As drogas proibidas pelo Primeiro Comando da Capital

Há drogas proibidas pelo Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533). Agora é a vez das maconhas sintéticas, mas já foi do crack. O PCC vende crack em suas biqueiras? Qual é a lei do crime para as drogas pesadas?

Drogas proibidas pelo Primeiro Comando da Capital sendo usadas como arma

Primeiro Comando da Capital e seu aliados proíbem que seus membros utilizem crack e loló, e mesmo outras drogas liberadas têm que ser usadas com moderação. Você é quem tem que controlar a droga, não ela você.

43º – Uso de droga não permitida:

Caracteriza-se quando faz uso do crack ou óxi, que a organização não permite. Em alguns estados foi solto um comunicado em cima do roupinol (comprimido e álcool) o que pode ser também punido.
Punição: no caso do crack e óxi: exclusão de início sem retorno.

→ Punição: no caso do crack e óxi: exclusão de início sem retorno. No caso do roupinol: de 90 dias à exclusão depende da situação. Deve ser bem analisado pela Sintonia.

Dicionário Disciplinar Atualizado — PCC 1533

Como pimenta nos olhos dos outros é bobagem, o delegado carioca Marcos Vinícius Braga nos conta que:

… a entrada do crack nas favelas cariocas foi a condição imposta pela facção criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) para continuar a vender cocaína para o Comando Vermelho.

leia texto completo: O gato preto, a facção PCC e a Seita Satânica

Drogas proibidas pelo Primeiro Comando da Capital: maconha sintética

Não é a primeira vez que a imprensa noticía que há drogas proibidas pelo Primeiro Comando da Capital, mas sempre a polêmica começa na Cracolândia.

Não é a primeira vez que a imprensa noticia que há drogas proibidas pela facção paulista PCC, mas sempre a polêmica começa na Cracolândia.

Agora é a vez da spice, a maconha sintética, tem efeito colateral que leva alguns dos usuários a buscar socorro médico de urgência.

O “salve” da Facção PCC 1533 tenta diminuir a presença de equipes de socorro e policiais na área de comércio prejudicando os negócios.

(Os usuários) têm de ser socorridos, então chama mais atenção do que normalmente o tráfico de crack chama.

delegado Ronaldo Sayeg, diretor Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc)

Ao contrário de outras vezes, a proibição vale apenas para a a cracolândia, mas pode ser um processo que termine por proibir dentro do sistema carcerário.

Assim como o crack que tem sua venda controlada (a facção diz onde e quem pode comercializar ou usar) o spice deixa agressivo o usuário.

Além desse problema a droga causa psicose, paranoia, taquicardia e arritmia, precisando então de atendimento médico.

A organização criminosa permitiu o uso até o dia 1º de fevereiro de 2023 para que os estoques fossem zerados.

Passado o prazo, se alguém insistir na comercialização responderá pelo artigo 44 do Dicionário do PCC 15.3.3 (Regime Disciplinar da Facção).

leia artigo completo no Metrópolis

PCC Proibindo o crack nos presídios

O Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533) proíbe o uso do crack dentro dos presídios? O PCC vende crack em suas biqueiras? Qual é a lei do crime para as drogas pesadas?

Você já experimentou a cocaína 100% do Comando? Fala sério! Aquela branquinha cujos cristais brilham…

Não quero te falar nada não, mas essa não é a 100% do Comando — se te disseram que é, só lamento.

Faltava oportunidade para vir falar para você sobre essa super droga, de edição limitada e de fabricação e distribuição controlada pelo alto escalão do PCC, mas agora, graças à pesquisadora Iara Flor Richwin Ferreira, vou tratar desse assunto.

Antes de começar, eu vou propor a você um acordo: você posta a fórmula da Coca-Cola e eu posto a fórmula da 100% do Comando.

