Júlio César olhava para as paredes da Penitenciária de Avaré enquanto garantia à João Carlos, o Bola de Fogo, que a venda de drogas na região que vai do Novo Itu até a Favela do Issac era de Bola de Fogo por direito, visto que este havia pago dez mil reais à Júlio César como representante do “PCC – Primeiro Comando da Capital” em Itu pela exclusividade de exploração do tráfico naquela área.
Segunda-feira, 12 de fevereiro de 2009. 10:25
Rua Itu 33, Jardim Alberto Gomes, Itu, SP.
Caiu a casa onde estavam Juliana, e seu namorado, um rapaz cabreuvano de dezessete anos. Ela era a responsável pela embalagem e entrega das drogas para o distribuidor que alimentava as biqueiras da cidade. Na casa haviam: drogas, material de produção, anotações do PCC, uma arma e materiais de procedência duvidosa.
A proprietária da casa disse à Justiça que alugou para o moto-boy Paulo, que por problemas financeiros pediu autorização à ele para ir morar nos fundos da casa com sua família, e faria uma sublocação para uma tal de Nice. A proprietária ainda alertou Paulo Rogério que não queria confusão na casa, mas não foi o que ocorreu. Cleonice e seu parceiro Adelson alugaram a casa e pagava direitinho o aluguel, mas quem ocupava era Juliana e seu namorado.
Quando os policiais derrubaram este centro de distribuição, a polícia acreditou que havia desarticulado um esquema bem arquitetado, onde Júlio César e Rodrigo seriam os chefes, Cleonice e Adelsom os gerentes, Juliana a supervisora de operações, e Bola de Fogo um dos distribuidores.
Apesar de todos estarem presos o esquema parece que continua funcionando sem grandes alterações. O tráfico continua forte e atuante na Favela do Issac, área de distribuição de Bola de Fogo, como prova a prisão do pedreiro Claudemir, o Bracinho, um senhor de 47 anos de idade, e um velho conhecido da polícia, com diversas passagens: por furto, lesão corporal e uso de drogas,
O itobiense GCM Gilmar, estava fazendo patrulhamento de rotina naquela região quando avistou Claudemir, que ao ver a viatura da Guarda Civil Municipal correu para o dentro da favela, mas acabou sendo apanhado. Em seu bolso havia uma meia contendo sete porções de crack, e desta forma foi apresentado pelo guarda na delegacia como usuário de drogas e não como traficante. Sabemos que Bola de Fogo está por traz disso, pois confiamos que Júlio César não faltaria com sua palavra: