Nefilim — o Jornal A Federação de Itu sabia?

Todas essas críticas que têm me chegado foram previstas quando publiquei a série de textos a respeito do nefilim 1 em Itu, sua relação com a caça feita pela Igreja Católica, e o vendaval de 1991. Sendo assim, aceito responder aos questionamentos, no entanto não esperem que eu saia na defesa de uma posição ou de outra.

Cada um é senhor de suas crenças, se bem que vivemos um tempo onde todos defendem a pluralidade e a liberdade de expressão… desde quê se diga algo com que concordem. Hipocrisia.

Sei que a senhora de Itu e o religioso católico de Jundiaí acreditam nas informações e conclusões que me deram, além de fornecer indícios de sua veracidade, no entanto teríamos nós capacidade de admitir que as coisas não são como as vemos?

Nunca me passou pela cabeça a ideia de criticar as leis naturais ou morais, mas certos fatos se impuseram a mim, e não fui contra eles:

Essas pessoas acreditam que o pior tornado do Brasil teve causa sobrenatural com a finalidade de arrebatar e eliminar o último descendente do elioud Azazel 3 e 4 no Brasil e que estaria na cidade de Itu, e eles alegam terem participado de um grupo que tentou neutralizar 5 o herdeiro do anjo caído 6.

Houveram mensagens cifradas 7 publicadas no Jornal A Federação, órgão oficial da Igreja Católica? Como não achar estranho e significativo quando após o desastre que abalou a cidade e a colocou em destaque na mídia nacional esse periódico coloca a notícia apenas em sua última página com apenas uma nota com foto na capa?

Reparem nas matérias da edição publicada imediatamente antes da catástrofe do vendaval que teria servido para matar o descendente do anjo caído que teria se relacionado com uma humana, e que estaria vivendo entre nós como uma pessoa comum: o Diácono João Antonio Motta Navarro alerta para o fato de que não mais conhecemos as pessoas que passam por nós pelas ruas utilizando como metáfora um cavalo 8 e 9 e depois o acadêmico sorocabano Benedito Walter Marinho Martins escreve: “O sexo dos anjos… tanto os anjos bons como os maus (demônios, os rebelados) foram criados por Deus antes dos homens, disso a Bíblia nos dá boas explicações… ”.

Estaria ele se referindo ao Gênesis 10 onde os anjos tomara para si mulheres e o Livro de Enoque 11 que cita nominalmente Azazel como tendo participado?

Se voltarmos as edições buscando antes dessa data outras indicações não encontraremos. Seria apenas uma bruta coincidência, inspiração divina, ou de fato havia uma ação prevista?

Os trechos seguintes estavam na edição publicada logo após a tragédia, leiam e digam se de fato era o que se esperaria de um noticioso sobre essa tragédia ou se de fato existem razões para se crer que havia uma intensão oculta ou de ocultar:

“Luzes que se apagam, nada mais.
Em alguém adentrado num ambiente iluminado e, acionando o interruptor de eletricidade, aquele pequeno estalido que ele produz de pronto traz, a escuridão total… , somente escuridão e nada mais.
Neste hipotético recinto…
O escuro é triste, é assustador. Nele ficamos sem ação, ficamos incertes. Nós fomos criados para a luz, e o oposto, nos deprime, invariavelmente, sempre.
Saudações à Luz, à claridade! No escuro somos ninguém.”

Se alguém pode ter dúvida de qual luz está o autor Celso Sotilo se referindo há segue uma “MENSAGEM” publicada logo após:

“Imploramos, humildemente, sem cessar, ao Senhor nosso Deus de misericórdia, para que Ele nos conceda, termos sempre os benefícios da luz, principalmente, os da Luz Espiritual, e para que Ele não nos deixe de ajudar sempre.”

Saber exatamente quem é o inimigo e seu poder é um dom que poucos possuem, e mesmo entre os membros deste grupo que atuou em Itu nenhum deles se disse capaz de identificar pessoalmente o nefilim, que em nada se diferia de uma pessoa comum, exceto talvez a inexplicável riqueza material. Nessa mesma edição foram deixados dois pensamentos: “O homem será fonte de bênçãos, desde que compreenda o valor do próximo”.

  1. uma introdução ao caso,
  2. parte, o dinheiro sumiu,
  3. parte, uma história difícil de acreditar,
  4. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  5. parte, o católico de Jundiaí,
  6. parte, os nefilins existem,
  7. parte, o bispo de Itu.
  8. Nesse eu só falo das críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação.

1 – Nefilim – nepîlîm – נְפִלנ ְפִיל ;
2 – 
Elioud — Eljo — benê-hâ’elôhîmbenê-‘êlîm — bn il — angeloi tou theou;
3 – 
Azazel — Asael — עזאזל ;
4 – Gênesis 6: 4;
5 – Repetidas vezes durante ele repetiu essa palavra “neutralizar” para designar o objetivo do grupo em relação aos eliouds, tentei repetidamente que ele definisse o que era “neutralizar um nefilim”, mas não obtive resposta;
6 – 1 Pedro 3:19-20; 2 Pedro 2:4; e Judas 6;
7 – Lucas 8: 8 — “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
8 – O diácono Navarro era um profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e provavelmente buscou em Zacarias a fundamentação para a ultilização do cavalo para transmitir a mensagem cifrada. Zc 1, 9-10: “Eu perguntei: Meu senhor, que cavalos são estes? E o anjo porta-voz respondeu-me: Vou explicar-te. O homem que se encontrava entre as murtas respondeu: Estes são os (mensageiros) que o Senhor mandou para percorrer a terra.
9 – Trechos do texto publicado no Jornal Federação: “Não sei se animal irracional é ou não curioso. Só sei que … há um cavalo curioso… Viram que está faltando amor entre as pessoas que passam pelas ruas, sem se conhecerem, nem se cumprimentam… Esses mesmos animais, burro (parente do cavalo e o boi foram, afinal testemunhas…)
10 – Gênises 6:3,5-7,11-13,17;
11 – Livro de Enoque 10: 13.

