Policias Civis extorquindo integrantes da facção PCC

Todos se lembram dos ataques do Primeiro Comando da Capital em maio de 2006, mas poucos se lembram do estopim que detonou aquela ação que deixou algo em torno de 600 mortos e paralisou o maior estado da nação.

O Policial Civil Augusto Peña e seus comparsas da delegacia sequestraram e usaram a prisão da delegacia para guardar Rodrigo Olivatto de Morais, o sobrinho de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola do PCC.

Peña mudou a história de nosso país, o Primeiro Comando da Capital e o Brasil não seriam o que são hoje se não fosse aquele sequestro.

Essa prática, no entanto, persiste até hoje. Quem é do mundo do crime já sentiu na pele ou ouviu histórias de pessoas próximas que foram extorquidas, sequestradas ou mortas de maneira covarde por criminosos com distintivos.

A prisão dos policiais civis que usaram como mocó para uma vítima de sequestro a sede do DEIC no Carandiru, apenas expõe para o público o que acontece todos os dias em quase todas as quebradas do estado.

Com os policiais que sequestraram e extorquiram Bruno Fernando de Lima Flor, o PCC Armani, foi encontrado grande quantidade de dinheiro vivo, algo comum entre criminosos que tem que esconder a origem de ganhos ilícitos, e também da família Bolsonaro.

O sequestro foi em junho de 2020, mas só foi revelado agora no final da investigação do Ministério Público de São Paulo.

Os policiais utilizaram para o sequestro do PCC Armani um veículo roubado no Rio de Janeiro. Após rendê-lo em um posto de gasolina, levaram-no até sua residência de onde subtraíram 15 mil reais e exigiram um resgate de 300 mil Reais, mas acabaram negociando e deixando por 75 mil. — mpsp.mp.br
A Operação Quebec Sierra Juliet identificou seis pessoas envolvidas: os dois policiais civis presos, quatro outros agentes investigados, além de dois advogados que intermediaram as negociações. — G1

 

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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