FACÇÃO PCC 1533 SÃO PAULO — ÚLTIMAS NOTÍCIAS

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Dezembro de 2023

PCC morto no Guaruja

O trágico desfecho do assalto em Guarujá destaca a complexidade e a ambivalência das situações de violência urbana. Kaíque Martins Coelho, conhecido como Nego Zulu, chefe do PCC no Guarujá, não era apenas um criminoso, mas também um produto e perpetuador de um ciclo vicioso de violência. Suas ações contra turistas, marcadas pela crueldade, refletem as profundas fissuras sociais da região. Por outro lado, os turistas, forçados a uma brutal realidade, reagiram com uma violência surpreendente, transitando de vítimas a combatentes em um instante de puro instinto de sobrevivência.

Na madrugada de sábado, a realidade do Guarujá foi abalada por um assalto que culminou em morte. Nego Zulu e seu comparsa, aparentemente menor, invadiram uma casa alugada em Balneário Praia Pernambuco. Armados, eles roubaram e tentaram sequestrar uma das vítimas para extorsão, subvertendo a tranquilidade do local em um cenário de medo e desespero.

Os turistas, enfrentando um perigo mortal, reagiram. No calor do momento, a linha entre defesa e ataque se desvaneceu. Três disparos de um revólver calibre 38, efetuados por Nego Zulu, marcaram o início de uma luta caótica. A violência, geralmente vista nas telas ou nas páginas dos jornais, tornou-se uma realidade tangível e assustadora para esses indivíduos.

O confronto resultou na morte de Nego Zulu, após um golpe fatal na cabeça, não resultou em acusações para as vítimas do assalto, consideradas em legítima defesa. A história, registrada como roubo, extorsão e tentativa de homicídio, é um lembrete sombrio da realidade do crime e da violência que permeiam certas áreas do litoral paulista, onde o perigo pode irromper a qualquer momento.

Junho de 2023

Tribunal do Crime no Tribunal do Júri

A parada é o seguinte: contamos aqui o rolê pesado que o GAECO armou pra botar os irmãos do PCC 1533 que participavam do Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital atrás das grades. O corre todo começou lá em 2017 e desenrolou 418 anos de cana pro comando. leia artigo completo no site

Central de Comunicação da facção PCC 1533

Cai rede de WhatsApp do PCC: Vamos mergulhar no mundo da “central de comunicação” do Primeiro Comando da Capital, explorando suas origens, seus perigos e um caso recente envolvendo mais de 300 integrantes da facção. leia artigo completo no site

Conselho de Pai do Primeiro Comando da Capital

Este artigo explora o tema “Conselho de Pai” através da lente da história de Júlio César, também conhecido como irmão Preto do Jardim Vitória. Preto, um líder influente da facção PCC 1533, tenta guiar seu filho para longe do mundo do crime, oferecendo uma perspectiva única sobre o impacto da orientação paternal no submundo do crime. leia artigo completo no site

Maio de 2023

Disputas de poder na organização criminosa pcc

A jornada deste texto percorre a história da facção PCC 1533 de 2001 a 2006, um período marcado por intensas disputas de poder e contradições, revelando uma faceta complexa da criminalidade em São Paulo. leia artigo completo no site

Opreação Oposição Rio Claro SP

Este artigo aborda a violência e o caos em Rio Claro, onde a batalha pelo controle do tráfico de drogas entre o Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) e um grupo independente culminou em 33 mortes em apenas um ano. Descubra como esta luta está transformando a pequena cidade paulista. leia artigo completo no site

Virada de Jogo na facção PCC 1533

Este texto traz uma análise das mudanças na mentalidade da nova geração do Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533), focando no conceito da “virada de jogo” no mundo do crime. leia artigo completo no site

Governador de São Paulo e o Primeiro comando da Capital

A política de cada governador de São Paulo em relação ao sistema prisional e a facção PCC. Da política de humanização à guerra nas ruas, acompanhe essa narrativa. leia artigo completo no site

Segregação Urbana e Segurança Privada e a Facção PCC 1533

Na real? A cidade tá fatiada, com o Primeiro Comando da Capital (Facção PCC 1533) na jogada. Segregação Urbana e Segurança Privada é o que sustenta essa parada. Vamos desenrolar essa fita? leia artigo completo no site

a prisão de Fantasma, líder do PCC

Preso Fantasma: Conheça a história do líder da facção PCC, “Fantasma”, e seu passado como policial militar, revelando um caso repleto de contradições e reviravoltas. leia artigo completo no site

Um homem brutalmente assassinado em Cotia. Pela descrição fornecida, o crime foi cometido há poucas horas e ocorreu no local onde o corpo foi encontrado, já que estava em uma poça de sangue. A vítima tinha as mãos amarradas, esfaqueamentos nas costas e o rosto picotado, o que sugere uma morte extremamente violenta.

Não há indícios de ferimentos por arma de fogo, o que nos leva a crer que o crime foi cometido com uma arma branca. As circunstâncias e o nível de violência sugerem um acerto de contas relacionado ao crime organizado. Além disso, essa é a nona morte na cidade em que as suspeitas recaem sobre o PCC e com os corpos encontrados em locais ermos. – leia no site webdiario

André do Rap líder do PCC

André do Rap: a real do líder do Primeiro Comando da Capital, artigo mostrando que a realidade é muito diferente do que a mídia apresenta. – leia no site

O sargento e o cabo e a facção PCC 1533

O sargento e o cabo da PM: a corrupção policial e a facção PCC. O sargento e o cabo da PM enfrentaram destinos distintos ao lidar com a corrupção e o crime organizado no Brasil, expondo a hipocrisia da sociedade. leia no site

Central de distribuição de drogas em itu

Central de distribuição de drogas do PCC no Alberto Gomes em Itu. Um idoso observa de sua janela a ação policial que desmantela uma central de distribuição de drogas da facção PCC 1533 em sua vizinhança. A história explora a tensão, o medo e as consequências do crime organizado na vida de pessoas comuns. leia no site

Abril de 2023

Roubo nas ferrovias uma teia de criminosos e receptadores

Roubos nas Ferrovias: há envolvimento da Facção PCC 1533? Um olhar sobre o aumento dos roubos nas ferrovias brasileiras e a batalha da investigadora Rogéria Mota contra o crime organizado do litoral paulista. leia no site

Tráfico e esperança na estrada de Minas Gerais

Tráfico e Destino: A Saga de Dois Integrante da Facção PCC 1533 encarregados de levar pasta de cocaína de Ribeirão Preto em São Paulo à Montes Claros em Minas uma missão perigosa e enfrentam reviravoltas inesperadas, levando-os a questionar suas escolhas de vida. – leia no site

Senhora do Fuzil da facção PCC

A Verdade por Trás da “Senhora do Fuzil”: chamou a atenção das autoridades ao ostentar luxo nas redes sociais. A investigação revelou sua ligação com a facção PCC 1533 e o papel desempenhado na guarda de armas da facção. – leia no site

PCC e a grilagem urbana em São Paulo

PCC e a grilagem urbana: descubra a conexão entre o crime organizado e a crise habitacional em São Paulo neste artigo revelador do Al Jazeera. leia no site

Facção PCC e os Pés de Pato

PCC e os Pés de Pato: Zona Sul de São Paulo e o mundo do crime

A disputa territorial entre a facção PCC e os Pés de Pato em São Paulo, abordando a origem dos grupos, a recente prisão de um suspeito e a evolução dessa rivalidade. leia no site

Colaborar com o PCC não é uma opção

Colaborar com o PCC ou morrer: o “Caso Aeroporto de Guarulhos”

O sombrio relato de um servidor que ousou negar-se à colaborar com o PCC desvela a batalha contra a corrupção e o domínio do crime organizado no Aeroporto Internacional de São Paulo, bem como a escassez de amparo por parte das autoridades aos indivíduos assediados. leia texto no site

PCC e o sistema carcerário

PCC e o sistema carcerário: um passeio pela história do descaso

O sistema carcerário em São Paulo já enfrentava problemas desde 1829. Eu descobri que um relatório da época denunciava o espaço físico reduzido e o ambiente abafado na prisão. Outros relatórios apontaram falta de higiene, ausência de assistência médica, alimentação escassa e acúmulo de lixo, mostrando total desrespeito à dignidade humana. leia o texto no site

Biqueira Comprada uma forma de pacificação das quebradas

Biqueira Comprada: PCC e a favela do Issac no Jardim Novo Itu

O artigo explora a expansão do PCC no Jardim Novo Itu através da estratégia de “biqueira comprada”, mostrando como o grupo criminoso consolida seu poder no tráfico de drogas e na disciplina local. leia o texto no site

Laranjas do PCC um sonho que pode virar um pesadelo

Laranjas do PCC caem em Bertioga no litoral de São Paulo

A investigação de um caso de lavagem de dinheiro envolvendo laranjas do PCC em Bertioga. Acompanhe a trama e veja como a verdade sobre os imóveis de luxo e os laranjas é desvendada. leia no site

Dezembro de 2022

A repórter Paula Lópes Barba em artigo no El País“Los caminos de ‘Cracolândia’ – el mayor mercadillo de droga de Brasil”, apresenta a inútil guerra contra o tráfico de drogas travada há 25 anos no coração da cidade de São Paulo pelo governo do Estado.

Há muito tempo as drogas são vendidas em barracas ou de mão em mão a céu aberto no que é conhecido como Cracolândia.

A reportagem questiona o uso da força para combater o vício. Afinal, qual seria o melhor caminho: o tratamento compulsório e redução de danos ou a repressão policial?

O tráfico na região é monopolizado pelo Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533): do fornecimento dos insumos à venda ao varejo, impondo regras de disciplina para esse mercado que há seis anos supria 4.000 usuários e gerava uma receita de 550 mil de Reais por dia (105 mil de dólares).

Durante as últimas décadas o Estado foi comandado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que combateu o problema integrando as ações das polícias investigativa e coercitiva, com equipes de saúde pública e assistência social — mas o resultado foi pífio ou de pouca duração.

Tarcísio Freitas do Partido Republicano assumirá em 2023 o governo do Estado devendo priorizar o uso da força para coibir o tráfico, alinhado com o discurso do então ex-presidente e seu padrinho político Jair Bolsonaro.

Nesse meio tempo, o que se vê, são os prédios eram como cortiço e nos quais ofereciam prostituição, inclusive de menores, e receptação de objetos roubados que eram trocados por drogas. Pelas ruas, legiões de usuários continuam a vagar de um ponto para outro em busca das drogas em frente das “fachadas históricas repletas de grafites com símbolos do PCC como Yin-Yangpalhaços ou tendas. Os números 1533 escritos em todos os lugares”.

Agosto de 2021

O tiro foi disparado em 8 de abril de 2018 por ordem do disciplina do Primeiro Comando da Capital em Capão Bonito em São Paulo, atingiu as costas de Adriano, que o deixou hospitalizado por 307 dias até sua morte por pneumonia.

Alan era um dos cinco rapazes que atacaram Adriano e agora foi julgado pelo Tribunal do Júri, só que…

Um dos seus colegas, sendo menor de idade, não foi a julgamento e os outros três, maiores de idade, foram condenados a penas que variaram de 12 a 15 anos de prisão, só que no caso de Alan a coisa ficou meio indefinida.

Os argumentos da defesa sensibilizaram os jurados que votaram pela confirmação que ele participou do crime, mas que deveria ser perdoado.

Só que o juiz acolheu o pedido do Promotor Público e mandou que os jurados votassem novamente e o resultado mudou.

Na segunda votação ele foi condenado e o juiz para confirmar fez uma terceira votação no qual ele foi condenado novamente. Pode isso, Arnaldo?

Os advogados dizem que não e irão recorrer dessa virada no tapetão. — aconteceuemitu.org

Tribunal de Justiça de São Paulo nega que presos tenham o direito de cantarem o Hino do Primeiro Comando da Capital e, aqueles que o fazem, podem ser punidos com a perda de 1/3 dos dias remidos até a data da infração.

Wandeson e outros presos, durante o procedimento de entrada de visitantes entoavam o hino da facção PCC 1533, e a direção deu ordens para que os funcionários retirassem os internos do pátio e enviando-os ao Regime Diferenciado de Cela RDC, mas Wanderson e seus colegas resistiram:

Daqui ninguém nos tira, aqui é o Primeiro Comando da Capital, se mexer com nós, vamos matar esses vermes, PCC 1533, esse é nosso grito de guerra.

O TJ-SP considerou que ao cantar o hino os presos exaltavam a facção criminosa, fazendo “apologia ao crime, divinizando seus membros e mandamentos e, com isso, a fortalecendo, em atitude deveras perniciosa à sociedade”. — fonte: TJ-SP

Pessoas morrendo à rodo. Chacinas acontecem sobre nosso olhar bovino enquanto continuamos mastigando calmamente nosso pasto. Qual a razão da nossa indiferença? Qual a razão da existência desse fenômeno em nosso país?

O sociólogo Eduardo Armando Medina Dyna tenta responder essas questões em artigo no site observatório de segurança, no qual, além de analisar seus motivos, efeitos e relações, busca encontrar o impacto que o emprego da chacina como método tem sobre a Segurança Pública no Brasil.

A chacina como método de controle

O pesquisador lembra vários eventos, entre eles três envolvendo a organização criminosa Primeiro Comando da Capital:

2002 – Chacina da Castelinho

A operação Castelinho em 2002 foi outro exemplo da letalidade da PM que proporcionou mais uma chacina em São Paulo. Em uma emboscada, policiais civis deixaram veículos no meio da rodovia estadual e cercaram 12 homens suspeitos de serem da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que estavam viajando em veículos. Esses indivíduos foram assassinados sem confronto direto, gerando críticas dos grupos dos direitos humanos e da oposição pela forma de atuação dessa operação.

2012 – Chacina de Várzea Paulista

A chacina em Várzea Paulista, cidade da região metropolitana de São Paulo, foi um massacre promovido pela tropa de elite da polícia militar de São Paulo, a Ronda Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), por causa de um suposto conflito entre os policiais e criminosos ligados a facção paulista, o PCC (G1, 2012). Nesse confronto, 9 indivíduos foram mortos (todos tidos como criminosos), o que acarretou muitas críticas das organizações dos direitos humanos pela forma da ação do trabalho policial, em razão de ter apenas uma única narrativa proposta pela ROTA sobre o ocorrido, algo diferente dos elogios recebidos pelos setores conservadores e do poder do Estado de São Paulo.