Podemos adiar a chegada do Apocalipse?

Basicamente nessa terceira entrevista o religioso católico de Jundiaí me descreveu a primeira vez na história em que foram eliminados milhares de nefilins 1 e como e por que a caça é feita pela Igreja Católica até os dias atuais.

Deste ponto em diante passo a um resumo do que ele me disse:

Não cabe a nós julgarmos se um ser merece ou não viver, isso é uma decisão que cabe apenas a Deus, no entanto a Igreja há muito optou pela sobrevivência do homem sobre a terra, e nós apenas somos seu instrumento.

Não há portanto contradição em nossa ação. Hoje um nefilim passa por um ser humano como qualquer outro, um ser inferior ao que de fato ele é, mas que no futuro, claro que num futuro quase inimaginavelmente distante, destruiria a todos simplesmente por existir, como já aconteceu no passado.

A Bíblia de Jerusalém publicada pela Sociedade Bíblica Católica Paulus confirma que “… o pecado cometido por aqueles … anjos, que, … , mantiveram um relacionamento proibido com as mulheres … poderia justificar a sua destruição através do dilúvio“. 2 e 3

Os nefilins vivem em nossa sociedade de maneira inofensiva até assumirem o controle, quando passaram a agir de forma desumana. Deus prometeu que voltará agir como já o fez quando enviou o Dilúvio no momento no qual os nefilins voltarem a se proliferarem sobre a terra, e isso é algo inevitável pois está previsto nas escrituras, mas a Igreja conhecedora da profecia pode postergar esse momento evitando que essa espécie prolifere entre nós.

Chegará o tempo em que o Apocalipse se iniciará, e está escrito que será “… como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem.” 4 Ora, então temos que procurar entender o que aconteceu no tempo de Noé para que Deus deflagrasse o Dilúvio.

Iniquidade e maldade sempre houve entre os homens, desde os tempos de Caim nossa espécie sempre foi profícua em se destruir, não somos piores hoje que fomos durante as duas grandes guerras mundiais, durante a Inquisição, ou das milhares de chacinas étnicas ocorridas em todo o mundo.

Algo diferenciou aquele momento e está escrito que será o mesmo estopim que fará com que a Terra seja novamente destruída. Assim está descrito em Gênisis as causas da primeira destruição: “… quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos;” … “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.E os chamados “filhos de Deus” nada mais são do que os eliouds 6 que geraram filhos em humanas como já foi demonstrado nesse blog.

Enquanto a Igreja conseguir impedir que os nefilins dominem nosso planeta o Apocalipse não começará, será questão de tempo pois o fim foi previsto, mas a data poderá ser postergada enquanto houverem religiosos e leigos dispostos que creiam e combatam.

  1. parte, o dinheiro sumiu,
  2. parte, uma história difícil de acreditar,
  3. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  4. parte, o católico de Jundiaí,
  5. parte, os nefilins existem,
  6. parte, o bispo de Itu.
  7. Nesse eu só falo das críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação.

1 – Nefilim – nepîlîm – נְפִלנ ְפִיל;
2 – Trecho da A Bíblia de Jerusalém. São Paulo, Sociedade Bíblica Católica e Paulus, 1985, p.39, cf. nota l. O pecado dessa geração antediluviana humana é tão grave (cf. Gn 6:5,11-2) quanto o pecado cometido por aqueles “seres celestiais”/”anjos”, que, segundo a lenda popular, mantiveram um relacionamento proibido com as mulheres (cf. Gn 6:1-4). Somente um pecado tão grave como o desta geração – a ponto de ser comparado ao pecado de seres celestiais – poderia justificar a sua destruição através do dilúvio (cf. Gn 6:13,17);
3 – Gênises 6:3,5-7,11-13,17;
4 – Gênises 6: 11;
5 – Matheus 24: 37 “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem“; e
6 – Elioud — Eljo — benê-hâ’elôhîm — benê-‘êlîm — bn il — angeloi tou theou.

Sexo entre anjos e mulheres, é possível?

Quando o religioso católico avalizou a informação da senhora ituana1 que atribuiu ao vendaval de 19912, ocorrido na cidade de Itu, a qualidade de fenômeno sobrenatural, causado pela eliminação de um nefilim3, levantei dúvidas sobre detalhes que não se encaixavam nessa história.

Quem me acompanha neste blog sabe que não faço juízo de valor em questões de fé e cultura, no entanto vários pontos da história careciam de esclarecimentos. E o religioso passou semanas me tirando dúvidas e me mostrando novos fatos.

Parece um absurdo que há poucos anos a Igreja Católica tenha montado uma operação para localizar e neutralizar4 pessoas por acreditar que seriam filhos de um anjo caído5, 6 e possuidoras de poderes sobrenaturais, mas já citei neste blog fatos que indicam que essa caça existiu.

