Em Itu a impunidade acirra a criminalidade.

Fazer uma polícia forte que combata com energia os crimes cometidos é cada vez mais um anseio social e uma necessidade para se enfrentar de igual para igual o crime.

Nos tempos da Ditadura Militar os membros organizações de Direitos Humanos eram heróis que enfrentavam o Sistema em prol dos oprimidos, muitas vezes pagando pela ousadia com a própria vida e a liberdade, mas hoje não mais enfrentam o Sistema, fazem parte dele, e passaram a enfrentar o clamor popular.

A razão para tal pode ser vista em Itu, onde no último quadrimestre de 2009 sentaram-se nos bancos dos réus: 35 pessoas acusadas de roubo e 31 por furto. O crime de roubo é o de maior periculosidade e complexidade, raramente ocorre um cidadão começar sua carreira criminosa através desta modalidade, no entanto a impunidade faz com que os jovens comecem com os pequenos delitos e gradativamente galguem o topo da carreira: assaltantes.

Não se pensa em aplicar aqui o sistema de Tolerância Zero, que pretende a punição exemplar dos mais simples delitos como: pichação, mendicância e jogar lixo na rua. Mas pode-se ver pelo histórico dos assaltantes que passam pelos bancos dos réus em Itu que quase todos têm pelo menos uma passagem por: uso de entorpecentes, lesão corporal, furto, ou outro pequeno delito. Nos prontuários constam que seus processos foram extintos, suspensos ou estavam cumprindo alguma pena alternativa.
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Ricardo tem de 42 anos, um velho conhecido dos meios policiais de Itu, já tendo sido processado mais de duas dezenas de vezes, pelos mais diversos crimes, e apesar da brandura de nossa legislação, sofreu algumas condenações: crime de trânsito, furto e tráfico de drogas.”

“… condenando Rosa à três anos e meio em regime semi-aberto, ela que já possui outras duas dúzias de condenações por furto, lesão corporal e tentativa de homicídio, já está na rua, podendo viver com seu amado no aconchego de seu lar.”

“A política de Tolerância Zero tem um alto custo para os direitos humanos: “ao se “cortar o mal pela raiz”, reprimindo até as “incivilidades” que perturbam o “bom cidadão”, surge um sistema repressor policial-penal que criminaliza a miséria, abrindo espaço para o preconceito racial e a brutalidade policial.”

A impunidade dos crimes de baixa periculosidade leva ao delinqüente a se especializar, buscando maiores riscos, e as ferramentas punitivas existentes são por si só suficientes para corrigir tal rumo, faltando apenas o aprimoramento de sua aplicação.

Criminosos e desordeiros vem sorrindo ao Fórum “assinar a carteirinha”, algumas vezes bêbados ou drogados, mas quase sempre sem o menor respeito à Justiça. As penas alternativas não são de fato controladas, ninguém vai de fato ver se o beneficiado está em sua casa no período noturno e mesmo que flagrado por um policial em um boteco este nada pode fazer.

Até o dia em que o beneficiado comete um roubo ou mata, e aí a população clama por uma polícia forte que combata com energia o problema criado por conta da tolerância que ela, sociedade, causou. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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