Policial morto na Bolívia: um caso que evoca lembranças pessoais, as quais compartilharei com vocês na primeira parte deste texto, antes de abordar em detalhes o misterioso assassinato do sargento Mendoza.
Sob a Sombra da Desconfiança: A Rotina da Viatura Policial
Eu sou destro, isso é, minha mão forte é a direita e é com ela que eu seguro a arma, mas durante um tempo, meu velho 38, que uso até hoje, não saía da minha mão esquerda.
Uma viatura policial de patrulhamento de área é composta por dois policiais, o mais novo dos dois é o motorista e o mais experiente é o encarregado, ou pelo menos era assim naquele tempo.
O padrão operacional ditava que o motorista mantivesse a arma fora do coldre no meio das pernas para poder ter uma reação rápida em caso de necessidade.
A Mudança dos Protocolos
Hoje esse padrão foi abandonado, pois na prática verificou-se que o motorista tem melhor resultado operacional que se concentrar em dirigir o veículo de maneira tática, ofensiva e defensivamente.
Além disso, acontecia da arma cair durante as manobras no piso da viatura ou durante o desembarque no chão, podendo custar a vida da equipe.
O Peso da Desconfiança
Estou contando todos esses detalhes para você poder entender o que acontecia, e visualizar, quem sabe até sentir em sua própria pele as emoções pelas quais eu passei — vai da sua capacidade de empatia e imaginação.
Agora, você deve trocar de lugar comigo:
Imagine você sentado no banco do motorista dirigindo a viatura, com sua mão forte, a direita, ao volante, e com sua mão fraca, a esquerda, segurando o cabo do 38 que ficava nas pernas, e sua atenção deve ser o trânsito e os possíveis suspeitos que circulam ao seu redor.
Mais a frente você entenderá a razão da escolha da mão da direção e da arma.
Agora, você deve trocar de lugar com o encarregado:
Imagine que está sentado no banco do passageiro, com as duas mãos livres e a arma na mão direita rente a parede da viatura. Você não precisa olhar o trânsito e pode olhar para onde quer, seja para fora, seja para dentro, incluindo para o motorista da viatura enquanto ele dirige.
Agora, você deve trocar de lugar com uma pessoa que vê a viatura passando em seu bairro:
Certamente, você ou essa pessoa, pensaria que a maior preocupação daquele motorista seria não ser morto a qualquer momento, mesmo dentro da viatura por seu parceiro.
A Convivência com o Medo
Durante as semanas que trabalhei com um determinado parceiro, sempre fiquei com a mão esquerda na arma, pois se ficasse com a direita ele poderia segurá-la com sua mão livre enquanto atirava em mim com a outra.
Eu só relaxava quando estava em patrulhamento pela área central onde um ataque seria impossível, mas, principalmente quando íamos para a zona rural, eu nunca tinha certeza que ele não armaria minha morte por trairagem.
O Jogo de Xadrez do Silêncio
No entanto, o clima era ameno e as palavras eram jogadas com cuidado de um jogo de xadrez, permitindo que ninguém, colegas ou cidadãos, soubessem o que se passava naquela viatura.
Lembranças que Permanecem
Cada um de nós guarda em nossa mente lembranças que ficam guardadas, à espera de uma oportunidade para saltar para fora, e essa notícia do policial morto na Bolívia me lembrou esses momentos.
O Enigma do Policial Morto na Bolívia: Sargento Mendoza e a Busca por Justiça
Caro leitor do Site PCC 1533,
É com grande interesse que relato a você um caso que tem me intrigado nos últimos dias, a estranha morte do sargento Oliver Ramiro Mendoza Órias, ocorrida na província Andrés Ibáñez, no departamento de Santa Cruz, Bolívia.
A região, situada no coração da América do Sul, é conhecida por sua diversidade cultural e paisagens deslumbrantes, e o município de La Guardia, em particular, é famoso por seu mirante, que oferece uma vista panorâmica da cidade e das áreas circundantes.
E onde ocorreu esse terrível crime.
A Estranha Morte do policial morto na bolívia
Detalhes que Desafiam a Versão Oficial
No dia 4 de abril, por volta das 13 horas, o sargento Mendoza encontrou seu fim trágico no mirante de La Guardia.
A versão oficial é que ocorreu uma troca de tiros com traficantes, possivelmente ligados à organização criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital.
No entanto, há diversos pontos que colocam em dúvida a versão apresentada pelos colegas de Mendoza, e a família do falecido sargento tem clamado por justiça e respostas mais claras.
Permita-me ressaltar algumas questões que tornam a versão oficial menos plausível.
Primeiramente, é curioso que Mendoza tenha sido morto dentro do carro do suspeito e com um tiro na têmpora disparado a menos de 80 centímetros de distância.
Em uma troca de tiros, é difícil imaginar como o suspeito teria se aproximado tão perto de Mendoza sem ser percebido pelos colegas.
Além disso, os próprios policiais que estavam presentes não conseguem fornecer informações precisas sobre o número de criminosos envolvidos, apesar de saberem que fugiram de moto pela mata ao lado do mirante.
Tais detalhes imprecisos e contraditórios levantam suspeitas sobre a integridade do relato.
Família Exige Respostas e Inclusão dos Colegas na Investigação
A família de Mendoza tem razões para acreditar que algo estava acontecendo entre ele e seus companheiros, e eles solicitaram que a Promotoria de Justiça investigue os policiais que estavam com Mendoza em seus últimos momentos.
A tia do falecido, Shirley Morales, expressou suas dúvidas aos repórteres e pediu que os colegas de Mendoza sejam submetidos exame residuográfico de pólvora, para que possam determinar quem realmente atirou.
Dada a complexidade do caso e a quantidade de detalhes que não se encaixam, não posso deixar de compartilhar a preocupação da família de Mendoza e questionar a versão oficial dos eventos.
As Contradições e Perguntas Sem Respostas:
A Imprensa e o que Realmente Aconteceu naquela Tarde Fatídica?
Como o leitor do Site PCC 1533, confio que você também estará ansioso por mais informações e, juntos, talvez possamos descobrir a verdade por trás dessa tragédia.
Antes de concluir esta carta, gostaria de expressar meus sinceros parabéns ao noticioso Del Beder pela coragem em divulgar esses fatos cruciais.
Infelizmente, é comum que a imprensa se limite a reproduzir a versão oficial em casos como este, atribuindo o crime a traficantes que supostamente dominam o país e, assim, ocultando a verdade por trás de ações e mortes.
A atitude do Del Beder é um lembrete importante da importância do jornalismo investigativo e da busca pela verdade.
Com os melhores cumprimentos,
Wagner do Site
O narcotráfico está ganhando esta batalha contra o Estado, demonstrando supremacia no controle do território (…) Esses cartéis de drogas são organizados no exterior por grupos como Los Chapitos (um grupo de narcotraficantes do México), o PCC (Primeiro Comando da Capital), grupos combinados com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, claro, eles têm equipamentos e armas de melhor qualidade do que as forças de ordem.
coronel do Exército da Bolívia Jorge Santistevan
fonte dos dados desse artigo: Matan a otro policía y ya son seis los asesinados en un año