Guardas impedem a entrada do povo na inaugação da igreja.

Antes de contar esta história tenho que fazer duas ressalvas:

– boa parte do meu conhecimento sobre a história de Itu, chegou-me através da tradição oral, mas sempre atribuirei aqui a autoria ao mestre de todos aqueles que amam a história de nossa cidade, o professor Francisco Nardy Filho, pois muitas das histórias que ouvi acabei encontrando em seus livros; e
– sei que a Guarda Civil Municipal é um fenômeno histórico recente, mas de certo modo a guarda já existia nos tempos d’antanhos, visto que a principal característica da GCM é o fato de estar subordinado ao poder público municipal, e este fato por mim relatado aqui foi decidido e executado pelo governo local.

Pois bem, corria o ano de 1780, para Itu talvez o segundo ano mais importante de sua história, pois foi quando a nova Igreja de Nossa Senhora da Candelária de Itu foi inaugurada. Obra em estilo barroco fruto de um sonho, ou talvez uma visão do padre João Leite Ferraz, que na época, fez construir a maior igreja que seu dinheiro pudesse fazer – o que não era pouco – mesmo assim ele não conseguiu completar a obra.
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Para sua inauguração um grande aparato foi preparado, e o padre Manuel da Costa Aranha presidiu as cerimonias, que começaram às 9:30 da manhã, com guardas na porta para impedir a entrada dos populares. Após a bênção do novo templo houve a primeira missa solene, que aconteceu às 10 da manhã, e agora sim com o povo na igreja.

Quase duzentos e trinta anos depois a Guarda Municipal de Itu ainda estava presente na Igreja Nossa Senhora da Candelária para, agora proteger o patrimônio histórico e cultural da cidade, e por mais de uma década o Gcm Lima, passou a ser também um referêncial quanto a memória da igreja, sendo conhecedor e divulgador das velhas histórias contadas por muitos que por lá passaram.

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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