Iara, em sua tese para a UnB Crack: substância, corpos, dispositivo e vulnerabilidades. A psicanálise e a prática clínico-institucional com usuários de crack, traça um perfil do usuário dessa droga e das suas relações com a sociedade e com os traficantes:

“… os usuários de crack, apesar de alimentarem o comércio de drogas, são humilhados, escarnecidos e violentados inclusive pelos próprios traficantes, que consideram que os ‘nóias’ atrapalham as dinâmicas dos pontos de venda com seu constante ir e vir, e, principalmente, os classificam moralmente como degradados que perderam o controle sobre o próprio corpo, sobre o próprio consumo, sobre a própria dívida, sobre o próprio caráter”

Iara descreveu com perfeição o que é visto nas ruas.

Nas ruas — especialistas para venda do crack

Não é qualquer biqueira que distribui o crack, e, por algum tempo, o Primeiro Comando da Capital tentou retirar das ruas essas drogas, mas a demanda não pode ser reprimida, então, antes de perder o monopólio, voltou ao mercado.

No entanto, nem todos os comerciantes trabalham no varejo com esse tipo de cliente, mas a aproximadamente a metade dos pontos de venda de drogas no interior e 80% na capital paulista tem o crack entre as opções oferecidas ao consumidor.

Para atender aos usuários de crack, o vendedor tem que ser diferenciado. São: os mais violentos; aqueles que ainda não conquistaram espaço para atender a um público mais selecionado; alguém que está pagando uma dívida — alguns vendem por opção comercial, mas são minoria.

Na capital paulista, nas regiões da classe média como Higienópolis, Itaim Bibi ou Pinheiros, o quilo do crack sai para o varejista a 30 mil Reais o quilo, já na região da Cracolândia no centro é vendido por 45 mil.

A razão para essa diferença é que na região central onde são negociados diariamente 12 quilos do produto por dia há muitos usuários, pouca concorrência e pouca presença da polícia.

Um retrato nada colorido do centro de São Paulo

A repórter Paula Lópes Barba em artigo no El País“Los caminos de ‘Cracolândia’ – el mayor mercadillo de droga de Brasil”, apresenta a inútil guerra contra o tráfico de drogas travada há 25 anos no coração da cidade de São Paulo pelo governo do Estado.

Há muito tempo as drogas são vendidas em barracas ou de mão em mão a céu aberto no que é conhecido como Cracolândia.

A reportagem questiona o uso da força para combater o vício. Afinal, qual seria o melhor caminho: o tratamento compulsório e redução de danos ou a repressão policial?

O tráfico na região é monopolizado pelo Primeiro Comando da Capital (facção PCC 1533): do fornecimento dos insumos à venda ao varejo, impondo regras de disciplina para esse mercado que há seis anos supria 4.000 usuários e gerava uma receita de 550 mil de Reais por dia (105 mil de dólares).

O Estado tentando controlar o incontrolável

Durante as últimas décadas o Estado foi comandado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que combateu o problema integrando as ações das polícias investigativa e coercitiva, com equipes de saúde pública e assistência social — mas o resultado foi pífio ou de pouca duração.

Tarcísio Freitas do Partido Republicano assumirá em 2023 o governo do Estado devendo priorizar o uso da força para coibir o tráfico, alinhado com o discurso do então ex-presidente e seu padrinho político Jair Bolsonaro.

Nesse meio tempo, o que se vê, são os prédios eram como cortiço e nos quais ofereciam prostituição, inclusive de menores, e receptação de objetos roubados que eram trocados por drogas.

Pelas ruas, legiões de usuários continuam a vagar de um ponto para outro em busca das drogas em frente das “fachadas históricas repletas de grafites com símbolos do PCC como Yin-Yangpalhaços ou tendas. Os números 1533 escritos em todos os lugares”.

