pra isso no regulamento interno do PCC!

8. Caguetagem:

Fica caracterizado quando são exibidas provas concretas ou reconhecimento do envolvido. A sintonia deve analisar todos os ângulos, porque se trata de uma situação muito delicada. Punição: Exclusão, cobrança a critério do prejudicado.

Dicionário de 45 ítens do Primeiro Comando da Capital

Também está no Estatuto da Facção em dois pontos:

6 Item: O comando não admite entre seus integrantes, estupradores, pedófilos, caguetas…

17 Item: O integrante que vier a sair da Organização e fazer parte de outra facção caguetando algo relacionado ao Comando será decretado…

Estatuto PCC de 18 ítens

Vira e mexe a gente vê na TV sobre esses tribunais do crime do PCC e até vídeos de execuções de gente que fazia parte do grupo ou que vivia na comunidade e decidiu trabalhar com a polícia e os inimigos. Isso sem dúvida mostra que o serviço de contraespionagem do PCC está funcionando.

Contraespionagem e a contrainteligência do PCC na TV

Pedi no grupo de leitores do site por sugestões de séries ou filmes que mostrassem algum caso onde houvesse ação da contraespionagem do PCC. A Baixinha, companheira do 67, me contou o caso do personagem Lindão do seriado Sintonía, da Netflix. Deixa eu te contar o que ela me disse:

Lindão inicia um esquema pra lá de ousado: ele desvia produtos da facção PCC, ao mesmo tempo, passa informações sobre a organização criminosa para a polícia. É tudo em benefício próprio, uma jogada arriscada e que pode ter um fim nada bom.

Ele se mete num jogo de dois lados bem perigoso, equilibrando o que é melhor pra ele com as consequências que suas ações podem trazer. Se descobrissem que ele estava desviando carga do bando, ele com certeza seria punido. E se descobrissem que ele estava cooperando com a polícia, bem, aí a traição seria castigada de maneira bem severa.

A relação dele com a polícia é um jogo de informações, um jogo que a qualquer momento pode dar errado pra ele. A polícia pode usar ele até não precisar mais e depois largar Lindão na mão. E no final das contas, o cagueta acabou caindo numa investigação feita pelos próprios integrantes do bando.

A história do Lindão, mesmo sendo de ficção, mostra o que acontece de verdade por aí. Se você ainda não assistiu, eu recomendo, é uma série imperdível pra quem quer entender a realidade do Primeiro Comando da Capital. E o melhor de tudo é que não foi produzido por uma emissora de TV grande que tem medo de perder incentivos ou que tem medo do povo que não é tão “de bem” assim.

É importante notar, e os mais observadores já perceberam, que tanto na imprensa quanto na série, e até mesmo na própria organização criminosa, não há menção desses dois conceitos:contrainteligência e contraespionagem. Geralmente, as casos são chamados como: o Tribunal do Crime, a Sintonia dos Disciplinas ou do Bonde do Pé Quebrado.

Os Rafaeis do Razão Inadequada e eu, estamos ansiosos para descortinar estas questões ao avançar na discussão. Mas, assim como cada detalhe conta, cada palavra tem peso, essa ausência de citação destes dois termos é uma pista que não podemos ignorar, e eu prometo que tratarei disso mais à frente.

Construindo uma ficção baseada na realidade

Tanto Síntonia quanto Irmandade tiveram a opinião de quem realmente sabe do que tá falando. E olha só, até eu, que sou um mero coadjuvante nessa história, fui perguntado por alguém que participou da consultoria sobre alguns detalhes. E eu, quando não tinha certeza, repassava a questão para o então Geral das Trancas do MS ou um companheiro fiel do Paraná, dependendo da questão. Olha só o nível!

Baixinha também compartilhou outras histórias de caçadas a espiões na série Irmandade, mas, ei, vou guardar alguns segredos para a próxima vez. Já soltei spoilers demais por hoje!

Diferindo contraespionagem de contrainteligência

Mas afinal, o que é a contraespionagem e o que a difere da contrainteligência.

A contraespionagem é um conjunto de ações para descobrir, identificar, avaliar e parar ações de espionagem por parte de uma organização rival, inimiga ou de outro país. Isso inclui controlar quem está chegando de fora da organização ou do país, criar redes de informantes, infiltrar agentes, recrutar agentes inimigos, policiais e funcionários públicos e trabalhar junto com outros grupos ou países aliados para diminuir a ação dos inimigos.