2017 e 2018 – Chacinas das Guerras entre Facções

As chacinas nas prisões no norte e nordeste em 2017 e 2018 inauguraram uma nova fase dos desdobramentos das organizações dos presos. Por causa da guerra entre facções como o PCC, Comando Vermelho (CV), Família do Norte (FDN), Sindicato do Crime (SIN-RN) entre outras, foi cometido um banho de sangue com dezenas de mortos e decapitados nas prisões do AmazonasAcreRio Grande do Norte, chocando a opinião pública pelos suplícios, a espetacularização das mortes e do evento.

O estopim para essa guerra foi o fim da união entre o PCC e o CV por conta do controle de drogas na fronteira entre o Brasil e o Paraguai em 2016. Assim, nos primeiros dias de 2017 e posteriormente em 2018, houve uma reorganização nas cadeias direcionada às facções, separando presos que eram membros ou simpatizantes dessas organizações, o que culminou com rebeliões a fim de invadir os pavilhões opostos nos quais se encontrariam os inimigos de outros comandos.

Para ler a análise completa acesse ao site do Observatório de Segurança, artigo: Da violência aos massacres: reflexões sobre o fenômeno das chacinas no Brasil.

Agosto de 2021

Segundo Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, não será na Cracolândia que você encontrará crack para comprar. Então tá.

Felipe Resk e Marianna Gualter contam com detalhes como funciona e quanto rende o esquema do Primeiro Comando da Capital nas ruas do centro velho de São Paulo que rende mais de 550 mil de Reais por dia, em 30 barracas que rendem para seus donos 5 ou 6 mil reais por dia.

O abastecimento das barracas é feito aos picados por aviões que buscam no estoque que fica nos hotéis e ocupações no entorno e fazem também ao picado a recolha do dinheiro.

Juntamente com a feira das drogas funciona a feira da muamba, onde se vende de tudo, mas principalmente produtos furtados como celulares, bicicletas, roupas, fios de cobre e documentos para usar em golpes.

Após ficar vinte e um anos foragido da Justiça, Fuminho, como é conhecido Pedro Hiran Esteves Ornelas, compareceu a uma audiência virtual na 2ª Vara Criminal de Itapecerica da Serra em São Paulo.

Durante a audiência ele ouviu o depoimento do oficial da Polícia Militar que comandou a invasão do sítio e a descoberta de um sofisticado bunker do Primeiro Comando da Capital com elevador e motor hidráulico usado na elevação de uma tampa de concreto: 450 kg de cocaína, 8 kg de maconha e 24 armas, incluindo fuzis e metralhadoras. — Josmar Jozino para o UOL

Julho de 2021

Primeiro Comando da Capital está por trás da devastação que está em curso no Parque Municipal Fazenda da Juta em São Paulo. A área que deveria ser de preservação ambiental está se tornando uma favela cujos barracos são comercializados por integrantes da facção paulista.

Representantes de organizações sociais, políticos e educadores afirmam que a área verde está sendo desmatada sob as ordens da organização criminosa PCC.

Além de comandar o tráfico de armas e de drogas, os integrantes do PCC têm seguido a mesma cartilha dos milicianos do Rio de Janeiro. Para expandir seu domínio pela periferia paulistana, promovem grilagens de terra em territórios onde o poder público está ausente. — fonte: Dhiego Maia para a Folha de S. Paulo

Policiais Civis ficaram uma semana em campana em Jandira na Grande São Paulo para capturar Antony, um integrante do Primeiro Comando da Capital conhecido como Tio Patinhas.

Ele era o responsável pelo transporte das drogas que eram comercializadas na cidade de Iguatu no interior do Ceará, para onde agora ele deve ser mandado pela polícia paulista. — fonte: Plim Plim Cariri

Todos se lembram dos mega ataques do Primeiro Comando da Capital de 2006 em São Paulo. Foi uma marco que dividiu a história da Segurança Pública no Brasil no antes e depois da criação da facção paulista.

Poucos lembram que houve em 2011 e 2012 duas pequenas ondas patrocinadas pelo PCC contra as forças policiais paulistas que estavam matando a vontade nas periferias.

Lelê, como é conhecido Leandro, recebeu em 2012 a missão de matar um Policial Militar ou Guarda Civil Municipal e o primeiro que ele encontrou foi Marco Aurélio de Santi que estava em seu carro e acabou sendo morto com seis disparos.

Agora, o Tribunal do Júri de São Carlos condenou Lele a 16 anos de prisão, no entanto o matador, já tem outras condenações que somam algumas outras dezenas de anos. — fonte: São Carlos Agora

Fernando Almeida de Lima, segundo a polícia estaria expandindo sua área de atuação no controle do tráfico de drogas do Guarujá para Itanhaém.

Com um mandado de busca e apreensão, a polícia invadiu sua casa mas não encontraram nada que o vinculasse ao tráfico de drogas, no entanto havia em sua casa no Jardim Virgínia diversos veículos de luxo, relógios e joias — o valor dos objetos apreendidos chega a meio milhão de reais .

A polícia espera conseguir provas de seu envolvimento com a análise de um celular, um pen-drive, um notebook e um caderno de anotações recolhidos, nos quais constariam o comércio de drogas disfarçado com nome de perfumes. — fonte: Eduardo Velozo Fuccia para o Santa Portal

Sob fontes acessadas em sua etnografia, o autor revela que a repressão policial após os “ataques do PCC em 2006” se voltou para todos aqueles que se “parecem” com “bandidos”.

Morrem, nesse contexto, não necessariamente quem cometeu os crimes, mas quem tem a mesma idade e cor de pele, que usam as mesmas roupas ou os mesmos acessórios daqueles identificados publicamente como criminosos, ou seja, os jovens das periferias urbanas.

Gabriel Feltran

Luana que foi presa em Ribeirão Preto em São Paulo pela Operação Kleptos requereu no Superior Tribunal de Justiça o direito de prisão domiciliar alegando ter um filho menor de 12 anos, que o crime a que é acusada não é violento, e que ela tem residência fixa e emprego.

O TSJ negou alegando que a criança já tinha completado 12 anos e para ter o benefício tinha que ser 12 anos incompletos, e além disso afirmou que ela pode não ter praticado um crime violento, mas que é suspeita de tráfico de drogas e pertencer a uma organização do crime organizado armado, o Primeiro Comando da Capital com a função de Geral das Femininas.

Segundo a denúncia, além de suas atribuições na estrutura da facção, Luana e outros cinco integrantes da facção, seriam os responsáveis pela distribuição das drogas nas biqueiras da cidade. — Superior Tribunal de Justiça

30 de junho de 2021

Cada um sabe seus caminhos. Fornecedores não faltam, mas o preço varia. Se na ponta tem salve do Primeiro Comando da Capital regulamentando o preço ao varejo, no atacado é cada um por si e Deus por todos.

Na capital paulista, nas regiões da classe média como Higienópolis, Itaim Bibi ou Pinheiros, o quilo do crack sai para o varejista a 30 mil Reais o quilo, já na região da Cracolândia no centro é vendido por 45 mil (e lá são vendidos 12 quilos por dia).

Muitos usuários, pouca concorrência e sem a presença da polícia inflaciona seria a razão do preço inflacionado na Cracolândia. — Metrolopes

Junho de 2021

Bozidar Kapetanovic era um dos contatos do Primeiro Comando da Capital com a máfia sérvia do clã formado por ex-militares sérvios e comandado por Darko Šarić.

Até 2009 o grupo mandava embarcava as drogas para a Europa compradas por eles na Colômbia, Bolívia e no Paraguai através dos portos da Colômbia, Argentina e do Uruguai, mas o esquema foi descoberto e a liderança foi presa durante a Operação Brabo.

Em 2016, o Clã Šarić caiu novamente, mas utilizando vários outros portos, mas principalmente o porto de Santos, onde atuava em parceria com a facção PCC que se responsabilizava com o transporte da carga da origem até a boca do embarque.

Bozidar está preso desde então, mas seu advogado tenta anular sua condenação a 23 anos e 6 meses de prisão alegando que ele teve seu direito de defesa prejudicado pelo juiz não respeitou a ordem de apresentação dos recursos.

O Ministério Público tenta barrar a anulação alegando que só seria válida se Bozidar tivesse sido elencado como “réu colaborador”. — site do Dr. Aroldo Murá

Hip-hop e Saraiva foram presos, mas no insano e violento Brasil de Bolsonaro não foi isso que chamou a atenção.

Marcelo Augusta Santana, o Hip-hop, estava no bairro Guilhermina, na Praia Grande, Baixada Santista, e Júlio Cesar Vieira da Silva, o Saraiva, estava no Morumbi em São Paulo quando foram presos durante a Operação Jiboia 2.

Ambos fazem parte do alto escalão do Primeiro Comando da Capital, ambos estiveram ligados a tráfico de drogas e organização criminosa, e o mandado de prisão saiu por integrarem o núcleo encarregado de matar autoridades policiais, carcerárias e judiciarias.

Mas como vivemos no insano e violento Brasil de Bolsonaro, o que chamou a atenção, foi que ambos não foram mortos durante a operação policial, como ressaltou o experiente repórter Josmar Jozino em seu artigo no UOL notícias.

A ROTA não mata há 28 dias, por sinal, desde que o governador de São Paulo, João Dória, conseguiu padronizar o uso das câmeras no uniforme.

Coincidência? Quantas vidas seriam poupadas se toda a polícia tivesse esse equipamento? Será que a garota Agatha e o músico Evaldo Rosa dos Santo que foi morto com 80 tiros de fuzil teriam sido mortos se os policiais estivessem sendo monitorados?

Concedido Habeas Corpus para um preso acusado de ser “gerente do tráfico de drogas em Peruíbe e integrante do Primeiro Comando da Capital.

O réu que está preso desde fevereiro de 2018, ainda não foi julgado, e após a última audiência em março de 2021 o processo não mais andou e não tem nenhuma audiência agendada, já que a testemunha do caso não é localizado há mais de anos.

O colegiado reconheceram que o crime, mesmo que provado, é um crime sem violência e com ilegalidades no processo acusatório.

Apesar de ter sido concedido o HC, pela acusação de ser integrante do PCC, o colegiado pede que o juiz determine a liberação com algum tipo de restrição ou controle do réu. — Jusbrasil

Um integrante do Primeiro Comando da Capital caiu no bairro Porto Alegre em Capivari da maneira mais comum: viatura passando por local conhecido pelo tráfico, aborda e localiza drogas.

A viatura era da Guarda Civil Municipal encontrou as drogas no telhado de uma casa próxima: 52 pinos de cocaína e cinco porções de crack.

Na residência do criminoso encontraram outros 44 pinos e uma porção a granel de cocaína, uma pedra bruta de crack, um celular, 601 pinos vazios além de uma folha de anotações do tráfico de drogas. — Prefeitura de Capivari

Ainda não foi esclarecido o acidente.

Segundo a repórter Cristiane Azanha do Jornal de Piracicaba conta que uma viatura da Polícia Civil estava transportando integrantes do Primeiro Comando da Capital quando “o motorista do Ford Fiesta bateu na viatura”.

Se for isso, os policiais devem ter ficado cabreiros achando que seria uma tentativa de resgate, mas pelo estado do Ford Fiesta, está mais parecendo que a viatura estava em alta velocidade e não parou em um cruzamento.

O que se sabe ao certo é que o Fiesta entrou dentro de uma loja e nenhum dos presos se feriu no acidente.

Em tempos de Bolsonaro tudo pode se esperar. Tem empresário de escola de inglês que assessora na área de Saúde Pública e tem empresa de aluguel de veículos que cede carro para ações do crime organizado.

A suspeita que a Localiza está envolvida com a quadrilha formada por policiais foi exposta pelo jornalista do UOL Josmar Jozino, que afirma que os agentes utilizaram por mais de um ano um Volkswagen Gol da empresa para cometer crimes.

O caso ficou famoso depois que os investigadores do DEIC, Carlos Henrique dos Santos e José Luís Alves, sequestraram uma liderança do com o Gol locado irregularmente em 2018 no Rio de Janeiro.

Bruno Fernando de Lima Flor, conhecido como PCC Armani, ficou no cativeiro dentro do DEIC até ser resgatado com o pagamento de um resgate.

Quando a casa caiu para os policiais, deu queixa do veículo como qualquer bandidinho começo de carreira faria.

Caberia investigar se foram os funcionários ou os empresários que estavam em conluio com os criminosos. Mas haverá investigação? Será? — Josmar Jozino para o UOL

Tuta é um dos vulgos de Marcos Roberto de Almeida, que ganhou a confiança de Marcola, o Marcos Willians Herbas Camacho, quando estiveram juntos na P2 de Presidente Venceslau.

Hoje Tuta seria o principal líder do Primeiro Comando da Capital fora das trancas, e responsável pela arrecadação da facção do mundo do crime na região da Grande São Paulo e Baixada Santista.

Depois da morte de Gegê do Mangue e a prisão de Fuminho, Tuta também teria assumido a coordenação internacional da facção, podendo estar hoje, tanto no Brasil quanto na Bolívia ou até mesmo na África.

O eixo africano que é cada vez mais importante pois pode permitir ao Primeiro Comando da Capital entregar na Europa diretamente para para os atacadistas, e evitando os portos da Bélgica, Holanda e Itália poderia baixar o custo em 40% do valor da mercadoria que é cobrado pelos cartéis que dominam por lá o fluxo.

Foi ele o integrante do PCC com imunidade diplomática como adido da embaixada de Moçambique em Belo Horizonte, e que deveria fomentar os negócios entre os dois países — só não se sabe exatamente que tipo de “negócios” seriam esses.

O temor dos cartéis internacionais é que a organização paulista tente chegar ao oceano Pacífico e utilizar os portos do Equador para expandir seus negócios para a Ásia — hoje o PCC abastece parte desse mercado através de suas parcerias na África.