Nas trancas — nada de crack

Iara continua…

“Também nas cadeias controladas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), é possível observar a estigmatização e depreciação moral em relação ao crack, onde o fim da circulação e consumo dessa droga teve alcance. O que está na base da justificação da ‘extinção’ do crack nessas cadeias, […] relaciona-se ao seu grande potencial de promover a contração de dívidas e desencadear conflitos, mas […] também está estreitamente associada ao limite moral que o crack representa. ‘Degradação’, ‘falta de controle’ e ‘droga que faz o cara roubar a mãe, matar a mãe e tudo mais’ são os argumentos levantados por Marcola…”

O Marcola era homicida, sequestrador, roubava banco, não tinha nada a ver com a facção, mas é um homem articulado. E quando ele foi levado para o presídio de Tremembé [no interior de SP] começa a conversar com os últimos presos políticos no sistema prisional e aprende com eles sobre como estruturar o tráfico, a gerenciar como uma empresa, ao mesmo tempo em que vende internamente para os detentos a ideia de uma irmandade revolucionária.

desembargadora Ivana David

A pesquisadora faz um diagnóstico preciso, irretocável, expondo casos de dentro do sistema, mas faço uma correção — se a cadeia é “controlada pelo Primeiro Comando” não há crack em hipótese alguma.

A regra não vale para todas as unidades prisionais

Se existe comércio e consumo de crack, a facção paulista PCC ainda não está no controle da tranca.

Quando eu era criança achava que os usuários de drogas e alcoólatras saiam da prisão limpos, já que com tanta polícia e com tanta muralha não entraria drogas.

Quando crescemos, aprendemos que as regras impostas pelo Estado de Direito nem sempre são levadas a sério, principalmente nas periferias e no Sistema Prisional.

Mas nos presídios sob o controle efetivo da facção o crack não entra, pois está proibido no Regimento Interno da facção, assim como o uso abusivo de drogas:

Artigo 43 — Uso abusivo de drogas:

Se caracteriza no efeito da droga ou álcool. É um mau exemplo pois se prejudica, fica paranoico, agressivo, e até mesmo tendo que ser medicado devido ao abuso.

Punição: 90 dias se o mesmo se comprometer a mudar, a exclusão depende da situação.

Dicionário do PCC 15.3.3

A cocaína 100% do Comando e o Crack

Se você não está dentro do Sistema, e em uma das unidades em que estão autorizadas a entrada da 100% do Comando, só lamento, mas vai morrer sem experimentar.

Vou te contar: nessas unidades, até os ASPENs sabem quando ela chegou, pois a tranca fica agitada e parece que vai virar, mas é só sairem da frente e esperarem a normalidade voltar.

A 100% do Comando — amarela e opaca — é uma super cocaína sem os efeitos colaterais trazidos pelo crack, uma droga especial, de edição limitada e de fabricação e distribuição controlada pelo alto escalão do PCC.

Antes de terminar, retiro o acordo que lhe propus.

Se você postar a fórmula da Coca-Cola, vai ser processado e fica por isso mesmo, mas eu, se postar a fórmula da 100% do Comando.

Vou ter que responder a um Salve — fala sério! Não é uma troca justa.

Um caso real de um aliado do PCC

Uso de drogas proibidas pela facção

O Bonde dos 40 do Maranhão corria a época com os garotos do Primeiro Comando da Capital.

Como acontece com a maioria dos aliados, algumas práticas da facção paulista são absorvidas.

Ricardo matou seu companheiro de facção que não conseguiu abandonar uso do “loló, uma droga baseada baseado em clorofórmio e éter e que está na lista negra das facões criminosas.

Autor: Ricard Wagner Rizzi

O problema do mundo online, porém, é que aqui, assim como ninguém sabe que você é um cachorro, não dá para sacar se a pessoa do outro lado é do PCC. Na rede, quase nada do que parece, é. Uma senhorinha indefesa pode ser combatente de scammers; seu fã no Facebook pode ser um robô; e, como é o caso da página em questão, um aparente editor de site de facção pode se tratar de Rícard Wagner Rizzi... (site motherboard.vice.com)

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