Os incansáveis profissionais do crime e o direito.

Importante há de ser, para os futuros estudiosos de nossa terra, a coluna do brilhante jornalista ituano José Carlos Rodrigues de Arruda, que leva ao Jornal Periscópio, histórias do dia a dia deste rincão bandeirante. Não histórias tais quais nos acostumamos ver nos livros didáticos, mas a história viva de nosso povo.

Muito me surpreendeu, quando vi lá postada, uma epístola do delegado da Polícia Civil do Pará, Dr. Wilson Ronaldo Monteiro. Este membro da Secretaria de Segurança Pública do Pará, começa assim sua carta-manifesto:

“Senhor Bandido:

Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos … e por aí vai a autoridade policial.”

(veja na íntegra)
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A crítica, ou melhor, o desabafo deste cidadão, é muito mais que justo. Mas peca pelo atraso e pela desatualização. Chamar um infrator da lei de “Senhor Bandido”, hoje, é passível de punição e pode ser considerado ofensivo a dignidade do meliante.

Ora, senhor delegado. Ora, senhor J. C. Arruda.
Esses cidadãos são trabalhadores incansáveis, e como tal devem ser sim respeitados. Sugiro que doravante, o Jornal Periscópio, do qual o senhor é peça fundamental, passe a tratar tal categoria como “profissionais do crime”, linha editorial que este blog já adotou, antes que ser processado por alguma organização criminosa ou de direitos.

Não me venham os pregadores do direito do alheio dizer que estou exagerando, afinal Cristo foi proibido de entrar nas escolas italianas por infringir os Direitos Humanos!!!  (veja matéria sobre esse assunto) Quem dirá nós.

Aqui em Itu, ao menos, o judiciário tem evitado cair na tentação de punir policiais por simplesmente fazer cumprir a lei, a algumas semanas, um cidadão ituano perdeu uma ação onde reclamava de uma abordagem policial. Mas, mesmo por aqui, existem casos que nem o diabo acredita. Pasmem, senhores, um traficante sobejamente conhecido e já condenado diversas vezes, possui um habeas corpus que o livra de ser revistado. Isto não ocorre em Terras da Carochinha, é um exemplo vivo que percorre as ruas do Jardim Aeroporto, sem ser importunado, afinal, é seu direito.

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Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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