Venho de um berço católico e sei que um anjo, por ser um ente espiritual, não pode gerar filhos, mesmo por que eles são seres assexuados, então meu primeiro questionamento foi:

“Se Azazel7, 8 era um anjo, então como poderia ter descendentes?” 

Segundo o religioso católico, os místicos que estudam essa matéria fora do âmbito da Igreja Católica acreditam que de fato estes seres celestiais podem atravessar as dimensões9, e os anjos, principalmente os de alto nível, como Azazel, não teriam dificuldade de circular entre uma ou outra dimensão e, ao penetrar na nossa, criar uma matéria para se alojar.

Existe no entanto quase um consenso entre os acadêmicos judaicos e cristãos de que os anjos de fato não tiveram relações sexuais com as mulheres, mas sim que conviveram com elas, pois está escrito em Gênesis: “e tomaram para si mulheres”10, e essa forma é utilizada de maneira comum na escritura para definir a união legal matrimonial11 e não propriamente o ato sexual12. Existe pelo menos uma criança que nasceu cujo pai foi imaterial e a mãe uma humana, Jesus Cristo, e nesse caso não houve relações carnais, o mesmo poderia ter ocorrido no caso dos eliouds5, visto que Azazel era um serafim, um anjo da hierarquia mais alta no coro celeste e, sendo mais próximo do Criador, conhecedor dos mistérios divinos.

Finalmente existe o grupo que garante que os chamados “filhos de Deus”5 eram os filhos de Sete13 (o filho piedoso de Noé), que haviam se unido as mulheres descendentes de Caim14, mas essa interpretação apareceu já na era Cristã para justificar esse trecho bíblico tido como escandaloso e descabido. Até hoje utilizamos o termo “filho de Deus” para nos referirmos a uma pessoa boa, e existe base nos textos sagrados que justificam esse uso, mas esse termo, em todas as outras vezes que é citada na Bíblia Hebraica, se refere aos seres celestiais15, apenas nesse caso, por ser escabroso procuram “arranjar” alguma alternativa.

A Igreja Católica escolheu desinformar deliberadamente quando optou por adotar oficialmente a “Interpretação Naturalista Setita-Caimita”, que é essa de justificar através de Sete, mas não o faz por fé, e sim para poder agir de maneira mais discreta e eficaz contra os descendentes dessa união remanescente.

Ele se despede de mim depois desta entrevista com essa questão: Como poderia ter se dado a eliminação dos cinco nefilins no Brasil entre 1989 e 1991 se os esforços da Igreja tivessem sido abertos e ao conhecimento público? 16 

  1. Um vigilante teria desaparecido durante um fenômeno sobrenatural no Condomínio Terras de São José na cidade de Itu no interior paulista;
  2. O pior tornado do Brasil segundo o site Climatempo;
  3. Nefilim — nepîlîm — nepîlîm-gibbôrîm — נְפִלנ ְפִיל ; Repetidas vezes durante ele repetiu essa palavra “neutralizar” para designar o objetivo do grupo em relação aos eliouds, tentei repetidamente que ele definisse o que era “neutralizar um nefilim”, mas não obtive resposta;
  4. Elioud — Eljo — benê-hâ’elôhîm — benê-‘êlîm — bn il — angeloi tou theou;
  5. 1 Pedro 3:19-20; 2 Pedro 2:4; e Judas 6;
  6. Azazel — Asael — עזאזל;
  7. Gênesis 6: 4;
  8. Vemos o mundo em três dimensões, a Teoria da Relatividade indica quatro, e as Teoria das Cordas e a Teoria-M aproximadamente dez;
  9. Gêneses 6: 2 e 3 — “2 wayyir’û benê-hâ’elôhîm ‘et-benôt hâ-‘âdâm kî tôbôt hênnâ wayyiqhû lâhem nâshîm mikkôl ‘asher bâhârû. 3 wayyô’mer ‘âdônây lô’-yâdôn rûhî bâ’âdâm le’olâm beshaggam hû’ bâsâr wehâyû yâmâyw mê’â we’esrîm shânâ.”;
  10. Gêneses 4:19; 12:19; 24:4; 25:1; 34:16;
  11. No entanto o termo “tomar à força” também foi utilizado quando a Sagrada Escritura descreve o estupro de Diná por Siquem, o que pode então justificar a vertente que acredita que os anjos de fato tiveram relações carnais;
  12. Gênesis 4:25-26; 5:3-32;
  13. Gênesis 4:17-24;
  14. Seres angelicais — Jó 1:6; 2:1; 38:7; e
  15. Lucas 8: 8“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”.
O texto “Sexo entre anjos e mulheres, é possível?” é  parte de uma série:
  1. uma introdução ao caso,
  2. parte, o dinheiro sumiu,
  3. parte, uma história difícil de acreditar,
  4. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  5. parte, o católico de Jundiaí,
  6. parte, os nefilins existem,
  7. parte, o bispo de Itu.
  8. texto sobre as críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação. 

A base de dados desse texto: OS “FILHOS DE DEUS” E AS “FILHAS DO HOMEM”: AS VÁRIAS INTERPRETAÇÕES DADAS A GÊNESIS 6:1-4de autoria do Pr. Carlos Augusto Vailatti

Dom Amaury Castanho, o Jornal A Federação, e o nefilim.

