Marcola, o PCC, e o conhecimento Vs o preconceito.

Dois fatos se somaram ao um texto que eu estava a ler: “Racismo Y Eugenesia” onde o autor discute o preconceito. Essa somatória gerou uma grande dúvida: será que sei, ou que alguém de fato sabe o que é de fato o Primeiro Comando da Capital?

Os dois fatos:
Há poucos dias um site chinês bqpu.net trouxe três matérias sobre o Primeiro Comando da Capital (首都第一司令部), e em uma delas Marcos Willians Hervas Camacho (科斯·卡马舒), o Marcola (马尔科拉), foi descrito como o maior gangster do Brasil e sua maior paixão seria a leitura do livro “A Arte da Guerra” de Sun Tzu.
Circula na rede um vídeo com o áudio descrevendo uma suposta entrevista que o Marcola teria dado ao Globo. Ela na realidade é o texto uma criação de Arnaldo Jabor, mas vale assistir e a leitura.

Resolvi então perguntar ao Marcola, afinal, quem melhor que o dono da empresa pode dizer o que ela de fato é? Bem, bati nas portas de Presidente Bernardes onde ele mora, mas o guarda que estava na portaria disse que ele não podia me atender naquele momento.

Então pensei no plano B.
E vou passar aqui o que lhe foi perguntado e o que ele disse, mas não hoje. Acho que amanhã, por hoje só vou explicar que trabalharei sobre o que ele contou durante o depoimento que deu em uma reunião reservada na Câmara dos Deputados durante mais de quatro horas de audiência.

Tudo isso por que Marcola diz que existe uma grande diferença entre aquilo que as pessoas acham que o Primeiro Comando é daquilo que ele é realmente. E está certo, de fato ninguém sabe realmente o que a facção representa hoje, pois assim como nas religiões a crença substituiu totalmente a razão.

O site chinês ou o texto de Arnaldo Jabor ilustram bem isso. O imaginário que se criou em torno da facção aumenta a cada história e são várias novas histórias todos os dias.
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O que Marcola propõe então é uma análise epistemológica da facção. Para isso teremos que tentar enxergar os verdadeiros limites do nosso conhecimento diferenciando:

  • o nosso conhecimento do que a facção é e essa certeza nos é dada pela somatória da realidade com nosso conceito;
  • o que o imaginário de cada um tem sobre ela, e que de fato é real mas não tem informações para comprovar a si mesmo (preconceito positivado);
  • o que de fato ela é; e
  • o que a sociedade pensa que ela é.

Bem, eu por meu lado proponho que cada um realmente coloque de lado seus conceitos e preconceitos a respeito do Primeiro Comando da Capital e tentem fazer esse exercício. O que de fato sabemos e o que não sabemos só achamos, e isso é preconceito previsto em nosso código penal. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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