Há dez anos acompanho as notícias sobre a facção e não muda: o Primeiro Comando da Capital, se não define o resultado das eleições é peça fundamental no resultado das urnas.

O uso da facção como argumento político fica claro quando analisamos as buscas feitas nos últimos 10 anos pelo termo “Primeiro Comando da Capital” no Google Tends.

O PCC garante votos e poucos sabem tão bem disso quanto os bolsonaristas, que surfar na onda que começou a quebrar em maio de 2006 com os ataques da facção que aterrorizaram e paralisaram São Paulo.

Polícia, políticos ligados ao Bolsonaro e a programas policiais na TV potencializaram essa sensação de insegurança e capitalizaram o resultado, terminando com a eleição do presidente Jair Bolsonaro. Ricard Wagner Rizzi

Joe Thomas desenvolve a trama do livro “Brazilian Psycho” partindo da ascensão dos governos de esquerda no Brasil até sua derrocada e a chegada ao poder do governo de estrema direita de Jair Bolsonaro.

Joe, descreve nossa história através da ótica de um estrangeiro que foi pego de surpresa nesse turbilhão:

Um fim de semana que não vou esquecer tão depressa. Na tarde de sexta-feira, houve relatos de problemas em toda a cidade, boatos e fofocas compartilhados pela equipe da escola internacional onde eu trabalhava.

Os professores expatriados especularam que era terrorismo ou algum tipo de insurreição; os brasileiros estavam simplesmente preocupados. Saímos mais cedo e a volta para casa foi assustadoramente silenciosa e vendo a fumaça dos ônibus queimados.

Passei sábado e domingo atrás dos portões do meu condomínio, jogando tênis e bebendo cerveja com homens de meia-idade que viveram a vida inteira em São Paulo — e que não iam deixar uma coisinha como essa atrapalhar o fim de semana…

tripfiction.com

Existem vantagens em andar em um carro dublê, tipo assim, alguém está pagando suas multas e licenciamento, mas também tem um lado complicado.

Os dois homens estavam de boa seguindo seguindo pelo Jardim Europa em Santa Barbará do Oeste para fazer a distribuição de sua mercadorias em Americana.

A polícia aborda o veículo para a surpresa dos ocupantes, afinal devia estar tudo em ordem, só que não.

Deram azar e o veículo original foi roubado na semana anterior em Nova Odessa, para não responderem por receptação confessaram que o Palio Wekeend era dublê.

Para não perder a viagem, os PMs revistaram o veículo e descobriram o ocupante era gerente do tráfico de Queijão do PCC que foi preso na semana anterior e encontraram com a dupla 400 porções de maconha e 5.204 Reais. — Paula Nacasaki para O Liberal

O PCC Queijão expandia seus negócios através de um eficiente serviço de disque-entrega a partir do Parque Planalto, na cidade de Santa Bárbara d’Oeste em São Paulo.

No entanto, denúncias anônimas levaram a polícia até ele, que perdeu além de uma pequena quantidade de drogas, duas balanças de precisão, cadernos com anotações das vendas e o carro no qual fazia as entregas, além da liberdade, e essa semana toma mais um baque com a prisão de seu gerente. — Rodrigo Alonso para O Liberal

Bagunçado demais chama a atenção, mas certinho de mais também chama.

Os policiais desconfiaram de três carros que seguiam untos pela Rodovia Regis Bittencourt. Talvez fossem famílias felizes indo passear, mas talvez fossem criminosos que iam fazer algum serviço.

Pararam os três carros em Barra do Turvo e começaram a tirar drogas de dentro deles, de trás do banco, do bagageiro, sob o piso e no forro, não parava mais de achar tabletes de maconha, foram 400 quilos no total.

Conversa vai, conversa vem, o casal do carro com as drogas confirmou que os outros estavam envolvidos e todos foram presos e os carros foram recolhidos. — Alisson Henrique para o Brasil 123

Ribeirão Preto tem sido um lugar zica para os PCCs nas últimas semanas, é melhor se benzerem por lá, porque o encosto está pesado.

Tudo bem, o casal estava com um quilo de crack, nove mil em notas falsas de 100 Reais e um celular roubado. Tá, isso é problema, mas a zica mesmo estava nos bilhetes de loteria.

Estavam levando a droga de São Paulo capital para Sertãozinho em um veículo de aplicativo que foi parado em uma abordagem de rotina na Vila Tibério em Ribeirão, e a casa caiu.

Mas se não bastassem responder de uma única vez por tráfico, falsificação e receptação, ainda vão ter a pena aumentada em muito pela posse dos bilhetes de loteria do PCC, pois serão enquadrados em organização criminosa. — Portal Thathi

O integrante do Primeiro Comando da Capital foi preso por tráfico. Seu irmão resolveu assumir a loja no lugar dele na Rua dos Mognos, no Parque dos Lenheiros em Piracicaba no interior de São Paulo.

Não prestou, a polícia já estava ligada no esquema e ele caiu da mesma forma que o irmão, só não vão ficar junto porque ele é de menor. O cão policial achou o estoque no forro do banheiro.

Nos últimos 30 dias, a facção acabou tomando vários baques em Piracicaba. Primeiro foi a prisão de um disciplina no Chapadão, depois outros 5 integrantes que participaram de um Tribunal do Crime caíram ali perto do Bosque do Lenheiro quando o homem que estava sendo julgado foi resgatado pela Polícia, e há uns vinte dias saiu a condenação à mais de dez anos dos empresários que lavavam o dinheiro da facção na cidade. — Jornal de Piracicaba

O advogado e ex-vereador de Caraguatatuba Flávio Rodrigues Nishiyama Filho, eleito pelo PTB de Roberto Jefferson, foi condenado há 10 anos de prisão por intermediar entre a cúpula do Primeiro Comando da Capital e os presos suas declarações em juízo para não comprometerem a organização, além de cuidar dos interesses imobiliários e financeiros da facção. — Nova Imprensa

Todos se lembram dos ataques do Primeiro Comando da Capital em maio de 2006, mas poucos se lembram do estopim que detonou aquela ação que deixou algo em torno de 600 mortos e paralisou o maior estado da nação.

O Policial Civil Augusto Peña e seus comparsas da delegacia sequestraram e usaram a prisão da delegacia para guardar Rodrigo Olivatto de Morais, o sobrinho de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola do PCC.

Peña mudou a história de nosso país, o Primeiro Comando da Capital e o Brasil não seriam o que são hoje se não fosse aquele sequestro.

Essa prática, no entanto, persiste até hoje. Quem é do mundo do crime já sentiu na pele ou ouviu histórias de pessoas próximas que foram extorquidas, sequestradas ou mortas de maneira covarde por criminosos com distintivos.

A prisão dos policiais civis que usaram como mocó para uma vítima de sequestro a sede do DEIC no Carandiru, apenas expõe para o público o que acontece todos os dias em quase todas as quebradas do estado.

Com os policiais que sequestraram e extorquiram Bruno Fernando de Lima Flor, o PCC Armani, foi encontrado grande quantidade de dinheiro vivo, algo comum entre criminosos que tem que esconder a origem de ganhos ilícitos, e também da família Bolsonaro.

O sequestro foi em junho de 2020, mas só foi revelado agora no final da investigação do Ministério Público de São Paulo.

Os policiais utilizaram para o sequestro do PCC Armani um veículo roubado no Rio de Janeiro. Após rendê-lo em um posto de gasolina, levaram-no até sua residência de onde subtraíram 15 mil reais e exigiram um resgate de 300 mil Reais, mas acabaram negociando e deixando por 75 mil. — mpsp.mp.br

A Operação Quebec Sierra Juliet identificou seis pessoas envolvidas: os dois policiais civis presos, quatro outros agentes investigados, além de dois advogados que intermediaram as negociações. — G1

Queijão, integrante do Primeiro Comando da Capital, expandia seus negócios através de um eficiente serviço de disque-entrega a partir do Parque Planalto, na cidade de Santa Bárbara d’Oeste em São Paulo.

No entanto, denúncias anônimas levaram a polícia até ele, que perdeu além de uma pequena quantidade de drogas, duas balanças de precisão, cadernos com anotações das vendas e o carro no qual fazia as entregas, além da liberdade. — Rodrigo Alonso para O Liberal

A Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Venceslau é para onde são mandados os líderes do Primeiro Comando da Capital, e é lá que estava Albiazer Maciel de Lima, conhecido como “rei do roubo de cargas”.

Os presos afirmam que ele engasgou com o café, mas não existem muitas dúvidas que ele tomou mesmo foi “gatorade” — uma mistura de cocaína, vinagre e água que serve para matar sem sinais de violência.

Albiazel só se envolvia em crimes milionários e sua morte interessava a muita gente dentro das prisões mas também entre empresários e políticos que podem ter se envolvido em seus negócios. — Josmar Jozino para o UOL

Nuvens escuras pairam sobre o Primeiro Comando da Capital em Ribeirão Preto onde o Comando Vermelho implantou uma célula que está levando a morte para suas quebradas.

Nessa semana, dois ataques mataram dois PCCs, um na zona Norte no bairro Orestes Lopes e outro na zona Oeste no Jardim Progresso. Até agora já morreram 14 integrantes das duas facções, segundo o Portal Thathi.

A polícia ainda não esclareceu as mortes, no entanto deu mais um golpe no PCC ribeirão-pretano com a Operação Rumo que desbaratou o esquema que enviava para a Chapada Diamantina parte da droga recebida na cidade. — ACidadeON

“O bagulho tá louco, acabaram de matar o lelão, aqui perto de casa. Deram um monte de tiro só na cara, fecha nos 14”

A guerra entre o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital na cidade de Ribeirão Preto continua com a execução de um integrante do PCC na zona Norte da cidade, no bairro Orestes Lopes, onde foi morto em frente a sua casa pelos mesmos CVs que mataram no dia anterior o outro PCC ao lado da igreja na zona Oeste. Agora já somam 14 os mortos na guerra: está quase mais seguro ir para o Rio de Janeiro, no antro dos CVs ou no Piauí no colo dos B-40 do que atuar em Ribeirão Preto. — Portal Thathi

Um homem ia ser abordado na Avenida Serra do Mar em Americana, mas cai para dentro do matagal ao lado da comunidade. É alcançado pelo policiais e apresenta um documento falso, mas confessa que estava vendendo drogas. Confessa que é integrante do Primeiro Comando da Capital e oferece 50 mil para ser liberado, mas não foi dessa vez que se livrou. — Tribuna Liberal

Em Mogi Guaçu, 15 peças de cocaína pura, avaliada em mais de R$ 500 mil, galões de combustível de avião e R$ 35 mil estavam no bairro Cercadinho, onde foram presos 4 integrantes do Terceiro Comando Puro que recebiam a droga diretamente da Bolívia para preparar e distribuir em parceria com o Primeiro Comando da Capital, e na investigação, a polícia encontrou enterrado no bairro Nova Louzã de Jonas Damasceno Paixão que por sua vez, teria morto na semana anterior Paulo Eduardo Galvão no Jardim Santo Antônio. — Portal da Cidade Mogi Guaçu

Pedro Rodrigues da Silva, o Pedrinho Matador, conhece o sistema prisional de São Paulo como poucos. Ele ficou sem ver a rua de 1973 até 2007 e de 2011 até 2018 — viveu mais de 40 atrás das grades e por lá, ele conta que viu mais de 200 presos serem mortos enquanto esteve por lá, sendo que mais de 100 foram ele mesmo que matou.

Viveu no cárcere no tempo do Regime Militar, da redemocratização e dos governos com leve viés progressista, mas mudança mesmo, houve quando a facção paulista despontou como hegemônica, acabando com as diversas gangs e grupos dentro das cadeias e presídios.

Sobre o Primeiro Comando da Capital ele afirmou durante uma entrevista:

“Fui [convidado a entrar no PCC], mas não entrei. Ali é o seguinte: depois que surgiu o partido, você vê que a cadeia mudou. Não morre ninguém porque o partido não deixa. É paz. Paz para a Justiça ver. Se começa uma briga, eles seguram. Eles também ajudam quem sai, arrumam trabalho.”

transcrito por Willian Helal Filho para O Globo

Durante uma abordagem no bairro Ernesto Kuhl em Limeira, foi encontrado 120 gramas de cocaína, 196 gramas de maconha e 135 ml de lança-perfume, de posse de um rapaz que alegou que precisava vender aquele produto para pagar a mensalidade da facção. — Fernando Covre para o radionoar.com

Herbert Belo de Oliveira Araújo era o fornecedor de armas vindas dos Estados Unidos de avião e que caiu a semana passada na Operação Pneu de Ferro, mas agora se sabe que ele já estava sendo procurado por ter seguido a ex-mulher até um motel em Itaquera e estourou a cara dela no chute e na porrada. Ah! O garanhão que a levou para o motel se escondeu no banheiro enquanto isso. — Josmar Jozino para o UOL

Em Ribeirão Preto corre a informação que integrantes do Primeiro Comando da Capital buscaram já no ano passado proteção de integrantes do Comando Vermelho. Uma execução ao lado de uma igreja no Parque da Figueiras deu certeza que o PCC está tendo problemas para manter a pacificação dentro do estado. O Parque Ribeirão e o Jardim Progresso na zona oeste seriam as principais áreas dessa disputa, e onde passa o boi pode passar a boiada. — Portal Thathi

As duas amigas, Júlia Renata Garcia Rafael e Cláudia Cristina Menezes, vieram de Manaus para São Paulo e desapareceram em um baile em Paraisópolis em São Paulo. Os corpos foram localizados próximo ao Rodoanel e acredita-se que foram condenadas por um Tribunal do Crime do PCC. — Grasielle Castro e Débora Sögur-Hous para o Metrópoles

Há um ano e quatro meses eram presos em Piracicaba, um empresário, sua companheira, e mais cinco pessoas que fariam a lavagem do dinheiro do Primeiro Comando da Capital através de uma agência de automóveis. Agora saiu a condenação: o líder do esquema foi condenado a dez anos e oito meses, e os outros, em média, a 5 anos e meio de prisão.