Estive por duas semanas entrevistando o religioso católico que se dispôs a falar sobre o grupo que teria atuado em Itu e em outras quatro cidades visando a eliminar os nefilins 1.

Cinco novos prelados foram nomeados 2, entre eles Dom Amaury Castanho, que foi mandado como Bispo Coadjutor da Diocese de Jundiaí em Abril de 1989, um ano e meio antes do temporal de Itu de Setembro de 1991 3.

Dom Amaury fora Bispo Auxiliar de Sorocaba  e conhecia como poucos o restrito ambiente sociopolítico e militar da cidade vizinha de Itu, onde viveria um dos cinco descendentes 4 do eliouds 5 Azazel 6 no Brasil.

Tendo profundo conhecimento teórico e prático das doutrinas cristãs e grande facilidade de comunicação pois pertenceu a Pastoral dos Meios de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo além ser de colaborador do Jornal O Estado de S. Paulo, Dom Amaury teria como missão organizar o grupo que conteria ou eliminaria o nefilim que estaria em Itu, assim como conhecer e neutralizar as notícias sobre o assunto que pudessem vazar para a imprensa 7.

Pouco antes de sua posse, a edição de Abril de 1989 8 do Jornal A Federação, órgão oficial da Igreja Católica já prenuncia de maneira cifrada a batalha que se iniciaria na região, alertando a quem tinha capacidade e necessidade de saber 9, em um artigo assinada pelo Diácono João Antonio Motta Navarro:

O QUE É QUE ELES QUEREM?

Quando a gente começa a reparar no que está acontecendo por aí, fica a imaginar se o que pretendem é acabar com a fé, querendo destruir a Igreja. Está atingindo o que temos de mais caro, estão mexendo como o que há de mais sagrado. (…)
Querem acabar com a Igreja de Deus. No entanto, nunca conseguirão. Jesus disse — e Ele é Deus — que “os portões do Inferno não prevalecerão contra ela”.
Nós somos a Igreja, não tenhamos vergonha e nem nos sintamos diminuídos em afirmar. Somos contra tudo isso espalhemos isso, sem receio algum.10

A partir dos meses seguintes, o próprio Dom Amaury passá a escrever o editorial desse periódico católico.

Houveram cinco mudanças fundamentais dentro da hierarquia da Igreja Católica do Brasil em 1989: além da posse de Dom Amaury, foram criadas quatro novas Dioceses: São Miguel Paulista, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro.

É interessante notar que nessa mesma edição do Jornal Federação o próprio Dom Amaury escreve uma matéria sob o título: “Cinco mulheres e muito dinheiro”. referindo-se alegoricamente ao fato haverem cinco eliouds a serem combatidos — todos eles ricos descendentes de Azazel, anjo que abandonou a missão 11 que lhe foi confiada por Deus para ficar com uma mulher 12, daí a referência as mulheres no título.

  1. uma introdução ao caso,
  2. parte, o dinheiro sumiu,
  3. parte, uma história difícil de acreditar,
  4. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  5. parte, o católico de Jundiaí,
  6. parte, os nefilins existem,
  7. parte, o bispo de Itu.
  8. Nesse eu só falo das críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação.
  1. Nefilim – nepîlîm – נְפִלנ ְפִיל
  2. Um ano e meio antes do cataclismo houve a divisão da Cúria Metropolitana de São Paulo (São Miguel Paulista, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro) e a nomeação de Dom Amaury Castanho como coadjutor na Diocese de Jundiaí.
  3. O pior tornado do Brasil segundo o site Climatempo;
  4. Gênesis 6:1-4;
  5. Elioud – Eljo – benê-hâ’elôhîm;
  6. Asael – Azazel – עזאזל;
  7. Além de jornais na capital e no interior, Dom Amaury mantinha colunas em todos os jornais de importância da região;
  8. Edição nº 4387 do Órgão da Comunidade Paroquial Nossa Senhora da Candelária de Itu, fundada pelo Padre Eliziario de Camargo Barros em 3 de Maio de 1905;
  9. Lucas 8: 8 — “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”;
  10. O artigo de fato critica uma obra de Martin Scorsese, no entanto basta analisar os artigos do Diácono Navarro anteriores a essa data e os posteriores para perceber a radical mudança do foco deste leigo católico; apesar de nunca ter sido citado como sendo membro do grupo que estaria atuando na busca da eliminação dos descendentes dos eliouds, os textos de Navarro são constantemente citados como peças da comunicação do grupo;
  11. Judas 1: 6 —  “… não guardaram o seu próprio principado, mas deixaram a própria morada” e
  12. Livro de Enoque 10: 13.

A Igreja Católica atuou na erradicação dos nefilins no Brasil.

Ao parar meu fusca em frente ao Santuário da Fonte da Graça no Jardim Guarani em Jundiaí, um senhor aparentando seus cinquenta anos atravessou a rua vindo do ponto de ônibus, e se achegou dizendo ser a pessoa que eu havia procurado na Diocese.

Pensem os senhores em uma pessoa que inspire confiança. Esse era o cara.

Alegando estar atrasado pediu para que eu lhe desse uma carona ao Centro. Durante o trajeto expliquei como havia chegado até ele e então ele desvendou todo mistério e ligou os fatos que envolviam o caso do vigilante desaparecido e o grupo que a senhora de Itu.

