Madrugar assistindo tv ou passeando todos nós fazemos. Uns mais, outros menos, mas todos fazemos, e Geraldo também. Que risco haveria em esperar terminar aquele programa para depois colocar o lixo para fora? Geraldo assim o fez naquela noite quente de 2002.
Segunda-feira, 9 de dezembro de 2002.
Avenida das Monções 71 – Jardim Rancho Grande – Itu SP
Aquela noite seria diferente para Geraldo. O calor da noite não o deixou dormir cedo. Passava pouco da meia-noite quando saiu levar o lixo. Abriu o portão, saiu para a rua, e viu quando um homem ensanguentado correu em sua direção, não estava longe, mas ele não iria esperar chegar perto.
Algum tempo antes…
O Guigo, como é conhecido Devair, estava em sua casa dando uma festa. A casa era dele, a festa era dele, e se era segunda-feira, dia de trabalho ou não, era problema dele. Quem pode pode, quem não pode vai dormir cedo para trabalhar no dia seguinte, otários em um mundo louco.
A festa era para si e seus amigos, mas eis que chega Edmar sem ser convidado. André que estava na tal festa, disse que Edmar foi pegar uma paradinha com Devair, já o próprio Edmar alega que foi acertar uma conta com Raphael, mesmo não devendo nada para ele – mundo louco.
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O dono da festa, Devair, não gostava de Edmar e colocou-o para fora. A festa era dele, sem penetras. Cara chato, Edmar não vai embora e fica atormentando os convidados. Um pouco de persuasão foi necessária para convencer o penetra a dar linha na pipa – nada que bicudas e safanões não resolvessem.
Todos viram e ninguém nega os corretivos dados pelo dono da festa, assim como confirmam que Edmar estava bêbado, drogado e chato. Mas alguém esfaqueou Edmar, não uma, nem duas vezes, mas várias. Passados oito anos o suspeito seria o tal do Rafael, conhecido como Testa.
Segunda-feira, 9 de dezembro de 2002.
Avenida das Monções 71 – Jardim Rancho Grande – Itu SP
Geraldo vê aquele homem sujo de sangue correndo em sua direção, corre para dentro de casa e tranca a porta. O sujeito passa pelo portão, fecha, mas não consegue entrar na casa, grita, pede ajuda, diz que vão matá-lo. Geraldo ouve, mas não pretende abrir a porta, crianças tem medo, e quando viram adultos não mudam.
O dono da casa ouve duas ou três vozes do lado de fora do muro da casa. Uma diz: ele entrou aqui. Geraldo acende a luz do holofote, mas percebe que alguém o quebrou. O ensangüentado Edmar quebra o vidro tentando entrar na casa, mas em vão. Geraldo grita dizendo que já chamou a polícia, seus agressores fogem ao ouvir isso.
De fato Geraldo chamou a Polícia Militar, que disse que não tinha viatura para ir até o local, discou para a Guarda Municipal e poucos minutos depois o GCM Mauro deixava Edmar em segurança na Santa Casa de Itu. Por oito anos Devair lembrou desta festa, que ele deu em uma segunda-feira e como ele mesmo disse: problema dele.
Agora, finalmente Devair pode deixar de se preocupar com este problema, Dr. Luiz Carlos Ormeleze pediu sua absolvição por falta de provas pela tentativa de assassinato de Edmar. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});