Agora, enquanto a contrainteligência tem um foco mais amplo e pode usar várias táticas e estratégias, a contraespionagem é um pedaço mais específico da contrainteligência, voltado especialmente para prevenir e parar a espionagem. Portanto, a contraespionagem é uma parte de algo maior, que é a contrainteligência.

Então, se está claro que o Primeiro Comando da Capital possui mecanismos de contraespionagem, ainda não está claro que possui mecanismos de contrainteligência, e o Diabo mora nos detalhes.

Que reconhecem a existência da contrainteligência do PCC? (ou quase)

Álvaro de Souza Vieira e Renato Pires Moreira, além de suas funções como policiais militares de Minas, dedicam-se também à pesquisa acadêmica. Em um de seus artigos, eles apontam sinais de práticas de contrainteligência e contraespionagem na organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Neste contexto, convido a todos para explorarmos juntos um resumo dos principais argumentos apresentados por eles. E para aqueles que tiverem interesse em aprofundar-se no tema, recomendo a leitura integral do artigo.

É incontestável que há sinais de Contrainteligência no seio da facção paulista. O PCC, com um toque de sutileza, replica táticas reconhecidas de contrainteligência, que vão desde a disseminação de desinformação e ocultação de provas criminais, até à infiltração nas forças de segurança.

As ações do PCC apresentam semelhanças com as metodologias da Contrainteligência, partindo dos primeiros movimentos do grupo e seguem um padrão, sejam eles o manejo de informações privilegiadas, ou a criação de subterfúgios para desviar a atenção das autoridades.

Curiosamente, as estratégias de recrutamento do PCC envolvem atribuição de responsabilidades a indivíduos sem antecedentes criminais e a adolescentes infratores, numa manobra astuta para desorientar as autoridades e manter-se discretamente no anonimato. Este protocolo astucioso, projetado para manter a organização fora do radar de suspeitas, destaca as habilidades de contrainteligência do grupo.

Também vemos o uso de contrainteligência na coleta e manipulação de dados pelo PCC. Como parte de suas estratégias, eles exploram diversas fontes para reunir informações sobre agentes públicos ou instituições financeiras, com o objetivo de planejar atividades criminosas.

Assim como a DNISP, o PCC utiliza táticas de contrainteligência para proteger e salvaguardar suas informações, incluindo a proteção de documentação sensível, rotas, locais de estoque, e qualquer dado que possa revelar detalhes como o número, localização, nome ou funções de membros, contabilidade relacionada ao tráfico de drogas e aquisição de armamento.

Este artigo foi redigido com base no artigo “Análise de Inteligência: Das Ações Ideológicas Disciplinares e Correcionais Promovidas pelo Primeiro Comando da Capital”, de autoria dos Policiais Militares de Minas Gerais, Álvaro de Souza Vieira e Renato Pires Moreira.

Negando o contorno

Não é por praticidade, é por questão política. Quando você dá um nome, essa coisa passa a existir. Você dá um nome, você dá um contorno. Essa coisa ganhou controno. Alguém vai ter que entrar no Google e pesquisar na intenet…

Rafaeis do Razão Inadequada

Em minhas conversas com o jornalista italiano Francesco Guerra, discutindo a possível presença do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital na região amazônica, um detalhe me intrigou: que razão inadequada a Polícia Federal teve ao optar por usar o termo “facções criminosas”.

Faz um bom tempo que eu venho falando que o PCC tem pouca presença nessa região, mas sem dúvida tem uns membros lá. No entanto, não acredito que eles estejam lá de forma muito estruturada, com todo o poder que a facção poderia oferecer. É mais provável que existam milícias ligadas às forças armadas, à polícia e a pessoas envolvidas com madeireiros, grilheiros e minedores, do que líderes da facção vindos de São Paulo para tomar conta da região.

Não se esqueça, os detalhes fazem toda a diferença e às vezes as palavras podem revelar mais do que a pessoa que as usa quer dizer. Por que a Polícia Federal usaria “facções criminosas” em vez de “organizações criminosas”? Eu diria que isso pode ser por causa do preconceito social.

O termo “facção criminosa” é comumente ligado à pobreza, à pele morena, à falta de escolaridade e aos bairros periféricos das grandes cidades. Já “organização criminosa” parece algo mais sério, mais formal, mais aceitável. E lá, ao que tudo indica não são faccionados que estão agindo, mas milicianos, ligados às elites locais. A PF acabou por afirmar pela escolha das palavras, aquilo que não ousou dizer.