Com a autorização dele trago a conhecimento dos senhores o que ele me disse aquele dia:

Criado informalmente pelo então Cardeal Ratzinger, e posteriormente reafirmando quando assumiu como Papa Bento XVI, o grupo atuou de forma marcante durante o papado de São João Paulo II. Formado por religiosos e leigos que tinham a missão localizar e neutralizar os descendentes 1 do elioud Azazel 2, 3, e 4. Após os eventos de 19915 quando os últimos foram eliminados no Brasil, aqueles voluntários se dispersaram, e desde que Dom Vicente Costa assumiu como bispo de Jundiaí o assunto passou a ser tratado sem o conhecimento dele por um pequeno grupo dentro da Igreja.

Esclareceu que o vendaval que ocorreu em 1991 em Itu foi um fato profético e ocorreu em diversas partes do mundo 6, só não tendo sido pior aqui no Brasil por ação da Igreja Católica que se preparou para isso nos anos anteriores neutralizando 7 vários nefilins 8 e 9  antes de uma intervenção divina 10.

As mudanças ocorridas na estrutura da Igreja Católica no Brasil na década de noventa 11 faziam parte da estratégia desenvolvida por aqueles dois pontífices de evitar que ocorresse por aqui desastres como ocorreram em outras partes do mundo onde a Igreja por ter pouca penetração tinha dificuldades de atuar — as grandes catástrofes ocorreram fora das regiões cristãs.

Os bispos nomeados tiveram aproximadamente um ano e meio para tentar localizar e neutralizar os nefilins que a Santa Sé sabia que estavam naquelas regiões. Infelizmente, no caso de Itu, Dom Amaury Castanho não obteve êxito, ao contrário de seus outros colegas, e a ação divina não pode ser evitada.

Cheguei ao local onde ele pediu para que o levasse e ele marcou para a semana seguinte um novo encontro onde me passaria mais dados sobre como tudo aconteceu.

  1. uma introdução ao caso,
  2. parte, o dinheiro sumiu,
  3. parte, uma história difícil de acreditar,
  4. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  5. parte, o católico de Jundiaí,
  6. parte, os nefilins existem,
  7. parte, o bispo de Itu.
  8. Nesse eu só falo das críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação.
  1. Gênesis 6:1-4 e Judas 1: 6;
  2. Elioud – Eljo – benê-hâ’elôhîm;
  3. Livro de Enoque – apêndice da versão grega onde são descritas as três raças dos filhos ilegítimos dos anjos;
  4. Asael – Azazel – עזאזל;
  5. O mais devastador Tornado já registrado em solo brasileiro;
  6. Em 1991 foram 292 desastres naturais registrados em todo o mundo, o dobro dos anos de 1990 e 1992;
  7. Repetidas vezes durante ele repetiu essa palavra “neutralizar” para designar o objetivo do grupo em relação aos eliouds, tentei repetidamente que ele definisse o que era “neutralizar um nefilim”, mas não obtive resposta;
  8. Existem divergências quanto a denominação dos descendentes dos anjos caídos, no entanto aqui optamos por seguir aquele utilizado pelos membros deste grupo, que sempre se referiam a eles como nefilins;
  9. Nefilim – nepîlîm – נְפִלנ ְפִיל
  10. Livro de Enoque 10: 13; e
  11. Um ano e meio antes do cataclismo houve a divisão da Cúria Metropolitana de São Paulo (São Miguel Paulista, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro)e a nomeação de Dom Amaury Castanho como coadjutor na Diocese de Jundiaí.

O homem desaparecido e a Mitra Diocesana de Jundiaí.

A visita à Cúria de Jundiaí foi muito mais estranha eu imaginei que seria quando segui o conselho daquela senhora e fui até lá para tentar esclarecer o desaparecimento do vigia do Condomínio Terras de São José de Itu.

Já de início o local me surpreendeu, pois imaginava encontrar uma igreja ou prédio centenário, mas era um edifício asséptico mais parecendo uma escola.

Na recepção que mais parecia ser de uma clínica particular, pedi para falar com a determinada pessoa pois eu estava escrevendo uma matéria sobre o vendaval de 1991.

Aguardei por muito tempo até que um funcionário tão asséptico quanto o prédio me conduziu a uma sala do lado direito de um corredor que saía a direita daquele saguão, onde fui acomodado em uma mesa de leitura sem nenhuma palavra e convidado a aguardar.

Acreditei que a pessoa a qual havia solicitado para conversar viria falar comigo, se bem que eu preferia sumir dali antes de vê-lo, pois aquele local mais parecia uma sala de interrogatório de delegacia de polícia ou para visita de presos de filme americano do que um ambiente religioso.

Surpreendentemente me volta muito tempo depois o mesmo funcionário com o segundo volume do Livro Tombo da Igreja Nossa Senhora da Candelária de Itu.

Estranho? Ficaria pior!

Me entregando a obra, passou a falar de como eu tinha sorte de poder folhear aquele documento, pois se fosse na Cúria de São Paulo, eu teria que fazer por escrito meu questionamento, pagar uma taxa, e tempos depois alguém daria uma resposta, e blá, blá, blá, até que saiu da sala sem mais nem menos.

Não entendi nada!
Estaríamos falando a mesma língua?
Seria ele um ser
kafkiano?

