Todos teimaram que ele estava embriagado!

O pedreiro paulistano Paulo Samuel Alves Cardoso estava com sua Brasília vermelha no posto Puma na cidade de Itu abastecendo calmamente seu veículo quando foi abordado por uma viatura da Guarda Civil Municipal.

Os guardas municipais vieram com a absurda acusação que ele tinha batido seu veículo em um caminhão. Ora, estava ele vindo para o aconchego de seu lar, ali mesmo, no Jardim Aeroporto, e não se lembrava de ter batido em nada – Quanto mais em um caminhão!!! Os guardas falaram que ele estaria bêbado, mas qual o quê! Só tinha ingerido meia dose de cachaça, nada mais! Além disso, era noite de sexta-feira (20/06/2003 – 21 horas). Seja como for, para não discutir, concordou em ir até a delegacia.

Lá ficou sabendo que o motorista do caminhão tinha acionado a guarda municipal, pois segundo este, ele estaria dirigindo de forma irresponsável, e além de abalroar o seu veículo de carga, ele havia quase atropelado uma pessoa.

O guarda que atendeu a ocorrência, o Gcm Tártari, também teimava em insistir que ele aparentava embriaguez. Para tirar definitivamente isso a limpo a questão, Paulo foi aconselhado pela delgada de polícia Drª. Márcia Pereira Cruz Pavoni Silva a fazer o exame químico toxicológico.
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Pronto! Já não bastavam o caminhoneiro e o guarda e agora este exame também teimava afirmar que ele estaria ébrio. Além disso, a delegada encasquetou que tinha que guinchar seu carro, só por que ele não tinha carta de motorista.

Mas tudo teria sido resolvido rapidamente se Paulo Samuel não tivesse resolvido ficar longe da Justiça. Sendo um crime de tão baixa gravidade foi solto em seguida, devendo apenas manter a Justiça informada de seu paradeiro. Mas por descuido ou por esperteza, não o fez. Dezenas de buscas foram feitas até que seu filho foi localizado e deu seu novo endereço no Jardim Morada do Sol em Indaiatuba.

Paulo então compareceu ao 1º DP da cidade de Itu, mas sumiu novamente, antes da audiência que ocorreu dia 24 de setembro de 2009, e na qual foi finalmente condenado, mesmo sem a sua presença. Um dia, quem sabe, ele apareça para acertar sua conta com a Justiça: prisão administrativa por 30 dias. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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