O segundo suspeito do crime foi preso 17 dias após a localização do corpo do policial. — G1

O policial militar que foi sequestrado no dia 29 de maio foi encontrado em na favela do Heliópolis em 6 de novembro e não há dúvidas que tenha sido morto por integrantes do Primeiro Comando da Capital.

O relógio de Leandro foi encontrado em um imóvel que aparentemente serviu de cativeiro e que fica ao lado de uma casa de shows onde ele provavelmente parou para curtir o baile funk, mas o local também é frequentado por integrantes da facção PCC 1533.

Dois suspeitos de terem participado do sequestro e execução do Policial Militar foram mortos pela polícia em troca de tiros durante o final de semana. — Leia Agora

Já Leandro de Jesus Tavares foi preso porque sua impressão digital foi encontrada no cativeiro de Heliópolis onde os investigadores encontraram roupas e pertences do SD PM Leandro. — Gazeta Web

Após nove meses de investigação, operação da polícia nos municípios de Carapicuíba, Cotia, Jandira, Osasco, Guarulhos, Santo André, Ferraz de Vasconcelos e São Paulo, prende 24 integrantes da facção Primeiro Comando da Capital, e entre os recolhidos está o geral de Carapicuíba. Também foram apreendidos celulares, computadores, 6 mil Reais e 8 quilos de drogas. — Webdiario

Thiago Reis, o ex-diretor do setor de inclusão do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Edgard Magalhães de Noronha, em Tremembé (SP), teria recebido cerca de R$2.500 por quilo de maconha e R$5.000 por quilo de cocaína entregue aos presidiários do Primeiro Comando da Capital, e já teria entrado com centenas de quilos. — Último Minuto

Os Crimes de Maio de 2006, na cidade de São Paulo, representam um dos casos mais emblemáticos de impunidade na era pós-ditadura militar. Entre os dias 12 e 21 de maio de 2006, mais de 500 pessoas foram executadas no estado de São Paulo, sendo que, oficialmente, ao menos 124 (cento e vinte e quatro) pessoas, comprovadamente inocentes foram assassinadas pelas forças policiais. No mesmo ano, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) organizou rebeliões simultaneamente em presídios de todo o estado de São Paulo.

Compreender [as mães que lutam pela elucidação das mortes de seus filhos] suas experiências geográficas e existenciais requer desembaraçar os mitos sobre “justiças” e “verdades” produzidos pelos discursos institucionais. As suas trajetórias são centrais para a leitura do “lugar” de invisibilidade de mulheres negras no acesso aos direitos constitucionais, dentre eles o (não) acesso à justiça, como direito fundamental numa sociedade democrática e a leitura do “lugar” de hipervisibilidade na criminalização de seus corpos, marcados pelos estigmas “mães de traficantes”, “mães de bandidos”. Esse tipo de controle da imagem destas mulheres está evidenciado nas gravíssimas declarações da promotora de justiça de São Paulo Ana Maria Frigério Molinari durante uma audiência em que ela mesma afirmou que as mulheres que compõem o movimento de direitos humanos de pessoas assassinadas em 2006, seriam “mães de traficantes”. Segundo a representante do Ministério Público, “Após as mortes de seus filhos, em maio de 2006, passaram a gerenciar os pontos de vendas de drogas, com o apoio da facção criminosa PCC [Primeiro Comando da Capital]. Algumas dessas pessoas faleceram nos crimes de maio e os direitos [de gerenciar biqueiras] são transmitidos aos familiares que por vezes gerenciam ou até mesmo arrendam os pontos de tráfico de drogas”.

Esses estereótipos revelam as múltiplas opressões que atravessam as experiências das mulheres por serem negras… — leia o artigo completo de Dina Alves para o Ponte Jornalismo

No Jardim Aeroporto em Franca cai integrante da facção PCC de Santa Catarina

O integrante do PCC conhecido como Al Quaeda com busca em Santa Catarina estava tirando sua atividade no Jardim Aeroporto em Franca, fazendo seus corres com drogas e roubos, mas a casa caiu e foi recolhido. — Kaique Castro para o GCN

Josenias Pereira da Silva, o Boy do PCC é preso na região da avenida Paulista

O PCC Boy, quase sai pela porta da frente. Saiu o HC que ele pedia, mas ainda falta quebrar mais dois. Para quem não lembra, ele seria o dono dos 280 kg de explosivos, 138 kg de drogas, 2.420 cartuchos de diversas armas, 92 carregadores de fuzil e pistola e 90 balas de metralhadora calibre 50, camisetas com emblemas das Polícias Federal e Civil, documentos de porte de arma em nome de policiais civis, além de 140 metros de cordel detonante encontrados na favela Paraisópolis, na zona sul de São Paulo e em outras propriedades dele.

Quando foi preso ele já não vivia na comunidade, mas em um hotel de luxo na Alameda Santos na região da Avenida Paulista e foi reconhecido por um policial em uma viatura quando circulava tranquilamente pela rua. —Josmar Jozinho para o UOL

Cai a sede da contabilidade do PCC 1533 no Jaguará na Zona Oeste de São Paulo

A frase Follow the money ou famoso Siga o dinheiro ficou famosa no filme Todos os homens do presidente de 1976, e significa que, seguindo o caminho do dinheiro você chega aos grandes chefões do crime organizado —entende então a razão da família Bolsonaro fazer de tudo para controlar o COAF?

A central de arrecadação do PCC no Jaguará caiu ontem. Os policiais civis seguiram literalmente o dinheiro: perceberam que alguns motoboys da Estrada do Jaraguá estavam em um corre estranho, acharam que eram drogas, mas descobriram que faziam o recolhe de dinheiro para a contabilidade do PCC.

Quatro motoboys entregavam para Lucas Gonzala Mota, que levava para o apartamento 51 onde entregava para Daniel Souza de Jesus que era responsável pela contabilidade.

Foram apreendidos na operação: livros, quatro motos, celulares e nove mil reais (fala sério, alguém acredita que só tinha R$ 8.937,00 na contabilidade do PCC?) — Geovanna Hora para o R7

A Operação Tríade começou no Distrito Federal a partir dos integrantes que assumiram a responsa de enviar celulares para dentro do Centro de Progressão Penitenciária CPP do Complexo da Papuda.

Policiais interceptaram números e identificaram três grupos: “Geral da Fora do Ar”, “Geral das Trancas” e “Geral dos Apoiadores”.

Vinte integrantes do Primeiro Comando da Capital que cuidavam da estruturação da célula no Distrito Federal foram identificados: catorze mandados de prisão foram emitidos para o Distrito Federal, Goiás, Piauí e São Paulo. — PCDF

Severino Ramos da Silva foi preso ontem no Rio de Janeiro. Ele seria o responsável pelo progresso da facção por lá. Ele estava sendo rastreado desde o ano passado quando a Operação Expurgo cumpriu mandado nos estados de São Paulo, Rio, Pará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

O líder, no entanto se manteve livre e intermediava o abastecimento de cargas chegadas de drogas de Santos, orientava lideranças locais, comercializava armas e participava de julgamentos do Tribunal do Crime em nome do PCC. — UOL

O Ministério Público Antidrogas do Paraguai confirmou os dados de que 80% da produção de cannabis vai para o mercado brasileiro, para cidades como São Paulo, onde atua o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital, e para o Rio de Janeiro, onde predomina o Comando Vermelho, e os 20% restantes da produção são divididos entre os mercados da Argentina, Chile e Uruguai. — Mabel Villamayor para o judiciales.net

A Operação Sintonia continua trazendo baixas nas fileira do Primeiro Comando da Capital em Limeira. O homem conhecido como Corintiano foi preso, e seria o responsável pela movimentação do dinheiro e abastecimento de outras biqueiras da região: Cordeirópolis, Charqueada, Araras, Santa Gertrudes e Rio Claro. — Denis Martins para o Diário da Justiça

O Primeiro Comando da Capital teria um esquema milionário para recorrer nas cortes internacionais de direitos humanos. Investiu em uma única ação 3,3 milhões de Reais, pagas a organizações como o Instituto Anjos da Liberdade. — Adilson Vieira, Mariana Gouveia e Murilo Zara para a TV Fronteira

A Operação Pneu de Ferro é o resultado de uma investigação da Polícia Federal que começou em 2019 e visava pegar o núcleo que se especializou em trazer dos Estados Unidos armas nos pneus de veículos legalmente importados.

Quatro foram presos, sendo um em Orlando, e foram apreendidos veículos, joias, centenas de armas e munições, relógios de luxo, dinheiro, cartões de crédito e passaportes.

As encomendas entravam no Brasil pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim e tinham origem nas cidades americanas de Kissimme, Orlando e Tucson. — Marco Antônio Martins para o G1

As joias apreendidas eram personalizadas, tendo um anel e um pingente desenho de um fuzil, e um dos veículos apreendidos era um Porsche Panamera S4 avaliado em 720 mil Reais. — Portal Rondon

Este caso de tráfico de armas é o primeiro documentado de membros do PCC comprando armas de fogo e acessórios para armas diretamente dos Estados Unidos para o Brasil. — Swissinfo.ch

O Brasil não é exatamente o único destinatário de armas da Flórida. Em 2012, houve relatos de que grupos paramilitares colombianos, como Los Urabeños e Los Rastrojos, adquiriram armas enviadas ilegalmente à Colômbia  por dois clãs de famílias dedicados ao tráfico de armas na Flórida.

Em 2019, vários funcionários do governo haitiano, incluindo um senador , também foram considerados suspeitos de terem conspirado com o dono de uma loja na Flórida para contrabandear armas para o Haiti. — Charlotte Newell para o InSight Crime

Os policiais civis tinham ido até a Vila Áurea em Vicente de Carvalho para averiguar denúncias de tráfico e invasão de áreas de preservação ambiental.

Em uma viela viram um moleques que correram, quando começaram a perseguir, estranharam o cheiro que vinha do barracão na frente da qual os moleques estavam, como não custa nada dar uma olhada…

Encontraram 26 litros de lança-perfume, 320 microtubos, 10 tubos maiores, um tonel, cadernos com anotações e rádios comunicadores. — Gilmar Alves Jr. para o Diário do Litoral

prejuízo de aproximadamente 10 milhões de Reais, após localizar 360 tabletes de maconha em um caminhão Volvo que estava estacionado em um posto de combustível. O motorista confirmou que estava levando a droga de Itumbiara em Goiás para ser distribuída na cidade de São Paulo. — Edson Silva para o Correio Popular

Com as transferências dessa semana de Presidente Venceslau e Presidente Bernardes, já são 60 os encarcerados paulistas em presídios federais de segurança máxima. Desta vez foram quatro lideranças do PCC:

  • Bruno Fernando Lima Flor, o Armani;
  • Décio Gouveia Luís, o Décio Português;
  • Eduardo Aparecido de Almeida, o Piska; e
  • Marcelo Moreira Prado, o Exu ou Sem Querer. — Rádio Life FM
    • Bruno foi para a federal de Porto Velho (RO), enquanto os outros para Mossoró (RN).

Se por um lado Bruno e Décio são considerados como sucessores a sintonia final da facção, Eduardo e Marcelo movimentaram juntos mais de 1,2 bilhão de Reais em um sofisticado processo de lavagem internacional de dinheiro. — Marco Antônio Carvalho e Marcelo Godoy para o Estadão

Maio de 2021

Márcio Silva de Oliveira teve seu Habeas Corpus negado, era uma das lideranças do Primeiro Comando da Capital responsáveis pela distribuição, fornecimento e comercialização no varejo das drogas na Bela Vista e na Cracolândia.

Márcio era o geral da disciplina, cuidando da cobrança das dívidas, resolução de conflitos entre traficantes e atuava também na sintonia do cadastro, cadastrando e fiscalizando quem tinha autorização para comercializar entorpecentes no varejo.

Ele que fazia a sintonia entre a liderança da facção PCC no antigo Cine Marrocos com as quebradas nas regiões sob sua responsabilidade, colocando em prática as decisões da cúpula. — STJ

O piloto do helicóptero recebia 400 Reais por quilograma de pasta base de cocaína transportada e 3% do dinheiro, chegava a ganhar 200 mil Reais em um único voo.

Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, chefiava o esquema todo. Chegava a lucrar 450 milhões de Reais todo o ano, mas mesmo com toda essa grana e poder, depois das mortes de Gegê e de Paca, ele percebeu que o próximo a ser morto pela facção.

Não deu outra. Integrantes sequestraram Nado que era de toda confiança de Cabelo Duro, desbloquearam o celular dele e usaram para chama-lo para o flat do Tatuapé, onde armaram uma casinha: Cabelo Duro foi metralhado e fala-se que nesse mesmo dia Nado foi decapitado e enterrado em região de favela.

O mundo dá voltas, Gegê e Paca foram mortos por Cabelo Duro, Cabelo Duro foi morto por Galo, Galo foi fuzilado na Zona Leste de São Paulo… — Luís Adorno para o R7

Operação Mamma Mia contra os esquemas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas do Primeiro Comando da Capital.

O cumprimento dos mandados ocorreram simultaneamente em Rio Grande do Norte, Amazonas, Minas Gerais, Paraíba, Acre, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, e através de um acordo com a Justiça da Bolívia, também em Santa Cruz de La Sierra.

Tudo começou quando o pessoal do Banco do Brasil desconfiou do movimento financeiro de uma pizzaria, e acabou agora com o sequestro de bens de 57 suspeitos de integrar a facção e um total que pode chegar a 192 milhões de Reais. — Edmilson Ferreira para o Acre Agora

A pizzaria comandada pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital além de massas e queijo para pizzas, comprava criptomoedas e ouro para lavar dinheiro e financiar atividades da facção. — Lucas Caram para o Cointelegraph

Numa abordagem de rotina da Polícia Rodoviária Federal em Itapecerica da Serra um veículo com três ocupantes foi parado e no interior em um teto falso foram localizadas dois fuzis Colt calibre 556, de fabricação nos Estados Unidos, e outros dez de modelos diferentes, calibre 223, possivelmente a encomenda do PCC de São Paulo vinha do Paraguai. — Brasil Urgente

O empresário José Antônio Guerino foi morto em um barzinho no Jardim Campanário, em Diadema. Ele teria ligação com a máfia dos transportes e com o Primeiro Comando da Capital, além de ser sócio do ex-vereador Pretinho Água Santa do DEM e assessor parlamentar do deputado estadual Márcio da Farmácia do Podemos.