Procurei por algo nas ilegíveis páginas daquele livro, mas nada encontrei que explicasse o que estava acontecendo, então esperei, esperei, esperei… e como o tal funcionário não dava sinais de vida e eu já estava muito puto da vida, perdi a paciência, saí da sala, passei pelo saguão e saí do prédio sem que ninguém desse a mínima atenção para mim. Nunca me senti assim, invisível, era como se eu nem estivesse ali.

Havia deixado meu fusca verde ao lado do edifício de quatro andares que fica na rua lateral, e ao chegar no carro um senhor moreno magro, camisa salmão e calças pretas, me perguntou se havia sido eu quem procurara por tal pessoa, e quando confirmei, ele me disse que havia eu fora imprudente e deselegante aparecendo daquela forma falando sobre o tornado de Itu de 1991, mas que tal pessoa me encontraria em quinze minutos no ponto de ônibus em frente ao Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida no Jardim Guarani, aí ele virou as costas e foi embora.

Eu não gosto de escrever esse tipo de palavra, é mais cara do Carlota do Jornal Notícias Populares de Itu, mas dessa vez terei que abrir uma exceção: QUE SACO! — se bem que ele usaria um termo mais pesado.

  1. uma introdução ao caso,
  2. parte, o dinheiro sumiu,
  3. parte, uma história difícil de acreditar,
  4. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  5. parte, o católico de Jundiaí,
  6. parte, os nefilins existem,
  7. parte, o bispo de Itu.
  8. Nesse eu só falo das críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação.

O tornado de Itu foi um fenômeno sobrenatural?

Minha busca pelo dinheiro que veio para a cidade por ocasião do vendaval de 30 de Setembro de 1991 me levou a entrevistar algumas pessoas que vivenciaram aquele sinistro, mas a conversa que tive com uma moradora de uma chácara, mudou meu foco e me mostrou um mundo diferente de tudo o que eu conhecia e acreditava.

Eu simplesmente esperava que a senhora me respondesse se havia ou não recebido a grana da indenização, mas não foi isso que aconteceu, ela me disse que eu não havia entendido o que de fato havia ocorrido naquele dia, e que eu nada poderia fazer a respeito, pois tudo já havia sido há muito previsto.

Acreditei que estivesse falando a respeito do desvio das verbas, mas não era isso, segundo ela algo muito maior e mais importante havia acontecido ali e que eu, assim como a maioria das pessoas fomos levados a não ver apesar de ter sido algo tão evidente, e tudo se ligaria ao desaparecimento do vigilante do Condomínio Terras de São José que teria sido arrebatado pelo vendaval.

A conversa novamente passou a me interessar, qualquer fato sobre esse caso poderia esclarecer de vez se a história era mito ou realidade, mas ao mesmo tempo ela dizia que o que me diria estava acima de minha compreensão que se de fato quisesse saber a verdade teria que procurar outras pessoas para poder confirmar a história que ela iria me contar.

Segundo ela o nome do vigia não era importante, mas que eu teria problemas se citasse o nome de seu pai, pois ele seria filho ilegítimo de uma autoridade que na época tinha grande influência na cidade, e que pouquíssimos sabiam que eles eram descendentes 1 de Azazel 2 e 3 .

O Dilúvio teria deixado para traz alguns nefilins 4 e 5 que viviam entre nós como pessoas aparentemente comuns até dia em que esse vigilante completou seu quinquagésimo aniversário e foi arrebatado e morto durante o vendaval 6 e 7.

A senhora me disse nada mais me diria e se eu quisesse saber mais sobre o caso deveria ir à Cúria de Jundiaí procurar uma pessoa que poderia me esclarecer mais sobre o caso.

Titubeei muito antes de tomar coragem de seguir à Jundiaí, fui, mas não sei se de fato não preferia ter deixado de ir, pois o que me foi dito lá, talvez eu preferia não ter ouvido.

  1. uma introdução ao caso,
  2. parte, o dinheiro sumiu,
  3. parte, uma história difícil de acreditar,
  4. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  5. parte, o católico de Jundiaí,
  6. parte, os nefilins existem,
  7. parte, o bispo de Itu.
  8. Nesse eu só falo das críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação.
  1. Gênesis 6: 1-4;
  2. Asael – Azazel – עזאזל ;
  3.  Elioud – Eljo – benê-hâ’elôhîm;
  4. Nefilim – nepîlîm –  נְפִלנ ְפִיל ;
  5. Livro de Enoque – apêndice da versão grega onde são descritas as três raças dos filhos ilegítimos dos anjos;
  6. Livro dos Números 36: 4; e
  7. Livro de Enoque 10: 13.

Mito ou realidade o caso do vigilante desaparecido no vendaval?

Muitos dos meus leitores há tempos acompanham meu trabalho, então é desnecessário dizer que por vezes posto histórias e pontos de vistas que de fato não acredito, ou deixo aqui opiniões que por vezes não concordo. Porem, nunca sem me assegurar da procedência dos dados ou de tê-los posto a prova.

Assim o faço por acreditar que não sou o senhor da razão e que existem coisas nas quais não acredito e que são verdadeiras, assim como tenho como verdadeiras coisas que já foram ou serão demonstradas como falsas.

No caso do vigilante desaparecido durante o tornado de 1991 tornarei a essa regra. Toda minha pesquisa me dirige para fora dos limites de minha compreensão e da minha capacidade de aceitar.

