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O Primeiro Comando da Capital está divido?
A morte de Gegê do Mangue e Paca não foi o fim, mas o começo de um movimento dentro do Primeiro Comando da Capital. O assassinato de Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, confirma essa teoria.
A Queda da Bastilha, a Proclamação da Independência, o fim do Regime Militar, o massacre do Carandiru e o assassinato de Jorge Rafaat Toumani, foram apenas momentos onde a tensão atingiu seu ponto de ruptura, marcando o ponto onde uma força, que aos poucos crescia passou assumiu uma posição.
Com a facção Primeiro Comando da Capital não poderia ser diferente, e para quem estuda a história da facção o momento é de muita atenção, se não tensão.
Enquanto pessoas que não tem a mínima condições de entender o que está acontecendo postam “kkk um a menos”, a história está tomando um outro rumo, e ninguém pode com certeza para qual direção seguirá.
Pessoas morrerão nos próximos anos por que Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue e Fabiano Alves de Souza, o Paca, morram, por outro lado, outras que morreriam vão ser poupadas.
Não fique certo que você ou alguém que você conheça talvez não viva ou morra por isso, pois todos nós estamos no mundo sob a influência do que aconteceu durante a Queda da Bastilha, da Proclamação da Independência, do fim do Regime Militar, do Massacre do Carandiru e do assassinato de Jorge Raffat Roumani.
Alguns apenas não tem consciência disso, mas esses fatos históricos ditam querendo ou não o dia a dia de todos os brasileiros e influência parte das decisões política e de segurança pública de vários países latino-americanos.
Apenas mudanças de logística e comando.
A morte de Gegê do Mangue, a princípio trouxe a todos a certeza que havia sido uma decisão dentro da organização criminosa, apenas mais um acerto de lideranças entre os lobos, mas que a alcateia seguiria o mesmo caminho.
Mas “um coisa” talvez tenha mostrado que há algo mais.
“Coisa” é o nome dado a quem não tem moral dentro da organização. São os excluídos, os pederastas, talaricos, policiais presos, enfim, tudo que não presta. Nos presídios, os “coisas” não ficam junto com os presos, é assim em todo o sistema paulista, inclusive em Venceslau, e em geral são eles quem fazem a faxina.
Não se perdem bilhetes como esse, ele foi entregue por alguém por alguma razão, ou pelo menos deixou para que fosse encontrado pelo “coisa“.
Claro que isso é apenas especulação que entre quem não tem o que fazer enquanto espera os dias passarem, e que em Venceslau, hoje sejam funcionários públicos concursados que peguem no cabo da vassoura e varram o chão sob uma câmara de vigilância, mas… eu acho que não.
O bilhete segue as normas da facção, o que dá credibilidade:
O irmão Cabelo Duro é Wagner Ferreira da Silva, liderança do PCC no litoral paulista, e foi morto poucos dias depois da divulgação do bilhete em frente ao Hotel Blue Tree Towers em São Paulo.
A polícia trabalha com a hipótese de que Cabelo Duro tenha sido morto por aliados de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e de Fabiano Alves de Souza, o Paca.
Se confirmada essa hipótese, talvez estejamos assistindo um daqueles momentos da história onde a tensão atingi seu ponto de ruptura, marcando o ponto onde uma força, que aos poucos crescia passou assumiu uma posição.
Se de fato a morte de Cabelo Duro foi armada contra a vontade da liderança que se consolidou no comando do Primeiro Comando da Capital, mesmo após a morte de Gegê e Paca, existe a possibilidade de que parte da facção esteja disposta ao confronto ou a troca de camisa.
Algo assim pode chegar as ruas trazendo violência e mortes nas biqueiras, entre a população das comunidades, e policiais. Até o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa, veio a público para falar sobre essa possibilidade.
Ninguém engoliu a história que o tal bilhete foi encontrado por uma pessoa fazendo a faxina na portaria do presídio, apesar de toda a imprensa reproduzir sem questionar a versão das autoridades.
O caso só veio a ser esclarecido com o termino Operação Echelon. A polícia admitiu que realizava uma “pescaria” nos dutos de esgoto das raias da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau — bidu, agora a história fez sentido.
Essa declaração reforça a hipótese de que Cabelo Duro tenha sido morto a mando da liderança por ter vazado a informação de que ele próprio a mando do seu padrinho Marcola teriam executado o Gegê e Paca.
Karina Biondi, talvez um dia escreva algumas linhas em uma nova edição de seu livro, ou talvez abra um novo capítulo, descrevendo que a morte de Gegê transformou a facção em algo totalmente diferente da que conhecemos hoje…
… assim como aconteceu no passado, com a morte de Jorge Raffat Roumani e a transformação, do dia para a noite do Comando Vermelho (CV) de fiel aliado para inimigo mortal.
Enquanto esperamos para saber o que será, acompanhamos a investigação sobre o caso Gegê, que parece ser prioridade para as secretarias de segurança pública, já tendo sido decretada a prisão preventiva de cinco suspeitos do assassinato: Francisco Cavalcante Cidro Filho, José Cavalcante Cidro, Samara Pinheiro de Carvalho, Magna Ene de Freitas e Felipe Ramos Morais.
O piloto do helicóptero recebia 400 Reais por quilograma de pasta base de cocaína transportada e 3% do dinheiro, chegava a ganhar 200 mil Reais em um único voo.
Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, chefiava o esquema todo. Chegava a lucrar 450 milhões de Reais todo o ano, mas mesmo com toda essa grana e poder, depois das mortes de Gegê e de Paca, ele percebeu que o próximo a ser morto pela facção.
Não deu outra. Integrantes sequestraram Nado que era de toda confiança de Cabelo Duro, desbloquearam o celular dele e usaram para chama-lo para o flat do Tatuapé, onde armaram uma casinha: Cabelo Duro foi metralhado e fala-se que nesse mesmo dia Nado foi decapitado e enterrado em região de favela.
O mundo dá voltas, Gegê e Paca foram mortos por Cabelo Duro, Cabelo Duro foi morto por Galo, Galo foi fuzilado na Zona Leste de São Paulo… — Luís Adorno para o R7
Há vinte anos a Polícia Federal quase conseguiu capturar aquele que viria a ser o mais importante líder do Primeiro Comando da Capital na sua divisão internacional. Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, só escapou por conta de uma ação da ROTA — é o que afirmam os repórteres da Ponte Jornalismo.