“Pequeno criminoso” desenterra uma narrativa fascinante de transgressão e justiça. Venha descobrir a complexa jornada de Bruno, um criminoso inusitado.
O comerciante novondradinense Ivanilson parou seu caminhão contendo frutas e verduras na Avenida Ernesto Fávero. Na manhã seguinte começaria a distribuição pelo bairro Rancho Grande.
Sexta-feira, 5 de março de 2010. 00:50 Rua dos Expedicionários 35, Vila Leis, Itu, SP
Estando ele mais próximo agora do caminhão, viu com clareza o movimento vindo da boléia. O rapaz que lá estava olhou para fora e viu o motoqueiro a observá-lo. Pego em flagrante, tentou escapar por entre os telhados e muros mal iluminados. O servente Bruno Ricardo, morador do bairro Itaim, não consegue driblar o vigilante da rua Marivaldo Teotônio da Silva, um caraibense arretado. A Guarda Civil Municipal foi chamada para a perseguição.
Bruno pulou o muro do estádio, foi pulando nos telados das casas até cair de um muro, machucando a boca e o joelho, e quando estava no quintal de um escritório de contabilidade foi abordado pelo GCM Alexandre. O rapaz ainda jogou a pochete contendo, dinheiro, talões de cheques, cartões de crédito e os documentos de Ivanilson.
As luzes das viaturas estacionadas por toda a rua se apagavam ao encontrar com o rosto triste e cansado de Bruno. Minutos depois via as luzes da cidade passando através das janelas da viatura da Guarda Municipal que o conduziu até a Santa Casa de Itu, onde suas escoriações foram tratadas.
Não perdeu tempo em desmentir aos guardas o furto, ressaltando que o vidro do caminhão estava quebrado, ele enfiou o braço e abriu a porta, segundo ele em busca de alimentos, mas não encontrando se apoderou da pochete que estava no porta-luvas, quando isso fez viu o motoqueiro a observá-lo.
Perante a delegada Drª. Ana Cássia Labronici Gomes resolveu que só falaria em juízo. A advogada Drª. Ana Maria dos Santos conta que apesar de Bruno ter sido preso em flagrante três vezes só no ano de 2009, os crimes de menor potencial ofensivo, sem violência ou ameaça, revelando-se tratar-se de uma pessoa sem periculosidade e pede a soltura a Drª. Andrea Ribeiro Borges achou por bem conceder a liberdade para o rapaz, que poderá aguardar a próxima audiência no aconchego de seu lar.