O FATO

Em 30 de Setembro de 1991 a cidade de Itu no interior paulista sofreu com a passagem de um tornado, algo sem precedentes em seus quatrocentos anos de história (o mais devastador Tornado já registrado em solo brasileiro). O governo municipal decretou Estado de Emergência e houve liberação de verbas para o socorro das vítimas e reconstrução da área destruída.

MEU FOCO

Buscava verificar se o dinheiro mandado pelo governo federal foi utilizado em benefício das vítimas, ou desviado pelos governantes ou pela burocracia da época.

O MITO

Houve rumores a respeito de um caso do vigilante que trabalharia nas Terras de São José e que teria sumido durante o vendaval. Alguns dizem que seu corpo, assim como a guarita na qual ele estava jazem até hoje no fundo de um dos lagos do condomínio, outros dizem que ambos foram encontrados dias depois em um eucaliptal há quilômetros de lá, e há um terceiro grudo que afirma que é puro mito, pois no dia do vendaval nenhum funcionário do condomínio desapareceu.

O fato é que minha investigação sobre o caso me levou a caminhos que jamais pensei que existissem, e conversei com pessoas que acreditam firmemente na versão que narrarei aqui. Um segredo bem guardado, e que talvez devesse continuar a ser assim…

  1. uma introdução ao caso,
  2. parte, o dinheiro sumiu,
  3. parte, uma história difícil de acreditar,
  4. parte, a estranha visita a Mitra Diocesana,
  5. parte, o católico de Jundiaí,
  6. parte, os nefilins existem,
  7. parte, o bispo de Itu.
  8. Nesse eu só falo das críticas que sofri e relato algumas matérias que foram publicadas na época pelo Jornal Federação.

Padre Miguel Corrêa Pacheco e o caso do capitão.

Um colega indagou-me do destino de um documento que citei aqui. Esclarecerei relatando a história tal qual me chegou, contada por Francisco Pereira Motta (filho). Anos se passaram, mas seu relato foi marcante:
Francisco Pereira Motta (pai) não pediu aquilo a Deus, mas pelo segundo dia consecutivo a neblina era uma cortina branca e densa. Era madrugada na margem do córrego Boa Vista na fazenda Piraí em Itu, onde passou várias noites oculto aguardando aquele dia.

Acreditava que estava seguro com segredo do qual era guardião, mas recebeu um recado inesperado: deveria se encontrar com o padre Miguel próximo da entrada da fazenda Vassoural. A mensagem não deixava dúvidas que Pe. Miguel Corrêa Pacheco sabia do segredo.

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); Talvez, como ele próprio, o religioso estivesse aflito, afinal conhecia a natureza de seu caráter: justo e de mansa índole. Provavelmente este também estava se preparando para sair naquele momento sem chamar a atenção dos liberais.

Francisco celou as montarias e chamou o capataz, só um louco enfrentaria os republicanos ituanos sozinho, mas protegidos pela densa neblina e pelo frio da madrugada estariam a salvo.

Em terras da Fazenda Jurumirim, próximos do córrego Bananeira, Francisco sua espinha congelou-se. Desmontaram, e aproveitando a densa neblina seguiu sorrateiramente até uma tropa que lá estava. Não precisou ouvir muito para perceber que seria vítima de uma emboscada.

Voltou para junto de seu companheiro e de suas montarias. Seu pai foi escolhido por Pe. Braz Luiz de Pinna para guardar a verdade envolvendo a morte do capitão Antônio Correa Pacheco, e ele honraria esta confiança. Se os republicanos interceptaram a mensagem talvez Pe. Miguel já estivesse morto ou em perigo, mas segue em frente.

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); Passaram pela entrada da fazenda Vassoural sem encontrá-lo. Chegando ao cume do último morro antes do vale do córrego do Taboão ouviu o som de um sininho aproximando-se. Após a curva descortinou-se a cidade e vindo pela estrada um coroinha carregando uma pequena campaninha, seguido de Pe. Miguel, que caminhava protegido por uma umbela carregada pelo sacristão.

Não podia ser mais singelo o artifício armado pelo astucioso padre. Os republicanos ridicularizavam-no pelo seu jeito simplório, e ao sair paramentado carregando o santo Viático, fez com que acreditassem que iria apenas levar conforto espiritual para um moribundo.

Padre Miguel sorriu quando os cavaleiros se ajoelharam. Pediu a seus dois companheiros que aguardassem junto ao capataz e afastou-se um pouco com Francisco, explicando o motivo tê-lo chamado em Taubaté.

Contou-lhe que conviveu com Pe. Pinna nos últimos anos de sua vida, quando para cá veio como cooperador do vigário coadjutor Pe. Benjamin Toledo Mello. Disse que assistiu sem entender suas constantes lutas brigas com os republicanos, mas só veio, a saber, sobre o caso do Capitão Pacheco, dias antes do falecimento do velho pároco em dez de julho de 1865, quando esse lhe contou.

Segundo padre Pinna o pai de Francisco foi escolhido como guardião por sua fé e rigidez de caráter. A distância lhe manteria em segurança dos republicanos, mas precisava de alguém por perto para mantê-lo informado caso algo ameaçasse as provas que deixaria para serem reveladas no futuro.

