A alegria é retirada de Elizabete da Vila Martins.

Aquele dia 11 de dezembro de 1995 foi o começou de um tempo de tristeza na vida daquela garota, assim como seu último dia de liberdade por um ano. Elizabete Alves, a Betinha, garota que vivia nas sombras onde risos eram animados por drogas e bebidas.

Ela era a sombra que ocultava toda luz, era ela quem metia medo e levava terror, e é estranho pensar como as coisas mudaram de uma hora para outra. Como ela perdeu as rédeas da situação, seus amigos, seu amor, e sua liberdade. Tudo em apenas um dia.

Ao ver seu companheiro sair da cadeia deixando-a para trás ela não teve dúvidas, e contou tudo o que os policiais gostariam de saber:

Ela, Renato Martins Leite (Xuxa), Roberto Dias (Peninha), e dois garotos (digamos que) Saulo Eduardo e Muniz Adalberto, estavam em casa de Zileide Honorato (Zuleika), quando começaram a discutir sobre dinheiro e sobre uma cédula de identidade de Renato, que Peninha teria entregado à polícia. Zuleika ao ver que a coisa esquentava colocou-os para fora de sua casa, pois não queria confusão por lá. Eles saíram e foram na direção das casas da construtora Argon, próximo de onde morava Saulo Eduardo, e no caminho deram umas coronhadas nele.

Depois de apanhar um pouco o garoto colaborou e mostrou onde estava o dinheiro que havia roubado do depósito de bebidas da Cidade Nova. Na realidade Renato não queria a grana para si, só pretendia que Peninha e Saulo entregassem a parte do dinheiro roubado para Adalberto, que teria saído do roubo sem levar nada. Adalberto e Saulo foram pegar a grana na casa; e ela, Peninha e Renato seguiram para a casa de Peninha para resolver o problema do documento. Ela resolveu ir embora, mas não deu tempo, ouviu um estampido que quase a deixou surda e em seguida Renato a pegou pela mão e começaram a correr.

Naquela noite o GCM Hélio acabou encontrando a ela e ao Renato e levado ao distrito policial, e por lá ficou, pois já era foragida da justiça. Tudo o que trazia alegria a sua vida foi lhe tirado naquele dia. A confiança que tinha em seus amigos, o agito das correrias, as festas, tudo foi desaparecendo a partir desde esse dia.
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Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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