Acredita-se que foi queima de arquivo, já que Segundo o Ministério Público Estadual, integrantes do PCC administram cooperativas de ônibus em municípios da Grande São Paulo e também em alguns bairros da capital. — Diário do Grande ABC

A polícia investigava desvio de carga em um ponto da estrada no Guarujá quando depara com um caminhão parado. Desconfia. O caminhoneiro percebe e começa a rodar, mas a polícia logo para. Ao examinar a carga percebe que haviam 28 quilos de cocaína no meio da carga de papel sulfite no container que estava sem o lacre, e o caminhoneiro tinha um lacre sem uso. A carga seria enviada para a Europa pelo Primeiro Comando da Capital. — Gilmar Alves Jr. para o Diário do Litoral

O esquema de tráfico internacional baseado nas esteiras do Terminal do Aeroporto de Guarulhos foi descoberto e 14 funcionários foram presos: as bolsas seguiam pelas esteiras rolantes até a área restrita, onde funcionários aliciados pelo Primeiro Comando da Capital recebiam dos comparsas as fotos com as imagens das malas recheadas com drogas, e as embarcavam para Portugal, França e Holanda, na Europa, e também para Johannesburgo, na África do Sul. — Josmar Josino para o UOL

As creches da prefeitura eram usadas para lavar o dinheiro do Primeiro Comando da Capital. A distribuidora Águia e a WMR Construções faziam transações financeiras nas contas de uma dedetizadora: o PCC paga notas fiscais emitidas pelas empresas e os impostos devidos pelas entidades ligadas a administração das creches, em dinheiro em espécie e parte deste valor, era recebido de volta por meio de transações bancárias, lavando o dinheiro. — O Dia

Três meses de investigação, apreensão de mais de 70 kg de entorpecentes (cocaína, maconha K4 e LSD), armas de fogo, e aparelhos de telefone celular, no Centro de Progressão Penitenciária Dr. Edgard Magalhães Noronha (Pemano), na cidade de Tremembé. — MP-SP

Gegê do Mangue e Paca foram mortos, quem organizou a operação foi o Cabelo Duro, amigo do Nado, que era parceiro de Galo. Galo entregou os dois que foram mortos, e depois Galo acabou sendo morto pelos amigos de Cabelo Duro e Nado — bem até aí todo mundo sabia.

A dúvida é: aonde encaixa nessa história a participação de um sargento da Polícia Militar que cobrava propina de traficantes de drogas ligados ao PCC em uma favela na região de Cangaíba, zona leste de São Paulo? — Josmar Josino para o UOL

Procurado por ter executado dois condenados pelo Tribunal do Crime do PCC em Ourinhos, foi preso por tráfico e porte de arma no Jardim Primavera em Hortolândia. — Heitor Carvalho para O Liberal

Ele comprava grades quantidades de maconha no Entreposto de Umuarama, e enviava cargas para São Paulo, Bahia, Paraíba. Os negócios eram pagos com veículos comprados legalmente em outros estados e cartões clonados. — Adilson Pimentel para a TV Cruzeiro

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Lembra do Mega-assalto do Branco do Brasil em Criciúma? Um casal foi preso em um condomínio de luxo em Votorantim por participação no crime. Agora já são 16 os PCCs capturados. — Correio do Povo

Em Piracicaba cinco integrantes de um Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital são presos e uma pessoa é resgatada. O caso aconteceu entre o Jardim Gilda e o Bosque do Lenheiro e um revolver 38 foi recolhido. — O Rolo

maria louca, a pinga artesanal produzida na P2 pelo PCC

Cachaça artesanal é produzida pelos dententos do Primeiro Comando da Capital dentro Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, a famosa P2, que é reservada para a liderança máxima da organização criminosa PCC. Três prisioneiros foram indiciados pela manutenção do alambique: o Sombra do PCC, o Boy, e como proprietário Lemos Gonçalves. Para o processo de fabricação usam cascas de laranja, banana, maçã ou arroz cru para produzir a “Maria Louca”, “o miolo de pão é utilizado para fermentar a bebida alcoólica, e o açúcar para substituir a fermentação.— 24 Brasil

o helicóptero da facção PCC vai agora trabalhar para a polícia

André Oliveira Macedo, o André do Rap ainda não desistiu de seu helicóptero, mas o governo de São Paulo pretende colocá-lo em operação na polícia o quanto antes. — A Tarde

após 3 meses de investigação, PC SP chegou ao mocó

Irmão Prestígio e Irmão 27 caem em Jarinu com armamento pesado: No local, os policiais encontraram um fuzil calibre 7,62, duas submetralhadoras calibre 9mm (uma delas com silenciador), uma capa de colete balístico, 18 munições de 7,6.2 e 219 cartuchos íntegros dos calibres .50, .556, 9mm, .380, .45, .40, além de um veículo Hyundai H20 com compartimento secreto para transporte de drogas. — Popular Mais

Ela foi condenada por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital com base em escuta telefônica autorizada pela Justiça, mas… quando foi solicita prorrogação do prazo da escuta, o MP não justificou a necessidade — houve a anulação das provas. — conjur.com.br

sem provas contra Wellington Luiz Pereira de Alcântara

Mensagens de Wellington encontradas no celular de uma detenta levantaram a suspeita de que ele estaria em processo de negociação para armazenar artigos ilícitos, como armas e drogas. O Juiz João Pedro Barbosa considerou insuficientes as provas apresentadas pela acusação e absolveu o réu, que chegou a ficar preso com a liderança do PCC em Presidente Venceslau. — reportagem do SBT Brasil

secretário Estadual de Segurança Pública, Rubens Pereira

Sociólogos alertam que o melhor momento para se combater as causas sociais e criar estruturas para o combate aos grupos organizados entre os narcotraficantes é quando estes estão pacificados por acordos internos.

O Piauí repete o que aconteceu em vários outros estados, não faz a lição de casa enquanto o ambiente está pacificado para depois, quando a prevista disputa entre os grupos retorna, pedirem medidas mais duras na repressão.

É o caso do do secretário Estadual de Segurança Pública do Piauí, Rubens Pereira, que com o fim do acordo que existia entre o PCC e o Bonde dos 40 B-40, pede uma vara especial para julgar casos que envolvam organizações criminosas. — Cidade Verde

Fica a lição: o mesmo acontecerá em São Paulo, onde a hegemonia do Primeiro Comando da Capital mantém o índice de homicídios em torno de 6,38 para cada mil habitantes (a mesma que a Argentina 6,53 e próximo a média mundial 6,2).

ex-prefeito de Tietê Manoel David Korn de Carvalho envolvido com o PCC

Gegê do Mangue e Paca morreram, mas suas almas permanecem atormentando as lideranças do Primeiro Comando da Capital — o piloto do helicóptero Felipe Ramos de Moraes que levou a ambos para a morte entregou o esquema de lavagem de dinheiro através de contratos com prefeituras.

O setor de responsável pela lavagem é composto por contadores, despachantes e laranjas, e a Operação Tempestade foi para cima desse núcleo com 22 mandados de busca e apreensão.

Manoel David Korn de Carvalho, ex-prefeito de Tietê, diretor de uma estatal de Sorocaba, e sócio de empresa que atua junto a prefeitura de Osasco, foi preso durante a operação que também sequestrou valores no valor aproximado de R$ 30 milhões em imóveis, veículos e interdição de seis empresas e o bloqueio de valores em contas das pessoas físicas e jurídicas no limite de R$ 225 milhões. — Carlos Henrique Dias para o G1

José Márcio Feliciano, o Geleião, morre de Covid-19

Morreu de Covid em São Paulo Geleião, o último dos fundadores da facção Primeiro Comando da Capital em 1993. Ele trocou a camisa em 2002 pela do Terceiro Comando da Capital, por acreditar que a organização criminosa deveria atacar mais o governo do que se focar nos negócios. — Poder 360

começa a ser desvendada a participação do PCC no Complexo de Israel

Com a prisão do PCC de Osasco, o Dente de Ouro (Adriano Pereira de Souza) em Parada de Lucas, começou a ser desvendada o esquema de fornecimento de armas e drogas do Primeiro Comando da Capital para Peixão (Álvaro Malaquias), líder do Complexo do Alemão. — Thuany Dossares para O Dia

festas organizadas durante a pandemia contra a covid levaram aos PCCs

Operação Revoada prendeu 6 suspeitos em Porto Ferreira e Descalvado. Eles pertenceriam a facção Primeiro Comando da Capital e seriam os organizadores dos bailes funk / pancadões, também são acusados de lavagem de dinheiro. — Porto Ferreira Hoje

O homem foi acusado de estuprar a própria filha de 16 anos em Sumaré. A cova já estava preparada, só faltava chegar de Jundiaí o responsável pelo Tribunal do Crime do PCC, mas a PM chegou antes, prendeu 12 envolvidos, e resgatou o homem que nega a acusação. — Pedro Heiderich para O Liberal

Antonio Gabriel de Oliveira, o PCC Gabigol, seria o responsável pelas execuções determinadas pelo Primeiro Comando da Capital e foi preso na Vila Nhocuné na Zona Leste de São Paulo. — Carolina Lopes da Agencia Record

os Witzels e o labirinto que os ligaram à facção PCC 1533

Com o discurso do “bandido bom é bandido morto”, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, que vibrava com a morte de criminosos e sobrevoava as favelas atirando do helicóptero, viu seu irmão ser preso em Jundiaí como líder do Primeiro Comando da Capital em uma rede criminosa envolvendo Policiais Militares de São Paulo. — Aline Ribeiro para O Globo

Nessa operação, o GAECO e a Polícia Militar, cumpriu mandados em Mogi-Mirim, Itapira, Estiva Gerbi, Mogi Guaçu, Jundiaí, Várzea Paulista, Valinhos e Indaiatuba, resultando em prisões, e apreensões de drogas e dinheiro. — Portal da Cidade de Mogi-Mirim

câmera de estabelecimento comprova má conduta policial

Márcio Alario Esteves, o PCC Turim, foi abordado no bairro da Aclimação em São Paulo. Os policiais da ROTA apresentaram-no na delegacia dizendo que encontraram no carro 4 tabletes de cocaína, a delegada desconfiou e descobriu que não havia drogas no carro, e a testemunha nem estava lá na hora da revista. — Carolyn Areias para o ISN Portal


o posto de combustíveis a teria uma ligando-o à tubulação da estatal

Um túnel feito para roubar combustível de um duto da Petrobras para um posto que pertenceria ao PCC, em São Bernardo do Campo. Oito pessoas foram presas – seis que faziam a escavação e dois “gerentes”.  — reportagem de Marcelo Moreira para o Brasil Urgente

A história de Paulo Cezar Souza Nascimento Júnior , o Paulinho Neblina

Reportagem da Gazeta Digital conta como o faixa preta de taekwondo Paulo Cezar Souza Nascimento Júnior virou o líder PCC Paulinho Neblina:
“Todo mundo via como ele era diferenciado no esporte. Um lutador excepcional, que se destacava contra qualquer um que enfrentasse. Depois que ele viu a morte do pai, acabou se abalando muito e as coisas começaram a mudar. Mas ele nunca foi esse monstro que dizem que ele é”. — veja matéria no Gazeta Digital

A caça aos PCCs se deu em nove municípios de São Paulo e Minas Gerais

Na segunda fase da Operação Éfodo os policiais cumpriram mandados de busca e prisão nos municípios paulistas de Colina, Taiúva, Balbinos, Getulina, Marília, Pirajuí e Riolândia, além de Três Corações em Minas Gerais. — reportagem de ACidadeON/Ribeirão

O corpo do PM Bruno de Oliveira Gibertoni foi localizado em uma ilha próximo da Vila Esperança em Cubatão, área com forte presença do Primeiro Comando da Capital. A polícia informa que possivelmente foi torturado antes de ser morto e possivelmente por conta dessa morte. (reportagem de Luís Adorno do UOL) O veículo foi deixado na cidade Náutica em São Vicente a dezoito quilómetros de onde Bruno foi encontrado. Em represália, a Polícia Militar teria iniciado uma campanha de extermínio nas favelas da Baixada Santista (reportagem com vídeo de Caê Vasconcelos do Ponte Jornalismo)

Para o sociólogo Gabriel Feltran, que estuda o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que comanda a maioria dos presídios do estado, o voto é abertamente antitucano, “eles vão em mil debates falar: ‘Mano, olha o que o Alckmin fez, é verme.’ Então, nessa perspectiva de julgar o passado, eles constituem os parâmetros para pensar o futuro.” (…)

O sociólogo Rafael Godoi observa que o sistema carcerário paulista “tem o DNA” do PSDB. “A gente tinha 40 mil presos no começo dessa política carcerária, décadas atrás, e agora são 250 mil”, explica Feltran. “Isso sem contar a população de mais de 1,3 milhão ex-presidiários no estado.”

Na eleição de 2018, o desempenho dos tucanos também foi pior nas penitenciárias do que no estado de forma geral. Geraldo Alckmin obteve 2,78% dos votos válidos para presidente (…) Nas eleições para governador, João Doria obteve apenas 4,75%.

Pedro Siemsen (Revista Piauí)
Josmar Jozino: só os presos procurados em São Paulo já lotariam o Maracanã

Vale a pena ser foragido no Brasil. A opção da política de Segurança Pública é valorizar as prisões em flagrante que garantem espetáculo para a mídia televisiva e para os palanques políticos — polícia investigativa ou como força auxiliar do poder judiciário quase inexiste. São Paulo que possui uma Polícia Civil bem estruturada, mas falência desse modelo de política de Segurança Pública.

O repórter Josmar Jozino afirma que se todos foragidos da Justiça paulista fossem presos, não haveria um estádio de futebol suficiente para abrigá-los em São Paulo, o governador teria que alugar dos cariocas o Maracanã!