Vinte anos se passou desde então, e nove meses se passou desde que padre Miguel benzeu o novo cemitério da cidade. O religioso sabia que se fariam transferir os corpos dos diversos cemitérios para a nova morada. Desta forma chamou Francisco para que este retirasse do túmulo do Pe. Pinna no jazigo do Carmo o documento que com fora enterrado.
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Francisco cumpriu sua missão, exatamente vinte anos após o enterro de Pe. Pinna. Retornou então para Taubaté, onde anos depois encarregou seu filho que tinha seu mesmo nome, de continuar a proteger a verdade sobre o caso Pacheco.

Apesar de monarquista, padre Miguel votou no liberal Dr. Antonio Francisco de Paula Leite, pois o político impediu que os republicanos fossem à Taubaté exterminar os Pereira Motta, um voto de agradecimento pelo fim de um rastro de sangue que já se arrastava há cinqüenta anos.

Anos depois do falecimento de padre Miguel, a família dos guardiões mudou-se para Cabreúva, município visinho ao de Itu, e hoje a carta testamento repousa na Cúria de São Paulo levada pelas mãos do Cônego Motta.

É tudo o que me foi contado.

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O assassinato do Capitão Antonio Correa Pacheco.

Toda a minha vida temi por este momento, e gostaria de postergá-lo ainda mais se pudesse, mas é passada a hora de corrigir uma injustiça, e desnudando a fraude talvez ajude a retirar do rol dos culpados o nome de um inocente.

Chiquinho Lopes, como era conhecido meu avô Francisco Pereira Motta, ex-prefeito de Cabreúva, contou-me antes de morrer e na presença do padre Amirá, um jesuíta da Igreja do Bom Jesus de Itu, esta história que a seguir irei relatar:

Quarta-feira, 18 de março de 1840. 16 horas.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); O escravo Cosme falou ao Pe. Braz Luiz de Pinna, religioso da Igreja Matriz de Itu, o que sabia a respeito do assassinato do capitão Antônio Correa Pacheco, ocorrido semanas antes. O padre era curitibano, muito respeitado pelo povo e se opunha à elite republicana. O cativo ouvido foi assassinado de forma brutal horas depois de conversar com aquele padre baixinho e briguento.

Oficialmente, a versão apresentada foi a de que o Cap. Pacheco chicoteara injustamente um escravo, e defendendo o pobre coitado, um líder negro teria matado o fazendeiro e iniciado uma sublevação dos escravos, mas a morte do senhor de terras, segundo o negro Cosme, foi fruto de uma disputa de poder dentro do Partido Liberal.

O Cap. Pacheco não desconfiou quando aqueles seis cavaleiros chegaram até onde ele estava, desmontaram e seguiram em sua direção, até que um deles abaixou-se e pegou um ferro. Era o fim para o capitão e o início do fim do escravo Estevão, um líder respeitado entre os negros, e que foi escolhido como culpado.

O Júri ocorreu no salão da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, poucos dias antes da conversa entre o negro e o religioso, sob forte esquema de segurança da Guarda Nacional e de tropas da capital da província. O resultado foi a condenação à morte por enforcamento do negro Estevão, ocorrida naquela manhã. Anos depois, o local do julgamento foi incendiado propositalmente, e hoje, do antigo conjunto arquitetônico dos franciscanos só resta uma grande cruz: o Cruzeiro São Francisco, bem no centro histórico da cidade de Itu.

Os monarquistas sentiram a força dos republicanos e se aquietaram, visto que a revolta negra foi atribuída à política escravocrata do Império. Padre Pinna, o único que ainda se opunha aos republicanos que dominavam a cidade, foi envenenado naquele mesmo ano e nunca mais se recuperou. Com a saúde debilitada, recebeu ordem de Mateus de Abreu Pereira, bispo de São Paulo, para que saísse de Itu, mas padre Pinna ameaçou os vereadores de tornar público tudo o que ouvira do negro Cosme se os edis não pedissem sua permanência.
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O bispo aceitou que padre Pinna ali permanecesse, e enviou o padre Manoel Ferraz de Camargo para ajudá-lo, todavia o padre Camargo, ao saber pela boca do padre Pinna a verdade, não aceitou assumir a função. Em seguida veio o padre João Paulo Xavier, mas também renunciou três meses depois, assim que lhe foi apresentada a verdade.

Cada vez mais fraco, o pároco pediu então ao seu fiel sacristão que buscasse alguém para receber o encargo. Este foi até Taubaté, local onde os ituanos não tinham força, e convenceu o avô de meu avô a assumir a missão de guardar o segredo passado pelo negro Cosme.

Padre Pinna deixou este relato por escrito: inicialmente anotou atrás da capa de abertura do primeiro Livro Tombo da Igreja Nossa Senhora da Candelária, e temendo que seus inimigos descobrissem e sumissem com o registro, elaborou três documentos relatando os fatos: um foi colocado em seu túmulo, outro foi escondido sob o Cruzeiro de São Francisco, e o terceiro, no braço esquerdo da imagem do arcanjo São Miguel, no altar lateral da matriz ituana.

Uma maldição passada geração após geração, como se Deus quisesse que aquele cativo não houvesse sabido a verdade, ou que ao menos não a houvesse relatado a ninguém. O banho de sangue, as traições e os horrores da vida política teriam ficado ocultos nas frias paredes da Câmara Municipal de Itu, sem terem atingido tantos aqui fora, e perseguido por gerações minha família, que este segredo foi incumbida de guardar.

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