Por razões semelhantes, são poucos os profissionais de segurança pública e pesquisadores que ousam afirmar que o Primeiro Comando da Capital tem divisões de contrainteligência e contraespionagem, pelas mesmas razões. Infelizmente, preconceitos e estereótipos frequentemente impedem que esses termos sejam usados.

Conhecendo o contorno

Um dos membros do nosso grupo de WhatsApp do site mandou um áudio mostrando o intricado caminho que uma informação precisa seguir antes de ser processada. E o seriado Sintonia, que mencionei antes, coloca no vídeo uma ação investigativa que é tão complexa quanto qualquer investigação policial.

Nos debates para criar este artigo, um membro do nosso grupo de leitores do site, “Louvain Leuven 1912”, destacou algo interessante.

Talvez no Brasil, a Polícia Federal seja a única que realmente usa tecnologia avançada em suas operações de inteligência, apesar de termos a ABIN também.

Se você não está familiarizado com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que foi mencionada por Louvain, eu altamente recomendo ouvir o testemunho do General Heleno no podcast “Medo e Delírio em Brasília”. As informações compartilhadas pelos apresentadores vão ajudar a esclarecer as conclusões finais deste artigo: se a facção paulista realmente possui ou não um setor de contrainteligência e contraespionagem.

No entanto ao contrário do que sujere Louvain, a contrainteligência não é definida apenas pela presença de equipamentos sofisticados. Então, seguindo o raciocínio dos Rafaelis, temos que perguntar: qual é o limite? Onde traçamos a linha entre o que é contrainformação e o que é simplesmente caçar infiltrados? Essas são perguntas que precisamos considerar cuidadosamente para entender completamente o conceito de contrainteligência.

Ganhando contorno

Vamos verificar em quais características que definem a contrainformação a facção paulista se enquadraria:

  • 👍🏻Atividade de Estado ou organização, civil ou militar, lícita ou criminosa.
  • 👍🏻Prevenir que informações sensíveis ou confidenciais caiam nas mãos erradas.
  • 👍🏻Detectar e identificar indivíduos que possam estar espionando uma organização ou nação.
  • 👍🏻Plantar informações falsas para confundir ou enganar adversários.
  • 👍🏻Proteger informações, especialmente as digitais, de acesso não autorizado.
  • 👍🏻Realizar atividades para frustrar ou prevenir atividades de espionagem.
  • 👍🏻Analisar e avaliar as ameaças potenciais para uma organização ou nação.
  • 👍🏻Avaliar os riscos associados a diferentes ameaças e determinar a melhor maneira de mitigá-los.
  • 👍🏻Executar operações secretas para obter informações ou frustrar atividades adversárias.
  • 👍🏻Treinar o pessoal sobre como proteger informações sensíveis e detectar potenciais ameaças.
  • 👍🏻Realizar investigações dentro da própria organização para identificar possíveis ameaças ou vazamentos de informação.
  • 👍🏻Trabalhar em conjunto com outros serviços de inteligência para compartilhar informações e combater ameaças mútuas.

Concluindo o contorno

Parafraseando os Rafaeis, eu arriscaria dizer que não é uma questão técnica, é uma questão política que impede que chamemos essa atividade pelo seu nome correto. Tememos que, ao fazer isso, ela ganhe existência. Se lhe déssemos o nome correto, estaríamos dando um contorno. E, então, uma vez que ganha contorno e visibilidade, aqueles que apontavam para as sombras e negavam a existência de tais atividades teriam que de fato confrontá-las.

Vamos ser honestos, se o que a ABIN faz é contrainformação e contraespionagem, depois do vexame da tentativa de golpe junto a Bolsonaro, apesar de todo investimento e tecnologia e de estar sob o comando de militares repletos de estrelas e diplomas, a organização criminosa Primeiro Comando da Capital deveria se orgulhar do trabalho de seus “sintonias”, “bondes” e “moleques”. Afinal, eles apresentam um resultado muito melhor em contrainformação e contraespionagem.

No entanto, como lembraram os Rafaeis do Razão Inadequada, não há notícias que Plutão tenha ficado triste ou dados a menor importância para o fato de ter sido rebaixado de planeta para planetoide, e da mesma forma, os integrantes da organização criminosa, não estão nem aí se são considerados agentes de contrainformação ou moleques do bambu.

Na verdade, nem Plutão e nem os integrantes da facção, ligam para as definições que recebem dos humanos aqui da terra. Apenas seguem cada qual na sua caminhada. Eles não querem ser nada, eles apenas são, e pronto. Nós é que temos necessidades de boas definições. Isso é importante para nós, e não para eles.

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