Entre os procurados, estão alguns líderes do Primeiro Comando da Capital, como é o caso de Marcos Tula, o Africano, que seria responsável pela logística do PCC no envio de cocaína para a Europa e África e pelos planos de resgates de líderes do grupo criminoso, e André Oliveira Macedo, o André do Rap, que abastecia a Baixada Santista com cocaína e mandava toneladas para a Europa. (leia matéria completa no UOL)

João Manoel Armôa Júnior e a esposa do sintonia final da facção PCC 1533

O advogado João Manoel Armôa Júnior declarou que “Neste caso, houve abuso do direito de acusar. O crime de Talita é o de ser mulher de suposta liderança do PCC”, quando a polícia e o Ministério Público tentaram incriminar a esposa de Azul, sintonia final do PCC em São Vicente.

Eduardo Velozo Fuccia detalha para o Vade News esse caso no qual até a advogada de Azul acabou sendo presa por intermediar mensagens entre a liderança de dentro das prisões e a nova liderança nas ruas.

Policial dançando com criminoso do PCC
O Efeito Dobradiça e a polêmica arte de Alex Donis

Arte de Alex Donis publicada pelo MASP causou revolta entre os admiradores da política da Lei e da Ordem ao apresentar um integrante do PCC dançando com um Policial Militar.

Bombou na NET e nas redes sociais uma foto do presidente Jair Bolsonaro com aquele que seria o responsável pela lavagem de dinheiro do PCC no litoral paulista, Fredy da Silva Gonçalves Bento, acusado de ser o braço direito do André do Rap. (interessante reportagem de Fábio Pannunzio para o El País)

Segundo a polícia o Tribunal do Crime do PCC cometeu um erro ao autorizar a morte de um motorista de aplicativo que teria sido confundido com um pedófilo da região de Parelheiro em São Paulo, segundo apurou o trabalho de investigação a Polícia Civil desvendou o crime. (reportagem de Alfredo Henrique do Agora São Paulo)

Dezembro de 2020

Antonio Reis do Santos, o PCC Tonhão de Catanduva é condenado a 41 de prisão

Tonhão era o disciplina responsável pela região de Catanduva e estava envolvido em pelo menos dois homicídios em nome da facção Primeiro Comando da Capital. Ele foi preso com outros 17 envolvidos após uma pessoa que era mantida no cativeiro ter conseguido se evadir. Agora sai a condenação por sua participação na morte de Alexandre Pereira de Souza após o julgamento do Tribunal do Crime: 41 anos de prisão. (Arthur Pazin do Diário da Região conta os detalhes)

A vida do outro lado da muralha da Cadeia Pública Feminina de Franca

Somos o 4º país do mundo que mais encarcera mulheres. Entre os anos 2000 e 2016, sofremos um crescimento de 700% da massa carcerária feminina no país.

É dentro deste cenário que o documentário Saudade Mundão surge. Em Franca, município brasileiro no interior do estado de São Paulo, as cineastas da obra contam que foram recebidas pelo diretor da unidade prisional sob a condição de autorização das próprias presas.

Depois de uma roda de conversa com dez das 142 internas, e de autorização do PCC (Primeiro Comando da Capital), as filmagens do documentário tiveram início.

Elas relatam que “a liberdade adquirida com essa negociação e a intensidade do curto período que tinham para trabalhar propiciaram muito da intimidade entre equipe e personagens que se testemunha” no filme. (leia a reportagem completa ou acesse o filme)

Tudo começou com o parto de uma criança na maternidade, cuja mãe era uma foragida da Justiça. O empresário que conseguiu a internação está sendo agora investigado.

Ele que estava para assumir a direção da companhia de ônibus urbana, e controla um conglomerado empresarial incluindo uma concessionária de veículos, um parque aquático e um mercado, seria na realidade um braço da facção criminosa paulista. (matéria completa no G1)

Junho de 2020

PCC Décio Português em estado grave, e da´? Saiba qual é risco para a sociedade

O estado de saúde de integrantes da cúpula da facção criminosa é visto por autoridades estaduais e federais com cautela, uma vez que as condições daqueles que estão presos podem surtir efeito em ações do grupo criminoso nas ruas do estado e do país.

Investigação da Promotoria, por exemplo, identificou que a facção lucrava cerca de R$ 3 milhões por mês em 35 locais de venda de drogas da região gerenciada por Decinho.

Ao notar que era observado, Décio Gouveia Luiz saiu de São Paulo. Foi para o Arraial do Cabo no Rio de Janeiro, onde passou a usar o nome falso de Lucas de Souza Oliveira e ter grande cobertura de segurança da cúpula do PCC. — leia a reportagem completa no UOL Notícias

Região de Limeira: 50 mandados de prisão

No cumprimento dos 46 mandados de buscas em Araras, Charqueada, Cordeirópolis, Limeira, Rio Claro e Santa Gertrudes, foram presos oito integrantes da facção e recolhido nove menores de idade. — leia reportagem completa no Liberal

Santos: ex-militar treina integrantes da facção PCC e faz manutenção de armas
Marília: o grupo trazia de Bauru 3,6 quilos de maconha para revenda
Arujá: traficante do PCC administrava rede odontológica, médica e alimentícias
Facção PCC: uma irmandade nascida para autoproteção da família carcerária

A idéia é que, se os irmãos se saem bem, o PCC também. O autor de Irmãos a descreve como uma organização notavelmente horizontal, mas com posições disciplinares e de gestão que a articulam. Uma rede entre criminosos que colaboram e cujo coração são os debates internos —às vezes via celular da prisão— para chegar a um consenso sobre a decisão correta, sempre de acordo com seus códigos.

Em um país como o Brasil, que tem mais de 800.000 pessoas presas, a ascensão do PCC representou uma mudança radical para os réus, diz Salles. De repente alguém defendia os que eram estuprados, os que não tinham visitas familiares porque eram muito pobres para custear a viagem, os que não tinham uma escova de dentes e água para se lavar. “Foi aí que o PCC entrou, desempenhando o papel do Estado. Até hoje”. — leia o texto completo na Revista Urbem

Araçatuba: cai na investigação por tráfico o Disciplina do PCC no Verde Parque
PM SP faz uma especial para não ferir cães durante a prisão do PCC Jagunço
Valentim Gentil: célula especializada em organizar festas e reuniões do PCC
Um ano preso, o PCC Anderson teria morrido de causa natural em Sorocaba
Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba: de biqueiras a distribuidores do PCC
Porto de Santo: presos por tráfico são beneficiados pela Lei Anticrime de Moro

Jefferson Moreira da Silva, o PCC Dente, conseguiu sua liberdade graças a uma manobra jurídica prevista na Lei Anticrime enviada pelo governo Bolsonaro que tinha como objetivo justamente endurecer as leis penais.

Líderes comunitários de Paraisópolis intermediando PCC / serviço de saúde
Arte sobre gravura de Julio Verne e a facção PCC 1533
Júlio Verne e a pacificação de São Paulo pelo Primeiro Comando da Capital ( facção PCC 1533)
Uma das milhares de história dos sobreviventes do Massacre de Maio de 2006
Apoiadores de Bolsonaro afirmam que Gaviões da Fiel tem ligação com o PCC

Maio de 2020

Um história contada com o coração por uma arlequina de São Paulo
Nas periferias das cidades, o PCC estaria ocupando áreas de preservação
Polícia Militar de São Paulo bate um novo recorde em número de assassinatos
X9 derruba companheira que levava carga para distribuição na baixada santista
Cai o disciplina do PCC do Chapadão em Piracicaba, com 38 e tijolo de maconha
Egresso estava sendo levado para debate do Tribunal do Crime em São Vicente
Investigação aponta que o PM não foi morto por PCCs, mas por PMs da Rota
Busca na casa de político que acusou ministro do STF de envolvimento com o PCC
Presa em São Vicente quadrilha de roubo de cargas com forte armamento
150 postos de gasolina da grande São Paulo lavam dinheiro para a facção PCC
Presos na capital PCCs especializados em jóias e bijuterias atuavam no interior
Foto de João Dória
Cabra se dizia do PCC e ameaçou governador Dória roubava sinal do wi-fi
Operação “Bala de Prata” tenta desarticular grupo de extermínio do PCC
foto rua Presidente Rodrigues Alves em Poá
Cai distribuição do PCC cai em Poá com 71 Kg de cocaína, embaladora e HB20
Mães ainda choram por seus filhos mortos no contra ataque das forças policiais
Augusto Peña sequestrou o sobrinho do Marcola e detonou os ataques do PCC
Preju no abastecimento de Cabreúva — cai fornecedor e armazém em Jundiaí.
Isso a rede bolsonarista não mostra: STF caça vereador do centrão ligado ao PCC
Companheira do irmão Pixote da Baixada Santista é presa em Taboão da Serra.
Prisão do PCC Jagunço vira série de TV na página do Face do delegado Da Cunha

Abril de 2020

Arte sobre foto da prisão do PCC Wislan Ramos Ferreira
Wislan Ramos Ferreira preso PCC Jagunço

Executor do Tribunal do Crime da Zona Leste é preso

São pelo menos mais de 50 homicídios que ele praticou a mando da facção. Agora, as investigações prosseguem para descobrir onde os corpos estão enterrados.

delegado Carlos Alberto da Cunha

Wislan Ramos Ferreira, o Jagunço, era o juíz sem toga, sem caneta e sem o alicerce constitucional e legal, mas munido com submetralhadora e machado, Wislan julgava e aplicava como sanção mais severa a pena capital aos desafetos da facção. Entre os réus dos tribunais do crime estão alcaguetes, devedores de drogas, estupradores e “talaricos”.

Homem de confiança da cúpula da facção, foi designado, inclusive, para eliminar o delegado geral Ruy Ferraz Fontes. O plano para assassinar o chefe da Polícia Civil de São Paulo foi descoberto há cerca de seis meses, após bilhete revelando a trama ser interceptado com um preso, e o plano acabou falhando.

Não são apenas as milícias que tem seu braço imobiliário

Em uma sociedade que cada vez mais busca o caminho do liberalismo nas relações econômicas, o Primeiro Comando da Capital, tem se destacado na busca de novas oportunidades de negócios.

Com um porrifólio diversificado, a facção PCC 1533, atua no mercado legal desde vendendo cachorro-quente na esquina até no ramo imobiliário e financeiro, além é claro dos produtos e serviços ilícitos.

Assim como as milícias cariocas, organização criminosa paulista tem expandido as invasões de terras em áreas verdes no entorno da capital, colocando em risco o fornecimento de água para a metrópole.

Se as milícias são financiadas por empresários e políticos, recebendo dinheiro da Alerg, resta saber até onde vai o envolvimento de funcionários e representantes públicos no processo de ocupação.

Moleque morto pela PM em Paraisópolis

PMs vingam a morte de policial e matam mlk PCC

A polícia paulista está sendo acusada por moradores de Paraisóplis de ter matado Joabson Ramos de Lima que pertenceria ao Primeiro Comando da Capital em retaliação pela morte do PM Felipe Jorge Pini Bubinik.

A PM afirma que o garoto foi morto em troca de tiros, já os moradores apresentam vídeos comprovando que o garoto morreu dentro de casa.

Olha o tanto de polícia dentro da casa do mano, deu uma par de tiro lá dentro. O bagulho tá louco.

ouve-se em um vídeo que mostra os PMs carregando o corpo
Galpão indústria cocaína Paraisópolis

“Padaria do PCC” é localizada em Paraisópolis

Alguém já te disse para nunca carregar todos os ovos na mesma sacola? Poizé. Alguém não ouviu o conselho…

O moleque correu quando a viatura passou e acabou levando os policiais para dentro da indústria que fabricava e embalava algo em torno de 900 porções por minuto em Paraisópolis – eu não queria nem por todo dinheiro do mundo ia querer estar na pele desse moleque quando cair prá dentro do sistema.

Total do preju só em equipamentos e insumos soma 3,7 milhões de Reais: três maquinas avaliadas em meio milhão cada e mais outra de um milhão, 712 quilos de cocaína e 60 de pasta base foram apreendidos pelo local – três foram presos.

O garoto seria a ligação entre o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho levando só esse ano para a Comunidade do Lixão uns 150 kg de pasta base.

Julho de 2019

Mais de 100 policiais atuaram simultaneamente em cinco estados a Operação Protocolo Fantasma que prendeu o integrante do PCC ponteiro (responsável pela distribuição das armas para os outros estados).

Imagem de uma carta de um preso tendo ao fundo uma foto da operação castelinho.
Operação Castelinho, um abate de pessoas planejado

O cagueta de PCCs agora está tomando pau de aspens

Todo inferno é pouco para cagueta, mas esse aí terá um lugar especial no inferno. Marcos Massari foi um dos caras que em 2002 levaram os PCCs para uma cilada que levou a morte de doze PCCs e foi um dos estopins que causaram em 2006 os ataques matou pelo menos 50 agentes públicos, que por sua vez chacinaram 500 civis.

Agora o coitado do aliado da Rota está apanhando dos Agentes Penitenciários (ASPEN), Oh! Coitado!

Imagem de ônibus pegando fogo sob o título "PCC ataca em Poá, vingança ou disputa de mercado?"
Facção PCC ataca ônibus em Poá

Vingança ou disputa pelo transporte clandestino?

Invadiram o ônibus quando parou no ponto. Levaram para a quebrada. Colocaram gasolina e querosene no veículo e no motorista, que começou a correr e só parou quilômetros depois…

O que os garotos da facção queriam? Existem duas hipóteses para terem colocado fogo no ônibus em Poá: estariam vingando a morte de um aliado deles na manhã daquele dia ou então essa ação faz parte de um movimento para o domínio do transporte clandestino no município.

´Fotomontagem com o dinheiro apreendido pela Operação Jiboia e os garotos do tráfico
A realidade é outra da ponte para cá: o conceito de trabalho e dignidade

Biqueira ISO 9000 e seus “colaboradores”
Ricard Wagner Rizzi → faccaopcc1533primeirocomandodacapital.org

Pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul afirmam que os garotos do tráfico se consideram trabalhadores, mas como é isso na vida real? Mas como é isso no dia à dia de um traficante?

Cópia de um trecho do processo no qual os movimentos sociais de ocupação urbana estariam vinculadas à facção PCC..

MP acusa movimentos sociais de associação à facção PCC

Líderes das ocupações do centro de São Paulo foram denunciados pelo Promotoria de Justiça Cassio Roberto Conserino entre outras coisas de envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital que atuaria na segurança dos locais e garantiam as manutenção das lideranças nas eleições.

