Um dia na vida de uma família ituana do século XIX.

Albertina, Terezinha e Balbininha, estudantes do Colégio Patrocínio, com outras irmãs estavam no quarto e abriam as caixas, com as encomendas vindas de Paris, pedidas pelo Catálogo de Modas.

Eram lindos vestidos, com laçarotes, anquinhas, sapatinhos, echarpes, chapéus, perfumes, que provocavam exclamações felizes e alegres, e o sonhar com as festas e a missa do Galo, no Patrocínio.

Terezinha correu e apanhou o seu porta-jóias, tirando de lá, os doze botõezinhos de ouro e os doze de prata que todas elas também possuíam, e colocou-os sobre os vestidos, imaginando se não ficariam mais bonitos.

Maria José, a caçula, que viria a ser a minha avó, muito loura, bela e na inocência de seus sete anos de idade, encantada, tudo assistia e recebia também as suas encomendas como também sua irmã Josefina quase da mesma idade dela.

A felicidade seria completa naquela casa, com a chegada dos irmãos que estudavam em São Paulo.
Fernando, estudante de Direito, no Largo de São Francisco e Adalberto que fazia engenharia, chegariam acompanhados por Mamede, escravo fiel e amigo. (Valete de Chambre)
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Vinham ansiosos por rever o pai, mãe e irmãs queridas.

A Hora do Angelus – Seis horas da tarde!

Bate o sino do Patrocínio!

D. Balbina reúne as filhas, escravos e diante do oratório com a imagem de Nossa Senhora, rezam a Ave Maria.

Todos com as cabeças inclinadas, respeitosamente acompanham a oração, enquanto a tarde morre aos poucos e as sombras da noite começam a encobrir a cidade ituana.

O trote de um cavalo ouve-se, vindos do terreiro para a estrebaria do quintal.

Apea-se o Senhor Doutor, vindo de seu trabalho na Santa Casa.

Chegaria mais cedo, pois não raro, muitas vezes ficaria até mais tarde, atendendo seus doentes.

Cuidava também de doentes pobres, nada lhes cobrando.

Alto, bonito, espadaúdo, aloirado e de feições bondosas e recebido com respeito e alegria pela esposa, filhos e criadagem.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Entrando para o quarto, tira as botas empoeiradas e lógo, uma jarra com água levemente aquecida lhe é entregue.

Lava as mãos, rosto e se prepara para o jantar.

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Autor: Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: