Segunda-feira, 21 de julho de 2008.
Rua Luiz Miguel Cristofoletti, Vila Prudente de Moraes, Itu.
O borracheiro Benedito Francisco Dias Ferraz não planejou nada, apenas estava passando pela rua quando viu aquele guarda municipal aposentado, GCM Machado, que o havia prendido por diversas vezes. Bendito nunca o perdoou por isso, culpava-o por cada detenção: furto, drogas, liberdade pessoal, apropriação indébita, roubo e extorsão.
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Por alguns crimes foi penalizado, por outros a justiça o liberou, mas o guarda civil municipal nunca acompanhou os casos, afinal, para ele era apenas um delinqüente levado até a autoridade policial, dali por diante não lhe cabia julgar, para isso havia os delegados, os promotores de justiça, os advogados e juízes.
Benedito parou e pediu fósforos para o guarda aposentado que conversava na frente de sua casa com um conhecido. Machado pediu desculpas e disse-lhe que não tinha ali fósforos para emprestar. O rapaz passou a pedir a todos que passavam os ditos fósforos, deixava claro que não estava lá interessado neles, mas sim de perturbar a paz.
Resolve então que vai entrar na casa do guarda pegar os tais fósforos, o que é impedido. Ameaças, gestos, e diz finalmente que irá matar o aposentado, saindo na direção de sua casa que fica a poucas quadras dali. O guarda municipal liga para a polícia militar que rapidamente chega e aborda o borracheiro a pouca distância dali, na Praça Fonte Nova (Bica d’água).
Difícil abordagem, Benedito nega-se a se identificar, chama os policiais de folgados, diz que não tem que dar satisfação a ninguém, e tenta impedir que lhe façam revista e busca pessoal. Um pouco de spray de pimenta e um pouco de força foram o suficiente para fazer Benedito mudar de idéia. Na delegacia em frente aos policiais voltou ameaçar o guarda municipal.
O delegado pergunta ao guarda se quer representar contra o borracheiro, mas a pedido da mãe do marmanjo, desiste de acionar o infrator, afinal, ficou com dó daquela senhora que tinha que correr para socorrer um homem feito com seus trinta e um anos, mas os policiais não lhe perdoaram a desobediência e agora caberá ao Dr. Hélio Villaça Furukawa decidir se Benedito nada deverá pagar por mais este seu ato, ou não. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});