Março de 2019

Arte sobre foto com policial em frente a equipamento de mineração de bitcoins apreendido sob o texto: "a polícia afirma - criptonotícias duvida".
Polícia paulista apreende mineradora de bitcoins

Líder do PCC no Alagoas é preso em Pedro Juan Caballero

Alguém falou para para a polícia que o Primeiro Comando da Capital estaria lavando dinheiro através da mineração de bitcoins em equipamentos instalados em uma casa…

A polícia foi lá e encontrou os tais equipamentos e ficou bonito na foto e nas manchetes dos jornais:

O crime migrou, ele sofisticou. É um crime bem organizado, bem complexo. Na verdade ele transformou o dinheiro ilícito de tráficos e roubos em bitcoin.

cb PM Samuel

Só que talvez não seja bem assim, alguns detalhes colocam em dúvida esse sofisticado sistema de lavagem de dinheiro atribuído ao Primeiro Comando da Capital:

  • o local não teria energia suficiente para alimentar os 20 equipamentos apreendidos;
  • se funcionando, conforme estavam na foto apresentada pela polícia, eles se queimariam pelo calor gerado; e
  • o modelo do equipamento (Whatsminers M3) está obsoleto e não presta mais para essa finalidade.

Os policiais teriam declarado que “eles (os criminosos) injetam o dinheiro na máquina, compram o Bitcoin e o armazenam”. Esta declaração deixaria em evidência a ignorância de como funciona um equipamento de mineração, que não recebe contas como um caixa eletrônico faria.

Genny Diaz

Fevereiro de 2019

arte sobre foto do promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o Leviatã tendo ao fundo a batalha entre o bem e o mal., abaixo do texto "cotada a cabeça da Hidra de Lerna".
PCC fica sem liderança após transferência de líderes

Como fica a liderança do PCC e haverá retaliação?

Após a transferência dos líderes da facção Primeiro Comando da Capital os integrantes da facção nas ruas e dentro dos presídios não conseguiram executar os ataques que estavam previstos.

A ação rápida e articulada das autoridades federais e estaduais de diversos estados que mobilizou dezenas milhares policiais, militares, agentes penitenciários e membros da Justiça e das Promotorias, impediu que algum “salve” pudesse ser distribuído.

Não é a primeira vez que o promotor de Justiça Lincoln Gakiya vem a público para anunciar que cortou a cabeça da Hidra de Lerna, deixando a facção sem liderança, mas dessa vez, houve uma vitória inegável.

Lincoln em outras palavras disse que seguirá o conselho de Sérgio Moro e vai seguir a trilha do dinheiro, tal qual aquele fazia quando estava em Curitiba e diferentemente do que faz hoje, quando se cala quando o governo tenta encobrir as pistas deixadas (apenas por parentes de políticos).

Apesar de não descartar ainda uma nova onda de ataques como houve em 2006, ele afirma que a ação precisa das forças oficiais quebraram a cadeia de comando da facção paulista impedindo uma resposta.

O sucesso da operação de neutralização da resposta foi possível por que ao mesmo tempo em que se transferiam os líderes da facção todos os principais presídios sofriam intervenção com transferência de lideranças do segundo escalão.

Segundo o promotor paulista, faz tempo que a liderança de Marcola e seu grupo já é contestado por membros da facção que estão em liberdade, mas não nunca tiveram força para se contrapor a hierarquia da Família 1533.

Agora, no entanto, o caminho está aberto, e esses grupos devem colocar as mangas de fora e reivindicar a liderança da facção ou talvez se desvinculem do grupo criando estruturas paralelas.

O Primeiro Comando da Capital ainda não era uma organização mafiosa pois não sabia como fazer a lavagem de seu dinheiro, mas caminhava para chegar a esse nível, tornando-se assim, possivelmente um cartel internacional.

Se o governo tem que, segundo ele, diminuir a população carcerária ou aumentar o número de vagas para assim retomar o controle do Sistema Prisional que hoje é uma porta de entrada para o crime organizado.

No entanto, as ações do poder público e do próprio promotor de Justiça podem ter em um primeiro momento um efeito colateral…

A liderança enfraquecida terá que disputar o poder dentro das muralhas e fora das muralhas, e de lá essa guerra vai se espalhar para o restante do país, com milhares de pequenas lideranças sem estrutura aterrorizando bairros periféricos, que hoje já estão pacificados, e várias regiões seguirão o destino dos morros cariocas, com grupos de milicianos disputando o tráfico.

… aí vai do sucesso real da eliminação da cadeia de comando da facção PCC, como no passado Gakyia já disse que havia vencido, mas não venceu, agora vai de torcermos para que ele realmente tenha tido sucesso, ou não.

Marcola algemado sendo transferido e a frase "o fim da pacificação".
A transferência de Marcola e o fim da pacificação

Marcola é transferido para um presídio federal

Transferir Marcola para um presídio federal é uma aposta do governador João Dória que tem poucas chances de não lhe ser vantajosa politicamente, se houver reação por parte dos facciosos ele ganhará com o aumento do medo da população que reforçará sua estratégia de combate rígido às organizações criminosas, por outro lado, se não houver uma reação dos criminosos, ele terá demonstrado que venceu a facção criminosa ao enfrentá-la de frente, o que os seus antecessores não tiveram coragem ou falta de senso de fazer.

Eu não consigo entender como que o Estado tem a “cara de pau” de se vangloriar com essas transferências, nos tentando induzir a erro fazendo-nos acreditar que isso nunca teria acontecido na vida de membros do PCC e que essas transferências seriam capazes de surtir algum grande efeito. Se o leitor verificar com atenção as datas verificará que os mesmos ficaram distantes anos do Estado de SP e que na verdade isso só lhes trouxe mais poder junto aos presos e a própria organização.

penitenciarista Diorgeres de Assis Victorio
Arte com o rosto do repórter Rogério Pagnan e do criminoso Marcola do PCC
Rogério Pagnan e Marco Willians Herbas Camacho

Do “Marco Cheira de Cola” ao “Marcola do PCC”

Marcola começou como garoto zica na região do Cambuci no centro de São Paulo, onde batia carteiras para cheirar cola, daí seu apelido de “Marco Cheira Cola”. Passou quase toda a sua vida dentro do Sistema Penal brasileiro: quando menor de idade na antiga FEBEM e quando maior por vários presídios estaduais, até ser agora transferido para um presídio federal.

Apesar de não estar no time de futebol que deu origem a facção e ter tido uma participação pífia naquele momento histórico, ele era amigo de sangue de Cesinha, um dos pais fundadores da facção e integrante da agremiação futebolística, de onde se conclui que tenha sido um dos elaboradores do núcleo inicial.

Pessoas que tiveram contato com Marcola o descrevem como carismático e inteligente, alguém que leu vorazmente, no cárcere, “A Arte da Guerra”, do filósofo chinês Sun Tzu, e obras do poeta italiano Dante Alighieri. Não costuma falar palavrão e é considerado vaidoso —por isso também tem o apelido de Playboy e Bonitão.

Rogério Pagnan
Foto com base da Força Tática e o texto "PM menos violenta, PCC muda comportamento de PMs".
PM Força Tática apoia PCC nas quebradas

53 PMs presos por trabalhar com PCC

O MP-SP após receber uma denúncia de que os integrantes da Força Tática do 22º Batalhão estaria trabalhando com o Primeiro Comando da Capital na proteção das biqueiras e pacificação do bairro começou uma investigação.

Até aí sem novidade, o esperado aconteceu: 53 policiais foram presos por participar do esquema. O que surpreendeu na reportagem de Kaiaque Dalapola (sempre esse cara me surpreende) foi mostrar que o bairro ficou mais pacífico, a polícia menos violenta e mais eficaz no combate ao crime após o acordo feito com a facção PCC 1533.

Em relação à segurança está a mesma coisa, mas em relação ao tratamento da polícia com a população eles [PMs] estão um pouco mais atentos, não estão maltratando as pessoas. Eu não ouvi mais relatos de violência contra a população.

Zilda Paiva

Janeiro de 2019

bilhete apreendido contendo informações sobre a morte de autoridades
Autoridade ameaçadas pelo PCC 1533

Esse cara está duvidando da nossa força, mata ele.

Em determinado pondo do bilhete é narrado que já ouve uma tentativa frustrada de matar promotor de Justiça Lincoln Gakiya:

… o promotor japonês continua a mesma fita. Ele tá dando uma sorte danada, fiquei sabendo que vocês quase pegaram ele no trânsito, mas é isso mesmo meus parceiros, só tenho a agradecer a atenção que vocês estão dando, arriscando a vida de vocês pela nossa luta e nossa causa.

Outras autoridades citadas na carta são:

  • Roberto Medina – coordenador dos presídios da região Oeste
  • Fernando Negrão – diretor-geral do P2 do Presídio de Presidente Venceslau
  • Maurício Moreira Souza – diretor de Segurança e Disciplina da P1 de Presidente Venceslau
Policiais civis comemoram o resultado da operação transpônder em frente a delegacia.
Polícia Civil cumpre dezenas de mandados de busca e prisão

Operação Transponder cumpre dezenas de mandados

Centenas de policiais civis agindo simultaneamente em dezenas de municípios paulistas cumpriram mandados de busca e prisão após uma investigação baseada em cartas trocada por presos de Presidente Prudente.

As investigações mostraram que o comando das operações transnacionais do Primeiro Comando da Capital estavam sendo feitas a partir de presos da Penitenciária Ozias Lúcio dos Santos, em Pacaembu.

Os policiais atuaram em Andradina, Aparecida, Carapicuíba, Caiuá, Guarulhos, Flórida Paulista, Irapuru, Junqueirópolis, Martinópolis, Mirassol; Mongaguá, Pacaembu, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, São José do Rio Preto, São Paulo, Sorocaba, Taboão da Serra e Teodoro Sampaio.

Polícia chega com prisioneiro que mostra a língua para o repórter
O PCC Jefte Ferreira dos Santos preso pela morte de Gegê do Mangue

Jefte Ferreira do Santos e a emboscada de Gegê

A polícia federal afirma que Jefte e a mãe dele garantiram a hospedagem dos assassinos de Rogério Jeremias dos Santos, o Gegê do Mangue, e de Fabiano Alves de Souza, o Paca. Ele foi preso em Itanhaém e fez figura para as câmeras dos repórteres quando chegou na delegacia de polícia.

Tríplice fronteira PCC CV Hezbollah

Explicando em detalhes o tráfico internacional da Tríplice Fronteira

Não há relação, como se diz, entre o Hezbollah e o cartel brasileiro do PCC. Não há relação entre o Hezbollah e o crime organizado aqui. Eles nunca apresentaram uma única prova de tudo isso.

Fahd Jamil Georges

O jornalista Galeb Moussa também afirma que é difícil acreditar que o Hezbollah tenha ligação com o tráfico e as facções criminosas, pela natureza do movimento religioso radical, que preza acima de tudo a ética.

Só pensando que eles podem aceitar dinheiro que vem do ilegal, como eles também os acusaram com a questão do tráfico de drogas e todo esse tipo de problemas, eu percebo imediatamente que é uma mentira, porque eles cuidam do extremo o que é legal em todos os sentidos, desde comida lícita a dinheiro lícito até ações legais, eles têm uma ética moral, tanto militar quanto pessoalmente, impecável.

No entanto, a reportagem da Infobae traça um histórico do envolvimento das facções brasileiras nos crimes transnacionais a partir do Paraguai e os depoimentos de autoridades que apontam no efetivo envolvimento do PCC com o grupo criminoso Hezbollah e a distribuição de drogas pela Europa e Ásia.

Eric Gorão e Granada PCC

Condenados a 30 anos de prisão líderes da facção

Mais uma condenação conseguida pela Operação Ethos que desarticulou o departamento jurídico do Primeiro Comando da Capital, a sintonia dos gravatas.

Antonio José Muller Júnior (Granada) e Eric Oliveira Farias (Eric Gordão) foram condenados a 30 anos de reclusão.

… junto com outros acusados que estão reclusos no sistema prisional, estava inserido no mesmo conjunto de tabelas onde estavam os advogados que prestavam valiosos serviços à célula jurídica, conforme já reconhecido em sentenças relacionadas a outros processos desmembrados que derivam do mesmo processo principal, restando nítido que fazia parte daqueles líderes da facção que mesmo de dentro do presídio comandavam a célula jurídica. […] Estenderam tentáculos para o seio do Poder Público, agredindo valores substanciosos e caríssimos a toda sociedade brasileira, adentrando em organismos e entidades vocacionadas para a proteção dos direitos fundamentais da pessoa humana.

O discurso do governador João Dória

As promessas de João Dória para o Sistema Carcerário

Nossos parlamentares federais estão engajados na redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e no projeto que põe fim à saidinha das prisões. Bandido tem que cumprir pena na cadeia.

Entre outras coisas o novo governador do estado de São Paulo promete deixar os líderes do Primeiro Comando da Capital isolados pelo período de um ano e acabar com as saidinhas e outros benefícios carcerários.

O G1 conta o que o governador pode fazer, o que está fora de seu limite legal e o que já está sendo feito.

Dezembro de 2018

Contabilidade do PCC na calcinha

Mulher é presa com contabilidade do PCC na calcinha

Dessa vez foi na Penitenciária de Getulina…

Um domingo de visita como outro qualquer, mas a agente desconfiou que tinha alguma coisa de errado aquele volume na calcinha daquela senhora que estava indo visitar o filho preso.

Na minuciosa se descobriu que a calcinha estava forrada de estratos bancários e recibos de depósitos e na parte interna da calça-legging estava toda escrita em código.

A facção paulista PCC e a máfia italiana Ndrangheta

A Ndrangheta e o Primeiro Comando da Capital

Essa fantástica reportagem da UOL desvenda os caminhos das drogas desde as florestas bolivianas e paraguaias, passando pelas estradas e portos brasileiros até o desembarque nos portos europeus.

Com a prisão de 90 integrantes da máfia italiana passou a ser conhecido em detalhes a participação da facção Primeiro Comando da Capital no mecanismo de importação de cocaína para o mercado europeu.

Embarcam nos portos brasileiros de Santos (São Paulo), Salvador (Bahia), Itajaí (Santa Catarina) e o do Rio de Janeiro algo em torno de uma tonelada de cocaína por ano que desembarcam nos portos de Róterdam (Países Baixos) e de Antuérpia (Bélgica), além de outros em Portugal, na Espanha e na África.

A operação conjunta entre as polícias da Itália, Alemanha, Bélgica e Países Baixos que trabalharam sob a coordenação da Eurojust.

Assassino da facção PCC 1533

Matador do PCC é preso em operação do GAECO

AECO de São Paulo, em mais um desdobramento da Operação Echelon, que se baseia nos manuscritos que foram pescados no esgoto da P2 (Presídio de Presidente Venceslau), prendeu em Caruaru no agreste pernambucano Renato Carvalho de Azevedo.

Renato era “o cara” entre os matadores da facção. A polícia atribui à ele algo em torno de 200 homicídios. Com ele foram encontradas pistola, 82 munições, drogas, motos e veículos.

A Operação Echelon já capturou 63 integrantes da facção criminosa e seus desdobramentos identificaram criminosos em 14 estados brasileiros.

53 presos em um único batalhão

Avança a investigação sobre a morte da PMf em Paraisópolis

A fronteira entre o céu e o inferno é muito mais tênue que as ingênuas almas imaginam. Ao contrário daquilo  que é mostrado nos programas policiais televisivos, que nada mais são que circo para o deleite de romanos ávidos por sangue e aplicação de justiça fácil, criminosos e policiais vivem em um mundo muito próximo.

A denominada “Operação Ubirajara” prendeu 54 policiais militares por envolvimento com o crime organizado é apenas a ponta do iceberg que dificilmente será apurado.

Se o promotor público Lincoln Gakiya imagina que corre perigo por ser um dos cinco da lista negra do PCC, ele não faz ideia do que é realmente correr risco de vida.

Os 54 policiais pertenciam a apenas um dos 125 batalhões espalhados no estado de São Paulo e terão carta branca, a partir de 2019 para agir com força total contra a criminalidade. Foi assim que começou no Rio de Janeiro e agora estamos seguindo o mesmo  caminho.

Para a prisão dos policiais foi necessária a presença de  promotores de Justiça e 450 policiais militares, sendo 280 corregedores e outros 170 do 2º Batalhão do Choque.

A operação de terça-feira em um dos estados mais seguros do Brasil ressaltou a complexidade da situação de segurança do país, com policiais mal remunerados e treinados para denunciar grupos de traficantes sobre invasões, ou membros ativos de milícias paramilitares que combatem as gangues do narcotráfico.

The New York Times
O enterro da PMf Juliane dos Santos Duarte

Avança a investigação da morte da PMf em Paraisópolis

Mais oito integrantes do Primeiro Comando da Capital estão envolvidos na morte da policial militar Juliane dos Santos Duarte em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo:

  • Um deles ainda não teve sua identidade descoberta
  • Alan Santos dos Prazeres que foi morto em um assalto
  • Tufão
  • Boy
  • Tom
  • Pururuca
  • Zona  Sul ou Da Sul
  • Pânico

Com a divulgação dessa nova etapa, chega onze os criminosos que teriam participado do homicídio. O novelo foi puxado graças às informações conseguidas grampo das conversas privadas e em grupos de WhatsApp do irmão Sem Fronteira.

A Promotoria Pública também está investigando a participação de integrantes da facção na invasão de casas de testemunhas protegidas que devem testemunhar no caso do assassinato da policial.

Um milhão de Reais em três bocas de fumo

O Primeiro Comando da Capital girava R$ 1 milhão por mês nas biqueiras da Vila Nova Cachoeirinha. Apenas três biqueiras eram suficientes para chegar a esse valor, pois além do varejo, os traficantes da região traziam a mercadoria diretamente do Paraguai.

A operação da Polícia Civil se deu na favela Boi Malhado, conseguiu capturar três membros da facção, e outros quatro se evadiram pela mata.

Autoridades marcadas para morrer pelo PCC 1533

São cinco as autoridades paulistas caçadas pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital:

  • Lourival Gomes – secretario da Segurança Pública (SAP)
  • Coronel Telhada – deputado estadual
  • Antônio Ferreira Pinto – ex-secretário de Segurança Pública
  • Lincoln Gakiya – promotor de Justiça
  • Roberto Medina – coordenador dos presídios da região oeste

A lista foi passada a imprensa pelo setor de inteligência do Ministério Público MP-SP (GAECO).

Considerando a gravidade, levamos estes fatos ao conhecimento de vossa excelência, com a sugestão de que as autoridades nominadas sejam comunicadas.

Sebastião José Penna Filho Brasil e Amauri Silveira Filho

Plantando vento Dória garante que colherá a paz no estado

São Paulo irá com tudo para cima do Primeiro Comando da Capital, garante o governador João Dória. Ele mesmo diz que vai para as mídias e acompanhará as ocorrências policiais de perto.

Além do trabalho de inteligência que hoje já é feito, garante que elevará ao nível máximo o enfrentamento à facção criminosa nas ruas e nas empresas que são usadas para lavar o dinheiro da facção.

O comando de ataque ficará por conta do general João Camilo Pires de Campos que estará a frente da Secretaria de Segurança Pública, que tem afinidade com aqueles que estarão a frente da Secretaria da Administração Penitenciária, as forças policiais militar e civil, as forças armadas e o Ministério Público.

A reportagem da Folha termina com um questionamento:

Integrantes das forças de combate ao crime organizado dizem que Doria tem ignorado pontos fundamentais para esse enfrentamento. Não cita que há alta taxa de corrupção na Polícia Civil, que há a necessidade de recomposição salarial das polícias e que as leis de combate à lavagem de dinheiro precisam ser aprimoradas. Sem isso, acham que tudo pode acabar em pirotecnia.

A prisão do deputado federal ligado à facção PCC 1533

A Polícia Federal aponta irregularidades nas contas de campanha do deputado federal eleito José Valdevan de Jesus Santos, o Valdevan 90 do PSC de Sergipe. 

“[É o] primeiro caso de candidato eleito no Brasil, que tem nome vinculado à facção criminosa, que foi preso. Estamos falando do PCC, Primeiro Comando da Capital”.

delegado Antonio José Silva de Carvalho

Em 2009, segundo reportagem da Folha ele já estaria sendo investigado por suspeita de usar duas cooperativas de transporte coletivo de Taboão no estado de São Paulo para lavar dinheiro para a facção paulista.

O bilhete cifrado da facção PCC 1533 

Maria Eliane de Oliveira e Alessandra Crisina Vieira eram quem levavam os bilhetes. Elas visitavam um preso que divide com Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. A mensagem, segundo a polícia, determinava a morte do promotor de Justiça Lincoln Gakiya e do coordenador dos presídios Roberto Medina. A equipe de execução seriam os integrantes da 
“Sintonia Restrita” da facção.

Veja abaixo o atual alfabeto do PCC, utilizado em cartas recentes:

A – 9C
B – X1
C – 854
D – P2
E – CK
F – M5
G – 723
H – 8A
I – XT
J – 148
L – K9
M – V8
N – W2
O – A3
P – B5
Q – D2
R – 659
S – 4M
T – G3
U – HN
V – F7
W – OP
X – NT
Z – 491

Novembro de 2018

armamento militar para a ROTA

Agora a ROTA pode derrubar avião

Homens da Rota (Tropa de Elite da Polícia Militar de São Paulo) têm sido treinados pelo Exército com armas que derrubam até avião. O objetivo da Segurança Pública do estado é impedir ações de criminosos em eventuais tentativas de resgates de membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Um treinamento com fuzis .50 ocorreu recentemente, em Presidente Venceslau, no interior paulista, onde estão os principais líderes da facção criminosa. Equipes da Rota estão na cidade há um mês; a medida foi tomada após suspeitas sobre um plano de resgate de Marco Williams Herbas Camacho, o Marcola, número 1 do PCC.

O Comando da PM confirma que o exército brasileiro já colabora com suporte logístico e treinamento, no entanto ainda não atua diretamente em ações conjuntas com a polícia paulista.

O plano secreto do PCC para resgatar marcola

O resgate de Marcola do PCC

O senador Major Olímpio protocolou junto ao governo paulista um alerta informando o governador que o Ministério Público e a Polícia Civil teriam informações de uma mega-operação de resgate que ocorreria na P2, a Penitenciária de Presidente Venceslau – que é o QG da facção paulista PCC e onde estão concentradas suas principais lideranças.

Bem, ficam as pergunta que não querem se calar:

  • Será que o governador precisava que o político lhe avisasse?
  • A polícia civil, cujo chefe maior é o governador, ocultou de seu chefe a informação?
  • Se era uma informação sigilosa, o policial militar deveria ter protocolado o pedido que apenas serviu para conseguir pontos junto ao seu eleitorado, detonando o silêncio que os investigadores da Civil e do MP-SP buscavam?

Quanto ao plano em si, é fantástico, com mercenários estrangeiros, helicópteros e fechamento de estradas e ataques aos quarteis da polícia militar. Está tudo descrito na reportagem da UOL/Luís Adorno, mas a única prova apresentada pelo major da polícia militar seria os vídeos feitos por drones do Primeiro Comando da Capital sobre o presídio de Presidente Venceslau. (Uau! Que viajem)

Graças ao promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado,  esse assunto ganhou atenção nacional, e eu assim como todos aqueles que tratam do assunto ganhamos views.

As forças policias convergiram em peso para a cidade:

A população de Presidente Venceslau (SP) encara o reforço policial enviado à região como uma medida positiva e capaz de oferecer maior sensação de segurança à cidade, distante cerca de 600 quilômetros da capital paulista.

A gente não vê mais os ‘manos ou nóias’, os desocupados, perambulando pelas ruas, agora é só gente que trabalha. Estamos ainda mais protegidos.

disse o comerciante José Roberto do Nascimento, de 60 anos.

Outubro de 2018

Em Araraquara, o drama do crime ecoou fortemente em 2015, quando Eder Rodrigo Firmiano, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), protagonizou um assalto com reféns. “Quatro PCCs trocam tiro com a polícia, só um sobrevive” – relatou a imprensa , destacando a violência e a alta condenação de Firmiano. Mas em outubro de 2018 o crime foi julgado e a somatória da condenação ficou em 52 anos no fechado, sendo que só a troca de tiros com a polícia rendeu 24 anos – um testemunho da implacável justiça contra o crime organizado.

André Luis da Costa Lopes, conhecido como Andrezinho da Baixada, vive uma realidade distinta. Acusado de assassinar líderes do PCC, ele se beneficia das brechas da lei eleitoral. “Andrezinho da Baixada é beneficiado pela lei eleitoral” – um título que ressalta a ironia de um sistema legal às vezes falho. A cúpula do PCC, estranhamente, parece ter ‘perdoado’ Lopes, em mais um episódio que demonstra as complexas dinâmicas internas da facção.

A justiça, por outro lado, não é sempre branda. O Tribunal do Crime do PCC, responsável pela morte de um sargento da PM em Araraquara, sentiu o peso da lei. “Além da tranca ainda vão pagar 2 milhões” – reporta a mídia, destacando a severa condenação e a grande indenização imposta aos culpados, uma tentativa de retribuição para a família da vítima e a sociedade.

A saga de Isac da Silva Prado, outro nome proeminente do PCC, é marcada por reviravoltas. Após uma captura dramática no Paraguai e uma extradição cinematográfica, Prado surpreendentemente aparece em São Paulo. “Tanta pressão para nada, saiu e ninguém viu” – comenta sarcasticamente a notícia, ressaltando a ineficácia das autoridades em manter criminosos de alta periculosidade sob custódia. O caso exemplifica a contínua luta das autoridades contra o crime organizado e a astúcia de seus integrantes.

Agosto de 2018

Em agosto de 2018, uma notícia abalou São Paulo: uma policial morta, mas por quem? “A policial foi morta pelo PCC ou por um PCC?” – questiona-se em meio a um cenário onde o Primeiro Comando da Capital (PCC) parece ser o árbitro da paz e do caos. “Se o Primeiro Comando da Capital domina uma região reina a paz, mas se o PCC não mete o bico também, mas quer ver sangue é só ir nas regiões onde a facção paulista está em disputa com algum inimigo” – relata o ambiente tenso, onde a tranquilidade e a violência coexistem sob as sombras do PCC.

A complexidade desse universo é dissecada por Miguel Feltran, um pesquisador que entende do PCC mais do que muitos repórteres. Sua entrevista com Luís Adorno lança luz sobre as nuances dessa organização. “Pense em um cara que entende de verdade sobre o PCC” – Miguel é esse cara, segundo a reportagem. “Se pensou no repórter Luís Adorno, não, não é dele que estou falando, é do pesquisador Miguel Feltran, esse cara é o cara, e foi entrevistado por ninguém menos que Luís Adorno, resultado: uma reportagem que não pode deixar de ser lida”.

Enquanto isso, o GAECO atua fortemente no interior e no litoral paulista, derrubando células do PCC. “Não é outono, mas tem PCC caindo por todo lado por aqui: Sorocaba, Conchas, Cerquilho, Tietê, Laranjal Paulista e Cesário Lange” – ironiza a notícia, destacando as ações em diversas cidades. Entre os detidos está Fabiano Robson dos Santos Freitas, o “Febem” ou “Fênix”, chave para compreender a estrutura e o poder da facção.

Curiosamente, mais prisões podem não ser a solução, mas sim um fortalecimento para o PCC. “É isso aí Bolsonaro, força aí, o irmão Canela e a cúpula do PCC apoiam sua proposta de encher os presídios: ‘O sistema prisional é máquina de fazer PCC’, afirma Filipe Augusto Soares, conhecido como Assassino, durante um diálogo telefônico com um comparsa identificado como Canela. É isso aí irmão Bolsonaro, tâmo junto no fortalecimento. Só agradece. ‘É TD3 passa nada'”. A ironia mordaz sugere que as políticas prisionais podem estar alimentando, ao invés de combater, a influência do PCC.

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